23 de outubro de 2010
As bolas de papel da democracia desejada
Quando as redações da grande imprensa, em campanha aberta pela candidatura Serra, erigem o preconceito como norma de juízo, a mentira não é apenas abominável: é suicida.
A opinião pública brasileira dispõe, hoje em dia, dos elementos necessários para julgar os acontecimentos políticos, sociais, econômicos e culturais sem se deixar levar pelo filtro ideológico de conhecidas técnicas de edição. Há muito tempo, a sociedade aprendeu a aquilatar a qualidade ética da informação oferecida, os desvios de apuração e o descompromisso do noticiário com a verdade factual.
O Jornal Nacional de quinta-feira, 21/10, não foi apenas uma tentativa patética de recriar o tiro que matou o Major Vaz. Os sete minutos gastos na “fabricação” da fita adesiva que teria atingido o candidato tucano revelam desorientação no tempo e no espaço.
A Rua Tonelero não fica em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. Além disso, passados 56 anos, não há lugar para atores políticos com indefinição ideológica evidente.
Serra não é Lacerda; falta-lhe talento. O PSDB não é a UDN; tem lastro histórico mais precário.
Mas em ambos, no candidato e em seu partido, convivem a vergonha de serem ostensivamente autoritários e o medo de serem inteiramente democráticos. A face dupla do moralismo udenista, transposto para 2010, realça o desbotamento de um Dorian Gray mal-acabado.
A campanha oposicionista padece de velhos vícios e truncamentos de origem.
Parece acreditar que o povo, em toda a parte, é uma entidade incapaz e como tal deve ser tratado, sob pena de hecatombe social iminente. Deve-se também ameaçar a esquerda com a hipótese sempre latente de um golpe de Estado. E lembrar aos setores populares, principalmente à nova classe média, que se eles não tiverem juízo virão aí os bichos papões e, com eles, os massacres dos kulaks, as igrejas fechadas, os asilos psiquiátricos, a supressão da liberdade, em suma, o socialismo sem rosto humano.
Essa agenda está superada, mas seu simples ressurgimento deve nos remeter a pontos importantes. Se atualmente é difícil calar organizações que expressam as demandas dos seus membros e representados, como é o caso do MST, do movimento estudantil e do mundo do trabalho, muitos obstáculos ainda têm que ser ultrapassados.
Exigir liberdades democráticas não é uma gesticulação romântica, desde que se dêem consequências às suas implicações.
É preciso apostar na organização crescente das forças sociais com o objetivo de consolidar uma saída definitivamente nacional e popular para temas que vão da questão agrária ao controle social dos meios de comunicação.
A análise histórica mostra que, quando não avançamos na democracia concreta, damos aos seus adversários tempo para que se reorganizem, utilizando as oficinas de consenso para caluniar, difamar, fazer o que for necessário, para deter o ímpeto vital que lhes ameaça.
Nos dias de hoje, é preciso senso crítico sempre atilado, não se deixar envolver pela vaga e traiçoeira tese do aperfeiçoamento democrático a qualquer preço, pois as forças retrógadas costumam cobrar bem caro por nossas distrações ou equívocos.
Por tudo isso, a eleição de Dilma Rousseff é um passo decisivo para erradicarmos de vez o cartorialismo econômico, a indiferença moral e a incompetência administrativa que marcaram vários governos até 2003.
Na Rua Tonelero, o futuro vislumbrado é o de um país que realizará suas potencialidades. O que importa saber é que atores são capazes de assegurar uma democracia com ênfase social, assentada também nos direitos individuais e na liberdade econômica. Nesse cenário, as bolinhas de papel passeiam na calçada. O vento - e não mais o cálculo político - dita o rumo de cada uma delas.
Gilson Caroni Filho é professor das Faculdades Integradas Hélio Alonso, no Rio
A opinião pública brasileira dispõe, hoje em dia, dos elementos necessários para julgar os acontecimentos políticos, sociais, econômicos e culturais sem se deixar levar pelo filtro ideológico de conhecidas técnicas de edição. Há muito tempo, a sociedade aprendeu a aquilatar a qualidade ética da informação oferecida, os desvios de apuração e o descompromisso do noticiário com a verdade factual.
O Jornal Nacional de quinta-feira, 21/10, não foi apenas uma tentativa patética de recriar o tiro que matou o Major Vaz. Os sete minutos gastos na “fabricação” da fita adesiva que teria atingido o candidato tucano revelam desorientação no tempo e no espaço.
A Rua Tonelero não fica em Campo Grande, zona oeste do Rio de Janeiro. Além disso, passados 56 anos, não há lugar para atores políticos com indefinição ideológica evidente.
Serra não é Lacerda; falta-lhe talento. O PSDB não é a UDN; tem lastro histórico mais precário.
Mas em ambos, no candidato e em seu partido, convivem a vergonha de serem ostensivamente autoritários e o medo de serem inteiramente democráticos. A face dupla do moralismo udenista, transposto para 2010, realça o desbotamento de um Dorian Gray mal-acabado.
A campanha oposicionista padece de velhos vícios e truncamentos de origem.
Parece acreditar que o povo, em toda a parte, é uma entidade incapaz e como tal deve ser tratado, sob pena de hecatombe social iminente. Deve-se também ameaçar a esquerda com a hipótese sempre latente de um golpe de Estado. E lembrar aos setores populares, principalmente à nova classe média, que se eles não tiverem juízo virão aí os bichos papões e, com eles, os massacres dos kulaks, as igrejas fechadas, os asilos psiquiátricos, a supressão da liberdade, em suma, o socialismo sem rosto humano.
Essa agenda está superada, mas seu simples ressurgimento deve nos remeter a pontos importantes. Se atualmente é difícil calar organizações que expressam as demandas dos seus membros e representados, como é o caso do MST, do movimento estudantil e do mundo do trabalho, muitos obstáculos ainda têm que ser ultrapassados.
Exigir liberdades democráticas não é uma gesticulação romântica, desde que se dêem consequências às suas implicações.
É preciso apostar na organização crescente das forças sociais com o objetivo de consolidar uma saída definitivamente nacional e popular para temas que vão da questão agrária ao controle social dos meios de comunicação.
A análise histórica mostra que, quando não avançamos na democracia concreta, damos aos seus adversários tempo para que se reorganizem, utilizando as oficinas de consenso para caluniar, difamar, fazer o que for necessário, para deter o ímpeto vital que lhes ameaça.
Nos dias de hoje, é preciso senso crítico sempre atilado, não se deixar envolver pela vaga e traiçoeira tese do aperfeiçoamento democrático a qualquer preço, pois as forças retrógadas costumam cobrar bem caro por nossas distrações ou equívocos.
Por tudo isso, a eleição de Dilma Rousseff é um passo decisivo para erradicarmos de vez o cartorialismo econômico, a indiferença moral e a incompetência administrativa que marcaram vários governos até 2003.
Na Rua Tonelero, o futuro vislumbrado é o de um país que realizará suas potencialidades. O que importa saber é que atores são capazes de assegurar uma democracia com ênfase social, assentada também nos direitos individuais e na liberdade econômica. Nesse cenário, as bolinhas de papel passeiam na calçada. O vento - e não mais o cálculo político - dita o rumo de cada uma delas.
Gilson Caroni Filho é professor das Faculdades Integradas Hélio Alonso, no Rio
Lula, o ignorantão que está colocando o Brasil nos eixos
Lula, segundo os “formadores de opinião” do Partido da Imprensa Golpista (PIG), é um analfabeto, ignorante, populista que assaltou o poder e ameaça o país com o autoritarismo. O economista Pedro Lima, da UFRJ, discorda e explica porque Lula é um “maravilhoso analfabeto”, amado por 95% da população brasileira. Segue o texto que voltou a circular na Internet:
Lula, o maravilhoso “analfabeto”
Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; e que também não entende de economia; pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos;
Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos [14 universidades públicas e estendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade [meio milhão de bolsa para pobres em escolas particulares].
Lula, que não entende de finanças em de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 291 dólares [valores de janeiro de 2010], e não quebrou a Previdência como queria FHC.
Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis [maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta].
Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20].
Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu; mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc.
Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.
Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos) e uma mulher no cargo de primeira ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora.
Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.
Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC; antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir; hoje o PAC é um amortecedor da crise.
Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre [como também na linha branca de eletrodomésticos].
Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais; é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual [o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News Week, Financial Times e outros...].
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com George Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Barack Obama.
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador... é amigo do tal John Sweeny [presidente da AFL-CIO - American Federation Labor-Central Industrial Congres - a central de trabalhadores dos Estados Unidos, que lá sim, é única...] e entra na Casa Branca com credencial de negociador e fala direto com o Tio Sam lá, nos "States".
Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa, é autor da maior mudança geopolítica das Américas na história.
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.
Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas; faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.
Lula, que não entende nada de nada... é bem melhor que todos os outros...!
Pedro Lima é economista e professor de economia da UFRJ
Lula, o maravilhoso “analfabeto”
Lula, que não entende de sociologia, levou 32 milhões de miseráveis e pobres à condição de consumidores; e que também não entende de economia; pagou as contas de FHC, zerou a dívida com o FMI e ainda empresta algum aos ricos;
Lula, o analfabeto, que não entende de educação, criou mais escolas e universidades que seus antecessores juntos [14 universidades públicas e estendeu mais de 40 campi], e ainda criou o PRÓ-UNI, que leva o filho do pobre à universidade [meio milhão de bolsa para pobres em escolas particulares].
Lula, que não entende de finanças em de contas públicas, elevou o salário mínimo de 64 para mais de 291 dólares [valores de janeiro de 2010], e não quebrou a Previdência como queria FHC.
Lula, que não entende de psicologia, levantou o moral da nação e disse que o Brasil está melhor que o mundo. Embora o PIG - Partido da Imprensa Golpista, que entende de tudo, diga que não.
Lula, que não entende de engenharia, nem de mecânica, nem de nada, reabilitou o Proálcool, acreditou no biodiesel e levou o país à liderança mundial de combustíveis renováveis [maior programa de energia alternativa ao petróleo do planeta].
Lula, que não entende de política, mudou os paradigmas mundiais e colocou o Brasil na liderança dos países emergentes, passou a ser respeitado e enterrou o G-8 [criou o G-20].
Lula, que não entende de política externa nem de conciliação, pois foi sindicalista brucutu; mandou às favas a ALCA, olhou para os parceiros do sul, especialmente para os vizinhos da América Latina, onde exerce liderança absoluta sem ser imperialista. Tem fácil trânsito junto a Chaves, Fidel, Obama, Evo etc.
Bobo que é, cedeu a tudo e a todos.
Lula, que não entende de mulher nem de negro, colocou o primeiro negro no Supremo (desmoralizado por brancos) e uma mulher no cargo de primeira ministra, e que pode inclusive, fazê-la sua sucessora.
Lula, que não entende de etiqueta, sentou ao lado da rainha (a convite dela) e afrontou nossa fidalguia branca de lentes azuis.
Lula, que não entende de desenvolvimento, nunca ouviu falar de Keynes, criou o PAC; antes mesmo que o mundo inteiro dissesse que é hora de o Estado investir; hoje o PAC é um amortecedor da crise.
Lula, que não entende de crise, mandou baixar o IPI e levou a indústria automobilística a bater recorde no trimestre [como também na linha branca de eletrodomésticos].
Lula, que não entende de português nem de outra língua, tem fluência entre os líderes mundiais; é respeitado e citado entre as pessoas mais poderosas e influentes no mundo atual [o melhor do mundo para o Le Monde, Times, News Week, Financial Times e outros...].
Lula, que não entende de respeito a seus pares, pois é um brucutu, já tinha empatia e relação direta com George Bush - notada até pela imprensa americana - e agora tem a mesma empatia com Barack Obama.
Lula, que não entende nada de sindicato, pois era apenas um agitador... é amigo do tal John Sweeny [presidente da AFL-CIO - American Federation Labor-Central Industrial Congres - a central de trabalhadores dos Estados Unidos, que lá sim, é única...] e entra na Casa Branca com credencial de negociador e fala direto com o Tio Sam lá, nos "States".
Lula, que não entende de geografia, pois não sabe interpretar um mapa, é autor da maior mudança geopolítica das Américas na história.
Lula, que não entende nada de diplomacia internacional, pois nunca estará preparado, age com sabedoria em todas as frentes e se torna interlocutor universal.
Lula, que não entende nada de história, pois é apenas um locutor de bravatas; faz história e será lembrado por um grande legado, dentro e fora do Brasil.
Lula, que não entende nada de conflitos armados nem de guerra, pois é um pacifista ingênuo, já é cotado pelos palestinos para dialogar com Israel.
Lula, que não entende nada de nada... é bem melhor que todos os outros...!
Pedro Lima é economista e professor de economia da UFRJ
Flagrei meu neto jogando bolinha de papel no Serra
Candidato Serra (PSDB) mente novamente sobre aborto no Jornal Nacional
O candidato Serra (PSDB) é um mentiroso compulsivo. Mesmo depois que sua campanha oportunista foi desmoralizada com a divulgação do aborto praticado por sua própria mulher, Mônica Allende Serra, ele voltou a distorcer o Plano Nacional de Direitos Humanos (PNDH-3), afirmando que o programa “tornava transgressor, criminoso, aquele que fosse contra o aborto”.
O PNDH - 3 está aí para quem quiser ler. Não existe isso. É apenas mais uma invenção de Serra em busca de votos. Ele próprio, Serra, como governador de São Paulo, convocou a Conferência Estadual que participou da elaboração do programa. Diante de mais essa mentira, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República divulgou Nota Pública:
LEIA NA ÍNTEGRA E SE ESPANTE:
NOTA PÚBLICA
Em razão de declarações distorcidas sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3, algumas vezes envolvendo má-fé e utilização eleitoreira de suas propostas, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República sente-se no dever de corrigir as afirmações do candidato José Serra que, no Jornal Nacional de ontem à noite (19), declarou que o PNDH-3 “tornava transgressor, criminoso aquele que fosse contra o aborto”.
Para que se restabeleça a verdade sobre o PNDH-3, cabe esclarecer:
• o PNDH-3 não torna transgressor ou criminoso quem quer que seja. O Programa trata o aborto como tema de saúde pública. Na redação inicial (21/12/2009) constava “Apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos”. Na versão definitiva, publicada em 13/05/2010, consta “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde” (Diretriz 9, Objetivo Estratégico III, ação g);
• o PNDH-3 não foi feito pelo PT ou por um partido. É um decreto presidencial resultado de amplo processo democrático, com propostas debatidas e aprovadas na 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (2008) e em dezenas de outras conferências com a participação da sociedade civil e governos estaduais. A Conferência Estadual de São Paulo, por exemplo, foi convocada pelo Decreto 53.005 de 16 de maio de 2008 pelo então governador José Serra. Esta etapa elegeu delegados para a Conferência Nacional, cujas resoluções aprovadas deram origem ao PNDH-3;
• o PNDH-3 traz diretrizes para orientar o poder público na promoção e defesa dos Direitos Humanos, em total consonância com a Constituição Federal, com as recomendações da Conferência de Viena da ONU (1993) e com os diversos instrumentos internacionais (ONU e OEA) assinados pelo Brasil;
• o PNDH-3 atualiza os programas de Direitos Humanos lançados em 1996 e 2002. No caso do aborto, por exemplo, o PNDH-2 – da administração Fernando Henrique Cardoso – defendia explicitamente o aborto como tema de saúde pública e propunha a ampliação dos casos em que seu uso seria permitido pela lei.
Eis o texto: “Apoiar a alteração dos dispositivos do Código Penal referentes ao estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude e o alargamento dos permissivos para a prática do aborto legal, em conformidade com os compromissos assumidos pelo Estado brasileiro no marco da Plataforma de Ação de Pequim” (ação 179). Determinava ainda a necessidade de “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde para os casos previstos em lei” (ação 334), sendo esta última redação quase idêntica à usada no PNDH-3.
A desinformação não colabora com o processo democrático, desrespeitando a cidadania e os Direitos Humanos.
Brasília, 20 de outubro de 2010
O PNDH - 3 está aí para quem quiser ler. Não existe isso. É apenas mais uma invenção de Serra em busca de votos. Ele próprio, Serra, como governador de São Paulo, convocou a Conferência Estadual que participou da elaboração do programa. Diante de mais essa mentira, a Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) da Presidência da República divulgou Nota Pública:
LEIA NA ÍNTEGRA E SE ESPANTE:
NOTA PÚBLICA
Em razão de declarações distorcidas sobre o Programa Nacional de Direitos Humanos – PNDH-3, algumas vezes envolvendo má-fé e utilização eleitoreira de suas propostas, a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República sente-se no dever de corrigir as afirmações do candidato José Serra que, no Jornal Nacional de ontem à noite (19), declarou que o PNDH-3 “tornava transgressor, criminoso aquele que fosse contra o aborto”.
Para que se restabeleça a verdade sobre o PNDH-3, cabe esclarecer:
• o PNDH-3 não torna transgressor ou criminoso quem quer que seja. O Programa trata o aborto como tema de saúde pública. Na redação inicial (21/12/2009) constava “Apoiar a aprovação do projeto de lei que descriminaliza o aborto, considerando a autonomia das mulheres para decidir sobre seus corpos”. Na versão definitiva, publicada em 13/05/2010, consta “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde” (Diretriz 9, Objetivo Estratégico III, ação g);
• o PNDH-3 não foi feito pelo PT ou por um partido. É um decreto presidencial resultado de amplo processo democrático, com propostas debatidas e aprovadas na 11ª Conferência Nacional dos Direitos Humanos (2008) e em dezenas de outras conferências com a participação da sociedade civil e governos estaduais. A Conferência Estadual de São Paulo, por exemplo, foi convocada pelo Decreto 53.005 de 16 de maio de 2008 pelo então governador José Serra. Esta etapa elegeu delegados para a Conferência Nacional, cujas resoluções aprovadas deram origem ao PNDH-3;
• o PNDH-3 traz diretrizes para orientar o poder público na promoção e defesa dos Direitos Humanos, em total consonância com a Constituição Federal, com as recomendações da Conferência de Viena da ONU (1993) e com os diversos instrumentos internacionais (ONU e OEA) assinados pelo Brasil;
• o PNDH-3 atualiza os programas de Direitos Humanos lançados em 1996 e 2002. No caso do aborto, por exemplo, o PNDH-2 – da administração Fernando Henrique Cardoso – defendia explicitamente o aborto como tema de saúde pública e propunha a ampliação dos casos em que seu uso seria permitido pela lei.
Eis o texto: “Apoiar a alteração dos dispositivos do Código Penal referentes ao estupro, atentado violento ao pudor, posse sexual mediante fraude, atentado ao pudor mediante fraude e o alargamento dos permissivos para a prática do aborto legal, em conformidade com os compromissos assumidos pelo Estado brasileiro no marco da Plataforma de Ação de Pequim” (ação 179). Determinava ainda a necessidade de “Considerar o aborto como tema de saúde pública, com a garantia do acesso aos serviços de saúde para os casos previstos em lei” (ação 334), sendo esta última redação quase idêntica à usada no PNDH-3.
A desinformação não colabora com o processo democrático, desrespeitando a cidadania e os Direitos Humanos.
Brasília, 20 de outubro de 2010
D. Canô Veloso grava vídeo apoiando Dilma (PT)
D. Canô Veloso, mãe dos cantores Caetano e Maria Betânia, gravou um vídeo declarando apoio à candidata Dilma Rousseff (PT). A matriarca não tinha declarado voto no primeiro turno. AQUI.
Serra foge mais do aborto da própria mulher que da bolinha de papel
LEIA TUDO EM CONVERSA AFIADA
22 de outubro de 2010
CONVERSA AFIADA publica artigo de Emiliano
LEIA EM CONVERSA AFIADA. EMILIANO AFIRMA QUE SERROJAS SUPEROU COLLOR.
“Vivemos dias que condensam décadas”, escreve Emiliano no site Carta Maior
O ódio “deles” tem razão de ser. E seus métodos eram previsíveis. Não há direita civilizada. Estamos vivendo, nestas eleições, dias que condensam décadas. Dias que decidem o destino da Nação. As pesquisas indicam a preferência do povo, mas isso não nos autoriza a descansar um minuto sequer. A ilusão na política é péssima companhia. Afinal, não é possível abolir a luta de classes, mesmo se quiséssemos. A campanha de Serra mergulhou atrás do ódio. Ressuscitou até o velho bordão da Guerra Fria de que comunista mata criancinha, e come. Os militantes, todos os cidadãos de bem, precisam ganhar as ruas com nossos sonhos por um Brasil melhor, por um mundo melhor.
Artigo “Dias que condensam décadas” na íntegra em Carta Maior ou AQUI
Artigo “Dias que condensam décadas” na íntegra em Carta Maior ou AQUI
Dilma cresce entre espíritas kardecistas
A pesquisa Datafolha (encomendada pelo jornal Folha de São Paulo e Rede Globo) divulgada quinta-feira (21) revela que há sinais claros de novo crescimento das intenções de voto em Dilma, entre segmentos religiosos.
Entre os espíritas kardecistas (que são 3% do total de eleitores), por exemplo, Dilma (PT) foi de 36% da pesquisa passada para 46% nesta pesquisa. E Serra desceu de 53% para 43%. Eu diria que políticos fanáticos fundamentalistas que se dizem espíritas não estão conseguindo derrotar a campanha de Dilma (PT) entre os fiéis.
Da mesma forma, os bispos radicais de direita não estão conseguindo fazer a cabeça dos eleitores católicos que são 62% do eleitorado total. O Datafolha deu crescimento de Dilma (PT) de 51% na semana passada para 54% nesta semana. E Serra (PSDB) com sua campanha suja de panfletos clandestinos e apócrifos, difamatórios, manteve-se em 38%.
Entre os espíritas kardecistas (que são 3% do total de eleitores), por exemplo, Dilma (PT) foi de 36% da pesquisa passada para 46% nesta pesquisa. E Serra desceu de 53% para 43%. Eu diria que políticos fanáticos fundamentalistas que se dizem espíritas não estão conseguindo derrotar a campanha de Dilma (PT) entre os fiéis.
Da mesma forma, os bispos radicais de direita não estão conseguindo fazer a cabeça dos eleitores católicos que são 62% do eleitorado total. O Datafolha deu crescimento de Dilma (PT) de 51% na semana passada para 54% nesta semana. E Serra (PSDB) com sua campanha suja de panfletos clandestinos e apócrifos, difamatórios, manteve-se em 38%.
Popularidade de Lula e Nordeste alavancam Dilma
A manchete é do próprio Grupo Folha. A avaliação positiva do presidente Lula subiu nesta reta final e chegou a 82% - bateu seu próprio recorde. E na Região Nordeste a vantagem de Dilma (PT) sobre Serra (PSDB) já é de 37 pontos. A única região em que Serra ainda se mantém na liderança é o Sul. Mesmo no Sudeste, Dilma está numericamente à frente. A melhora de Dilma Rousseff (PT) teve como alavanca principal o seu desempenho no Nordeste, combinado com um novo recorde de popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Pesquisa Datafolha/Rede Globo dá 56% para Dilma e 44% para Serra
O Instituto Datafolha jogou a toalha. Pesquisa encomendada pelo jornal Folha de São Paulo e Rede Globo deu 56% de votos válidos para Dilma (2 pontos a mais que a pesquisa da semana passada) e 44% de votos válidos para Serra (2 pontos a menos que a pesquisa da semana passada). Apenas 4% dizem que vão votar nulo ou em branco. Restam 6% de indecisos. Portanto, os números do datafolha indicam que, se a eleição fosse hoje, Dilma seria presidente da República.
E para onde estão indo os votos de Marina? Nesta semana, no segmento que votou em Marina no primeiro turno, Dilma cresceu de 23% para 31%. E Serra sofreu uma queda, caiu de 51% para 46%. Segundo a pesquisa, 88% dos brasileiros declaram-se totalmente decididos sobre em quem votar no dia 31. Apenas 10% cogitam mudar de opinião.
Apesar das pesquisas favoráveis, o PT decidiu aumentar a mobilização. Os militantes estão sendo convocados para as ruas.
Seguro morreu de velho.
E para onde estão indo os votos de Marina? Nesta semana, no segmento que votou em Marina no primeiro turno, Dilma cresceu de 23% para 31%. E Serra sofreu uma queda, caiu de 51% para 46%. Segundo a pesquisa, 88% dos brasileiros declaram-se totalmente decididos sobre em quem votar no dia 31. Apenas 10% cogitam mudar de opinião.
Apesar das pesquisas favoráveis, o PT decidiu aumentar a mobilização. Os militantes estão sendo convocados para as ruas.
Seguro morreu de velho.
O que estava escrito na bolinha de papel que jogaram na careca de Serra?
Vazou o conteúdo da bolinha de papel. Tá explicado porque doeu tanto. Confira o recado: “Não se larga um líder ferido na estrada a troco de nada. Não cometam esse erro”. Assinado: Paulo Preto. Li a informação no site Por um Novo Brasil.
Em Salvador, o incidente está tendo outros efeitos. Centenas de crianças estão sendo levadas para as emergências dos hospitais. O Hospital Aliança está lotado. Os pais pedem para fazer tomografia urgente. É que nas salas de aula as bolinhas de papel se cruzam no ar e atingem em cheio as cabeças dos coleguinhas. Um perigo.
Em Salvador, o incidente está tendo outros efeitos. Centenas de crianças estão sendo levadas para as emergências dos hospitais. O Hospital Aliança está lotado. Os pais pedem para fazer tomografia urgente. É que nas salas de aula as bolinhas de papel se cruzam no ar e atingem em cheio as cabeças dos coleguinhas. Um perigo.
21 de outubro de 2010
Serra foi atingido por bolinha de papel, mostra o SBT
O candidato Serra está extrapolando na farsa. A Folha de São Paulo está extrapolando na desfaçatez. A reportagem da Folha tem até gráfico mostrando os “acontecimentos”.
O telejornal do SBT não deixa margem a dúvidas. Exibe toda a sequência dos fatos e mostra que Serra só acusou o golpe 20 minutos depois.
O site da revista Carta Capital conta toda a opereta.
O baixo nível da campanha presidencial, antes restrito aos boatos e mentiras divulgados pela internet, às pregações de certas igrejas e ao noticiário de parte da grande mídia – além dos programas eleitorais, é claro – chegou finalmente às ruas. Consequência inevitável.
O tumulto que aconteceu ontem no bairro do Campo Grande, no Rio de Janeiro, entre simpatizantes das candidaturas de Serra e Dilma tem que ser condenado e preocupar as coordenações das duas campanhas, pois pode se repetir e causar maiores danos para ambos. E para o País.
Entretanto, é preciso relatar os fatos como eles aconteceram, e entre os telejornais exibidos na noite desta quarta-feira 20, parece que apenas o SBT Brasil conseguiu mostrar toda a sequência dos acontecimentos.
Na matéria fica claro que o objeto que atingiu a cabeça do candidato foi uma simples bolinha de papel. Não foi uma pedra, nem um rolo de papel, nem um rolo de adesivos – versão final comprada pelos jornais do dia – como publicaram ontem os principais portais de notícias.
Pior: segundo a matéria exibida pelo SBT, Serra percebeu que recebera o golpe do objeto e olhou para o chão para identificá-lo. Depois, prosseguiu a atividade em meio ao tumulto sem nenhum dano físico aparentar, com interrupções para entradas e saídas de uma loja e do veículo que o havia conduzido ao local.
Passados 20 minutos, segundo o SBT, ele recebeu um telefonema – veja na tela – e imediatamente pôs as mãos à cabeça. Só então decidiu interromper a caminhada.
Em seguida, contou o telejornal, Serra foi levado a um hospital e submetido a uma tomografia. Na tevê, surge o médico que o atendeu, a dizer que não houve ferimento, mas que havia recomendado ao candidato repouso por 24 horas.
Ato contínuo, Serra suspendeu o restante da sua agenda do dia.
O telejornal do SBT não deixa margem a dúvidas. Exibe toda a sequência dos fatos e mostra que Serra só acusou o golpe 20 minutos depois.
O site da revista Carta Capital conta toda a opereta.
O baixo nível da campanha presidencial, antes restrito aos boatos e mentiras divulgados pela internet, às pregações de certas igrejas e ao noticiário de parte da grande mídia – além dos programas eleitorais, é claro – chegou finalmente às ruas. Consequência inevitável.
O tumulto que aconteceu ontem no bairro do Campo Grande, no Rio de Janeiro, entre simpatizantes das candidaturas de Serra e Dilma tem que ser condenado e preocupar as coordenações das duas campanhas, pois pode se repetir e causar maiores danos para ambos. E para o País.
Entretanto, é preciso relatar os fatos como eles aconteceram, e entre os telejornais exibidos na noite desta quarta-feira 20, parece que apenas o SBT Brasil conseguiu mostrar toda a sequência dos acontecimentos.
Na matéria fica claro que o objeto que atingiu a cabeça do candidato foi uma simples bolinha de papel. Não foi uma pedra, nem um rolo de papel, nem um rolo de adesivos – versão final comprada pelos jornais do dia – como publicaram ontem os principais portais de notícias.
Pior: segundo a matéria exibida pelo SBT, Serra percebeu que recebera o golpe do objeto e olhou para o chão para identificá-lo. Depois, prosseguiu a atividade em meio ao tumulto sem nenhum dano físico aparentar, com interrupções para entradas e saídas de uma loja e do veículo que o havia conduzido ao local.
Passados 20 minutos, segundo o SBT, ele recebeu um telefonema – veja na tela – e imediatamente pôs as mãos à cabeça. Só então decidiu interromper a caminhada.
Em seguida, contou o telejornal, Serra foi levado a um hospital e submetido a uma tomografia. Na tevê, surge o médico que o atendeu, a dizer que não houve ferimento, mas que havia recomendado ao candidato repouso por 24 horas.
Ato contínuo, Serra suspendeu o restante da sua agenda do dia.
Você já ouviu a última do Serra?
O candidato Serra está tão exótico em sua campanha eleitoral esquizofrênica, que o povo vai transformando-o em ator das piadas populares. Você já conhece a última do Serra? Essa aqui foi tirada do blog Tijolaço.
“Posso falar com o Serra?”
1- No dia 02 de Janeiro de 2011, um senhor idoso se aproximou do Palácio da Alvorada e, depois de atravessar a Praça dos Três Poderes, falou para o “Dragão da Independência” que montava guarda: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra.
O soldado olhou para o homem e disse: Senhor, o Sr. Serra não é presidente e não mora aqui.
O homem disse: Está bem. E se foi.
2- No dia seguinte, o mesmo homem idoso se aproximou do Palácio da Alvorada e falou com o mesmo Dragão: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra.
O soldado novamente disse: Senhor, como lhe falei ontem, o Sr Serra não é presidente e nem mora aqui.
O homem agradeceu e novamente se foi.
3- Dia 04 de janeiro ele voltou e se aproximou do Palácio Alvorada e falou com o mesmo guarda: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra.
O soldado, compreensivelmente irritado, olhou para o homem e disse: Senhor, este é o terceiro dia seguido que o Senhor vem aqui e pede para falar com o Sr. Serra. Eu já lhe disse que ele não é presidente, nem mora aqui. O Senhor não entendeu?
O homem olhou para o soldado e disse: Sim, eu compreendi perfeitamente, MAS EU ADORO OUVIR ISSO!!!
O soldado, em posição de sentido, prestou uma vigorosa continência e disse: Até amanhã, Senhor!!!
“Posso falar com o Serra?”
1- No dia 02 de Janeiro de 2011, um senhor idoso se aproximou do Palácio da Alvorada e, depois de atravessar a Praça dos Três Poderes, falou para o “Dragão da Independência” que montava guarda: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra.
O soldado olhou para o homem e disse: Senhor, o Sr. Serra não é presidente e não mora aqui.
O homem disse: Está bem. E se foi.
2- No dia seguinte, o mesmo homem idoso se aproximou do Palácio da Alvorada e falou com o mesmo Dragão: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra.
O soldado novamente disse: Senhor, como lhe falei ontem, o Sr Serra não é presidente e nem mora aqui.
O homem agradeceu e novamente se foi.
3- Dia 04 de janeiro ele voltou e se aproximou do Palácio Alvorada e falou com o mesmo guarda: Por favor, eu gostaria de entrar e me entrevistar com o Presidente Serra.
O soldado, compreensivelmente irritado, olhou para o homem e disse: Senhor, este é o terceiro dia seguido que o Senhor vem aqui e pede para falar com o Sr. Serra. Eu já lhe disse que ele não é presidente, nem mora aqui. O Senhor não entendeu?
O homem olhou para o soldado e disse: Sim, eu compreendi perfeitamente, MAS EU ADORO OUVIR ISSO!!!
O soldado, em posição de sentido, prestou uma vigorosa continência e disse: Até amanhã, Senhor!!!
Emiliano comenta críticas do doutor Adib Jatene a Serra
Jatene X Serra
Fonte: Site Carta Capital
Adib Jatene, na Bandeirantes, no domingo (17), deve ter surpreendido a quem não o conhecia. E deve ter desagradado especialmente ao mundo tucano-demoníaco. Por segundos, quem sabe, aquele mundo pode ter perdido muito de sua arrogância e presunção. E o pior, para tucanos e demoníacos, é que Jatene não pode ser chamado de petista, e contra ele não se poderá utilizar o recurso, já gasto, de trololó. Uma preciosa entrevista dada no programa Canal Livre.
Jatene, sabe-se, foi ministro da Saúde de FHC até que não aguentou mais e saiu. Disse, com todas as letras, que quando ministro do Planejamento de FHC – ele foi, não foi? e eu pergunto porque de repente ele desmente – Serra não aceitou qualquer proposta que vinculasse verba à Saúde, como ele, Jatene, queria. Disse que se ele, Jatene, quisesse lutar por isso, que fosse à luta sozinho.
Foi desmontando, passo a passo, as perguntas fundadas no senso comum neoliberal feitas pelos jornalistas. Não, para ele a carga tributária no Brasil não constitui nenhum escândalo. O que o escandalizava, disse, era ouvir pessoas dizendo que era preciso diminuir a carga tributária no País. Como diminuir a carga tributária se com o que recolhemos de impostos não conseguimos sequer atender às necessidades de saúde do nosso povo? Ele é que perguntava. E os jornalistas sem resposta, embora muito educados face à autoridade do entrevistado.
Só não disse, talvez porque não seja característica dele o combate político direto, que a proposta de Serra, continuador de Fernando Henrique Cardoso, é reduzir impostos e diminuir, portanto, a qualidade de saúde oferecida ao nosso povo. O PSDB e o DEM vociferam diariamente contra a carga tributária no Brasil, a mesma carga tributária que cresceu dez pontos durante o governo Fernando Henrique, e para fazer o governo desastrado que fez.
E o PSDB e o DEM acabaram com a CPMF, menina dos olhos de Jatene. Cometeram esse crime contra o povo brasileiro. Jatene sabe disso. Mas, prefere caminhos mais sinuosos. Não disse que Serra foi patrocinador do fim da CPMF. Jatene mete o dedo na ferida, mas é elegante, polido, diplomático. Deixa que o espectador reflita sobre o que fala.
Mas, os jornalistas, que metabolizaram profundamente a ideologia neoliberal, iam e vinham com as perguntas, aquelas de sempre. Mas, não é um problema de gestão, ministro? Será mesmo carência de recursos? Jatene é calmo, não se irrita, e fala de forma quase pedagógica, como que pretendendo convencer os jornalistas.
Em primeiro lugar, os melhores gestores são os gestores públicos, ensinou. Mas, por quê? reagiram os entrevistadores. São os melhores porque lidam com recursos escassos e fazem um trabalho admirável. Fez elogios rasgados ao SUS. E insistiu, na contramão do demo-tucanato, que o problema central da Saúde no Brasil é de recursos mesmo. E fez um cotejamento detalhado entre os gastos públicos de países desenvolvidos e o Brasil para mostrar o quanto estamos distantes de padrões ideais quanto a recursos para o setor.
Nada disso é trololó. E o pior é que não pode dizer que é agitação de petista, insista-se. Jatene já serviu a vários governos, e sempre levou a sério a função pública. É um médico, dos mais respeitados do País, com notoriedade que ultrapassa as fronteiras nacionais. E que sempre demonstrou que tem o que podemos chamar de espírito público.
Quando percebeu que o jogo tucano não era a favor da Saúde, pegou o boné e foi embora. E continua a levar a vida com seu elevado espírito de bem servir a nossa gente.
Emiliano José
Emiliano José é jornalista, escritor, doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. www.emilianojose.com.br
LEIA EM CARTA CAPITAL
Fonte: Site Carta Capital
Adib Jatene, na Bandeirantes, no domingo (17), deve ter surpreendido a quem não o conhecia. E deve ter desagradado especialmente ao mundo tucano-demoníaco. Por segundos, quem sabe, aquele mundo pode ter perdido muito de sua arrogância e presunção. E o pior, para tucanos e demoníacos, é que Jatene não pode ser chamado de petista, e contra ele não se poderá utilizar o recurso, já gasto, de trololó. Uma preciosa entrevista dada no programa Canal Livre.
Jatene, sabe-se, foi ministro da Saúde de FHC até que não aguentou mais e saiu. Disse, com todas as letras, que quando ministro do Planejamento de FHC – ele foi, não foi? e eu pergunto porque de repente ele desmente – Serra não aceitou qualquer proposta que vinculasse verba à Saúde, como ele, Jatene, queria. Disse que se ele, Jatene, quisesse lutar por isso, que fosse à luta sozinho.
Foi desmontando, passo a passo, as perguntas fundadas no senso comum neoliberal feitas pelos jornalistas. Não, para ele a carga tributária no Brasil não constitui nenhum escândalo. O que o escandalizava, disse, era ouvir pessoas dizendo que era preciso diminuir a carga tributária no País. Como diminuir a carga tributária se com o que recolhemos de impostos não conseguimos sequer atender às necessidades de saúde do nosso povo? Ele é que perguntava. E os jornalistas sem resposta, embora muito educados face à autoridade do entrevistado.
Só não disse, talvez porque não seja característica dele o combate político direto, que a proposta de Serra, continuador de Fernando Henrique Cardoso, é reduzir impostos e diminuir, portanto, a qualidade de saúde oferecida ao nosso povo. O PSDB e o DEM vociferam diariamente contra a carga tributária no Brasil, a mesma carga tributária que cresceu dez pontos durante o governo Fernando Henrique, e para fazer o governo desastrado que fez.
E o PSDB e o DEM acabaram com a CPMF, menina dos olhos de Jatene. Cometeram esse crime contra o povo brasileiro. Jatene sabe disso. Mas, prefere caminhos mais sinuosos. Não disse que Serra foi patrocinador do fim da CPMF. Jatene mete o dedo na ferida, mas é elegante, polido, diplomático. Deixa que o espectador reflita sobre o que fala.
Mas, os jornalistas, que metabolizaram profundamente a ideologia neoliberal, iam e vinham com as perguntas, aquelas de sempre. Mas, não é um problema de gestão, ministro? Será mesmo carência de recursos? Jatene é calmo, não se irrita, e fala de forma quase pedagógica, como que pretendendo convencer os jornalistas.
Em primeiro lugar, os melhores gestores são os gestores públicos, ensinou. Mas, por quê? reagiram os entrevistadores. São os melhores porque lidam com recursos escassos e fazem um trabalho admirável. Fez elogios rasgados ao SUS. E insistiu, na contramão do demo-tucanato, que o problema central da Saúde no Brasil é de recursos mesmo. E fez um cotejamento detalhado entre os gastos públicos de países desenvolvidos e o Brasil para mostrar o quanto estamos distantes de padrões ideais quanto a recursos para o setor.
Nada disso é trololó. E o pior é que não pode dizer que é agitação de petista, insista-se. Jatene já serviu a vários governos, e sempre levou a sério a função pública. É um médico, dos mais respeitados do País, com notoriedade que ultrapassa as fronteiras nacionais. E que sempre demonstrou que tem o que podemos chamar de espírito público.
Quando percebeu que o jogo tucano não era a favor da Saúde, pegou o boné e foi embora. E continua a levar a vida com seu elevado espírito de bem servir a nossa gente.
Emiliano José
Emiliano José é jornalista, escritor, doutor em Comunicação e Cultura Contemporâneas pela Universidade Federal da Bahia. www.emilianojose.com.br
LEIA EM CARTA CAPITAL
Site BN informa que votos de Marina irão para Serra, com base em...enquete do site
O site de Samuel Celestino – Bahia Notícias – deu uma boa derrapada no jornalismo. O site caiu na tentação de gerar manchetinha baseada em enquete do próprio site, sem qualquer rigor científico. Como é mesmo a manchetinha? “Enquete: votos de Marina irão para Serra”. UAU. O tom peremptório, afirmativo, cheira a campanha eleitoral, e não informação. Não vou nem me dar ao trabalho de reproduzir os números. Tem gente me sugerindo que faça o mesmo, uma “enquete” no Bahia de Fato para saber para onde vão os votos de Marina Silva. Não dá não minha gente, morro de vergonha!
Investimentos em infraestrutura mudam a cara do Brasil
Autor: Nilmário Miranda
Para: Agência Carta Maior
Ao assumir o governo federal em 2002, Lula encontrou um país praticamente estagnado, após oito anos de governo FHC. Nos últimos oito anos, a marca registrada tem sido a retomada do desenvolvimento econômico a partir de iniciativas de âmbito nacional, regional e local. Essa nova fase do Brasil pode ser vista no campo e nas cidades.
Estão sendo criadas condições para o escoamento da produção, de minérios e outros produtos. Nas cidades, estão sendo urbanizadas favelas, modernizados e ampliados os projetos de metrô. Na área rural, regiões nas quais a população não tinha água para beber, receberam adutoras, cisternas e hoje contam com irrigação para suas produções. Territorialmente, as iniciativas implementadas reconhecem as particularidades de cada região e investem na moderna integração regional do país concebendo nossas regiões como imensos celeiros de oportunidades.
Todas essas iniciativas estão concentradas no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que é um conjunto de medidas e ações governamentais voltadas ao campo e à cidade, em parceria com a iniciativa privada, para promover o desenvolvimento econômico com inclusão social em todo o território nacional e diminuir as desigualdades regionais. Por um lado, o programa estimula a produção industrial/agrícola, com a construção de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos e por outro, promove a inclusão social com os programas Minha casa, Minha vida e Luz para todos e a inclusão digital. Além das grandes obras, há uma complexa estrutura de execução e acompanhamento de todas as etapas destes projetos por um grupo interministerial centrado no Ministério da Casa Civil.
No plano federal, o governo Lula avançou na distribuição de recursos e criou novas fontes de financiamento por meio do BNDES e na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, empresa pública vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia) e no fortalecimento dos bancos regionais. Com isso já é possível identificar, como ocorre no Nordeste, novos mercados e centros de produção locais que se tornam viáveis com o avanço da inclusão digital.
A incorporação da variável regional no planejamento do novo ciclo de desenvolvimento inaugurado por Lula resultou em um conjunto de obras de infraestrutura e programas de apoio ao desenvolvimento econômico e social que estão enfrentando a exclusão e mudando a cara do Brasil: as novas siderúrgicas no Maranhão e no Ceará; as refinarias no Ceará e em Pernambuco, as ferrovias Norte-Sul, Oeste-Leste e a Transnordestina, as refinarias de biodiesel na Bahia, aos estaleiros em Pernambuco, o gasoduto na Bahia, as hidrelétricas em Rondônia e no Pará, a transposição do Rio São Francisco, a ampliação de aeroportos, a recuperação de estradas, os investimentos no metrô em Salvador e Recife, entre outros.
Essa remodelação do modo de ver o Estado trouxe uma verdadeira revolução na distribuição de renda em todo o país. Uma ponta sensível é a valorização do salário mínimo - uma engrenagem do PAC que colocou milhares de pessoas no mercado consumidor interno. Setores mais problemáticos como o saneamento, a saúde, as grandes cidades estão contemplados por PACs específicos.
Enquanto isso, nos governos tucanos...
Enquanto no resto do país as obras de infraestrutura estão a toda, no Estado de São Paulo a situação é inversa e pode ser constatada nos baixos investimentos e na baixa execução orçamentária. O estado de São Paulo é um dos exemplos acabados de ineficiência das gestões tucanas, mesmo recebendo os empréstimos federais e internacionais, avalizados pelo governo federal, destinados à ampliação e melhoria do transporte metroviário e ferroviário na Região Metropolitana, à melhoria das estradas, das rodovias, às obras de saneamento básico, de recuperação ambiental e de combate a enchentes. O governo tucano omite que obras anunciadas de sua iniciativa foram realizadas com participação financeira significativa do governo federal.
Apesar desses empréstimos e da capacidade arrecadadora de um dos estados mais industrializados do país, São Paulo, que é governada pelo PSDB há 16 anos, convive com a baixa disponibilidade de água potável, a incapacidade de tratamento de todo o esgoto e efluentes, a destinação inadequada do lixo, a ocupação de áreas de proteção ambiental e de mananciais, a falta de planejamento, entre outros. São mais de 600 mil pessoas que vivem em áreas regularizadas ainda sem acesso à água potável de forma adequada (nas cidades da Região Metropolitana atendidas pela Sabesp, empresa de economia mista, cujo maior acionista é o governo do Estado). Nestes cálculos não está incluída a população que vive em áreas irregulares e que somam mais de 2,5 milhões de pessoas. Além disso, são 157 municípios e uma população de mais nove milhões de habitantes sem nenhum tratamento de esgotos.
São Paulo tem hoje quase 42 milhões de habitantes (22% da população brasileira) e densidade demográfica média de 168 habitantes por km². O déficit habitacional no estado é de 1,2 milhão de moradias, cerca de 20% do déficit nacional. São cinco milhões de pessoas desprovidas do direito à moradia digna, em especial as camadas mais pobres da população, 80% na faixa de até três salários mínimos de renda familiar.
A Região Metropolitana de São Paulo é detentora de 50% de toda a demanda de moradia no Estado, concentrando 2.797 favelas, com 1,3 milhão de pessoas somente na capital. Segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal de Habitação, são 1.636 favelas na cidade de São Paulo. Os moradores dessas favelas aguardam iniciativas de urbanização e regularização, com o atendimento de infraestrutura, provisão de moradias no próprio local, além de equipamentos e serviços sociais.
PEDÁGIOS - A concessão de exploração das estradas à iniciativa privada tem sido uma constante na política de investimentos dos governos tucanos. As concessionárias cobram pedágios altíssimos a título de "manter e melhorar" a malha viária em todo o Estado, mas nota-se mesmo o crescimento de praças de pedágio por toda a parte – 277 em funcionamento até abril deste ano.
(*) Nilmário Miranda é Jornalista, presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-Secretário Especial dos Direitos Humanos no primeiro Governo Lula.
Publicado originalmente em Agência Carta Maior.
Para: Agência Carta Maior
Ao assumir o governo federal em 2002, Lula encontrou um país praticamente estagnado, após oito anos de governo FHC. Nos últimos oito anos, a marca registrada tem sido a retomada do desenvolvimento econômico a partir de iniciativas de âmbito nacional, regional e local. Essa nova fase do Brasil pode ser vista no campo e nas cidades.
Estão sendo criadas condições para o escoamento da produção, de minérios e outros produtos. Nas cidades, estão sendo urbanizadas favelas, modernizados e ampliados os projetos de metrô. Na área rural, regiões nas quais a população não tinha água para beber, receberam adutoras, cisternas e hoje contam com irrigação para suas produções. Territorialmente, as iniciativas implementadas reconhecem as particularidades de cada região e investem na moderna integração regional do país concebendo nossas regiões como imensos celeiros de oportunidades.
Todas essas iniciativas estão concentradas no Programa de Aceleração do Crescimento, o PAC, que é um conjunto de medidas e ações governamentais voltadas ao campo e à cidade, em parceria com a iniciativa privada, para promover o desenvolvimento econômico com inclusão social em todo o território nacional e diminuir as desigualdades regionais. Por um lado, o programa estimula a produção industrial/agrícola, com a construção de rodovias, ferrovias, hidrovias, portos, aeroportos e por outro, promove a inclusão social com os programas Minha casa, Minha vida e Luz para todos e a inclusão digital. Além das grandes obras, há uma complexa estrutura de execução e acompanhamento de todas as etapas destes projetos por um grupo interministerial centrado no Ministério da Casa Civil.
No plano federal, o governo Lula avançou na distribuição de recursos e criou novas fontes de financiamento por meio do BNDES e na Finep (Financiadora de Estudos e Projetos, empresa pública vinculada ao Ministério de Ciência e Tecnologia) e no fortalecimento dos bancos regionais. Com isso já é possível identificar, como ocorre no Nordeste, novos mercados e centros de produção locais que se tornam viáveis com o avanço da inclusão digital.
A incorporação da variável regional no planejamento do novo ciclo de desenvolvimento inaugurado por Lula resultou em um conjunto de obras de infraestrutura e programas de apoio ao desenvolvimento econômico e social que estão enfrentando a exclusão e mudando a cara do Brasil: as novas siderúrgicas no Maranhão e no Ceará; as refinarias no Ceará e em Pernambuco, as ferrovias Norte-Sul, Oeste-Leste e a Transnordestina, as refinarias de biodiesel na Bahia, aos estaleiros em Pernambuco, o gasoduto na Bahia, as hidrelétricas em Rondônia e no Pará, a transposição do Rio São Francisco, a ampliação de aeroportos, a recuperação de estradas, os investimentos no metrô em Salvador e Recife, entre outros.
Essa remodelação do modo de ver o Estado trouxe uma verdadeira revolução na distribuição de renda em todo o país. Uma ponta sensível é a valorização do salário mínimo - uma engrenagem do PAC que colocou milhares de pessoas no mercado consumidor interno. Setores mais problemáticos como o saneamento, a saúde, as grandes cidades estão contemplados por PACs específicos.
Enquanto isso, nos governos tucanos...
Enquanto no resto do país as obras de infraestrutura estão a toda, no Estado de São Paulo a situação é inversa e pode ser constatada nos baixos investimentos e na baixa execução orçamentária. O estado de São Paulo é um dos exemplos acabados de ineficiência das gestões tucanas, mesmo recebendo os empréstimos federais e internacionais, avalizados pelo governo federal, destinados à ampliação e melhoria do transporte metroviário e ferroviário na Região Metropolitana, à melhoria das estradas, das rodovias, às obras de saneamento básico, de recuperação ambiental e de combate a enchentes. O governo tucano omite que obras anunciadas de sua iniciativa foram realizadas com participação financeira significativa do governo federal.
Apesar desses empréstimos e da capacidade arrecadadora de um dos estados mais industrializados do país, São Paulo, que é governada pelo PSDB há 16 anos, convive com a baixa disponibilidade de água potável, a incapacidade de tratamento de todo o esgoto e efluentes, a destinação inadequada do lixo, a ocupação de áreas de proteção ambiental e de mananciais, a falta de planejamento, entre outros. São mais de 600 mil pessoas que vivem em áreas regularizadas ainda sem acesso à água potável de forma adequada (nas cidades da Região Metropolitana atendidas pela Sabesp, empresa de economia mista, cujo maior acionista é o governo do Estado). Nestes cálculos não está incluída a população que vive em áreas irregulares e que somam mais de 2,5 milhões de pessoas. Além disso, são 157 municípios e uma população de mais nove milhões de habitantes sem nenhum tratamento de esgotos.
São Paulo tem hoje quase 42 milhões de habitantes (22% da população brasileira) e densidade demográfica média de 168 habitantes por km². O déficit habitacional no estado é de 1,2 milhão de moradias, cerca de 20% do déficit nacional. São cinco milhões de pessoas desprovidas do direito à moradia digna, em especial as camadas mais pobres da população, 80% na faixa de até três salários mínimos de renda familiar.
A Região Metropolitana de São Paulo é detentora de 50% de toda a demanda de moradia no Estado, concentrando 2.797 favelas, com 1,3 milhão de pessoas somente na capital. Segundo levantamento feito pela Secretaria Municipal de Habitação, são 1.636 favelas na cidade de São Paulo. Os moradores dessas favelas aguardam iniciativas de urbanização e regularização, com o atendimento de infraestrutura, provisão de moradias no próprio local, além de equipamentos e serviços sociais.
PEDÁGIOS - A concessão de exploração das estradas à iniciativa privada tem sido uma constante na política de investimentos dos governos tucanos. As concessionárias cobram pedágios altíssimos a título de "manter e melhorar" a malha viária em todo o Estado, mas nota-se mesmo o crescimento de praças de pedágio por toda a parte – 277 em funcionamento até abril deste ano.
(*) Nilmário Miranda é Jornalista, presidente da Fundação Perseu Abramo e ex-Secretário Especial dos Direitos Humanos no primeiro Governo Lula.
Publicado originalmente em Agência Carta Maior.
O que podemos fazer para garantir a vitória de Dilma?
1. Conversar com quem não pretende votar nela, argumentar sobre as razões pelas quais você vai votar, ouvir as razões do voto da pessoa e contra argumentar.
2. Sair com plásticos, bandeiras, bottons, tudo o que identifique nosso voto.
3. Acionar redes de internet com freqüência, reenviar mensagens, responder outras, escrever e mandar – em suma, fazer circular ao máximo as mensagens que acredita que possam favorecer o voto na Dilma.
4. Denunciar sistematicamente, multiplicando pelos endereços já existentes, a rede de calúnias que a direita continua a fazer circular.
5. Fazer circular especificamente as declarações da Dilma e do Lula.
6. Tomar a iniciativa de marcar atividades – seja com grupos de propaganda nas ruas, seja em debates nos setores onde exista certo número de indecisos, de gente que pensa votar em branco ou passível de ser convencido do voto pela Dilma.
7. Fazer campanha sistematicamente para que as pessoas votem, só viajando depois de fazê-lo, caso pensem viajar.
8. Não viajar no feriado das eleições. Ir votar, se possível, com algo de vermelho na roupa.
9. Reiterar a necessidade dos eleitores terem que levar algum documento com foto.
10. Não nos fiarmos nas expectativas geradas pelas pesquisas e disputar votos até o último momento, para garantirmos a vitória da Dilma.
Fonte: Blog do Emir
2. Sair com plásticos, bandeiras, bottons, tudo o que identifique nosso voto.
3. Acionar redes de internet com freqüência, reenviar mensagens, responder outras, escrever e mandar – em suma, fazer circular ao máximo as mensagens que acredita que possam favorecer o voto na Dilma.
4. Denunciar sistematicamente, multiplicando pelos endereços já existentes, a rede de calúnias que a direita continua a fazer circular.
5. Fazer circular especificamente as declarações da Dilma e do Lula.
6. Tomar a iniciativa de marcar atividades – seja com grupos de propaganda nas ruas, seja em debates nos setores onde exista certo número de indecisos, de gente que pensa votar em branco ou passível de ser convencido do voto pela Dilma.
7. Fazer campanha sistematicamente para que as pessoas votem, só viajando depois de fazê-lo, caso pensem viajar.
8. Não viajar no feriado das eleições. Ir votar, se possível, com algo de vermelho na roupa.
9. Reiterar a necessidade dos eleitores terem que levar algum documento com foto.
10. Não nos fiarmos nas expectativas geradas pelas pesquisas e disputar votos até o último momento, para garantirmos a vitória da Dilma.
Fonte: Blog do Emir
Adid Jatene afirma que Serra foi inimigo número 1 da saúde
No site CONVERSA AFIADA, o jornalista Paulo Henrique Amorim comenta: “O meu amigo Emiliano José deve ter sido o único espectador de um programa de “debates” na TV Bandeirantes, no domingo à noite”.
Adib Jatene, na Bandeirantes, no domingo, deve ter surpreendido a quem não o conhecia. E deve ter desagradado especialmente ao mundo tucano-demoníaco. Por segundos, quem sabe, aquele mundo pode ter perdido muito de sua arrogância e presunção. E o pior, para tucanos e demoníacos, é que Jatene não pode ser chamado de petista, e contra ele não se poderá utilizar o recurso, já gasto, de trololó. Uma preciosa entrevista dada no programa Canal Livre.
Jatene, sabe-se, foi ministro da Saúde de FHC até que não agüentou mais e saiu. Disse, com todas as letras, que quando ministro do Planejamento de FHC – ele foi, não foi? e eu pergunto porque de repente ele desmente – Serra não aceitou qualquer proposta que vinculasse verba à Saúde, como ele, Jatene, queria. Disse que se ele, Jatene, quisesse lutar por isso, que fosse à luta sozinho.
Foi desmontando, passo a passo, as perguntas fundadas no senso comum neoliberal feitas pelos jornalistas. Não, para ele a carga tributária no Brasil não constitui nenhum escândalo. O que o escandalizava, disse, era ouvir pessoas dizendo que era preciso diminuir a carga tributária no País. Como diminuir a carga tributária se com o que recolhemos de impostos não conseguimos sequer atender às necessidades de saúde do nosso povo? Ele é que perguntava. E os jornalistas sem resposta, embora muito educados face à autoridade do entrevistado.
Fonte CONVERSA AFIADA
Adib Jatene, na Bandeirantes, no domingo, deve ter surpreendido a quem não o conhecia. E deve ter desagradado especialmente ao mundo tucano-demoníaco. Por segundos, quem sabe, aquele mundo pode ter perdido muito de sua arrogância e presunção. E o pior, para tucanos e demoníacos, é que Jatene não pode ser chamado de petista, e contra ele não se poderá utilizar o recurso, já gasto, de trololó. Uma preciosa entrevista dada no programa Canal Livre.
Jatene, sabe-se, foi ministro da Saúde de FHC até que não agüentou mais e saiu. Disse, com todas as letras, que quando ministro do Planejamento de FHC – ele foi, não foi? e eu pergunto porque de repente ele desmente – Serra não aceitou qualquer proposta que vinculasse verba à Saúde, como ele, Jatene, queria. Disse que se ele, Jatene, quisesse lutar por isso, que fosse à luta sozinho.
Foi desmontando, passo a passo, as perguntas fundadas no senso comum neoliberal feitas pelos jornalistas. Não, para ele a carga tributária no Brasil não constitui nenhum escândalo. O que o escandalizava, disse, era ouvir pessoas dizendo que era preciso diminuir a carga tributária no País. Como diminuir a carga tributária se com o que recolhemos de impostos não conseguimos sequer atender às necessidades de saúde do nosso povo? Ele é que perguntava. E os jornalistas sem resposta, embora muito educados face à autoridade do entrevistado.
Fonte CONVERSA AFIADA
Confirmado. Aborto da mulher de Serra faz campanha encerrar o assunto
O candidato Serra despediu-se do tema do aborto, como peça importante de sua campanha eleitoral, durante o Jornal Nacional de terça-feira (19). Ele responsabilizou o PT por ter introduzido o tema na campanha e negou que tenha feito exploração eleitoral sobre o assunto.
Especialistas marqueteiros, entretanto, prevêem que o aborto apenas vai sair da superfície e mergulhar na campanha subterrânea do “telemarketing da calúnia”.
O aborto praticado por Mônica Serra, aos quatro meses de gravidez, obrigou o PSDB a mudar de estratégia.
Especialistas marqueteiros, entretanto, prevêem que o aborto apenas vai sair da superfície e mergulhar na campanha subterrânea do “telemarketing da calúnia”.
O aborto praticado por Mônica Serra, aos quatro meses de gravidez, obrigou o PSDB a mudar de estratégia.
Na quarta-feira (20), três fatos sinalizaram a vitória de Dilma (PT)
1 - AMBIENTALISTAS APOIAM DILMA – A candidata à presidência recebeu em Brasília a adesão de ambientalistas de renome. Não foi um troca-troca de favores. O verde Pedro Ivo, que saiu do PT junto com Marina em 2009, afirmou que a vitória de Serra seria uma volta ao passado. “Marina queria que o Brasil fosse para a frente”, por isso agora estamos com Dilma. Ao ato político compareceu Ângela Mendes, filha do líder seringueiro, Chico Mendes, assassinado no Acre em 1988. A filha de Chico Mendes está com Dilma.
2 – IBOPE DÁ DILMA COM 11 PONTOS À FRENTE – A pesquisa IBOPE/ESTADÃO/TV GLOBO deu Dilma Rousseff com 11 pontos à frente de Serra. Dilma teve 51% das intenções de voto e Serra 40%. Considerando os votos válidos Dilma vai a56% contra Serra com 44%. Dilma praticamente dobrou a diferença.
3 – No mesmo dia a pesquisa CNT/SENSUS deu 52,8% de votos válidos para Dilma, contra 47,7% para Serra. Dilma cresceu e Serra caiu em relação á pesquisa anterior. Serra só ganha no índice de rejeição.
2 – IBOPE DÁ DILMA COM 11 PONTOS À FRENTE – A pesquisa IBOPE/ESTADÃO/TV GLOBO deu Dilma Rousseff com 11 pontos à frente de Serra. Dilma teve 51% das intenções de voto e Serra 40%. Considerando os votos válidos Dilma vai a56% contra Serra com 44%. Dilma praticamente dobrou a diferença.
3 – No mesmo dia a pesquisa CNT/SENSUS deu 52,8% de votos válidos para Dilma, contra 47,7% para Serra. Dilma cresceu e Serra caiu em relação á pesquisa anterior. Serra só ganha no índice de rejeição.
20 de outubro de 2010
Serra pratica terrorismo eleitoral difuso com telemarketing do mal
À medida em que as pesquisas mostram crescimento de Dilma (PT), aumentam de intensidade as ações subterrâneas. Elas chegam em forma de panfletos distribuídos de porta em porta, nas áreas pobres, com afirmações maldosas sobre a vida sexual de Dilma Rousseff.
E também na forma de um megaesquema de telemarketing.
Milhares de pessoas estão recebendo telefonemas. É o telemarketing das sombras bombardeando também os baianos.
O jornalista Rodrigo Viana, em seu blog Escrevinhador, fotografou o número do telemarketing pelo BINA. Porto Alegre foi a cidade mais bombardeada até o momento. depois vem Salvador.
A empresa que faz o serviço sujo já foi identificada, fica no bairro Paraíso, em São Paulo. Basta agora a campanha da Dilma acionar a Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral para saber quem contratou a empresa.
Centenas de eleitores estão sendo orientados a gravar os telefonemas. Várias secretárias eletrônicas oferecem este serviço. Vamos combater a campanha do terror difuso.
Serra está protagonizando a campanha eleitoral mais suja da história do Brasil.
Muitos eleitores já estão desistindo do Serra por causa dessa lama toda.
Diga NÃO à campanha suja de Serra.
E também na forma de um megaesquema de telemarketing.
Milhares de pessoas estão recebendo telefonemas. É o telemarketing das sombras bombardeando também os baianos.
O jornalista Rodrigo Viana, em seu blog Escrevinhador, fotografou o número do telemarketing pelo BINA. Porto Alegre foi a cidade mais bombardeada até o momento. depois vem Salvador.
A empresa que faz o serviço sujo já foi identificada, fica no bairro Paraíso, em São Paulo. Basta agora a campanha da Dilma acionar a Polícia Federal e o Ministério Público Eleitoral para saber quem contratou a empresa.
Centenas de eleitores estão sendo orientados a gravar os telefonemas. Várias secretárias eletrônicas oferecem este serviço. Vamos combater a campanha do terror difuso.
Serra está protagonizando a campanha eleitoral mais suja da história do Brasil.
Muitos eleitores já estão desistindo do Serra por causa dessa lama toda.
Diga NÃO à campanha suja de Serra.
Campanha de Serra ataca com “telemarketing da calúnia”
Milhares de eleitores estão recebendo diariamente ligações telefônicas com propaganda negativa contra a candidata Dilma Rousseff. Os advogados da coligação Para o Brasil Seguir Mudando entraram com um requerimento para abertura de inquérito na Polícia Federal, para apurar quem são os responsáveis.
A intenção é identificar os responsáveis pelo serviço de telemarketing, cuja ação configura crime eleitoral por conta das calúnias e difamações ditas nos telefonemas. Até agora, a campanha de Dilma recebeu dezenas de denúncias sobre ligações para vários estados, entre eles Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Todas as pessoas informaram que o número de telefone que faz as ligações tem código 48, da região de Florianópolis (SC).
O "telemarketing da calúnia" foi denunciado na semana passada por meio de uma reportagem dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas. Trata-se de um novo procedimento dos adversários de Dilma, que espalharam uma série de boatos por e-mails e panfletos contra a candidata nos últimos meses.
A intenção é identificar os responsáveis pelo serviço de telemarketing, cuja ação configura crime eleitoral por conta das calúnias e difamações ditas nos telefonemas. Até agora, a campanha de Dilma recebeu dezenas de denúncias sobre ligações para vários estados, entre eles Bahia, Pernambuco e Rio Grande do Sul.
Todas as pessoas informaram que o número de telefone que faz as ligações tem código 48, da região de Florianópolis (SC).
O "telemarketing da calúnia" foi denunciado na semana passada por meio de uma reportagem dos jornais Correio Braziliense e Estado de Minas. Trata-se de um novo procedimento dos adversários de Dilma, que espalharam uma série de boatos por e-mails e panfletos contra a candidata nos últimos meses.
Dilma recebe apoio do Fórum Nacional pela Reforma Agrária
A candidata à presidência da República, Dilma Rousseff (PT), coloca como prioridade de seu governo a erradicação da miséria. As entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA) concordaram com esta prioridade e declararam seu apoio à eleição de Dilma com a entrega oficial do documento na manhã desta quarta-feira (20), em Brasília. O Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo é composto por 54 entidades nacionais do campo e da cidade.
Os dirigentes dos movimentos sociais declararam que apoiam Dilma porque a erradicação da pobreza é fundamental. O FNRA espera que Dilma, como presidenta, adote medidas para avançar na realização da reforma agrária, no fortalecimento da agricultura familiar e camponesa e na defesa do meio ambiente.
Para o Fórum, a eleição de Dilma “vai assegurar os avanços conquistados e não permitir que nosso país retroceda ao tempo das políticas neoliberais, da criminalização das lutas populares e das ações que transformavam em casos de polícia a legítima luta das organizações e movimentos sociais pela conquista de direitos no campo.”
Leia a íntegra do documento:
As entidades do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo defendem a eleição de Dilma para Presidenta do Brasil
As Entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), de modo autônomo e independente, declaram o seu apoio à eleição de Dilma Roussef para presidenta do Brasil. Vamos assegurar os avanços conquistados e não permitir que nosso país retroceda ao tempo das políticas neoliberais, da criminalização das lutas populares e das ações que transformavam em casos de polícia a legítima luta das organizações e movimentos sociais pela conquista de direitos no campo.
Dilma coloca como a prioridade número um de seu governo a erradicação da miséria. O Fórum concorda plenamente com esta prioridade. Por isso com seu apoio espera que Dilma, como presidenta, adote medidas rápidas e efetivas para avançar na realização da Reforma Agrária, no fortalecimento da agricultura familiar e camponesa e na defesa do Meio Ambiente.
Entendemos que a erradicação da pobreza no campo só se concretizará se houver uma profunda Reforma Agrária que possibilite o acesso à terra às centenas de milhares de famílias sem terra, que garanta os territórios aos povos indígenas e às comunidades quilombolas e outras comunidades tradicionais e assegure, além da distribuição da terra, a implantação de políticas que garantam a construção de comunidades sustentáveis, tanto econômica, quanto cultural e ecologicamente.
Na esteira do que Lula iniciou, o apoio e o estímulo à agricultura familiar deve avançar, uma vez que ela é a responsável pela maior parte da produção de alimentos e pela maioria das ocupações produtivas no meio rural, de acordo com os dados do Censo Agropecuário do IBGE de 2006.
Para que seja possível efetivar a Reforma Agrária e o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa, é fundamental avançar na solução de problemas estruturais que persistem no meio rural.
Por isso, o Fórum ao expressar seu apoio a Dilma, espera que, caso seja eleita, ela se comprometa efetivamente com políticas e ações essenciais para a construção de um desenvolvimento que promova a distribuição de renda e a sustentabilidade socioambiental do país, levando em consideração os seguintes pontos:
Priorizar a realização da reforma agrária, como política pública central para um desenvolvimento socialmente equitativo e ambientalmente sustentável do país, assegurando o cumprimento integral da função social da propriedade.
Construir, com ampla participação dos movimentos do campo, o III Plano Nacional da Reforma Agrária com o objetivo de assentar todas as famílias sem terra acampadas e assegurar o amplo acesso terra, ao território e aos bens naturais aos povos tradicionais.
Promover o pleno desenvolvimento dos assentamentos já criados e fortalecer a agricultura familiar e camponesa dentro de uma estratégia que garanta a soberania e segurança alimentares, implementando políticas públicas que impulsionem o seu desenvolvimento e a dinamização da vida no campo, com qualidade de vida e trabalho.
Fortalecer o INCRA e o MDA dando-lhes condições humanas e financeiras para execução de todas as ações necessárias à realização da ampla reforma agrária e do fortalecimento da agricultura familiar e camponesa.
Intensificar esforços junto aos parlamentares para que o Congresso Nacional aprove a PEC 438, que prevê a expropriação de terras onde for constatada a prática do trabalho escravo.
Atualizar os índices de produtividade rural.
Adotar medidas que possibilitem um modelo de produção agrícola que reduza e elimine os desmatamentos, as emissões de gás carbônico, a degradação do solo e a destruição da biodiversidade e dos recursos naturais.
Reconhecer e valorizar o papel da participação social no processo de mobilização e gestão do programa de reforma agrária, revogando de imediato todas as medidas que criminalizam as lutas pela terra,os movimentos e organizações sociais.
Aprovar a I Política Nacional de Desenvolvimento para o Brasil Rural (PNDRB), assegurando entre outras coisas, normas e procedimentos, que aperfeiçoem o marco regulatório da reforma agrária e facilitem a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do campo.
Defendemos Dilma, porque a erradicação da pobreza é fundamental para romper com as desigualdades econômicas e sociais que, infelizmente, ainda perduram em nosso País.
Vamos à Luta!
Vamos eleger Dilma Roussef presidenta do Brasil.
Fórum Nacional Pela Reforma Agrária e Justiça no Campo:
ABRA ABEEF, APR, ABONG, ASPTA, ANDES, CARITAS - Brasileira; COIABE, Centro de Justiça Global, CESE, CIMI, CMP, CNASI, COIABE, CONDSEF, CONTAG, CUT, Comissão de Justiça e PAZ, DESER, Empório do Cerrado, ESPLAR, FASE, FAZER, FEAB, FETRAF, FIAN - Brasil, FISENGE, Grito dos Excluídos, IBASE, IBRADES, IDACO, IECLB, IFAS, INESC, Jubileu Sul/Brasil, MAB, MLST, MMC, MNDH, MPA, MST, MTL, Mutirão Nacional pela Superação da Miséria e da Fome; Pastorais Sociais, PJR, Rede Brasil, Rede Social de Justiça, RENAP, SINPAF, Terra de Direitos. CTB Central dos trabalhadores Brasileiros
Os dirigentes dos movimentos sociais declararam que apoiam Dilma porque a erradicação da pobreza é fundamental. O FNRA espera que Dilma, como presidenta, adote medidas para avançar na realização da reforma agrária, no fortalecimento da agricultura familiar e camponesa e na defesa do meio ambiente.
Para o Fórum, a eleição de Dilma “vai assegurar os avanços conquistados e não permitir que nosso país retroceda ao tempo das políticas neoliberais, da criminalização das lutas populares e das ações que transformavam em casos de polícia a legítima luta das organizações e movimentos sociais pela conquista de direitos no campo.”
Leia a íntegra do documento:
As entidades do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo defendem a eleição de Dilma para Presidenta do Brasil
As Entidades que compõem o Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo (FNRA), de modo autônomo e independente, declaram o seu apoio à eleição de Dilma Roussef para presidenta do Brasil. Vamos assegurar os avanços conquistados e não permitir que nosso país retroceda ao tempo das políticas neoliberais, da criminalização das lutas populares e das ações que transformavam em casos de polícia a legítima luta das organizações e movimentos sociais pela conquista de direitos no campo.
Dilma coloca como a prioridade número um de seu governo a erradicação da miséria. O Fórum concorda plenamente com esta prioridade. Por isso com seu apoio espera que Dilma, como presidenta, adote medidas rápidas e efetivas para avançar na realização da Reforma Agrária, no fortalecimento da agricultura familiar e camponesa e na defesa do Meio Ambiente.
Entendemos que a erradicação da pobreza no campo só se concretizará se houver uma profunda Reforma Agrária que possibilite o acesso à terra às centenas de milhares de famílias sem terra, que garanta os territórios aos povos indígenas e às comunidades quilombolas e outras comunidades tradicionais e assegure, além da distribuição da terra, a implantação de políticas que garantam a construção de comunidades sustentáveis, tanto econômica, quanto cultural e ecologicamente.
Na esteira do que Lula iniciou, o apoio e o estímulo à agricultura familiar deve avançar, uma vez que ela é a responsável pela maior parte da produção de alimentos e pela maioria das ocupações produtivas no meio rural, de acordo com os dados do Censo Agropecuário do IBGE de 2006.
Para que seja possível efetivar a Reforma Agrária e o fortalecimento da agricultura familiar e camponesa, é fundamental avançar na solução de problemas estruturais que persistem no meio rural.
Por isso, o Fórum ao expressar seu apoio a Dilma, espera que, caso seja eleita, ela se comprometa efetivamente com políticas e ações essenciais para a construção de um desenvolvimento que promova a distribuição de renda e a sustentabilidade socioambiental do país, levando em consideração os seguintes pontos:
Priorizar a realização da reforma agrária, como política pública central para um desenvolvimento socialmente equitativo e ambientalmente sustentável do país, assegurando o cumprimento integral da função social da propriedade.
Construir, com ampla participação dos movimentos do campo, o III Plano Nacional da Reforma Agrária com o objetivo de assentar todas as famílias sem terra acampadas e assegurar o amplo acesso terra, ao território e aos bens naturais aos povos tradicionais.
Promover o pleno desenvolvimento dos assentamentos já criados e fortalecer a agricultura familiar e camponesa dentro de uma estratégia que garanta a soberania e segurança alimentares, implementando políticas públicas que impulsionem o seu desenvolvimento e a dinamização da vida no campo, com qualidade de vida e trabalho.
Fortalecer o INCRA e o MDA dando-lhes condições humanas e financeiras para execução de todas as ações necessárias à realização da ampla reforma agrária e do fortalecimento da agricultura familiar e camponesa.
Intensificar esforços junto aos parlamentares para que o Congresso Nacional aprove a PEC 438, que prevê a expropriação de terras onde for constatada a prática do trabalho escravo.
Atualizar os índices de produtividade rural.
Adotar medidas que possibilitem um modelo de produção agrícola que reduza e elimine os desmatamentos, as emissões de gás carbônico, a degradação do solo e a destruição da biodiversidade e dos recursos naturais.
Reconhecer e valorizar o papel da participação social no processo de mobilização e gestão do programa de reforma agrária, revogando de imediato todas as medidas que criminalizam as lutas pela terra,os movimentos e organizações sociais.
Aprovar a I Política Nacional de Desenvolvimento para o Brasil Rural (PNDRB), assegurando entre outras coisas, normas e procedimentos, que aperfeiçoem o marco regulatório da reforma agrária e facilitem a vida dos trabalhadores e trabalhadoras do campo.
Defendemos Dilma, porque a erradicação da pobreza é fundamental para romper com as desigualdades econômicas e sociais que, infelizmente, ainda perduram em nosso País.
Vamos à Luta!
Vamos eleger Dilma Roussef presidenta do Brasil.
Fórum Nacional Pela Reforma Agrária e Justiça no Campo:
ABRA ABEEF, APR, ABONG, ASPTA, ANDES, CARITAS - Brasileira; COIABE, Centro de Justiça Global, CESE, CIMI, CMP, CNASI, COIABE, CONDSEF, CONTAG, CUT, Comissão de Justiça e PAZ, DESER, Empório do Cerrado, ESPLAR, FASE, FAZER, FEAB, FETRAF, FIAN - Brasil, FISENGE, Grito dos Excluídos, IBASE, IBRADES, IDACO, IECLB, IFAS, INESC, Jubileu Sul/Brasil, MAB, MLST, MMC, MNDH, MPA, MST, MTL, Mutirão Nacional pela Superação da Miséria e da Fome; Pastorais Sociais, PJR, Rede Brasil, Rede Social de Justiça, RENAP, SINPAF, Terra de Direitos. CTB Central dos trabalhadores Brasileiros
Pesquisa IBOPE confirma VOX POPULI: Dilma dobra vantagem sobre Serra e chega a 56% dos votos válidos
A candidata do PT à Presidência da República, Dilma Rousseff, está 11 pontos porcentuais à frente de José Serra (PSDB), segundo pesquisa Ibope/Estado/TV Globo divulgada hoje, quarta-feira (20). A petista tem 51% das intenções de voto contra 40% de José Serra (PSDB). Considerando-se apenas os votos válidos (excluídos nulos, brancos e eleitores indecisos), Dilma teria 56% contra 44% do tucano.
Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, Dilma pode ter entre 54% e 58% e Serra, entre 42% e 46%. O critério de votos válidos exclui as intenções de voto em branco e nulo e os indecisos.
Na pesquisa anterior do Ibope, divulgada no último dia 13, Dilma aparecia com 53% dos votos válidos, e Serra com 47%.
A pesquisa ouviu 3.010 eleitores, de 18 a 20 de outubro. Encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo", está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número de protocolo 36476/2010.
Votos totais
Pelo critério de votos totais (que incluem no cálculo brancos, nulos e indecisos), Dilma Rousseff soma 51% das intenções de voto, e José Serra, 40%.
De acordo com o Ibope, as intenções de voto em branco e nulos acumulam 5%. Os eleitores que disseram não saber em quem vão votar são 4%.
Nos votos totais da pesquisa anterior do Ibope, do último dia 13, Dilma tinha 49%, e Serra, 43%. Brancos e nulos eram 5%, e indecisos, 3%.
A pesquisa IBOPE confirma a pesquisa VOX POPULI.
Como a margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, Dilma pode ter entre 54% e 58% e Serra, entre 42% e 46%. O critério de votos válidos exclui as intenções de voto em branco e nulo e os indecisos.
Na pesquisa anterior do Ibope, divulgada no último dia 13, Dilma aparecia com 53% dos votos válidos, e Serra com 47%.
A pesquisa ouviu 3.010 eleitores, de 18 a 20 de outubro. Encomendada pela TV Globo e pelo jornal "O Estado de S. Paulo", está registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com o número de protocolo 36476/2010.
Votos totais
Pelo critério de votos totais (que incluem no cálculo brancos, nulos e indecisos), Dilma Rousseff soma 51% das intenções de voto, e José Serra, 40%.
De acordo com o Ibope, as intenções de voto em branco e nulos acumulam 5%. Os eleitores que disseram não saber em quem vão votar são 4%.
Nos votos totais da pesquisa anterior do Ibope, do último dia 13, Dilma tinha 49%, e Serra, 43%. Brancos e nulos eram 5%, e indecisos, 3%.
A pesquisa IBOPE confirma a pesquisa VOX POPULI.
Polícia Federal desmente manchete da Folha de São Paulo
A Folha de São Paulo está extrapolando. Hoje, quarta-feira (20) o jornalão deu a manchete “PF liga quebra de sigilo fiscal de tucano à pré-campanha de Dilma”. É o contrário. A revista Carta Capital on line acaba de esclarecer que “PF não vê ligação entre quebra de sigilo e crime eleitoral”. A Polícia Federal emitiu nota oficial para explicar as investigações sobre a Receita. Não há indícios de utilização em campanha eleitoral, diz a nota oficial.
LEIA MATÉIRA DA CARTA CAPITAL DESMENTINDO A FOLHA:
PF não vê ligação entre quebra de sigilo e crime eleitoral
Polícia Federal emite nota oficial para explicar investigações sobre Receita.
Depois da Folha de S.Paulo noticiar hoje – com exclusividade – que as investigações da Polícia Federal haviam concluído que o jornalista Amaury Ribeiro Jr. era o responsável pela quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra e outros lideres tucanos, a PF emite nota oficial dando sua versão.
Ela confirma que “um jornalista” – sem citar seu nome – utilizou os serviços do posto da Receita em Mauá “no interesse de investigações próprias”.
Diz também o documento que se está atribuindo à PF “conclusões que não correspondem aos dados da investigação” e critica “qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros”.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:
Sobre as investigações para apurar suposta quebra de sigilo de dados da Receita Federal, a Polícia Federal esclarece que:
1- O fato motivador da instauração de inquérito nesta instituição, quebra de sigilo fiscal, já está esclarecido e os responsáveis identificados. O inquérito policial encontra-se em sua fase final e, depois de concluídas as diligências, será encaminhado à 12ª Vara Federal do Distrito Federal;
2- Em 120 dias de investigação, foram realizadas diversas diligências e ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram, até o momento, em 7 indiciamentos;
3- A investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles um jornalista;
4- As provas colhidas apontam que o jornalista utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias;
5- Os dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política;
6- A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação.
LEIA MATÉIRA DA CARTA CAPITAL DESMENTINDO A FOLHA:
PF não vê ligação entre quebra de sigilo e crime eleitoral
Polícia Federal emite nota oficial para explicar investigações sobre Receita.
Depois da Folha de S.Paulo noticiar hoje – com exclusividade – que as investigações da Polícia Federal haviam concluído que o jornalista Amaury Ribeiro Jr. era o responsável pela quebra do sigilo fiscal de Verônica Serra e outros lideres tucanos, a PF emite nota oficial dando sua versão.
Ela confirma que “um jornalista” – sem citar seu nome – utilizou os serviços do posto da Receita em Mauá “no interesse de investigações próprias”.
Diz também o documento que se está atribuindo à PF “conclusões que não correspondem aos dados da investigação” e critica “qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros”.
LEIA A NOTA NA ÍNTEGRA:
Sobre as investigações para apurar suposta quebra de sigilo de dados da Receita Federal, a Polícia Federal esclarece que:
1- O fato motivador da instauração de inquérito nesta instituição, quebra de sigilo fiscal, já está esclarecido e os responsáveis identificados. O inquérito policial encontra-se em sua fase final e, depois de concluídas as diligências, será encaminhado à 12ª Vara Federal do Distrito Federal;
2- Em 120 dias de investigação, foram realizadas diversas diligências e ouvidas 37 pessoas em mais de 50 depoimentos, que resultaram, até o momento, em 7 indiciamentos;
3- A investigação identificou que a quebra de sigilo ocorreu entre setembro e outubro de 2009 e envolveu servidores da Receita Federal, despachantes e clientes que encomendavam os dados, entre eles um jornalista;
4- As provas colhidas apontam que o jornalista utilizou os serviços de levantamento de informações de empresas e pessoas físicas desde o final de 2008 no interesse de investigações próprias;
5- Os dados violados foram utilizados para a confecção de relatórios, mas não foi comprovada sua utilização em campanha política;
6- A Polícia Federal refuta qualquer tentativa de utilização de seu trabalho para fins eleitoreiros com distorção de fatos ou atribuindo a esta instituição conclusões que não correspondam aos dados da investigação.
CESE estimula adesão de cristãos a manifesto pró-Dilma
A Coordenadoria Ecumênica de Serviço (CESE), instituição formada por representantes de quatro denominações evangélicas e a Igreja Católica, divulgou informe abordando as eleições e suas repercussões. O informe convida à leitura de pronunciamentos de igrejas e de religiosos e estimula a adesão ao manifesto intitulado “Se nos calarmos até as pedras falarão”, assinado por importantes bispos católicos e centenas de pastores e líderes evangélicos. A CESE é mantida pelas igrejas Evangélica de Confissão Luterana, Presbiteriana Independente do Brasil, Presbiteriana Unida do Brasil, Episcopal Anglicana do Brasil e Igreja Católica Apostólica Romana.
O informe da CESE relata preocupação com a atual instrumentalização do sentimento religioso popular para “difamar e desconstruir candidaturas, através de panfletos apócrifos, mensagens eletrônicas, com disseminação de mentiras, declarações falsificadas, ódio e preconceito, através de púlpitos e redes sociais”.
“Assistimos com preocupação a tentativa de usar a fé cristã para fins eleitoreiros e escusos. A CESE se solidariza às vozes proféticas que se levantam contra essa onda obscurantista e reafirma valores cristãos de respeito à verdade, à democracia e á diversidade”, diz o informe. Também afirma que o debate eleitoral está sendo “atropelado por um debate estéril, fundamentalista e que traz à tona riscos reais à democracia e ao estado laico”.
Ao final, o informe sugere a leitura de vários pronunciamentos, inclusive um link para a petição on line do manifesto “Se nos calarmos até as pedras falarão (Lc 19, 40)” que justifica o voto em Dilma Rousseff. São mais de 670 assinaturas, mas, as primeiras são de dom Thomas Balduino, Pedro casaldáliga, Demterio Valentini, Luiz Eccel, Antônio Possamai, Sebastião Lima Duarte, Xavier Gilles, todos bispos católicos de importantes dioceses.
CONFIRA ÍNTEGRA E PETIÇÃO ON LINE DIVULGADA PELA CESE
O informe da CESE relata preocupação com a atual instrumentalização do sentimento religioso popular para “difamar e desconstruir candidaturas, através de panfletos apócrifos, mensagens eletrônicas, com disseminação de mentiras, declarações falsificadas, ódio e preconceito, através de púlpitos e redes sociais”.
“Assistimos com preocupação a tentativa de usar a fé cristã para fins eleitoreiros e escusos. A CESE se solidariza às vozes proféticas que se levantam contra essa onda obscurantista e reafirma valores cristãos de respeito à verdade, à democracia e á diversidade”, diz o informe. Também afirma que o debate eleitoral está sendo “atropelado por um debate estéril, fundamentalista e que traz à tona riscos reais à democracia e ao estado laico”.
Ao final, o informe sugere a leitura de vários pronunciamentos, inclusive um link para a petição on line do manifesto “Se nos calarmos até as pedras falarão (Lc 19, 40)” que justifica o voto em Dilma Rousseff. São mais de 670 assinaturas, mas, as primeiras são de dom Thomas Balduino, Pedro casaldáliga, Demterio Valentini, Luiz Eccel, Antônio Possamai, Sebastião Lima Duarte, Xavier Gilles, todos bispos católicos de importantes dioceses.
CONFIRA ÍNTEGRA E PETIÇÃO ON LINE DIVULGADA PELA CESE
Campanha de Serra ensaia abandonar tema do aborto. Por que será?
A “notícia” está no boletim da campanha de Serra, a cada vez mais desmoralizada Folha de São Paulo. “Campanha de Serra vê perda de fôlego e traça mudanças”. E então complementa: “temas como aborto e questões religiosas são escanteadas pelo candidato”.
Por que será que Serra ensaia abandonar o tema do aborto, fartamente explorado? Por “coincidência”, depois que as ex-alunas de sua mulher, Mônica Serra, contaram que ela compartilhou sua dor, em plena sala de aula da Unicamp, por ter feito um aborto nos tempos da ditadura. Há tentativas de desmentido, inclusive bancadas pela Folha de São Paulo. Mas, há muitas testemunhas. Impossível todo mundo estar mentindo. A saída é mesmo abandonar o tema aborto.
E por que será que Serra também ensaia abandonar a exploração do Evangelho em sua campanha eleitoral? Talvez porque padres, freiras, leigos, teólogos, cristãos católicos e evangélicos despejaram na praça uma chuva de manifestos, reflexões, documentos, cartas, simples e-mails contra a exploração política nos templos religiosos.
A campanha de Serra se parece com a história da mulher que trai o marido no sofá da sala. O marido traído retira da sala o sofá. Assim é com o resultado das pesquisas de intenção de voto. Quando a pesquisa é favorável, a turma do Serra aplaude, quando a pesquisa é desfavorável, a turma do Serra desqualifica o instituto.
É mais fácil tirar o sofá da sala, do que resolver a questão. Se é que a questão tenha solução. Como explicar o sumiço dos R$ 4 milhões da campanha arrecadados de empresários? De onde mesmo veio essa dinheirama desviada por Paulo Preto conforme denúncia dos próprios tucanos?
A vaca está indo pro brejo. Mônica Serra, que dizia que Dilma “mata criancinhas” por ser supostamente a favor do aborto, ela própria fez um aborto e tornou público sua tragédia pessoal. O tesoureiro da campanha de Serra desaparece com R$ 4 milhões. As igrejas reagem contra a exploração eleitoral da fé. Os institutos anunciam pesquisas favoráveis a Dilma na reta final. Além da manchete enfadonha da Folha de São Paulo de quarta-feira (20), o que virá por aí neste submundo tucano?
Por que será que Serra ensaia abandonar o tema do aborto, fartamente explorado? Por “coincidência”, depois que as ex-alunas de sua mulher, Mônica Serra, contaram que ela compartilhou sua dor, em plena sala de aula da Unicamp, por ter feito um aborto nos tempos da ditadura. Há tentativas de desmentido, inclusive bancadas pela Folha de São Paulo. Mas, há muitas testemunhas. Impossível todo mundo estar mentindo. A saída é mesmo abandonar o tema aborto.
E por que será que Serra também ensaia abandonar a exploração do Evangelho em sua campanha eleitoral? Talvez porque padres, freiras, leigos, teólogos, cristãos católicos e evangélicos despejaram na praça uma chuva de manifestos, reflexões, documentos, cartas, simples e-mails contra a exploração política nos templos religiosos.
A campanha de Serra se parece com a história da mulher que trai o marido no sofá da sala. O marido traído retira da sala o sofá. Assim é com o resultado das pesquisas de intenção de voto. Quando a pesquisa é favorável, a turma do Serra aplaude, quando a pesquisa é desfavorável, a turma do Serra desqualifica o instituto.
É mais fácil tirar o sofá da sala, do que resolver a questão. Se é que a questão tenha solução. Como explicar o sumiço dos R$ 4 milhões da campanha arrecadados de empresários? De onde mesmo veio essa dinheirama desviada por Paulo Preto conforme denúncia dos próprios tucanos?
A vaca está indo pro brejo. Mônica Serra, que dizia que Dilma “mata criancinhas” por ser supostamente a favor do aborto, ela própria fez um aborto e tornou público sua tragédia pessoal. O tesoureiro da campanha de Serra desaparece com R$ 4 milhões. As igrejas reagem contra a exploração eleitoral da fé. Os institutos anunciam pesquisas favoráveis a Dilma na reta final. Além da manchete enfadonha da Folha de São Paulo de quarta-feira (20), o que virá por aí neste submundo tucano?
Emiliano José: “A campanha de calúnias do Serra contra Dilma está tão descomunal que as pessoas desconfiam e a montanha de mentiras está desmoronando"
Chico Buarque: “Venho aqui reiterar meu apoio entusiasmado a Dilma – essa mulher de fibra, que já passou por tudo e não tem medo de nada”
Teólogo Leonardo Boff: “Se com Lula a esperança venceu o medo, com Dilma a verdade vai vencer a mentira”.
Marilena Chauí: "Serra é versão empobrecida de FHC"
A filósofa Marilena Chauí foi a mais festejada no ato pró-Dilma de segunda-feira (18), no teatro Oi Casa Grande, no Rio. Ela mostrou um “santinho” eleitoral de Serra e leu a mensagem “Jesus é a verdade e a justiça” usada como propaganda política. “É religiosamente obscena”, detonou. Ela disse que Serra não passa de uma versão empobrecida de Fernando Henrique Cardoso. E que o discurso religioso foi uma maneira de desconversar, já que ele não tem projeto para o Brasil. Marilena Chauí tem se recusado a falar para a velha imprensa. Ao jornalista Cláudio Leal, da revista digital Terra Magazine, porém, ela concedeu uma bela entrevista.
LEIA EM TERRA MAGAZINE
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Bassuma, o desagregador, agora ameaça dividir o PV.
Dirigentes do Partido Verde na Bahia decidiram apoiar Dilma Rousseff. Menos um, o deputado federal Luiz Bassuma. Ele sabotava o PT e agora sabota o PV. Por onde passa Bassuma espalha a cizânia. É um desagregador por excelência. Aliás, Bassuma continua mentindo sobre sua saída do PT. Ele não foi expulso porque é contra o aborto. O PT sempre conviveu com as divergências internas. O problema é que ele passou a propor a prisão de mulheres que chegassem aos hospitais com sangramentos provocados por aborto.
Em vez de assistência médica, cuidados, solidariedade, apoio, amor, Bassuma passou a propor o registro de Boletim de Ocorrência. Se o Brasil cai nessa armadilha teria que prender 3 milhões e 500 mil mulheres, pessoas de bem, mães de família, estudantes, profissionais de todo tipo. Uma insanidade. No PT tem gente a favor da descriminalização do aborto, da legalização do aborto e gente que é contra o aborto em qualquer circunstância. Bassuma perdeu as condições de militância depois que começou a confundir política com religião (a religião dele).
Tirando Bassuma que é do PDM - Partido Dele Mesmo - quase todos os demais integrantes do PV baiano manifestam voto em Dilma. Dos 17 dirigentes, 12 decidiram apoiar Dilma, inclusive o próprio presidente regional, Ivanilson Gomes; quatro ficaram neutros e apenas um apóia o tucano. Quem? Luiz Bassuma.
O ambientalista Ivanilson Gomes, presidente do PV da Bahia, disse que Dilma ganhou a simpatia dos verdes porque dos 42 pontos programáticos apresentados pelos verdes, o programa de Dilma foi o que mais se aproximou. As principais lideranças verdes da Bahia já manifestaram apoio a Dilma, entre elas o deputado federal Edson Duarte, a ex-diretora do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Bete Wagner, o ministro Juca Ferreira e o cantor, compositor e ex-ministro Gilberto Gil.
Bassuma está isolado no PV, como estava isolado no PT.
Bassuma é ele e sua interpretação fundamentalista da doutrina espírita.
Em vez de assistência médica, cuidados, solidariedade, apoio, amor, Bassuma passou a propor o registro de Boletim de Ocorrência. Se o Brasil cai nessa armadilha teria que prender 3 milhões e 500 mil mulheres, pessoas de bem, mães de família, estudantes, profissionais de todo tipo. Uma insanidade. No PT tem gente a favor da descriminalização do aborto, da legalização do aborto e gente que é contra o aborto em qualquer circunstância. Bassuma perdeu as condições de militância depois que começou a confundir política com religião (a religião dele).
Tirando Bassuma que é do PDM - Partido Dele Mesmo - quase todos os demais integrantes do PV baiano manifestam voto em Dilma. Dos 17 dirigentes, 12 decidiram apoiar Dilma, inclusive o próprio presidente regional, Ivanilson Gomes; quatro ficaram neutros e apenas um apóia o tucano. Quem? Luiz Bassuma.
O ambientalista Ivanilson Gomes, presidente do PV da Bahia, disse que Dilma ganhou a simpatia dos verdes porque dos 42 pontos programáticos apresentados pelos verdes, o programa de Dilma foi o que mais se aproximou. As principais lideranças verdes da Bahia já manifestaram apoio a Dilma, entre elas o deputado federal Edson Duarte, a ex-diretora do Instituto do Meio Ambiente (IMA), Bete Wagner, o ministro Juca Ferreira e o cantor, compositor e ex-ministro Gilberto Gil.
Bassuma está isolado no PV, como estava isolado no PT.
Bassuma é ele e sua interpretação fundamentalista da doutrina espírita.
O voto do Nordeste, para além do preconceito
Autora: Tânia Bacelar de Araujo
A ampla vantagem da candidata Dilma Rousseff no primeiro turno no Nordeste reacende o preconceito de parte de nossas elites e da grande mídia face às camadas mais pobres da sociedade brasileira e em especial face ao voto dos nordestinos. Como se a população mais pobre não fosse capaz de compreender a vida política e nela atuar em favor de seus interesses e em defesa de seus direitos. Não “soubesse” votar.
Desta vez, a correlação com os programas de proteção social, em especial o “Bolsa Família” serviu de lastro para essas análises parciais e eivadas de preconceito. E como a maior parte da população pobre do país está no Nordeste, no Norte e nas periferias das grandes cidades (vale lembrar que o Sudeste abriga 25% das famílias atendidas pelo “Bolsa Família”), os “grotões”- como nos tratam tais analistas – teriam avermelhado.
Mas os beneficiários destes Programas no Nordeste não são suficientemente numerosos para responder pelos percentuais elevados obtidos por Dilma no primeiro turno: mais de 2/3 dos votos no MA, PI e CE, mais de 50% nos demais estados, e cerca de 60% no total (contra 20% dados a Serra).
A visão simplista e preconceituosa não consegue dar conta do que se passou nesta região nos anos recentes e que explica a tendência do voto para governadores, parlamentares e candidatos a presidente no Nordeste.
A marca importante do Governo Lula foi a retomada gradual de políticas nacionais, valendo destacar que elas foram um dos principais focos do desmonte do Estado nos anos 90. Muitas tiveram como norte o combate às desigualdades sociais e regionais do Brasil. E isso é bom para o Nordeste.
Por outro lado, ao invés da opção estratégica pela “inserção competitiva” do Brasil na globalização - que concentra investimentos nas regiões já mais estruturadas e dinâmicas e que marcou os dois governos do PSDB -, os governos de Lula optaram pela integração nacional ao fundar a estratégia de crescimento na produção e consumo de massa, o que favoreceu enormemente o Nordeste.
Na inserção competitiva, o Nordeste era visto apenas por alguns “clusters” (turismo, fruticultura irrigada, agronegócio graneleiro...) enquanto nos anos recentes a maioria dos seus segmentos produtivos se dinamizaram, fazendo a região ser revisitada pelos empreendedores nacionais e internacionais.
Por seu turno, a estratégia de atacar pelo lado da demanda, com políticas sociais, política de reajuste real elevado do salário mínimo e a de ampliação significativa do crédito, teve impacto muito positivo no Nordeste. A região liderou - junto com o Norte - as vendas no comercio varejista do país entre 2003 e 2009. E o dinamismo do
consumo atraiu investimentos para a região. Redes de supermercados, grandes magazines, indústrias alimentares e de bebidas, entre outros, expandiram sua presença no Nordeste ao mesmo tempo em que as pequenas e medias empresas locais ampliavam sua produção.
Além disso, mudanças nas políticas da Petrobras influíram muito na dinâmica econômica regional como a decisão de investir em novas refinarias (uma em construção e mais duas previstas) e em patrocinar - via suas compras - a retomada da indústria naval brasileira, o que levou o Nordeste a captar vários estaleiros.
Igualmente importante foi a política de ampliação dos investimentos em infra-estrutura – foco principal do PAC – que beneficiou o Nordeste com recursos que somados tem peso no total dos investimentos previstos superior a participação do Nordeste na economia nacional. No seu rastro, a construção civil “bombou” na região.
A política de ampliação das Universidades Federais e de expansão da rede de ensino profissional também atingiu favoravelmente o Nordeste, em especial cidades médias de seu interior. Merece destaque ainda a ampliação dos investimentos em C&T que trouxe para Universidades do Nordeste a liderança de Institutos Nacionais – antes fortemente concentrados no Sudeste - dentre os quais se destaca o Instituto de Fármacos (na UFPE) e o Instituto de Neurociências, instalado na região metropolitana de Natal, sob a liderança do cientista brasileiro Miguel Nicolelis que organizará uma verdadeira “cidade da ciência” num dos municípios mais pobres do RN (Macaíba).
Igualmente importante foi quebrar o mito de que a agricultura familiar era inviável.
O PRONAF mais que sextuplicou seus investimentos entre 2002 e 2010 e outros programas e instrumentos de política foram criados ( seguro – safra , Programa de Compra de Alimentos, estimulo a compras locais pela Merenda Escolar, entre outros) e o recente Censo Agropecuário mostrou que a agropecuária de base familiar gera 3 em cada 4 empregos rurais do país e responde por quase 40% do valor da produção agrícola nacional. E o Nordeste se beneficiou muito desta política, pois abriga 43% da população economicamente ativa do setor agrícola brasileiro.
Resultado: o Nordeste liderou o crescimento do emprego formal no país com 5,9% de crescimento ao ano entre 2003 e 2009, taxa superior a de 5,4% registrada para o Brasil como um todo, e aos 5,2% do Sudeste, segundo dados da RAIS.
Daí a ampla aprovação do Governo Lula em todos os Estados e nas diversas camadas da sociedade nordestina se refletir na acolhida a Dilma. Não é o voto da submissão - como antes - da desinformação, ou da ignorância. É o voto da auto-confiança recuperada, do reconhecimento do correto direcionamento de políticas estratégicas e da esperança na consolidação de avanços alcançados – alguns ainda insipientes e outros insuficientes.
É o voto na aposta de que o Nordeste não é só miséria (e, portanto, “Bolsa Família”), mas uma região plena de potencialidades.
A ampla vantagem da candidata Dilma Rousseff no primeiro turno no Nordeste reacende o preconceito de parte de nossas elites e da grande mídia face às camadas mais pobres da sociedade brasileira e em especial face ao voto dos nordestinos. Como se a população mais pobre não fosse capaz de compreender a vida política e nela atuar em favor de seus interesses e em defesa de seus direitos. Não “soubesse” votar.
Desta vez, a correlação com os programas de proteção social, em especial o “Bolsa Família” serviu de lastro para essas análises parciais e eivadas de preconceito. E como a maior parte da população pobre do país está no Nordeste, no Norte e nas periferias das grandes cidades (vale lembrar que o Sudeste abriga 25% das famílias atendidas pelo “Bolsa Família”), os “grotões”- como nos tratam tais analistas – teriam avermelhado.
Mas os beneficiários destes Programas no Nordeste não são suficientemente numerosos para responder pelos percentuais elevados obtidos por Dilma no primeiro turno: mais de 2/3 dos votos no MA, PI e CE, mais de 50% nos demais estados, e cerca de 60% no total (contra 20% dados a Serra).
A visão simplista e preconceituosa não consegue dar conta do que se passou nesta região nos anos recentes e que explica a tendência do voto para governadores, parlamentares e candidatos a presidente no Nordeste.
A marca importante do Governo Lula foi a retomada gradual de políticas nacionais, valendo destacar que elas foram um dos principais focos do desmonte do Estado nos anos 90. Muitas tiveram como norte o combate às desigualdades sociais e regionais do Brasil. E isso é bom para o Nordeste.
Por outro lado, ao invés da opção estratégica pela “inserção competitiva” do Brasil na globalização - que concentra investimentos nas regiões já mais estruturadas e dinâmicas e que marcou os dois governos do PSDB -, os governos de Lula optaram pela integração nacional ao fundar a estratégia de crescimento na produção e consumo de massa, o que favoreceu enormemente o Nordeste.
Na inserção competitiva, o Nordeste era visto apenas por alguns “clusters” (turismo, fruticultura irrigada, agronegócio graneleiro...) enquanto nos anos recentes a maioria dos seus segmentos produtivos se dinamizaram, fazendo a região ser revisitada pelos empreendedores nacionais e internacionais.
Por seu turno, a estratégia de atacar pelo lado da demanda, com políticas sociais, política de reajuste real elevado do salário mínimo e a de ampliação significativa do crédito, teve impacto muito positivo no Nordeste. A região liderou - junto com o Norte - as vendas no comercio varejista do país entre 2003 e 2009. E o dinamismo do
consumo atraiu investimentos para a região. Redes de supermercados, grandes magazines, indústrias alimentares e de bebidas, entre outros, expandiram sua presença no Nordeste ao mesmo tempo em que as pequenas e medias empresas locais ampliavam sua produção.
Além disso, mudanças nas políticas da Petrobras influíram muito na dinâmica econômica regional como a decisão de investir em novas refinarias (uma em construção e mais duas previstas) e em patrocinar - via suas compras - a retomada da indústria naval brasileira, o que levou o Nordeste a captar vários estaleiros.
Igualmente importante foi a política de ampliação dos investimentos em infra-estrutura – foco principal do PAC – que beneficiou o Nordeste com recursos que somados tem peso no total dos investimentos previstos superior a participação do Nordeste na economia nacional. No seu rastro, a construção civil “bombou” na região.
A política de ampliação das Universidades Federais e de expansão da rede de ensino profissional também atingiu favoravelmente o Nordeste, em especial cidades médias de seu interior. Merece destaque ainda a ampliação dos investimentos em C&T que trouxe para Universidades do Nordeste a liderança de Institutos Nacionais – antes fortemente concentrados no Sudeste - dentre os quais se destaca o Instituto de Fármacos (na UFPE) e o Instituto de Neurociências, instalado na região metropolitana de Natal, sob a liderança do cientista brasileiro Miguel Nicolelis que organizará uma verdadeira “cidade da ciência” num dos municípios mais pobres do RN (Macaíba).
Igualmente importante foi quebrar o mito de que a agricultura familiar era inviável.
O PRONAF mais que sextuplicou seus investimentos entre 2002 e 2010 e outros programas e instrumentos de política foram criados ( seguro – safra , Programa de Compra de Alimentos, estimulo a compras locais pela Merenda Escolar, entre outros) e o recente Censo Agropecuário mostrou que a agropecuária de base familiar gera 3 em cada 4 empregos rurais do país e responde por quase 40% do valor da produção agrícola nacional. E o Nordeste se beneficiou muito desta política, pois abriga 43% da população economicamente ativa do setor agrícola brasileiro.
Resultado: o Nordeste liderou o crescimento do emprego formal no país com 5,9% de crescimento ao ano entre 2003 e 2009, taxa superior a de 5,4% registrada para o Brasil como um todo, e aos 5,2% do Sudeste, segundo dados da RAIS.
Daí a ampla aprovação do Governo Lula em todos os Estados e nas diversas camadas da sociedade nordestina se refletir na acolhida a Dilma. Não é o voto da submissão - como antes - da desinformação, ou da ignorância. É o voto da auto-confiança recuperada, do reconhecimento do correto direcionamento de políticas estratégicas e da esperança na consolidação de avanços alcançados – alguns ainda insipientes e outros insuficientes.
É o voto na aposta de que o Nordeste não é só miséria (e, portanto, “Bolsa Família”), mas uma região plena de potencialidades.
UFBA anuncia novo curso de graduação: “Gênero e Diversidade”
A Universidade Federal da Bahia (UFBA) está divulgando o novo curso de Graduação, modalidade Bacharelado, em Gênero e Diversidade. O objetivo é preparar profissionais/técnicos para o planejamento, execução e avaliação de políticas públicas com enfoque de Gênero e Diversidade.
Segundo a professora Iole Macedo Vanin, coordenadora do Colegiado do Curso de Bacharelado Gênero e Diversidade, com a formalização de acordos internacionais e pactuações nacionais e estaduais, em torno da questão de gênero e diversidade (raça/etnia, idade/geração, orientação sexual) há uma demanda por profissionais especializados.
Estes profissionais podem ocupar cargos como Assessoria Técnica de ministérios e secretarias, técnicos de ONGs, instituições filantrópicas e fundações, coordenação e execução de pesquisas em instituições públicas e privadas, carreira acadêmica, técnico especializado em empresas com programas de responsabilidade social.
Segundo Iole Vanin, a questão de gênero é transversal, portanto, a demanda por profissionais tende a crescer em todo o território nacional. O colegiado está vinculado à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA.
Segundo a professora Iole Macedo Vanin, coordenadora do Colegiado do Curso de Bacharelado Gênero e Diversidade, com a formalização de acordos internacionais e pactuações nacionais e estaduais, em torno da questão de gênero e diversidade (raça/etnia, idade/geração, orientação sexual) há uma demanda por profissionais especializados.
Estes profissionais podem ocupar cargos como Assessoria Técnica de ministérios e secretarias, técnicos de ONGs, instituições filantrópicas e fundações, coordenação e execução de pesquisas em instituições públicas e privadas, carreira acadêmica, técnico especializado em empresas com programas de responsabilidade social.
Segundo Iole Vanin, a questão de gênero é transversal, portanto, a demanda por profissionais tende a crescer em todo o território nacional. O colegiado está vinculado à Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da UFBA.
Vamos eleger Dilma presidente?
Acho que sim. Vamos eleger Dilma Presidente, para o Brasil continuar no rumo certo e seguir mudando. O desafio é até o próximo dia 31 de outubro convencer corações, eleitores, cidadãos, pessoas a depositar o voto na urna, confiantes de que a candidatura de Dilma representa o Brasil que queremos. Com menos desigualdade, muita paz, tolerância religiosa e solidariedade.
Foi esta nação, de homens e mulheres, de gente de fé, que promoveu, junto com o Governo Lula, avanços históricos na área econômica e social. Mais de 28 milhões de pessoas foram retiradas da situação de pobreza e mais 14 milhões de brasileiros trabalham hoje com a carteira assinada. Somos um país forte, sólido, democrático, um exemplo para o mundo no combate à pobreza.
Vamos derrotar a campanha de ódio encabeçada pelos que no passado deixaram como herança desemprego, privatizações, sucateamento do Estado e a exclusão social. Ao ódio deles responderemos com um sorriso.
Vamos dizer não à estagnação e ao atraso. Vamos seguir em frente com Dilma Presidente! Como uma corrente do bem. Fale com seus familiares, vizinhos, colegas de trabalho, colegas de escola. Fale com o desconhecido que passa na rua.
Entre para a corrente do bem.
Foi esta nação, de homens e mulheres, de gente de fé, que promoveu, junto com o Governo Lula, avanços históricos na área econômica e social. Mais de 28 milhões de pessoas foram retiradas da situação de pobreza e mais 14 milhões de brasileiros trabalham hoje com a carteira assinada. Somos um país forte, sólido, democrático, um exemplo para o mundo no combate à pobreza.
Vamos derrotar a campanha de ódio encabeçada pelos que no passado deixaram como herança desemprego, privatizações, sucateamento do Estado e a exclusão social. Ao ódio deles responderemos com um sorriso.
Vamos dizer não à estagnação e ao atraso. Vamos seguir em frente com Dilma Presidente! Como uma corrente do bem. Fale com seus familiares, vizinhos, colegas de trabalho, colegas de escola. Fale com o desconhecido que passa na rua.
Entre para a corrente do bem.
19 de outubro de 2010
Chico Buarque reitera apoio a Dilma, “essa mulher de fibra”
Estou me sentindo enganado. Tentei me informar nos jornais O Globo, Valor e textos das agências de notícias republicadas nos jornais de Salvador, sobre o ato de artistas e intelectuais em apoio a Dilma Rousseff, no Rio de janeiro. Eles publicaram retalhos. Nem os nomes dos presentes não souberam ou não quiseram informar. A cobertura completa está na Agência Carta Maior, assinada por Gilberto Maringoni.
Assim, fiquei sabendo que Chico Buarque discursou. “Venho aqui reiterar meu apoio entusiasmado à campanha da Dilma, essa mulher de fibra, que já passou por tudo, não tem medo de nada. Vai herdar o senso de justiça social, um marco do governo Lula, um governo que não corteja os poderosos de sempre, não despreza os sem-terra, os professores e os garis”.
Chico Buarque ainda emendou com um parágrafo: “A forma de Lula governar é diferente. O Brasil que queremos não fala fino com Washington e nem grosso com Bolívia e Paraguai. Por isso, é ouvido e respeitado no mundo todo”. E depois brincou: “Nunca antes na História desse país houve algo assim". Aplausos, risos e charangas.
LEIA REPORTAGEM COMPLETA EM CARTA MAIOR
Assim, fiquei sabendo que Chico Buarque discursou. “Venho aqui reiterar meu apoio entusiasmado à campanha da Dilma, essa mulher de fibra, que já passou por tudo, não tem medo de nada. Vai herdar o senso de justiça social, um marco do governo Lula, um governo que não corteja os poderosos de sempre, não despreza os sem-terra, os professores e os garis”.
Chico Buarque ainda emendou com um parágrafo: “A forma de Lula governar é diferente. O Brasil que queremos não fala fino com Washington e nem grosso com Bolívia e Paraguai. Por isso, é ouvido e respeitado no mundo todo”. E depois brincou: “Nunca antes na História desse país houve algo assim". Aplausos, risos e charangas.
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Senador Aloysio Nunes confessa ser amigo íntimo de Paulo Preto. Íntimo quanto?
O amigo do amigo do amigo do amigo… É assim que roda a ciranda da campanha tucana. E no vai-e-vem do Bloco da Amizade, o amigo da vez é o senador eleito por São Paulo Aloysio Nunes Ferreira (PSDB).
Ele confirmou em entrevista ao programa Roda Vida, que é amigo pessoal do ex-diretor da Dersa Paulo Preto - o qual era amigo de Serra, depois não era mais e que por fim, após ameaça direta, foi elogiado pelo candidato tucano.
Paulo Preto foi citado por Dilma como responsável pelo desvio de R$ 4 milhões da campanha de Serra e agora o senador paulista Aloysio Nunes confirmou que a família dele e de Paulo Preto são amigas de longa data - coisa de mais de 20 anos.
Aloysio negou que Preto tenha sumido com o dinheiro da campanha, mas disse que não põe a mão no fogo por ele, até porque, tem medo de se queimar: "não ponho a mão no fogo nem pelos meus filhos."
Vejam só que bela pessoa os paulistas escolheram para representá-los no Senado!
Segundo o tucano, a saída de Souza da Dersa se deu por divergências com o governador Alberto Goldman. Souza foi demitido em abril, dias após a inauguração do Trecho Sul do Rodoanel e a saída de Serra do governo do Estado. Aloysio disse que recebeu empréstimo de R$ 300 mil da filha de Souza para comprar um apartamento e que o valor foi devolvido.
No caso dos tucanos, amigo não é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, porque dá a maior zebra.
Com informações do Jornal A Cidade e Agência Estado.
Ele confirmou em entrevista ao programa Roda Vida, que é amigo pessoal do ex-diretor da Dersa Paulo Preto - o qual era amigo de Serra, depois não era mais e que por fim, após ameaça direta, foi elogiado pelo candidato tucano.
Paulo Preto foi citado por Dilma como responsável pelo desvio de R$ 4 milhões da campanha de Serra e agora o senador paulista Aloysio Nunes confirmou que a família dele e de Paulo Preto são amigas de longa data - coisa de mais de 20 anos.
Aloysio negou que Preto tenha sumido com o dinheiro da campanha, mas disse que não põe a mão no fogo por ele, até porque, tem medo de se queimar: "não ponho a mão no fogo nem pelos meus filhos."
Vejam só que bela pessoa os paulistas escolheram para representá-los no Senado!
Segundo o tucano, a saída de Souza da Dersa se deu por divergências com o governador Alberto Goldman. Souza foi demitido em abril, dias após a inauguração do Trecho Sul do Rodoanel e a saída de Serra do governo do Estado. Aloysio disse que recebeu empréstimo de R$ 300 mil da filha de Souza para comprar um apartamento e que o valor foi devolvido.
No caso dos tucanos, amigo não é coisa pra se guardar do lado esquerdo do peito, porque dá a maior zebra.
Com informações do Jornal A Cidade e Agência Estado.
Professores defendem educação pública e condenam propostas de Serra
Professores universitários, de faculdades públicas e particulares, lançaram um manifesto e ainda estão colhendo assinaturas contra as propostas e os métodos políticos do candidato a presidência da República José Serra (PSDB/DEM). E defendem um sistema educacional que priorize o ensino superior público.
Nomes como Antônio Cândido, Fábio Konder Comparato, Marilena Chauí, Emília Viotti da Costa, Maria Victoria Benevides, Alfredo Bosi e Carlos Nelson Coutinho estão entre os assinantes. Os professores Emiliano José e João José Reis, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) já assinaram o manifesto.
Leia abaixo a íntegra do manifesto:
Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.
Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das universidades federais.
Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais.
Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública.
Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.
Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se.
As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas.
Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.
No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina a difamação, manipulando dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.
Assinam:
Antonio Candido, USP; Alfredo Bosi, USP; Fábio Konder Comparato, USP; Joel Birman, UFRJ; Carlos Nelson Coutinho, UFRJ; Otávio Velho, UFRJ; Marilena Chaui, USP; Walnice Nogueira Galvão, USP; Renato Ortiz, Unicamp; Laymert Garcia dos Santos, Unicamp; Dermeval Saviani, Unicamp; Laura de Mello e Souza, USP; Maria Odila L. da Silva Dias; Sergio Miceli, USP; Luiz Costa Lima, UERJ; Flora Sussekind, Unirio; João José Reis, UFBA; Ruy Fausto, USP; Franklin Leopoldo e Silva, USP; João Adolfo Hansen, SP; Eduardo Viveiros de Castro, UFRJ; Emilia Viotti da Costa, USP; Newton Bignotto,UFMG; Wander Melo Miranda, UFMG; Juarez Guimarães, UFMG; Heloisa Fernandes, USP; Maria Victoria de Mesquita Benevides, USP; Glauco Arbix, USP; Vera da Silva Telles, USP; Theotonio dos Santos, UFF; Ronaldo Vainfas, UFF; Gilberto Bercovici, USP; Benjamin Abdalla Jr., USP; Enio Candotti, UFRJ; Angela Leite Lopes, UFRJ; Sidney Chalhoub, Unicamp; Arley R. Moreno, Unicamp; Maria Ligia Coelho Prado,USP; Celso F. Favaretto, USP; José Castilho de Marques Neto, UNESP; Emir Sader, Uerj; Scarlett Marton, USP; José Sérgio F. de Carvalho, USP; José Arbex Jr., PUC-SP; Peter Pal Pelbart, PUC- SP; Viviana Bosi, USP; Irene Cardoso, USP; Wolfgang LeoMaar, UFSCar; João Quartim de Moraes, Unicamp; Léon Kossovitch, USP; Vladimir Safatle, USP; Leda Paulani, USP; Ildeu de Castro Moreira, UFRJ; José Ricardo Ramalho, UFRJ; Ivana Bentes, UFRJ; Cibele Saliba Rizek, USP; Afrânio Catani, USP; Sergio Cardoso, USP; Ricardo Musse, USP; Armando Boito, Unicamp; Enid Yatsuda Frederico, Unicamp; Andréia Galvão, Unicamp; Cynthia Sarti, Unifesp; Luiz Roncari, USP; Flavio Aguiar, USP; Iumna Simon, USP; Luis Fernandes, UFRJ; Marcos Dantas, UFRJ; Laura Tavares, UFRJ; Sérgio de Carvalho, USP; Marcos Silva, USP; Alessandro Octaviani, USP; Ligia Chiappini, Universidade Livre de Berlim; Celso Frederico, USP; José Carlos Bruni, USP; José Jeremias de Oliveira Filho, USP; Sebastião Velasco e Cruz, Unicamp; Liliana Segnini, Unicamp; Maria Lygia Quartim de Moraes, Unicamp; Ladislau Dowbor, PUC-SP; Bernardo Ricupero, USP; Adriano Codato, UFPR; Lygia Pupatto, UEL-PR; Henrique Carneiro, USP; Adélia Bezerra de Meneses, Unicamp; Maria Lúcia Montes, USP; Francisco Rüdiger,UFRS; Luís Augusto Fischer, UFRGS; Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida, PUC-SP; Gil Vicente Reis de Figueiredo, UFSCar; Carlos Ranulfo, UFMG; Paulo Benevides Soares, USP; André Carone, UFSCar; Heloisa Buarque de Almeida, USP; Emiliano José, UFBA; Igor Fuser, Faculdade Cásper Líbero.
Nomes como Antônio Cândido, Fábio Konder Comparato, Marilena Chauí, Emília Viotti da Costa, Maria Victoria Benevides, Alfredo Bosi e Carlos Nelson Coutinho estão entre os assinantes. Os professores Emiliano José e João José Reis, da Universidade Federal da Bahia (UFBA) já assinaram o manifesto.
Leia abaixo a íntegra do manifesto:
Nós, professores universitários, consideramos um retrocesso as propostas e os métodos políticos da candidatura Serra. Seu histórico como governante preocupa todos que acreditam que os rumos do sistema educacional e a defesa de princípios democráticos são vitais ao futuro do país.
Sob seu governo, a Universidade de São Paulo foi invadida por policiais armados com metralhadoras, atirando bombas de gás lacrimogêneo. Em seu primeiro ato como governador, assinou decretos que revogavam a relativa autonomia financeira e administrativa das Universidades estaduais paulistas. Os salários dos professores da USP, Unicamp e Unesp vêm sendo sistematicamente achatados, mesmo com os recordes na arrecadação de impostos. Numa inversão da situação vigente nas últimas décadas, eles se encontram hoje em patamares menores que a remuneração dos docentes das universidades federais.
Esse “choque de gestão” é ainda mais drástico no âmbito do ensino fundamental e médio, convergindo para uma política de sucateamento da Rede Pública. São Paulo foi o único Estado que não apresentou, desde 2007, crescimento no exame do Ideb, índice que avalia o aprendizado desses dois níveis educacionais.
Os salários da Rede Pública no Estado mais rico da federação são menores que os de Tocantins, Roraima, Rio de Janeiro, Mato Grosso, Espírito Santo, Acre, entre outros. Somada aos contratos precários e às condições aviltantes de trabalho, a baixa remuneração tende a expelir desse sistema educacional os professores qualificados e a desestimular quem decide se manter na Rede Pública.
Diante das reivindicações por melhores condições de trabalho, Serra costuma afirmar que não passam de manifestação de interesses corporativos e sindicais, de “tró-ló-ló” de grupos políticos que querem desestabilizá-lo. Assim, além de evitar a discussão acerca do conteúdo das reivindicações, desqualifica movimentos organizados da sociedade civil, quando não os recebe com cassetetes.
Serra escolheu como Secretário da Educação Paulo Renato, ministro nos oito anos do governo FHC. Neste período, nenhuma Escola Técnica Federal foi construída e as existentes arruinaram-se.
As universidades públicas federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ. A proibição de novas contratações gerou um déficit de 7.000 professores. Em contrapartida, sua gestão incentivou a proliferação sem critérios de universidades privadas.
Já na Secretaria da Educação de São Paulo, Paulo Renato transferiu, via terceirização, para grandes empresas educacionais privadas a organização dos currículos escolares, o fornecimento de material didático e a formação continuada de professores. O Brasil não pode correr o risco de ter seu sistema educacional dirigido por interesses econômicos privados.
No comando do governo federal, o PSDB inaugurou o cargo de “engavetador geral da república”. Em São Paulo, nos últimos anos, barrou mais de setenta pedidos de CPIs, abafando casos notórios de corrupção que estão sendo julgados em tribunais internacionais. Sua campanha promove uma deseducação política ao imitar práticas da extrema direita norte-americana em que uma orquestração de boatos dissemina a difamação, manipulando dogmas religiosos. A celebração bonapartista de sua pessoa, em detrimento das forças políticas, só encontra paralelo na campanha de 1989, de Fernando Collor.
Assinam:
Antonio Candido, USP; Alfredo Bosi, USP; Fábio Konder Comparato, USP; Joel Birman, UFRJ; Carlos Nelson Coutinho, UFRJ; Otávio Velho, UFRJ; Marilena Chaui, USP; Walnice Nogueira Galvão, USP; Renato Ortiz, Unicamp; Laymert Garcia dos Santos, Unicamp; Dermeval Saviani, Unicamp; Laura de Mello e Souza, USP; Maria Odila L. da Silva Dias; Sergio Miceli, USP; Luiz Costa Lima, UERJ; Flora Sussekind, Unirio; João José Reis, UFBA; Ruy Fausto, USP; Franklin Leopoldo e Silva, USP; João Adolfo Hansen, SP; Eduardo Viveiros de Castro, UFRJ; Emilia Viotti da Costa, USP; Newton Bignotto,UFMG; Wander Melo Miranda, UFMG; Juarez Guimarães, UFMG; Heloisa Fernandes, USP; Maria Victoria de Mesquita Benevides, USP; Glauco Arbix, USP; Vera da Silva Telles, USP; Theotonio dos Santos, UFF; Ronaldo Vainfas, UFF; Gilberto Bercovici, USP; Benjamin Abdalla Jr., USP; Enio Candotti, UFRJ; Angela Leite Lopes, UFRJ; Sidney Chalhoub, Unicamp; Arley R. Moreno, Unicamp; Maria Ligia Coelho Prado,USP; Celso F. Favaretto, USP; José Castilho de Marques Neto, UNESP; Emir Sader, Uerj; Scarlett Marton, USP; José Sérgio F. de Carvalho, USP; José Arbex Jr., PUC-SP; Peter Pal Pelbart, PUC- SP; Viviana Bosi, USP; Irene Cardoso, USP; Wolfgang LeoMaar, UFSCar; João Quartim de Moraes, Unicamp; Léon Kossovitch, USP; Vladimir Safatle, USP; Leda Paulani, USP; Ildeu de Castro Moreira, UFRJ; José Ricardo Ramalho, UFRJ; Ivana Bentes, UFRJ; Cibele Saliba Rizek, USP; Afrânio Catani, USP; Sergio Cardoso, USP; Ricardo Musse, USP; Armando Boito, Unicamp; Enid Yatsuda Frederico, Unicamp; Andréia Galvão, Unicamp; Cynthia Sarti, Unifesp; Luiz Roncari, USP; Flavio Aguiar, USP; Iumna Simon, USP; Luis Fernandes, UFRJ; Marcos Dantas, UFRJ; Laura Tavares, UFRJ; Sérgio de Carvalho, USP; Marcos Silva, USP; Alessandro Octaviani, USP; Ligia Chiappini, Universidade Livre de Berlim; Celso Frederico, USP; José Carlos Bruni, USP; José Jeremias de Oliveira Filho, USP; Sebastião Velasco e Cruz, Unicamp; Liliana Segnini, Unicamp; Maria Lygia Quartim de Moraes, Unicamp; Ladislau Dowbor, PUC-SP; Bernardo Ricupero, USP; Adriano Codato, UFPR; Lygia Pupatto, UEL-PR; Henrique Carneiro, USP; Adélia Bezerra de Meneses, Unicamp; Maria Lúcia Montes, USP; Francisco Rüdiger,UFRS; Luís Augusto Fischer, UFRGS; Lúcio Flávio Rodrigues de Almeida, PUC-SP; Gil Vicente Reis de Figueiredo, UFSCar; Carlos Ranulfo, UFMG; Paulo Benevides Soares, USP; André Carone, UFSCar; Heloisa Buarque de Almeida, USP; Emiliano José, UFBA; Igor Fuser, Faculdade Cásper Líbero.
Se a eleição fosse hoje, na Bahia Dilma teria 77% dos votos e Serra 23%
Não me perguntem onde consegui. Jornalista tem preservar a fonte. Pesquisa interna do PT, feita pelo IBOPE, indica que, na Bahia, Dilma teria 77% das intenções de votos válidos contra 23% de Serra.
Em Minas Gerais, Dilma tem 58% das intenções de votos e Serra 42%
No Paraná, Serra tem 55% contra 45% de Dilma, o que indica uma diminuição da vantagem tucana.
Em São Paulo, Dilma reduziu para 4% a vantagem tucana. Serra 52% e Dilma 48%
No Rio Grande do Sul, Dilma tem 54% das intenções de votos válidos e Serra 44%
No Rio de Janeiro,Dilma tem 65% das intenções de votos válidos e Serra 35%
Em Pernambuco, Dilma tem 77% das intenções de votos válidos, Serra 22%
No Pará, principal colégio eleitoral do Norte do País, Dilma tem 69% e Serra 31%
No Amazonas, a vantagem é avassaladora. Dilma tem 81% das intenções em votos válidos, Serra 19%.
No Distrito Federal, empate técnico: Serra tem 46% e Dilma 43%
Estas pesquisas refletem a tendência estadual, ou seja, até agora Dilma mantém vantagem nos 18 estados que ganhou no primeiro turno!
Uma coisa é certa, Dilma não vai mais cair nas pesquisas, pelo contrario a tendência é de alta, agora é aguardar as nacionais dos institutos.
Em Minas Gerais, Dilma tem 58% das intenções de votos e Serra 42%
No Paraná, Serra tem 55% contra 45% de Dilma, o que indica uma diminuição da vantagem tucana.
Em São Paulo, Dilma reduziu para 4% a vantagem tucana. Serra 52% e Dilma 48%
No Rio Grande do Sul, Dilma tem 54% das intenções de votos válidos e Serra 44%
No Rio de Janeiro,Dilma tem 65% das intenções de votos válidos e Serra 35%
Em Pernambuco, Dilma tem 77% das intenções de votos válidos, Serra 22%
No Pará, principal colégio eleitoral do Norte do País, Dilma tem 69% e Serra 31%
No Amazonas, a vantagem é avassaladora. Dilma tem 81% das intenções em votos válidos, Serra 19%.
No Distrito Federal, empate técnico: Serra tem 46% e Dilma 43%
Estas pesquisas refletem a tendência estadual, ou seja, até agora Dilma mantém vantagem nos 18 estados que ganhou no primeiro turno!
Uma coisa é certa, Dilma não vai mais cair nas pesquisas, pelo contrario a tendência é de alta, agora é aguardar as nacionais dos institutos.
Dom Luiz C. Eccel decide votar em Dilma, a mulher apedrejada pelos que negam Deus
Dom Luiz C. Eccel, bispo diocesano de Caçador, Santa Catarina, escreveu a seguinte carta para Dilma:
No segundo tempo a bola vai rolar elegantemente
pelo gramado e balançar a rede, é goool do Brasil...
Dom Luiz C. Eccel *
Desde que fiquei sabendo das candidaturas à Presidência da República, tive uma só atitude: não quero subestimar nenhum dos(as) candidatos(as), pois não sou elhor do que ninguém, e muito menos dono da verdade.
Pensava: aquele(a) que ganhar fará o melhor pelo nosso Brasil, pois irá se assessorar de pessoas competentes e honestas, e basta.
Passados alguns dias, iniciaram as propagandas eleitorais. Subitamente, a minha caixa de correio foi tomada por uma "avalanche" de e-mails contra uma candidata apenas, a Dilma Rousseff. Preciso dizer com todas as palavras, que fiquei indignado.
É importante dizer que logo que saiu a lista dos candidatos eu fiz a minha escolha.
Mas, o fato de ver diariamente o "tsunami" de "denúncias" contra esta candidata, na minha caixa de correio, revelando total falta de respeito para comigo e também para com a candidata, levou-me a refletir e a pesquisar.
Perguntava-me: por que somente contra ela? Devo ser honesto e afirmar que não recebi nenhuma "matéria" contra qualquer outro(a) candidato(a).
A reflexão levou-me até Jesus Cristo, que um dia disse: "Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra" (Jo 8,7).
Por que estão jogando pedras só na Dilma? Em 1Jo 1,10 está escrito: "Quem diz não ter pecados, faz a Deus de mentiroso". Conclusão: Os que jogam pedras não têm pecados. Eis o grande problema. Estão tomando o lugar de Deus. Mas, Ele mesmo, não tendo pecado, não jogou pedras na pecadora. Isto é muito sério. Na verdade quem joga pedras está negando Deus.
E o saudoso Beato, Papa João XXIII, que nos chamou a todos, através do Concílio Vaticano II, a sermos uma Igreja misericordiosa e aberta aos novos valores, deixando o ranço de lado, pelo sopro Vivificante do Espírito Santo, disse: "A pessoa que deixa Deus de lado, se torna perigosa para si e para as outras pessoas".
E agora? A conversão é graça de Deus para pessoas abertas a Sua Misericórdia. "Os misericordiosos, alcançarão misericórdia" (Mt 5, 7) Mas as pessoas auto-suficientes, donas da verdade, prepotentes, por isso sempre prontas a jogar pedras nos outros, estão muito longe de "Deus, que é Amor" (1Jo 4,8).
Assim, concluí: Todos somos pecadores, mas uma só pessoa está levando pedradas nesta campanha eleitoral à presidência do Brasil. Aí, eu que já havia escolhido o meu candidato, fiz uma nova escolha. Decidi, diante de Deus, que esta mulher apedrejada é a minha candidata para presidir o Brasil. Tem também um velho ditado popular que diz: "Só se atira pedras em árvores que dão frutos bons". E pesquisando descobri que esta candidata, enquanto ministra, produziu muito e bons frutos.
Procurei me aprofundar mais no conhecimento da minha candidata. Descobri que é uma mulher honrada e séria. Arriscou sua vida, durante a ditadura militar, da tirania do poder que oprime, tortura e mata.
Sim, a Dilma foi presa e torturada por querer um Brasil democrático, fraterno, solidário, com vida e dignidade para todas as pessoas e não somente para algumas.
Então pensei: é exatamente isto que o Pai do Céu quis e continua querendo para todas as pessoas. Esta questão somou vários pontos para a candidata.
Nosso saudoso e amado Dom Helder Câmara dizia: "Quando reparto o meu pão com os pobres, me chamam de santo, mas quando pergunto pelas causas da pobreza, me chamam de comunista".
Até hoje, as pessoas verdadeiramente comprometidas com um país mais justo e igualitário, e para isso precisa de projetos sérios de transformação, continuam sendo taxadas assim. Algumas pessoas, por incrível que pareça, em pleno século XXI, ainda conseguem meter medo numa certa camada da população com este jargão.
Analisei também o desempenho da candidata quando era funcionária no governo estadual e federal. Os frutos bons são abundantes, especialmente para os menos favorecidos. Sim, saiu-se muito bem. Mais um ponto para ela.
Percebi também que, levando pedradas, não retribuía, e isto está de acordo com o Evangelho. Mais um ponto para a Dilma.
Comecei a analisar as suas palavras, idéias e projetos. Uma mulher inteligente, sábia, abnegada, perspicaz e atualizada. Outro ponto para esta mulher.
Também fui apurar as "denúncias" que enchiam a minha caixa de correio. Descobri montagens falsas, mentiras e calúnias. Aí novamente lembrei-me de Jesus que disse: "O diabo é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8,44).
Não tive mais dúvidas, é na Dilma que irei votar, independentemente de partido político.
Ninguém pode galgar degraus pisando nos outros. Isto não é nem humano, muito menos cristão.
Quem deseja servir o povo, precisa jogar limpo. Pessoa religiosa não é a que fica dizendo Senhor, Senhor..., mas aquela que faz a vontade de Deus. E a vontade de Deus é "que todos tenham vida e a tenham plenamente" (Jo 10,10).
A vontade de Deus é que todas as pessoas vivam como irmãos e irmãs, no respeito à vida de todos os seres. Descobri que a candidata Dilma tem este desejo profundo. Aliás, é o seu grande sonho que, juntamente com todo o povo, quer tornar realidade.
No domingo à noite, dia 10 de outubro, assisti ao debate promovido pela BAND. Um dos dons que Deus me concedeu foi o de conhecer as pessoas pelos seus olhos. Não costumo revelar o que vejo e sinto para todas as pessoas.
Durante o debate meus ouvidos estavam atentos às palavras dos candidatos, mas meus olhos foram atraídos para a expressão da sua face e a delicadeza do seu olhar.
Percebi duas atitudes muito interessantes:
1) Sua face estava sempre serena e seu leve sorriso não era forçado e nem transmitia falsidade.
2) Seus olhos, que são espelhos de sua alma, transmitiam segurança, confiança, ternura e sinceridade. Estas qualidades agregaram mais alguns pontos a Dilma.
Como nós precisamos destas atitudes que na verdade são qualidades e dons de Deus! Dilma você passou pelo gelo da dor, tantas vezes, e por isso chegou ao incêndio do verdadeiro amor que vem do alto.
Nosso saudoso e amado Dom Luciano Mendes de Almeida dizia: "a bondade rompe todas as barreiras". Avante minha irmã! Deus está com você. Cuide-se! Continue sendo bondosa e a confiar nas suas assessorias. Mas mantenha, discretamente, o controle de tudo para evitar desgostos e desgastes maiores e desnecessários, pois somos todos passíveis de erros. Mantenha-se sempre alerta e busque momentos de descanso na oração silenciosa para que Deus, que é Pai e tem a ternura da Mãe, lhe fale ao coração, plenificando-o de alegria e coragem. Dom Angélico, meu grande amigo e irmão, sempre diz: "Quem não reza vira monstro".
Dilma, desculpe eu falar abertamente que não iria votar em você. Busco ser sincero como você. Mas tenha certeza de que continuarei a pedir a Deus que a ilumine e abençoe, chegando ou não à Presidência. Não estou falando em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mas como cidadão e como Bispo da Igreja Católica, santa e pecadora, que deseja o melhor para o Povo de Deus.
Pessoalmente creio que é esta a hora de uma mulher experiente, honesta e competente, como você, chegar lá e continuar a fazer deste país, uma nação que defenda e proteja a vida de todos(as), desde a concepção até a morte natural.
Sim, neste segundo tempo a bola vai rolar elegantemente pelo gramado e balançar a rede!
Caçador, 12 de outubro de 2010 (solenidade de N. Sra. Aparecida. Padroeira do Brasil).
* Bispo Diocesano de Caçador-SC
Publicado no site Adital (www.adital.org.br)
No segundo tempo a bola vai rolar elegantemente
pelo gramado e balançar a rede, é goool do Brasil...
Dom Luiz C. Eccel *
Desde que fiquei sabendo das candidaturas à Presidência da República, tive uma só atitude: não quero subestimar nenhum dos(as) candidatos(as), pois não sou elhor do que ninguém, e muito menos dono da verdade.
Pensava: aquele(a) que ganhar fará o melhor pelo nosso Brasil, pois irá se assessorar de pessoas competentes e honestas, e basta.
Passados alguns dias, iniciaram as propagandas eleitorais. Subitamente, a minha caixa de correio foi tomada por uma "avalanche" de e-mails contra uma candidata apenas, a Dilma Rousseff. Preciso dizer com todas as palavras, que fiquei indignado.
É importante dizer que logo que saiu a lista dos candidatos eu fiz a minha escolha.
Mas, o fato de ver diariamente o "tsunami" de "denúncias" contra esta candidata, na minha caixa de correio, revelando total falta de respeito para comigo e também para com a candidata, levou-me a refletir e a pesquisar.
Perguntava-me: por que somente contra ela? Devo ser honesto e afirmar que não recebi nenhuma "matéria" contra qualquer outro(a) candidato(a).
A reflexão levou-me até Jesus Cristo, que um dia disse: "Quem não tiver pecado, atire a primeira pedra" (Jo 8,7).
Por que estão jogando pedras só na Dilma? Em 1Jo 1,10 está escrito: "Quem diz não ter pecados, faz a Deus de mentiroso". Conclusão: Os que jogam pedras não têm pecados. Eis o grande problema. Estão tomando o lugar de Deus. Mas, Ele mesmo, não tendo pecado, não jogou pedras na pecadora. Isto é muito sério. Na verdade quem joga pedras está negando Deus.
E o saudoso Beato, Papa João XXIII, que nos chamou a todos, através do Concílio Vaticano II, a sermos uma Igreja misericordiosa e aberta aos novos valores, deixando o ranço de lado, pelo sopro Vivificante do Espírito Santo, disse: "A pessoa que deixa Deus de lado, se torna perigosa para si e para as outras pessoas".
E agora? A conversão é graça de Deus para pessoas abertas a Sua Misericórdia. "Os misericordiosos, alcançarão misericórdia" (Mt 5, 7) Mas as pessoas auto-suficientes, donas da verdade, prepotentes, por isso sempre prontas a jogar pedras nos outros, estão muito longe de "Deus, que é Amor" (1Jo 4,8).
Assim, concluí: Todos somos pecadores, mas uma só pessoa está levando pedradas nesta campanha eleitoral à presidência do Brasil. Aí, eu que já havia escolhido o meu candidato, fiz uma nova escolha. Decidi, diante de Deus, que esta mulher apedrejada é a minha candidata para presidir o Brasil. Tem também um velho ditado popular que diz: "Só se atira pedras em árvores que dão frutos bons". E pesquisando descobri que esta candidata, enquanto ministra, produziu muito e bons frutos.
Procurei me aprofundar mais no conhecimento da minha candidata. Descobri que é uma mulher honrada e séria. Arriscou sua vida, durante a ditadura militar, da tirania do poder que oprime, tortura e mata.
Sim, a Dilma foi presa e torturada por querer um Brasil democrático, fraterno, solidário, com vida e dignidade para todas as pessoas e não somente para algumas.
Então pensei: é exatamente isto que o Pai do Céu quis e continua querendo para todas as pessoas. Esta questão somou vários pontos para a candidata.
Nosso saudoso e amado Dom Helder Câmara dizia: "Quando reparto o meu pão com os pobres, me chamam de santo, mas quando pergunto pelas causas da pobreza, me chamam de comunista".
Até hoje, as pessoas verdadeiramente comprometidas com um país mais justo e igualitário, e para isso precisa de projetos sérios de transformação, continuam sendo taxadas assim. Algumas pessoas, por incrível que pareça, em pleno século XXI, ainda conseguem meter medo numa certa camada da população com este jargão.
Analisei também o desempenho da candidata quando era funcionária no governo estadual e federal. Os frutos bons são abundantes, especialmente para os menos favorecidos. Sim, saiu-se muito bem. Mais um ponto para ela.
Percebi também que, levando pedradas, não retribuía, e isto está de acordo com o Evangelho. Mais um ponto para a Dilma.
Comecei a analisar as suas palavras, idéias e projetos. Uma mulher inteligente, sábia, abnegada, perspicaz e atualizada. Outro ponto para esta mulher.
Também fui apurar as "denúncias" que enchiam a minha caixa de correio. Descobri montagens falsas, mentiras e calúnias. Aí novamente lembrei-me de Jesus que disse: "O diabo é mentiroso e pai da mentira" (Jo 8,44).
Não tive mais dúvidas, é na Dilma que irei votar, independentemente de partido político.
Ninguém pode galgar degraus pisando nos outros. Isto não é nem humano, muito menos cristão.
Quem deseja servir o povo, precisa jogar limpo. Pessoa religiosa não é a que fica dizendo Senhor, Senhor..., mas aquela que faz a vontade de Deus. E a vontade de Deus é "que todos tenham vida e a tenham plenamente" (Jo 10,10).
A vontade de Deus é que todas as pessoas vivam como irmãos e irmãs, no respeito à vida de todos os seres. Descobri que a candidata Dilma tem este desejo profundo. Aliás, é o seu grande sonho que, juntamente com todo o povo, quer tornar realidade.
No domingo à noite, dia 10 de outubro, assisti ao debate promovido pela BAND. Um dos dons que Deus me concedeu foi o de conhecer as pessoas pelos seus olhos. Não costumo revelar o que vejo e sinto para todas as pessoas.
Durante o debate meus ouvidos estavam atentos às palavras dos candidatos, mas meus olhos foram atraídos para a expressão da sua face e a delicadeza do seu olhar.
Percebi duas atitudes muito interessantes:
1) Sua face estava sempre serena e seu leve sorriso não era forçado e nem transmitia falsidade.
2) Seus olhos, que são espelhos de sua alma, transmitiam segurança, confiança, ternura e sinceridade. Estas qualidades agregaram mais alguns pontos a Dilma.
Como nós precisamos destas atitudes que na verdade são qualidades e dons de Deus! Dilma você passou pelo gelo da dor, tantas vezes, e por isso chegou ao incêndio do verdadeiro amor que vem do alto.
Nosso saudoso e amado Dom Luciano Mendes de Almeida dizia: "a bondade rompe todas as barreiras". Avante minha irmã! Deus está com você. Cuide-se! Continue sendo bondosa e a confiar nas suas assessorias. Mas mantenha, discretamente, o controle de tudo para evitar desgostos e desgastes maiores e desnecessários, pois somos todos passíveis de erros. Mantenha-se sempre alerta e busque momentos de descanso na oração silenciosa para que Deus, que é Pai e tem a ternura da Mãe, lhe fale ao coração, plenificando-o de alegria e coragem. Dom Angélico, meu grande amigo e irmão, sempre diz: "Quem não reza vira monstro".
Dilma, desculpe eu falar abertamente que não iria votar em você. Busco ser sincero como você. Mas tenha certeza de que continuarei a pedir a Deus que a ilumine e abençoe, chegando ou não à Presidência. Não estou falando em nome da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), mas como cidadão e como Bispo da Igreja Católica, santa e pecadora, que deseja o melhor para o Povo de Deus.
Pessoalmente creio que é esta a hora de uma mulher experiente, honesta e competente, como você, chegar lá e continuar a fazer deste país, uma nação que defenda e proteja a vida de todos(as), desde a concepção até a morte natural.
Sim, neste segundo tempo a bola vai rolar elegantemente pelo gramado e balançar a rede!
Caçador, 12 de outubro de 2010 (solenidade de N. Sra. Aparecida. Padroeira do Brasil).
* Bispo Diocesano de Caçador-SC
Publicado no site Adital (www.adital.org.br)
Perfil político de Serra começa a gerar piadas do “Joãozinho”
Você já conhece esta?
Serra foi a uma escola conversar com as criancinhas, acompanhado de uma comitiva do Jornal Nacional, da Veja e da Folha de São Paulo.
Depois de apresentar todas as maravilhosas propostas para seu governo (se eleito), disse às criancinhas que iria responder perguntas.
Uma das crianças levantou a mão e Serra perguntou:
- Qual é o seu nome, meu filho?
- Paulinho.
- E qual é a sua pergunta?
- Eu tenho três perguntas.
A primeira é "Quanto tempo o senhor vai esperar para sujar a barra da Dilma como fez com a Roseana Sarney?"
A segunda é "Onde sua filha Verônica conseguiu grana para ser dona de 10% do Ebay / Mercado Livre, estudar na Harvard Business School pagando R$ 60.000,00 por mês e ainda por cima "comprar" uma mansão em Trancoso onde o senhor passou o Réveillon???
E a terceira é "O que o senhor fez com os 10% da propina da compra de 891 ambulâncias na época em que era ministro da Saúde?
Serra fica desnorteado, mas neste momento a campainha para o recreio toca e ele aproveita e diz que continuará a responder depois do recreio.
Após o recreio, Serra diz:
- OK, onde estávamos? Acho que eu ia responder perguntas. Quem tem perguntas?
Um outro garotinho levanta a mão e Serra aponta para ele, sorrindo para as câmeras da Globo.
- Pode perguntar, meu filho. Como é seu nome?
- Joãozinho, e tenho duas perguntas:
A primeira é "Porque o sino do recreio tocou meia hora mais cedo?"
A segunda é "Cadê o Paulinho??"
Serra foi a uma escola conversar com as criancinhas, acompanhado de uma comitiva do Jornal Nacional, da Veja e da Folha de São Paulo.
Depois de apresentar todas as maravilhosas propostas para seu governo (se eleito), disse às criancinhas que iria responder perguntas.
Uma das crianças levantou a mão e Serra perguntou:
- Qual é o seu nome, meu filho?
- Paulinho.
- E qual é a sua pergunta?
- Eu tenho três perguntas.
A primeira é "Quanto tempo o senhor vai esperar para sujar a barra da Dilma como fez com a Roseana Sarney?"
A segunda é "Onde sua filha Verônica conseguiu grana para ser dona de 10% do Ebay / Mercado Livre, estudar na Harvard Business School pagando R$ 60.000,00 por mês e ainda por cima "comprar" uma mansão em Trancoso onde o senhor passou o Réveillon???
E a terceira é "O que o senhor fez com os 10% da propina da compra de 891 ambulâncias na época em que era ministro da Saúde?
Serra fica desnorteado, mas neste momento a campainha para o recreio toca e ele aproveita e diz que continuará a responder depois do recreio.
Após o recreio, Serra diz:
- OK, onde estávamos? Acho que eu ia responder perguntas. Quem tem perguntas?
Um outro garotinho levanta a mão e Serra aponta para ele, sorrindo para as câmeras da Globo.
- Pode perguntar, meu filho. Como é seu nome?
- Joãozinho, e tenho duas perguntas:
A primeira é "Porque o sino do recreio tocou meia hora mais cedo?"
A segunda é "Cadê o Paulinho??"
Apesar da boataria difamatória, Dilma sobe para 51% e Serra cai para 39%.
Pesquisa Vox Populi/iG divulgada hoje (19) mostra que a vantagem da candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff (PT), em relação a José Serra (PSDB/DEM) aumentou para 12 pontos percentuais.
Dilma tem 51% contra 39% de Serra. Na última pesquisa, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, a vantagem era de 8 pontos (Dilma tinha 48% e Serra 40%). Os votos brancos e nulos permaneceram em 6% e os indecisos passaram de 6% para 4%.
Se forem considerados apenas os votos válidos (sem os brancos, nulos e indecisos) a vantagem subiu de 8 para 14 pontos. Dilma tinha 54% e passou para 57%. Serra caiu de 46% para 43%. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.
A candidata do PT tem o melhor desempenho na região Nordeste, onde ganha por 65% a 28%. Já Serra leva a melhor no Sul, onde tem 50% contra 41% da petista. No Sudeste, que concentra a maior parte dos eleitores, Dilma tem 47% contra 40% do tucano.
BAIXARIA NÃO FUNCIONOU
Depois de toda a polêmica envolvendo temas religiosos como o aborto, Serra atingiu 44% entre os entrevistados que se declararam evangélicos. Dilma tem 42%. Entre os que se declararam ateus, Dilma vence por 49% a 36%.
Entre os católicos praticantes Dilma tem 54% contra 37% do tucano. No segmento dos católicos não praticantes a petista consegue seu melhor desempenho, 55% contra 37% de Serra.
Dilma ganha em todas as faixas etárias.
Já no recorte que leva em conta a escolaridade dos pesquisados, Serra vence entre os que tem nível superior por 47% a 40% da petista. No eleitorado com até a 4ª série do ensino fundamental Dilma tem 55% contra 38% do tucano.
Serra também vai melhor entre o eleitorado com mais renda. Entre os que declararam ganhar mais de cinco salários mínimos, ele tem 44% contra 42% da petista. Dilma tem seu melhor desempenho entre os mais pobres, que ganham até um salário mínimo, 61% a 31%.
Dilma tem índices melhores entre os homens. Conforme o levantamento ela tem 54% contra 38% de Serra no eleitorado masculino e 48% contra 40% do tucano no eleitorado feminino.
No recorte que leva em consideração a cor da pele Dilma atinge 59% entre os entrevistados que se declararam negros contra 29% de Serra. Entre os brancos, a petista tem 45% contra 44% do tucano.
Segundo o Vox Populi, 89% dos entrevistados disseram estar decididos enquanto 9% admitiram que ainda podem mudar de ideia. Entre os eleitores de Dilma a consolidação do voto é maior, 93%. No eleitorado de Serra, 89% disseram que estão decididos. (Ig).
Dilma tem 51% contra 39% de Serra. Na última pesquisa, realizada nos dias 10 e 11 de outubro, a vantagem era de 8 pontos (Dilma tinha 48% e Serra 40%). Os votos brancos e nulos permaneceram em 6% e os indecisos passaram de 6% para 4%.
Se forem considerados apenas os votos válidos (sem os brancos, nulos e indecisos) a vantagem subiu de 8 para 14 pontos. Dilma tinha 54% e passou para 57%. Serra caiu de 46% para 43%. A margem de erro da pesquisa é de 1,8 ponto percentual para mais ou para menos.
A candidata do PT tem o melhor desempenho na região Nordeste, onde ganha por 65% a 28%. Já Serra leva a melhor no Sul, onde tem 50% contra 41% da petista. No Sudeste, que concentra a maior parte dos eleitores, Dilma tem 47% contra 40% do tucano.
BAIXARIA NÃO FUNCIONOU
Depois de toda a polêmica envolvendo temas religiosos como o aborto, Serra atingiu 44% entre os entrevistados que se declararam evangélicos. Dilma tem 42%. Entre os que se declararam ateus, Dilma vence por 49% a 36%.
Entre os católicos praticantes Dilma tem 54% contra 37% do tucano. No segmento dos católicos não praticantes a petista consegue seu melhor desempenho, 55% contra 37% de Serra.
Dilma ganha em todas as faixas etárias.
Já no recorte que leva em conta a escolaridade dos pesquisados, Serra vence entre os que tem nível superior por 47% a 40% da petista. No eleitorado com até a 4ª série do ensino fundamental Dilma tem 55% contra 38% do tucano.
Serra também vai melhor entre o eleitorado com mais renda. Entre os que declararam ganhar mais de cinco salários mínimos, ele tem 44% contra 42% da petista. Dilma tem seu melhor desempenho entre os mais pobres, que ganham até um salário mínimo, 61% a 31%.
Dilma tem índices melhores entre os homens. Conforme o levantamento ela tem 54% contra 38% de Serra no eleitorado masculino e 48% contra 40% do tucano no eleitorado feminino.
No recorte que leva em consideração a cor da pele Dilma atinge 59% entre os entrevistados que se declararam negros contra 29% de Serra. Entre os brancos, a petista tem 45% contra 44% do tucano.
Segundo o Vox Populi, 89% dos entrevistados disseram estar decididos enquanto 9% admitiram que ainda podem mudar de ideia. Entre os eleitores de Dilma a consolidação do voto é maior, 93%. No eleitorado de Serra, 89% disseram que estão decididos. (Ig).
Candidato Serra (PSDB) deve escalar sua mulher, Mônica Serra, para falar de aborto
De aborto Sílvia Mônica Allende Serra entende. Em 1992, a psicoterapeuta contou a suas alunas, do Instituto de Artes da Unicamp, que ela foi levada a interromper uma gravidez de quatro meses. Seu marido, o agora candidato Serra (PSDB) estava exilado nos EUA depois do golpe de Pinochet. A situação era crítica. A solução foi o aborto.
A coreógrafa Sheila Canevacci Ribeiro revelou o fato após o debate eleitoral da TV Band. Ela ficou indignada com o discurso de Serra contra o aborto. E, depois que Mônica Serra afirmou em caminhada eleitoral que Dilma “mata criancinha” pedindo voto para o marido, para Sheilla foi a gota d`água.
A coreógrafa Sheilla Canevacci Ribeiro lembra que, na época, o depoimento de Mônica Serra a impresionou. Ela estava sentada no chão em sala de dança, onde não há móveis e apenas um grande espelho, a barra de exercícios, ao lado das colegas Kátia Figueiredo, Ana Carla Bianchi, Ana Carolina Melchert e Érika Sitrângulo Brandeburgo. Elas confirmaram o depoimento de Sheilla Canevacci Ribeiro.
ESTRATÉGIA ABORTADA
Foi uma bomba. A campanha de Serra (PSDB) foi toda montada em cima do boato: Dilma seria a favor da descriminalização do aborto, portanto, a favor do aborto na lógica perversa da campanha eleitoral. Adeus votos de evangélicos e católicos carismáticos.
Sheilla se indignou ao ver uma provável primeira-dama do país acusando a adversária de “matar criancinha”. Como isso era possível se, em 1992, ela própria revelara às alunas um episódio tão marcante na vida de qualquer mulher? Um aborto realizado no exílio, ao lado do marido (Serra). E agora ele era contra o aborto, e ela criticava Dilma por “matar criancinha”. Tudo pelo voto?
“Pior do que isso foi o silêncio do Serra, que deveria ter saído em defesa da própria mulher, fosse qual fosse a situação em que se encontrava ali, diante das câmeras”, pensou Sheilla Ribeiro, hoje coreógrafa, doutoranda em Comunicação e Semiótica (PUC-SP).
Nem Serra, nem Mônica Serra responderam. Silêncio.
Acho que eles devem explicações ao país, aos católicos e aos evangélicos, embora seja uma calhordice essa história de ser contra ou a favor do aborto. Essa é uma questão que a sociedade brasileira vai ter que enfrentar, e não candidato a presidente.
No máximo, Mônica Serra deve ser escalada para falar de aborto em palestras. Disso ela entende. Soube que ela foi despachada para o Chile, para não criar mais “problemas”.
A coreógrafa Sheila Canevacci Ribeiro revelou o fato após o debate eleitoral da TV Band. Ela ficou indignada com o discurso de Serra contra o aborto. E, depois que Mônica Serra afirmou em caminhada eleitoral que Dilma “mata criancinha” pedindo voto para o marido, para Sheilla foi a gota d`água.
A coreógrafa Sheilla Canevacci Ribeiro lembra que, na época, o depoimento de Mônica Serra a impresionou. Ela estava sentada no chão em sala de dança, onde não há móveis e apenas um grande espelho, a barra de exercícios, ao lado das colegas Kátia Figueiredo, Ana Carla Bianchi, Ana Carolina Melchert e Érika Sitrângulo Brandeburgo. Elas confirmaram o depoimento de Sheilla Canevacci Ribeiro.
ESTRATÉGIA ABORTADA
Foi uma bomba. A campanha de Serra (PSDB) foi toda montada em cima do boato: Dilma seria a favor da descriminalização do aborto, portanto, a favor do aborto na lógica perversa da campanha eleitoral. Adeus votos de evangélicos e católicos carismáticos.
Sheilla se indignou ao ver uma provável primeira-dama do país acusando a adversária de “matar criancinha”. Como isso era possível se, em 1992, ela própria revelara às alunas um episódio tão marcante na vida de qualquer mulher? Um aborto realizado no exílio, ao lado do marido (Serra). E agora ele era contra o aborto, e ela criticava Dilma por “matar criancinha”. Tudo pelo voto?
“Pior do que isso foi o silêncio do Serra, que deveria ter saído em defesa da própria mulher, fosse qual fosse a situação em que se encontrava ali, diante das câmeras”, pensou Sheilla Ribeiro, hoje coreógrafa, doutoranda em Comunicação e Semiótica (PUC-SP).
Nem Serra, nem Mônica Serra responderam. Silêncio.
Acho que eles devem explicações ao país, aos católicos e aos evangélicos, embora seja uma calhordice essa história de ser contra ou a favor do aborto. Essa é uma questão que a sociedade brasileira vai ter que enfrentar, e não candidato a presidente.
No máximo, Mônica Serra deve ser escalada para falar de aborto em palestras. Disso ela entende. Soube que ela foi despachada para o Chile, para não criar mais “problemas”.
Religiosos condenam uso marqueteiro da religião na campanha eleitoral
O uso marqueteiro da religião começa a ser questionado. Isso significa que a onda moralista pode estar passando. Fulano não acredita em Deus, não vote nele. Fulana “mata criancinha”, não vote nela. A bem da verdade, quem começou toda essa baixaria foi a campanha de Serra (PSDB). Sem projeto para o Brasil, com um pensamento econômico neoliberal e com o Governo Lula nas alturas em popularidade, só restou o caminho da desqualificação da adversária, Dilma Rousseff, que seria favorável ao aborto, atéia, terrorista – o que é um absurdo.
Os questionamentos surgem de várias direções. O jornal A Tarde captou muito bem a questão. O presidente da ACBANTU, Tatá Raimundo Konmnnanjy lembra que o Brasil não é nenhuma teocracia. O líder espírita José Medrado lamenta a abordagem polarizada do aborto em torno de duas religiões (católicos e evangélicos). E as associações de mulheres? Pergunta. Padre Manoel Filho, da Pastoral de Comunicação da Arquidiocese de Salvador critica o uso da religião de forma marqueteira. “Um projeto para o Brasil não pode ser focado num só assunto”, considera. O pastor Valdomiro Pereira, da Assembléia de Deus, acha que “estão indo com a maré”.
Tudo pode ser debatido numa campanha eleitoral, mas, nunca em cima de boatos. Este foi o caminho planejado nos mínimos detalhes pelos marqueteiros de Serra (PSDB). A turma da Dilma foi surpreendida e se viu na contingência de ter que reagir.
Quem circula nos meios publicitários sabe que Serra montou um “staff do mal”. E se deu bem. Seus especialistas disseminaram que Dilma era terrorista, depois abortista, depois que teria dito uma frase que não disse sobre Jesus, divulgaram uma montagem grosseira com Dilma portando um fuzil e, por último, tentaram carimbar Dilma de nada mais, nada menos, que lésbica.
A boataria de fundo religioso não passou de estratégia eleitoral de quem não podia debater projetos políticos. Privatização? Bolsa Família? Distribuição de renda? Reforma agrária? Reforma política? Soberania nacional? Aumento real do salário mínimo? Nada disso interessava no debate da parte de Serra. Daí a degeneração.
Os questionamentos surgem de várias direções. O jornal A Tarde captou muito bem a questão. O presidente da ACBANTU, Tatá Raimundo Konmnnanjy lembra que o Brasil não é nenhuma teocracia. O líder espírita José Medrado lamenta a abordagem polarizada do aborto em torno de duas religiões (católicos e evangélicos). E as associações de mulheres? Pergunta. Padre Manoel Filho, da Pastoral de Comunicação da Arquidiocese de Salvador critica o uso da religião de forma marqueteira. “Um projeto para o Brasil não pode ser focado num só assunto”, considera. O pastor Valdomiro Pereira, da Assembléia de Deus, acha que “estão indo com a maré”.
Tudo pode ser debatido numa campanha eleitoral, mas, nunca em cima de boatos. Este foi o caminho planejado nos mínimos detalhes pelos marqueteiros de Serra (PSDB). A turma da Dilma foi surpreendida e se viu na contingência de ter que reagir.
Quem circula nos meios publicitários sabe que Serra montou um “staff do mal”. E se deu bem. Seus especialistas disseminaram que Dilma era terrorista, depois abortista, depois que teria dito uma frase que não disse sobre Jesus, divulgaram uma montagem grosseira com Dilma portando um fuzil e, por último, tentaram carimbar Dilma de nada mais, nada menos, que lésbica.
A boataria de fundo religioso não passou de estratégia eleitoral de quem não podia debater projetos políticos. Privatização? Bolsa Família? Distribuição de renda? Reforma agrária? Reforma política? Soberania nacional? Aumento real do salário mínimo? Nada disso interessava no debate da parte de Serra. Daí a degeneração.
"Se nos calarmos até as pedras falarão"
No mesmo ato em que artistas e intelectuais divulgaram manifesto em favor de Dilma, líderes e militantes cristãos lançaram também o manifesto “Se nos calarmos até as pedras falarão”. Como primeiros signatários estão o presidente honorário da Comissão Pastoral da Terra, dom Thomas Balduino e o bispo emérito de São Félix do Araguaia, dom Pedro Casaldáliga. Também assinam lideranças evangélicas e espíritas. Além de anunciar o voto em Dilma, eles criticam o candidato Serra (PSDB) por “posturas autoritárias e mentirosas” contra Dilma, com referência ao aborto.
“Não aceitamos que se use a fé para condenar alguma candidatura”, disseram os religiosos. “Uma vitória de Serra nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos socioculturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira”, dizem os cristãos. “Como cristãos, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas, realizar o projeto de Deus, ou seja, o projeto divino”, diz o manifesto dos cristãos.
“Não aceitamos que se use a fé para condenar alguma candidatura”, disseram os religiosos. “Uma vitória de Serra nos levaria a recuar em várias conquistas populares e efetivos ganhos socioculturais e econômicos que se destacam na melhoria de vida da população brasileira”, dizem os cristãos. “Como cristãos, cremos que o importante não é tanto dizer “Senhor, Senhor”, mas, realizar o projeto de Deus, ou seja, o projeto divino”, diz o manifesto dos cristãos.
Manifesto pró-Dilma reúne Chico Buarque, Niemeyer, Martinho da Vila...
Não vi notícia nenhuma na Folha de São Paulo. Mas o Valor Econômico deu. Muitos artistas de fama aderiram ao manifesto em favor de Dilma, lançado ontem (18) no teatro Oi Casa Grande, Rio de Janeiro. Dilma Roussef esteve presente. Compareceram Chico Buarque, Gilberto Gil, Letícia Sabatella, Alcione, Beth Carvalho, Elba Ramalho, Alceu Valença, Martinho da Vila, os atores Paulo Betti, Antônio Pitanga e Sérgio Manberti. Também estavam lá o jornalista e escritor Fernando Morais, o jornalista Eric Nepomuceno, o arquiteto Oscar Niemeyer, o teólogo Leonardo Boff. O ato político foi organizado pelo sociólogo Emir Sader.
Muitos deles votaram em Marina Silva no primeiro turno. A candidata Dilma Rousseff recebeu o manifesto assinado pelos artistas e intelectuais. O texto fala em união para garantir avanços. “Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional”
Muitos deles votaram em Marina Silva no primeiro turno. A candidata Dilma Rousseff recebeu o manifesto assinado pelos artistas e intelectuais. O texto fala em união para garantir avanços. “Fazemos isso por sentir que é nosso dever somar forças para garantir avanços alcançados. Para prosseguirmos juntos na construção de um país capaz de um crescimento econômico que signifique desenvolvimento para todos, que preserve os bens e serviços da natureza, um país socialmente justo, que continue acelerando a inclusão social, que consolide, soberano, sua nova posição no cenário internacional”
18 de outubro de 2010
Ambientalistas que votaram em Marina lançam manifesto de apoio à Dilma
Alguns dos principais ambientalistas do Brasil, que votaram em Marina Silva no primeiro turno, decidiram lançar manifesto, hoje, (18) em apoio a Dilma Rousseff. O manifesto será lido daqui a pouco durante o ato de apoio a Dilma organizado por intelectuais e artistas, tendo à frente Chico Buarque de Holanda, Leonardo Boff, Emir Sader e Eric Neponucemo, no Teatro Casa Grande.
A leitura do manifesto será feita pelo secretário-executivo do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável (FBOMS). Eles não falam em nome das entidades e sim em caráter pessoal. Há nomes vinculados ao Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), à Rede de ONGs Mata Atlântica (RMA) e Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Eles são críticos ao Governo Lula, mas consideram que José Serra será um grande e perigoso retrocesso nas políticas ambientais brasileiras.
A leitura do manifesto será feita pelo secretário-executivo do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais pelo Meio Ambiente e o Desenvolvimento Sustentável (FBOMS). Eles não falam em nome das entidades e sim em caráter pessoal. Há nomes vinculados ao Grupo de Trabalho Amazônico (GTA), à Rede de ONGs Mata Atlântica (RMA) e Movimentos dos Trabalhadores Sem Terra (MST). Eles são críticos ao Governo Lula, mas consideram que José Serra será um grande e perigoso retrocesso nas políticas ambientais brasileiras.
“SOU CATÓLICO, SOU JOVEM, SOU DILMA”
LEIAM O DOCUMENTO “JOVENS CATÓLICOS SOBRE O PROCESSO ELEITORAL”. ELES SE POSICIONAM EM DEFESA DE UM BRASIL JUSTO, LIVRE E IGUALITÁRIO. DESCARTAM O NEOLIBERALISMO E O CONSERVADORISMO. REJEITAM OS DESMANDOS DA ERA FHC. APLAUDEM O GOVERNO LULA E APOIAM DILMA PRESIDENTE. ELES TERMINAM ASSIM O DOCUMENTO: SOU CATÓLICO, SOU JOVEM, SOU DILMA. VOTE 13.
Segue a íntegra:
Jovens católicos sobre o processo eleitoral
O processo eleitoral nos desafia a refletir sobre que tipo de projeto de desenvolvimento se coloca para a sociedade brasileira, em especial para a juventude. A despeito dos largos passos dados nos últimos anos na construção da pluralidade religiosa e no combate à intolerância, temos assistido no Brasil um processo fundamentalista de criminalização da atividade política de quem, a partir da fé e do envolvimento comunitário, quer transformar a realidade.
Ao mesmo tempo, este processo cria uma indevida utilização dos preceitos religiosos para o benefício de uma candidatura escondendo, por trás do discurso da moral, a posição política daqueles que querem de volta o conservadorismo e a lógica neoliberal para o centro do comando do executivo federal do país.
Assim como dezenas de intelectuais, agentes de pastoral, bispos, padres, religiosos e religiosas nós, jovens católicos abaixo-assinados, posicionamo-nos em defesa de um Brasil justo, livre e igualitário e combatemos o retrocesso conservador representado pela candidatura do tucano José Serra (PSDB).
Sabemos a partir do que fez à frente do poder público como Prefeito de São Paulo, Governador e Ministro do governo FHC que, apesar da pele de cordeiro, o candidato tucano representa o retorno ao receituário neoliberal, ao achatamento do salário mínimo, às privatizações, ao tratamento truculento aos movimentos sociais e às grandes taxas e impostos, além de tratar a juventude e os demais temas sociais que nos atingem direta ou indiretamente como casos de polícia, e não como base para políticas públicas específicas.
Em outras palavras, o desrespeito à vida, à dignidade humana e a paz!
Recordamo-nos das grandes lutas travadas pelos movimentos populares contra os desmandos da Era FHC e, por isso, temos clareza de que um eventual Governo José Serra significaria grandes prejuízos às políticas de juventude, com fechamento dos espaços de diálogo com as organizações juvenis, redução dos recursos para os programas sociais e fortalecimento das políticas repressivas, com a caracterização de políticas de extermínio da juventude, notadamente a juventude negra.
Além disso, a proposta de redução da maioridade penal, criminalizadora da juventude, que ataca os efeitos e não as causas, ainda hoje vigente no Senado, amplamente combatida pelos movimentos de juventude, pelas igrejas, pela CNBB e pela própria Conferência Nacional de Juventude, parte dos aliados conservadores do PFL/DEM que estão como vice na chapa de Serra.
Ao contrário do que vivemos no governo FHC assistimos no governo Lula a uma série de avanços no conjunto das políticas sociais e no diálogo com as organizações populares.
Com forte colaboração da ministra Dilma Roussef a juventude brasileira participou de um importante processo de consolidação das políticas de juventude com a criação da Secretaria e do Conselho Nacional da Juventude, a realização da I Conferência Nacional de Políticas Juventude e recente aprovação da PEC da Juventude que assegura no texto da Constituição os/as jovens como sujeitos de direitos.
Os próximos passos, que não podem ser ameaçados por um retrocesso, são a consolidação do Estatuto Nacional de Juventude e do Plano Nacional de Juventude.
A juventude católica abaixo-assinada saúda a candidata Dilma Roussef pela sua posição clara em defesa da dignidade humana, em defesa da juventude e compreende que em seu governo assistirá a continuidade de políticas como o PROJOVEM, PROUNI e Praças da Juventude, ao contrário das práticas dos governos de Serra (como prefeito e governador de São Paulo), marcados pelo autoritarismo e pela repressão ao movimento social.
Não podemos nos calar diante da leviana utilização do discurso religioso como forma de ofender a candidata Dilma Roussef. É evidente o respeito de Dilma aos valores cristãos, à unidade na diversidade, a dignidade da pessoa humana e a defesa da juventude.
Acreditamos que a sua história se confunde com a luta pela democracia, pela liberdade religiosa e pela liberdade de imprensa. Não podemos acreditar na enxurrada de mentiras divulgadas diariamente com interesse de difamar a candidata.
Precisamos assumir com ousadia o nosso desafio militante e lançarmo-nos numa grande rede contra a mentira e defesa da juventude. Dilma concretiza, na presidência, a opção preferencial que vivemos enquanto comunidade católica na América Latina: a opção por todos e todas, especialmente por aqueles/as que mais precisam, os/as pobres e os/as jovens.
Converse com seus colegas, amigos/as, vizinhos/as, colegas de trabalho e comunidade. Acesse o site www.dilma13.com.br e veja a versão verdadeira das muitas mentiras divulgadas pela internet, enfim, vamos as urnas eleger Dilma 13 e continuar nas ruas em trincheira por um Brasil livre, soberano e democrático.
Sou católico, Sou Jovem, Sou Dilma! No dia 31 de outubro vote 13!
Brasil, 18 de outubro de 2010
Seguem 268 assinaturas de jovens católicos, estudantes, agentes de pastoral, professores, religiosos, todos envolvidos de maneira organizada nos movimentos de evangelização.
Das 268 assinaturas, destaquei as da Bahia, mas, mantive a numeração em que os baianos estão no documento original.
1. Felipe da Silva Freitas – bacharel em direito, presidente do Conselho Estadual de Juventude e Coordenador Nacional da Campanha contra a Violência e Extermínio de Jovens, PJ (BA).
2. Hildete Emanuele Nogueira – secretária nacional da Pastoral da Juventude (BA)
10. Elis Souza dos Santos – pedagoga e membro da Coordenação Nacional da PJ (BA)
20. Claudia S. da Silva - Assessora Nacional da PJMP e Assessora Regional da PJB Ne. 3 (BA)
26. Mayara de Queiroz Oliveira Ribeiro da Silva – Assessora da PJ Salvador (BA)
61. Maria Aparecida da Silva (Cidinha) - ex. Secretária Nacional da PJB (BA)
72. Michele Vieira – militante da Pastoral da Juventude, assessora da Frente
Parlamentar de Juventude da Assembléia Legislativa da Bahia (BA)
73. Beatriz Marins – militante da Pastoral da Juventude Rural
74. Adriano Brad – militante da Pastoral da Juventude Rural
75. Gilmar Andrade – assessor da Pastoral da Juventude Rural do Regional Ne3 (BA)
83. Maicelma Maia – Pedagoga, articuladora das Pastorais da Juventude Bahia e Sergipe (BA)
88. Neide Pinto Santos – estudante de pedagogia UEFS, militante da Pastoral da Juventude (BA)
90. Joseane Araripe de Lima - militante da Pastoral da Juventude, Feira de Santana (BA)
91. Edvam Pinto Santos – PJ – Paróquia Imaculada Conceição, Feira de Santana (BA)
92. Sylla Pinto Santos – militante da Pastoral da Juventude, Feira de Santana (BA)
93. Helenilde Texeira da Silva – agente de pastoral – Arquidiocese de Feira de Santana (BA)
94. Leonardo Santana Marques – agente pastoral – Arquidiocese de Feira de Santana (BA)
95. Tiago Santos de Miranda – PJ Paróquia Sr. Do Bonfim, Feira de Santana (BA)
96. Sara Maria Santos de Miranda, Assessora da Pastoral da Juventude – Paróquia Sr. Do Bomfim, Feira de Santana (BA)
109. Jair Alves Costa – assessor da Pastoral da Juventude (BA)
100. Jadeilson Gomes, Secretário Regional da Pastoral da Juventude Regional NE3 (BA)
114. Naiade Soares de Souza- Militante da PJ, Tanquinho (BA)
164. Deisy Rocha Farias – militante da Pastoral da Juventude (BA)
170. Catiane A. Lima – militante da Pastoral da Juventude, Feira de Santana (BA)
171. Antonio B. Bizerra – agente de pastoral, Arquidiocese de Feira de Santana (BA)
172. Nailtom Santos – militante da Pastoral da Juventude, Feira de Santana (BA)
204. Carla Saadia Oliveira Moreira – Assessora da PJ Salvador (BA)
205. Bruno Conceição – Equipe de comunicação da PJ Salvador (BA)
206. Jaqueline Daiane Calmon – Secretaria executiva da PJ Salvador (BA)
Segue a íntegra:
Jovens católicos sobre o processo eleitoral
O processo eleitoral nos desafia a refletir sobre que tipo de projeto de desenvolvimento se coloca para a sociedade brasileira, em especial para a juventude. A despeito dos largos passos dados nos últimos anos na construção da pluralidade religiosa e no combate à intolerância, temos assistido no Brasil um processo fundamentalista de criminalização da atividade política de quem, a partir da fé e do envolvimento comunitário, quer transformar a realidade.
Ao mesmo tempo, este processo cria uma indevida utilização dos preceitos religiosos para o benefício de uma candidatura escondendo, por trás do discurso da moral, a posição política daqueles que querem de volta o conservadorismo e a lógica neoliberal para o centro do comando do executivo federal do país.
Assim como dezenas de intelectuais, agentes de pastoral, bispos, padres, religiosos e religiosas nós, jovens católicos abaixo-assinados, posicionamo-nos em defesa de um Brasil justo, livre e igualitário e combatemos o retrocesso conservador representado pela candidatura do tucano José Serra (PSDB).
Sabemos a partir do que fez à frente do poder público como Prefeito de São Paulo, Governador e Ministro do governo FHC que, apesar da pele de cordeiro, o candidato tucano representa o retorno ao receituário neoliberal, ao achatamento do salário mínimo, às privatizações, ao tratamento truculento aos movimentos sociais e às grandes taxas e impostos, além de tratar a juventude e os demais temas sociais que nos atingem direta ou indiretamente como casos de polícia, e não como base para políticas públicas específicas.
Em outras palavras, o desrespeito à vida, à dignidade humana e a paz!
Recordamo-nos das grandes lutas travadas pelos movimentos populares contra os desmandos da Era FHC e, por isso, temos clareza de que um eventual Governo José Serra significaria grandes prejuízos às políticas de juventude, com fechamento dos espaços de diálogo com as organizações juvenis, redução dos recursos para os programas sociais e fortalecimento das políticas repressivas, com a caracterização de políticas de extermínio da juventude, notadamente a juventude negra.
Além disso, a proposta de redução da maioridade penal, criminalizadora da juventude, que ataca os efeitos e não as causas, ainda hoje vigente no Senado, amplamente combatida pelos movimentos de juventude, pelas igrejas, pela CNBB e pela própria Conferência Nacional de Juventude, parte dos aliados conservadores do PFL/DEM que estão como vice na chapa de Serra.
Ao contrário do que vivemos no governo FHC assistimos no governo Lula a uma série de avanços no conjunto das políticas sociais e no diálogo com as organizações populares.
Com forte colaboração da ministra Dilma Roussef a juventude brasileira participou de um importante processo de consolidação das políticas de juventude com a criação da Secretaria e do Conselho Nacional da Juventude, a realização da I Conferência Nacional de Políticas Juventude e recente aprovação da PEC da Juventude que assegura no texto da Constituição os/as jovens como sujeitos de direitos.
Os próximos passos, que não podem ser ameaçados por um retrocesso, são a consolidação do Estatuto Nacional de Juventude e do Plano Nacional de Juventude.
A juventude católica abaixo-assinada saúda a candidata Dilma Roussef pela sua posição clara em defesa da dignidade humana, em defesa da juventude e compreende que em seu governo assistirá a continuidade de políticas como o PROJOVEM, PROUNI e Praças da Juventude, ao contrário das práticas dos governos de Serra (como prefeito e governador de São Paulo), marcados pelo autoritarismo e pela repressão ao movimento social.
Não podemos nos calar diante da leviana utilização do discurso religioso como forma de ofender a candidata Dilma Roussef. É evidente o respeito de Dilma aos valores cristãos, à unidade na diversidade, a dignidade da pessoa humana e a defesa da juventude.
Acreditamos que a sua história se confunde com a luta pela democracia, pela liberdade religiosa e pela liberdade de imprensa. Não podemos acreditar na enxurrada de mentiras divulgadas diariamente com interesse de difamar a candidata.
Precisamos assumir com ousadia o nosso desafio militante e lançarmo-nos numa grande rede contra a mentira e defesa da juventude. Dilma concretiza, na presidência, a opção preferencial que vivemos enquanto comunidade católica na América Latina: a opção por todos e todas, especialmente por aqueles/as que mais precisam, os/as pobres e os/as jovens.
Converse com seus colegas, amigos/as, vizinhos/as, colegas de trabalho e comunidade. Acesse o site www.dilma13.com.br e veja a versão verdadeira das muitas mentiras divulgadas pela internet, enfim, vamos as urnas eleger Dilma 13 e continuar nas ruas em trincheira por um Brasil livre, soberano e democrático.
Sou católico, Sou Jovem, Sou Dilma! No dia 31 de outubro vote 13!
Brasil, 18 de outubro de 2010
Seguem 268 assinaturas de jovens católicos, estudantes, agentes de pastoral, professores, religiosos, todos envolvidos de maneira organizada nos movimentos de evangelização.
Das 268 assinaturas, destaquei as da Bahia, mas, mantive a numeração em que os baianos estão no documento original.
1. Felipe da Silva Freitas – bacharel em direito, presidente do Conselho Estadual de Juventude e Coordenador Nacional da Campanha contra a Violência e Extermínio de Jovens, PJ (BA).
2. Hildete Emanuele Nogueira – secretária nacional da Pastoral da Juventude (BA)
10. Elis Souza dos Santos – pedagoga e membro da Coordenação Nacional da PJ (BA)
20. Claudia S. da Silva - Assessora Nacional da PJMP e Assessora Regional da PJB Ne. 3 (BA)
26. Mayara de Queiroz Oliveira Ribeiro da Silva – Assessora da PJ Salvador (BA)
61. Maria Aparecida da Silva (Cidinha) - ex. Secretária Nacional da PJB (BA)
72. Michele Vieira – militante da Pastoral da Juventude, assessora da Frente
Parlamentar de Juventude da Assembléia Legislativa da Bahia (BA)
73. Beatriz Marins – militante da Pastoral da Juventude Rural
74. Adriano Brad – militante da Pastoral da Juventude Rural
75. Gilmar Andrade – assessor da Pastoral da Juventude Rural do Regional Ne3 (BA)
83. Maicelma Maia – Pedagoga, articuladora das Pastorais da Juventude Bahia e Sergipe (BA)
88. Neide Pinto Santos – estudante de pedagogia UEFS, militante da Pastoral da Juventude (BA)
90. Joseane Araripe de Lima - militante da Pastoral da Juventude, Feira de Santana (BA)
91. Edvam Pinto Santos – PJ – Paróquia Imaculada Conceição, Feira de Santana (BA)
92. Sylla Pinto Santos – militante da Pastoral da Juventude, Feira de Santana (BA)
93. Helenilde Texeira da Silva – agente de pastoral – Arquidiocese de Feira de Santana (BA)
94. Leonardo Santana Marques – agente pastoral – Arquidiocese de Feira de Santana (BA)
95. Tiago Santos de Miranda – PJ Paróquia Sr. Do Bonfim, Feira de Santana (BA)
96. Sara Maria Santos de Miranda, Assessora da Pastoral da Juventude – Paróquia Sr. Do Bomfim, Feira de Santana (BA)
109. Jair Alves Costa – assessor da Pastoral da Juventude (BA)
100. Jadeilson Gomes, Secretário Regional da Pastoral da Juventude Regional NE3 (BA)
114. Naiade Soares de Souza- Militante da PJ, Tanquinho (BA)
164. Deisy Rocha Farias – militante da Pastoral da Juventude (BA)
170. Catiane A. Lima – militante da Pastoral da Juventude, Feira de Santana (BA)
171. Antonio B. Bizerra – agente de pastoral, Arquidiocese de Feira de Santana (BA)
172. Nailtom Santos – militante da Pastoral da Juventude, Feira de Santana (BA)
204. Carla Saadia Oliveira Moreira – Assessora da PJ Salvador (BA)
205. Bruno Conceição – Equipe de comunicação da PJ Salvador (BA)
206. Jaqueline Daiane Calmon – Secretaria executiva da PJ Salvador (BA)