2 de setembro de 2013
Haroldo Lima (PCdoB) recomenda ler Emiliano José (PT)
Caro
Emiliano,
Remeto-lhe o texto que fiz enviando seu escrito a muitos amigos meus. O escrito está muito bom. Parabenizo-lhe pelo trabalho que tem feito na divulgação de páginas honrosas de nossa história, como aquelas que envolvem o padre Renzo. Agradeço-lhe as referências a meu respeito.
http://www.cartacapital.com.br/politica/o-padre-e-o-comunista-9065.html
Remeto-lhe o texto que fiz enviando seu escrito a muitos amigos meus. O escrito está muito bom. Parabenizo-lhe pelo trabalho que tem feito na divulgação de páginas honrosas de nossa história, como aquelas que envolvem o padre Renzo. Agradeço-lhe as referências a meu respeito.
Com grande abraço de
Haroldo Lima
Segue o
texto:
Cara(o)s
amiga(o)s.
Emiliano
José é um jornalista-profissional, participou da resistência anti-ditatorial
pelas bandas do sul, de São Paulo ao Paraná, foi transferido para a Bahia por
decisão de quem estava coordenando a montagem de áreas de guerrilha em AP (que
era eu), na Bahia foi preso e torturado, saiu da cadeia pouco antes da Anistia
e assumiu a baianidade, sendo hoje deputado federal pela Bahia. E dos bons.
Conheceu o padre Renzo e dele se tornou grande amigo e admirador, tendo escrito
sua história em "As asas invisíveis do Padre Renzo".
Aprofundando
e complementando sua documentação sobre a vida do Renzo acaba de publicar
"O padre e o comunista", no sitio de Carta Capital. "O
padre" é o padre Renzo. "O comunista" sou eu.
Fui dos
primeiros brasileiros a ficar amigo do Renzo logo que este aqui chegou, pouco
depois do golpe de 1964. O que está no artigo do Emiliano é verdadeiro.
Emiliano
capta uma das características mais fascinantes da vida do Renzo, a sua
predisposição a doar-se. O lance dele era ajudar, de qualquer forma, mas não
através de favor fácil e rápido, mas da ajuda que implicava em risco,
sacrifício e tensão. Relacionando-se muito com marxistas, respeitava-nos de
forma serena e sincera, e conquistou nosso respeito não pela pregação, que para
nós não fazia, mas pelo exemplo de sua vida.
Sorriu
muito e dizia que eu exagerava, quando eu o comparei a Norman Bethune, o famoso
médico canadense que se dirigiu ao interior da China para ajudar à luta
revolucionária contra o invasor japonês, em 1938, e lá morreu. Seu exemplo foi
tão edificante que Mao Tse Tung dedicou-lhe um divulgadíssimo texto chamado
"Em memória de Norman Bethune", onde, sobre o Bethune, diz o Mao:
"Todos nós devemos aprender
com seu espírito de absoluta dedicação. Com esse espírito todos podem ajudar
uns aos outros. A habilidade de uma pessoa pode ser maior ou menor, porem se
ele ou ela tem esse espírito, ele ou ela será, desde já, uma mente nobre e
pura, uma pessoa moralmente íntegra e acima dos interesses vulgares, uma pessoa
de grande valor para o povo."
Não
exagerava. Quando via o padre Renzo, me lembrava de Norman Bethune, um dos
poucos ocidentais que tem monumentos e estátuas na China.
O artigo
do Emiliano merece ser lido, como mais uma homenagem que prestamos a esse padre
singular.
Haroldo
Lima
Leia
artigo O Padre e o Comunista no site Carta Capitalhttp://www.cartacapital.com.br/politica/o-padre-e-o-comunista-9065.html