20 de março de 2010

 

A elite pensante da Bahia promove “Encontro de São Lázaro”, com presença da filósofa Marilena Chauí

Confira a programação completa do "Encontro de São Lázaro", o "I Encontro dos Programas de Pós-Graduação da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas e do Instituto de Psicologia da UFBA".

Palestras, comunicações, mini-cursos e mesas redondas estão programados para o Pavilhão de Aulas São Lázaro e para o auditório do CRH.

As plenárias serão realizadas no Salão Nobre da Reitoria.

Mais informações em www.ffch.ufba.br.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO:

Local: Salão Nobre da Reitoria da UFBA

Segunda-feira, 22 de março

19h - Conferência de Manuela Carneiro da Cunha - CULTURA COM ASPAS.

Terça-feira, 23 de março

18h30 - Mesa redonda A CRISE METROPOLITANA DE SALVADOR, coordenada por Ordep Serra, com a participação de Paulo Ormindo Soares, Carl, Von Hauenschild, Hortênsia Pinho e Débora Nunes.


Quarta-feira, 24 de março

18h30 - Conferência de Paulo Rogério Meira Menandro - PESQUISA E PÓS-GRADUAÇÃO EM PSICOLOGIA: A CRESCENTE DIVERSIDADE IMPLICA RISCOS?


Quinta-feira, 25 de março

18h30 - Conferência de Fernando Novais, - HISTORIOGRAFIA DA NOVA HISTÓRIA.

Sexta-feira, 26 de março

10h30 - Conferência de Marilena Chauí - UTOPIA E DISTOPIA.

 

Jornal Bahia Notícia, de Candeias, completa sete anos

Quem labuta na área do jornalismo impresso sabe das dificuldades de se manter um jornal. Principalmente sem vender sua linha editorial. Se o professor-doutor de comunicação, jornalista da carreira, crítico da grande mídia, o hoje deputado federal Emiliano José (PT-BA) está avalizando a seriedade e comemorando os sete anos de vida do Jornal Bahia Notícia, de Candeias, Região Metropolitana de Salvador, com certeza tem bons fundamentos que justificam registrar o evento na Câmara Federal.

Lançado em janeiro de 2003, a publicação nasceu como Jornal Teen Bahia, voltado para o público adolescente, com linguagem própria, expressando preocupações nas áreas social, política, cultural e de entretenimento. Logo no primeiro ano de vida, o jornal se profissionalizou e foi rebatizado de Bahia Notícia.

No Bahia Notícia fizeram carreira de comunicadores José Ferreira Júnior (Robocop), Rosinaldo Ribeiro e Jefferson Pereira. Depois chegaram Vanessa Gomes, Edson Júnior, Cláudio Flanck e Fábio Mutti. Por último vieram Lina Moscoso, que hoje é a jornalista responsável e Antonio Nova.

A publicação atinge a Grande Salvador, com 25 mil exemplares, 16 páginas, com tiragem quinzenal.

19 de março de 2010

 

Cultura é um direito, ninguém vive sem cultura

O Plano Nacional de Cultura, que teve como relator o deputado federal Emiliano José (PT-BA), é um passo adiante no sentido da afirmação da cultura como direito do povo brasileiro. A movimentação em torno da cultura é enorme e evidente. O Plano Nacional de Cultura, aprovado (16) pela Comissão de Constituição e Justiça da Câmara Federal, já tinha sido aprovado pela Comissão de Educação e Cultura. O Projeto de Lei conta com cinco eixos: (1) Gestão pública e cultura; (2) cultura é direito e cidadania; (3) economia da cultura; (4) patrimônio cultural e (5) comunicação é cultura. Segundo o deputado federal Emiliano José (PT-BA) o PNC expressa a criatividade e a riqueza cultural do povo brasileiro, conform entende o Governo Lula.

CONHEÇA O PLANO NACIONAL DE CULTURA NA ÍNTEGRA:

 

Deputados baianos metidos em manifestação de direita

Foi grotesco. Ontem (18), quinta-feira, os deputados João Almeida (PSDB-BA) e José Carlos Aleluia (DEM-BA) se juntaram ao deputado fascista Jair Bolsonaro (PP-RJ) – que representa o pensamento militarista brasileiro e defende a tortura – e ainda Gustavo Fruet (PR) se reuniram diante da Embaixada de Cuba em Brasília. Os quatro palhaços foram sem carro de som e sem outros manifestantes. Queriam aparecer sozinhos. Levaram apenas assessores e fotógrafos. Entretanto, foram surpreendidos por manifestantes vinculados a movimentos sociais, incluindo estudantes e parlamentares de esquerda, acompanhados de cubanos residentes no Brasil.

Foi o maior vexame. Os quatro direitistas anticubanos foram embora com o rabo entre as pernas. Bateram boca com o estudantes pró-cubanos, mas, seus reclamos foram abafados pelo coro dos meninos da União da Juventude Socialista (UJS). O que eles gritavam? “FORA, FORA ,ALELUIA”. José Carlos Aleluia foi quem convocou a “manifestação” anticubana. Faz parte da orquestração mundial anticubana, articulada pela CIA. O militarista de direita Jair Bolsonaro tentou se confrontar com uma médica brasileira formada em Cuba, Fabiane Vasconcelos. Ouviu o que não queria ouvir.

18 de março de 2010

 

Programas sociais de Lula reduzem pobreza, mobilizam o trabalho, criam riqueza. São a própria “porta de saída”

O cientista político e professor titular na UFRJ, Giuseppe Cocco, doutor em história social pela Universidade de Paris, tem uma avaliação muito interessante sobre o governo Lula. Para ele, o presidente Lula instaurou, pela primeira vez na história do Brasil, uma política social destinada aos pobres e capaz de inserí-los na economia, elevando de fato sua renda, qualidade de vida e posição social.

Li um artigo dele publicado recentemente: “Que os pobres louvem os pobres”. Ele defende que programas como o Bolsa Família e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) garantem crescimento do PIB. “A Transferência de Renda não apenas reduz a desigualdade, mas também mobiliza o trabalho (cria riqueza)”, afirma o doutor em história social. Portanto, não se trata de simples distribuição de renda, mas de um forte indutor da economia.

MERECE SER LIDO NA ÍNTEGRA:

Que os pobres louvem os pobres

Pela primeira vez a economia brasileira não foi abalada pelo choque exógeno. Outra grande inovação: o Brasil se tornou um ponto de referência – ao mesmo tempo – do processo constituinte que atravessa a América do Sul e dos esforços de democratização da governança mundial da globalização. Como nas economias centrais (mas sem precisar mobilizar o mesmo volume de recursos), o governo Lula interveio para restaurar o crédito e subsidiar a produção industrial. Mas a verdadeira novidade é que as políticas sociais são hoje o motor da retomada do crescimento.

Um número crescente de estudos já indicava que as transferências de renda (em particular o programa Bolsa Família) contribuíam para a redução sem precedentes da desigualdade de renda e para a pujança do consumo dos pobres (que as estatísticas chamam de “classes D e E”).

Pesquisa do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) revelou a existência de um potente coeficiente multiplicador: o aumento de R$ 1,8 bilhão do Bolsa Família (em 2005 e 2006) provocou um crescimento adicional do PIB de R$ 43,1 bilhões. A Transferência de Renda não apenas reduz a desigualdade, mas também mobiliza o trabalho (cria riqueza).

Lembremos agora as duas grandes críticas ao primeiro governo Lula. A dogmática neoliberal gritava pelas “portas de saída”, contra transferências de renda desfocadas e assistenciais. A doxa desenvolvimentista esnobava a “esmola” e gritava pela mudança radical de política econômica.

São dois fundamentalismos – opostos entre eles – que criticam o governo Lula em nome de uma mesma fé na moeda: “In God we trust” está gravado nas notas do dólar, “Deus seja louvado” naquelas do real. Para uns, o mercado é Deus, com suas taxas de juros (e lucro). Para outros, Deus é o Estado e suas taxas de crescimento (industrial) e pleno emprego.

Nos dois casos, o critério de justiça é transcendental: o dinheiro é divinizado. Nele, o valor assume uma existência soberana. A vida vai depender do dinheiro, e não o dinheiro da vida.

Claro, as duas justiças não são equivalentes: a religião do mercado não distingue entre ganhos financeiros e lucros industriais – para seus sacerdotes, Lula é o diabo que inferniza o paraíso terrestre dos ricos. A dogmática do Estado afirma a necessária inclusão dos pobres pelo emprego industrial. No segundo caso, chega-se até a indignar-se diante da miséria.

Não por acaso, os desenvolvimentistas constituem vertente importante do governo. O problema é que eles enxergam Lula como um anjo que, descendo à Terra, deveria aplicar a justiça: decretar a baixa das taxas de juros para o crescimento econômico criar empregos e riqueza.

Só que a economia real comuta as duas razões transcendentais: as taxas de juros podem ser substituídas por aquelas da inflação, e vice-versa. A fé no poder abstrato da moeda não nos diz nada das relações de força que significam quanto ela “vale”, quer dizer, da moeda enquanto relação social.

O horizonte de outra política depende, pois, da ruptura dessa comutação, quer dizer, de quanto a mobilização democrática é capaz de manter a moeda dentro de seu sistema de significação sem deixar que seja arrastada do lado da fé e da transcendência.
Essa ruptura não depende da aplicação de um critério abstrato de justiça, mas da produção de uma outra justiça: não mais o valor do soberano (seja ele o mercado ou o Estado), mas aquele dos pobres: dos muitos enquanto muitos.

Foi a política social que permitiu fazer a necessária (e ainda moderada) inflexão na política econômica (o PAC e a amplificação dos outros investimentos sociais de educação e saúde) sem que a chantagem da inflação se reconstituísse. Não se trata nem de macro nem de microeconomia, mas da mobilização democrática e produtiva da multidão dos pobres.

Os governos Lula fizeram uma política dos pobres, e é ela que constitui o quebra-cabeça sem solução para uma oposição estonteantemente incapaz de inovação.
A política dos pobres torna obsoletas as equações econômicas: o 0,8% do PIB (em transferências de renda: Bolsa Família e Beneficio de Prestação Continuada) é muito mais potente do que os 6% gastos em juros da dívida pública. A justiça não depende mais de um anjo que desça do céu, mas da metamorfose de todos os homens em anjos.

Nas eleições de 2010, será necessário dar mais um passo na direção que leva do 0,8% ao 6%, quer dizer, a constituição de uma renda universal incondicionada para os mais pobres. (GIUSEPPE COCCO).

 

Site da revista CartaCapital publica bonito artigo de Emiliano José sobre “Purgatório”, romance do argentino Tomás Eloy Martinez

LEIA NO SITE DA CARTACAPITAL

 

PSDB usa promotor Blat para sacanear e atacar PT

A denúncia é velha. O promotor José Carlos Blat persegue João Vaccari Neto desde 2006. O promotor cozinha o caso da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), da qual Vaccari foi presidente. Ele nunca oferece denúncia. Investiga, pede a quebra do sigilo bancário de Vaccari, acusa a cooperativa de desviar dinheiro para o PT, sem provas. Ele se baseia no testemunho de um ex-segurança da entidade, que depois desmentiu a acusação.

Blat diz que a Bancoop é uma organização criminosa, mas, apesar de investigá-la desde 2006, até hoje não ofereceu denúncia. A imprensa golpista explora o fato e sonega sempre que em 2008 foi firmado um Termo de Conduta entre a cooperativa e o promotor João Lopes Guimarães Júnior. O acordo foi ratificado pelo Conselho Superior do Ministério Público de São Paulo. Não há mais ilícito. O promotor Blat está apenas sacaneando com João Vaccari, porque ele é tesoureiro do PT.

A novela vai continuar por pura exploração política em véspera de eleição. A Assembléia Legislativa de São Paulo aprovou uma CPI para apurar o caso, por proposta do líder do PSDB, Samuel Moreira. Sistematicamente a maioria tucana vinha negando pedidos de investigação de irregularidades no governo. De repente, a maioria tucana aprova uma CPI para atingir o PT.

O PT vai reagir. São ataques orquestrados pelos tucanos e pela mídia golpista. Uma representação será feita contra o promotor Blat. Na verdade, ele quer ser candidato a deputado federal. O promotor é uma fonte primária de mentiras, ilações, acusações sem provas e com o evidente objetivo de usar a imprensa para se promover. E em conseguido através da revista Veja, do estadão e da Folha de S. Paulo. E dos jornais regionais e blogueiros vendidos vitimados pelo “efeito manada”, doença terminal da mídia.

A revista CartaCapital de 17 de março fez uma boa reportagem sobre o caso, intitulada “Bomba de efeito retardado”. O resto é picaretagem.

17 de março de 2010

 

ACM Neto (DEM-BA) fala besteira e Emiliano (PT-BA) cai de pau

De modo aligeirado, o deputado federal ACM Neto se meteu a criticar o governo Wagner. No dia seguinte, o deputado Emiliano José (PT-BA) disparou sua metralhadora.

Foi pau puro. Como disse Emiliano, a oposição é necessária na democracia, mas tem que ser veraz, “não pode jogar palavras ao vento”. Não pode ser inconsistente tal qual procedeu o deputado ACM Neto. A Bahia gerou entre janeiro e fevereiro deste ano 20 mil empregos com carteira assinada. A imprensa tem registrado isso com isenção. Como pode alguém afirmar que o governo propaga o que não faz?

Quem estará equivocado? O noticiário da imprensa baiana, os números divulgados por instituto nacionais de pesquisa e avaliação, até mesmo o noticiário nacional, ou estará equivocado o deputado ACM Neto? O parlamentar do DEM pesquisa mal e pouco, não toma cuidado na leitura nem mesmo de jornais.

Segundo Emiliano José, o governo Wagner está bem avaliado pelo que realiza, não pelo que divulga. Mas é obrigação dos governos divulgar o que realiza, direito da população. O governo Wagner está norteado pela perspectiva de desenvolvimento preconizado por Celso Furtado, distante das teorias neoliberais que nortearam a oligarquia que governou a Bahia por décadas. Combate as desigualdades sociais herdadas de governos passados. Desenvolve a Bahia incluindo os mais pobres, com emprego e renda, daí investir em educação, saúde e saneamento. E o crescimento recorde dos empregos está vinculado diretamente a estes investimentos.

“Em 2009 foram criados 71 mil postos de trabalho na Bahia , um recorde histórico. Vamos repetir: um recorde histórico. Não acontecia isso na Bahia anteriormente.

Será que o Deputado ACM Neto sabia disso? Será que leu as manchetes dos jornais, os noticiários das televisões, das emissoras de rádio? Será que ele compreende a importância da geração de empregos para o povo? Será que sabe que isso implica distribuição de renda, melhoria nas condições de vida de uma população que viveu abandonada por décadas pela oligarquia passada?”

“(...) De 2007 a 2009, em apenas três anos, portanto, a Bahia atingiu a marca de 170 mil empregos com carteira assinada. Esse número suplanta de longe as performances anteriores do Estado, por evidência. E isso, registre-se, apesar da crise internacional, que abalou todo o mundo a partir do segundo semestre de 2008. A Bahia, agora, não se assusta ao primeiro sinal de crise mundial, como antes ocorria.

(...) Para desgosto do deputado ACM Neto, a Bahia vai gerar em 2010 mais de 83 mil novos empregos, que se constituirá num novo recorde histórico. Esta informação vem do IPEA, de uma fonte absolutamente confiável, portanto”.

Como é que o Deputado ACM Neto diz que a Bahia está perdendo protagonismo no Nordeste? Só uma visão caolha, enviesada da realidade, do significado do desenvolvimento pode levá-lo a conclusão tão estapafúrdia.

EMILIANO DESPEJA INFORMAÇÕES:

* em janeiro a Bahia gerou 14 mil novos empregos com carteira assinada. No Nordeste todo, foram gerados 18 mil novos empregos com carteira assinada.

* O PIB da Bahia teve um crescimento de 7,2% no quarto trimestre de 2009, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Isso refletiu positivamente no resultado anual de 1,7%, que foi maior do que o PIB nacional. Num cenário de crise, como é óbvio, é um feito extraordinário crescer mais do que o restante do País.

* No ano passado, a indústria com 9,2%, o setor de serviços com 6,9% e a agropecuária com 1,3% foram os que mais pesaram para o esse resultado.

* Em 2009, a Bahia manteve o chamado equilíbrio fiscal e ainda ampliou os investimentos em 9,2% em relação a 2008, alcançando o montante de R$1,32 bilhão aplicados, mesmo, insista-se, num cenário onde o impacto da crise mundial era evidente.

* Entre as grandes inversões, no terceiro quadrimestre de 2009, encontram-se os setores de saúde e de educação, que ultrapassaram os limites mínimos de 12% e 15% da receita líquida de impostos.

* Foram aplicados R$3,3 bilhões em ações da Secretaria de Educação, o que corresponde a 27,42% da receita líquida de impostos, e R$1,69 bilhão na área de Saúde, correspondendo a um crescimento de 8,18% em relação ao montante aplicado em 2008.

CONCLUSÃO

“Curioso, irônico, é ouvir o Deputado ACM Neto falar em gastos de propaganda. Pretender sejamos nós, que seja o Governo Wagner a fantasiar a realidade, a fazer maquiagem com o real via mídia é uma ironia completa. Essa foi a prática da oligarquia que aliás era e é dona da maior rede de televisão do Estado, pelo qual passava o duto a que sempre me referi quando vereador de Salvador e deputado estadual. O duto que ligava a máquina do Estado à família que controlava os mais abrangentes meios televisivos da Bahia. O duto era permanentemente irrigado pelos cofres públicos. E se quisermos avaliar gastos com propaganda, aí não há dúvida: a oligarquia superava de longe o Governo Wagner”.

 

Modo de governar de Lula é aprovado por 83% da população. Dilma vem aí.

A pesquisa IBOPE/CNI revela José Serra com 5 pontos apenas à frente de Dilma Roussef, se a eleição fosse hoje. É um empate técnico. Dois importantes detalhes mostram, entretanto, porque Dilma já é favorita:

Primeiro, o percentual de brasileiros que avaliam positivamente o governo do presidente Lula chega ao recorde de 75%. Já o MODO de governar do presidente Lula é aprovado por 83%. Os que confiam no presidente Lula chegam a 77%.

E aí vem o golpe mortal: mais da metade dos brasileiros (53%) prefere votar em um candidato apoiado pelo presidente Lula. Como há um percentual de 42% de indecisos, a candidata Dilma Roussef vai passar à frente. É uma questão de tempo.

Um sinal disso é a pesquisa espontânea, aquela que não apresenta cartão com nomes de candidatos. Dilma tem 14% e José Serra 10%. Quando os 20% que disseram votar em Lula descobrirem que ele não é candidato, Dilma Roussef vai subir que nem foguete.

Os cães ladram, a caravana passa.

 

Pelo IBOPE, Dilma dispara 13 pontos e Serra cai 3

Pesquisa Ibope/CNI divulgada hoje, quarta-feira, 17, revelou que o candidato José Serra (PSDB), está em queda na pesquisa de intenção de voto e a candidata, Dilma Roussef, apoiada pelo Presidente Lula, cresceu 13 pontos percentuais desde a última pesquisa, em dezembro de 2009, reduzindo a diferença entre os dois para 5 pontos.

No cenário com o deputado federal Ciro Gomes (PSB), a pesquisa mostra Serra com 35% e Dilma com 30%. O deputado tem 11% e a senadora Marina Silva (PV), 6%. Sem a participação de Ciro na pesquisa estimulada, Serra tem 38% e Dilma, 33%. Marina aparece com 8%.

Com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB) no lugar de Serra, Dilma lidera com 34%, seguida por Ciro (21%). O mineiro aparece com 13%, enquanto Marina continua com 8%. A pesquisa Ibope revela, portanto, que a diferença para Dilma caiu de 21 para 5 pontos percentuais em relação à última pesquisa.

FATOR LULA VAI DECIDIR

Segundo a pesquisa do IBOPE/CNI, mais da metade dos brasileiros (53%) prefere votar no candidato apoiado pelo Presidente Lula. Na pesquisa espontânea - em que não são indicados os candidatos que de fato irão concorrer - o Presidente lidera com 20% e Dilma fica à frente de Serra (14% a 10%).

UMA COISA MUITO ESTRANHA

O blog “Os amigos do Presidente Lula” lembra que na semana passada, o blogueiro da revista Veja, Lauro Jardim, publicou a seguinte nota em seu blog: "Pesquisa diz que Dilma já está na frente do Serra”. Já é do conhecimento do partido, o PSDB saiu-se mal em uma pesquisa nacional de intenção de voto a ser divulgada na quarta-feira. Ela mostra um empate técnico de José Serra e Dilma Rousseff, mas com a petista 1 ponto porcentual à frente. A pesquisa foi feita entre 5 e 10 de março com 2 002 pessoas em 142 municípios”.

Outra pesquisa, desta vez encomendada pelo PT, foi levada ao Planalto na sexta-feira. Deu pela primeira vez Dilma Rousseff 3 pontos à frente de José Serra. Portanto, a pesquisa divulgada no dia de hoje (17), está causando estranheza, muita estranheza.

 

Emiliano José (PT-BA) critica ataques da imprensa golpista contra o PT e Lula

Em pronunciamento na Câmara Federal (16/03), o deputado federal Emiliano José (PT-BA) criticou o seminário realizado pelo Instituto Millenium, em São Paulo, no dia 1º de março deste ano, que articulou a atual ofensiva midiática contra o Governo Lula e o Partido dos Trabalhadores, reunindo toda a direção central do Partido da Imprensa Golpista (PIG).

O deputado afirmou que a imprensa golpista se dedica à luta contra quaisquer governos progressistas. "Sai a campo para atacar o PT e o presidente Lula. Aponta arsenal contra a ministra Dilma Rousseff., planta notícias falsas, inventa currículos fantasiosos, requenta matérias à falta de fatos consistentes, verdadeiros. O PIG não descansa. Sua luta contra as forças democráticas é incansável", criticou.

FINA FLOR DA DIREITA
Segundo o petista, o PIG ganhou contornos com o seminário realizado pelo Instituto Milleninum. Foram cerca de 180 presentes, entre eles Otávio Frias Filho, do grupo Folhas, Roberto Marinho, da Globo, representantes da Rede Sul Brasil e do Estado de S. Paulo. "Ali havia Arnaldo Jabor, também ex-comunista. Reinaldo Azevedo. Demétrio Magnoli. Carlos Alberto Di Franco, do Estadão e da Opus Dei. E a fina flor da direita midiática latino-americana, como o âncora de televisão equatoriana, Carlos Vera (Ecuavisa), que chegou a dizer que o presidente Rafael Correa foi eleito por prostitutas".

O deputado afirmou que Arnaldo Jabor foi claro ao dizer que é preciso discutir como impedir politicamente o pensamento de uma "velha esquerda que não deveria mais existir no mundo". "Essa é a versão mais recente do que dissera o presidente do então PFL, Jorge Bornhausen, em 2005, que propugnara acabar com essa raça por 30 anos. Essa raça éramos nós, o PT. E por caprichos da história, foi o PFL, em fase terminal, que teve de mudar de nome para DEM, que hoje ainda luta para sobreviver".

ARSENAL IDEOLÓGICO
Já o jornalista Reinaldo Azevedo disse, segundo Emiliano José, que "é preciso acabar com essa pretensão à isenção, à imparcialidade, essa coisa de ouvir os dois lados?. ?Só esqueceu de dizer que isso, para a mídia dominante, para o PIG, não existe há muito tempo".

Emiliano destacou ainda que o Estadão, nos últimos dias, chamou o PT de "partido da bandidagem", "numa estratégia clara de tentar desgastar o partido mais importante do Brasil, aquele mais bem avaliado pelo povo brasileiro em qualquer pesquisa". A revista Veja também é vista pelo parlamentar como um arsenal ideológico de extrema-direita. "A Veja foi buscar os ingredientes de um assunto antigo. Bastou que o ex-presidente da Cooperativa Habitacional dos Bancários, João Vaccari Neto, assumisse a tesouraria do PT para que a cozinha da Veja entrasse em ação", criticou.

LEIA DISCURSO NA ÍNTEGRA

16 de março de 2010

 

Blog do Miro: Contra Dilma, revista Veja apela para bandidos

A Casa Millenium, que reúne a lama da direita midiática nativa, deveria instituir um prêmio para os seus freqüentadores mais sádicos. A revista Veja já é uma forte concorrente. Logo após o seu convescote, ela já produziu duas capas espalhafatosas contra a campanha de Dilma Rousseff.

Na primeira, utilizou como “fonte primária” o promotor José Carlos Blat, que foi desautorizado pela Justiça de chofre. Já nesta semana, ela acionou Lúcio Bolonha Funaro, famoso doleiro do rentista Naji Nahas e “sócio” do ex-governador José Roberto Arruda, que permanece preso em Brasília.

As denúncias requentadas do promotor não duraram uma semana. O juiz Carlos Eduardo Franco negou o pedido de Blat de bloqueio das contas da Cooperativa Habitacional dos Bancários e até recusou a quebra do sigilo bancário do ex-presidente da Bancoop, João Vaccari.

No despacho, o juiz argumenta que as denúncias de Blat não podem ser “contaminadas” pelo ambiente eleitoral e nem servir à manipulação da sociedade. A revista Veja, que já havia arquivado a sua reportagem de fevereiro de 2005 com relatos dos podres de Blat, preferiu agora ocultar a bronca do juiz.

A FONTE DA VEJA TEM VASTA FICHA POLICIAL

Mas a famíglia Civita não dará sossego a Dilma Rousseff e seguirá a estratégia traçada nas orgias da Casa Millenium. Para isto, usará os expedientes mais torpes, como ouvir notórios bandidos. A “fonte primária” da Veja desta semana, Lúcio Funaro, tem vastíssima ficha policial.

No passado, esteve metido no escândalo do Banestado. Já na Operação Satiagraha, a Polícia Federal o acusou de doleiro Naji Nahas, responsável por remessas ilegais de dinheiro ao exterior. Só não foi preso porque Gilmar Mendes, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, deu-lhe habeas corpus.

Lúcio Funaro também se lambuzou no escândalo do “mensalão do DEM” de Brasília. Em duas investigações assumidas pela Polícia Federal e pelo Ministério Público, ele é citado como pivô da remessa de altas somas para contas de firmas de fachada. A Operação Tucunaré revelou que sacolas de dinheiro eram distribuídas em hotéis do Distrito Federal. A empresa Royster Serviços, de Lúcio Funaro, seria uma das beneficiadas no esquema de corrupção do ex-governador demo José Roberto Arruda – o badalado “vice-careca” do tucano José Serra.

LIGAÇÕES DO DOLEIRO COM SERRA

Apesar da sua ficha suja, a Veja requentou as denúncias de Funaro contra a Bancoop. Temendo a prisão, ele as apresentou em 2005, mas elas foram rejeitadas pela Justiça. Segundo João Vaccari, que novamente não foi ouvido pela Veja, “passados cinco anos, nunca fui chamado para prestar esclarecimentos no Ministério Público Federal, que não propôs ação contra mim”. Para ele, a nova “reporcagem” é mais um ataque “sem fundamentos ou provas”, que visaria influenciar a eleição presidencial deste ano – conforme a tática traçada no convescote da Casa Millenium.

Mas o desespero da famíglia Civita pode respingar no seu próprio candidato. A “fonte primária” da Veja pode reabrir antigas feridas de José Serra, que teria repassado informações privilegiadas ao doleiro Naji Nahas na venda de ações da empresa paulista de energia.

Na ocasião, uma escuta telefônica da Polícia Federal ouviu o doleiro se jactando de que poderia ganhar “80 paus” (R$ 80 milhões) com a venda de ações. Sem papa na língua, ele revelou que “soube pelo próprio Serra a confirmação de que a Cesp seria privatizada”. Será que a revista Veja irá atrás desta história?

Fonte: Altamiro Borges, em seu blog

 

Direitos humanos continuam sendo o “novo nome da democracia”

Nilmário Miranda, ex-ministro da Secretaria Especial dos Direitos Humanos da Presidência da República, jornalista e escritor, publicou no Caderno Pensar do jornal Estado de Minas o artigo intitulado “O novo nome da democracia”. Ele propõe o debate honesto sobre o Plano Nacional dos Direitos Humanos (PNDH 3), separando-se a crítica do preconceito, dos interesses eleitoreiros e das disputas ideológicas. Os direitos humanos são universais, interdependentes, indivisíveis. E o PNDH é fruto dos governos Fernando Henrique Cardoso e do presidente Lula. Aliás, os dois primeiros PNDHs foram editados por decreto por FHC.

Para Nilmário Miranda, há dois tipos de críticas. Tem aquelas do tipo “não li e não gostei”, que usam o plano apenas como disputas eleitorais ou para destilar preconceitos. E tem o bloco do debate legítimo, no qual se insere a Igreja Católica, histórica defensora dos direitos humanos que estendeu seu manto protetor aos torturados, às famílias dos mortos e desaparecidos da ditadura militar, mas que critica a inclusão da descriminalização do aborto e a união homoafetiva.

Ele explica que não há no PNDH 3 nenhum cerceamento à liberdade de expressão. E faz um convite à leitura. O que existe é a proposta para que sejam negados patrocínio e publicidade oficial à mídia que veicule racismo, ofensas graves à dignidade das pessoas, sexismo, preconceitos e baixarias.

“Acredito que foi a proposição da instituição de uma Comissão da Verdade que desencadeou a onda de ataques ao PNDH 3. O tema do direito à memória e à verdade sempre dividiu opiniões no Brasil. O mesmo Rui Barbosa que na Oração aos moços defendeu tratar desigualmente os desiguais mandou queimar os arquivos da escravidão, queimando a história da maioria da população negra e parda.

Toda vez que se busca passar a limpo a história de violações de direitos ocorridas durante a ditadura surge a reação dos que temem a verdade, dos que não querem debater o que se passou. Mas não há como fugir. Os fantasmas só desaparecem quando jogamos luz sobre eles”.

Em 1988, quando o mundo comemorou os 50 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, FHC declarou: “direitos humanos são o novo nome da democracia”. Não há porque duvidar.

Não é verdade que o PNDH 3 tenha sido editado de forma autoritária. Após a convocação da Conferência Nacional de Direitos Humanos, em 2008, ocorreram 137 encontros e 27 conferências estaduais, com participação de governos municipais, estaduais e assembléias legislativas, um processo que culminou na 11ª Conferência Nacional, com mil e duzentos delegados e 800 observadores, em Brasília. Foram incorporadas propostas de mais de 50 conferências nacionais realizadas desde 2003, com a reunião de quase 5 milhões de pessoas. E a proposta ainda ficou meses a fio no portal da Secretaria Especial dos Direitos Humanos para receber críticas e sugestões. Tudo às claras, com transparência e espírito público.

Direitos humanos continuam sendo o novo nome da democracia.

LEIA NA ÍNTEGRA

 

AGU lança cartilha para agentes públicos e, claro, para os sucessores de certos ministros

Fiquei ligeiramente mais despreocupado com a indicação de prepostos de partidos políticos pragmáticos para a sucessão em certos ministérios. O ministro sai, entra seu fiel jardineiro. É um grande risco. Mas, para evitar que agentes públicos federais tenham condutas erradas e usem de forma ”inadequada” os recursos e bens públicos, durante o período eleitoral, a Advocacia-Geral da União (AGU) elaborou uma cartilha listando as condutas vedadas. Vale para todos, mas acho que vale mais para os substitutos de chefes políticos.

Entre as condutas estão a proibição a candidatos de participar de inaugurações de obras públicas nos três meses anteriores às eleições, ou seja, a partir de 3 de julho. Também nesse período é proibida a contratação, com recursos públicos, de shows artísticos para a inauguração de obras e serviços públicos.

Há também a proibição da distribuição gratuita de bens, valores e benefícios, tais como cestas básicas e materiais de construção. Essa regra vale para todo o ano eleitoral e fica suspensa no caso de calamidade pública, estado de emergência e de programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária.

No período de seis meses antes da eleição não é permitido dar aumento de salário aos servidores públicos maior do que a perda de seu poder aquisitivo ao longo do ano eleitoral. O uso de bens materiais e serviços públicos em favor de campanhas e candidatos também é disciplinado. Em todos os anos e, sobretudo no eleitoral, é proibido usar, por exemplo, imóveis e ceder servidor público para comitês de campanha durante o horário de expediente.

As penalidades incluem a cassação do registro da candidatura ou do diploma de eleito, como no caso da participação dos candidatos em inaugurações, e a aplicação de multas que vão de R$ 5.320,50 a R$ 106.410,00.

De acordo com o caso, a multa é aplicada ao agente responsável, ao partido político, às coligações e aos candidatos beneficiados, sendo ainda possível as sanções de caráter constitucional, administrativo e disciplinar.

A cartilha será apresentada ao presidente Lula, que obviamente também deve obedecer as regras. O presidente acompanhará todo esse processo de orientação. Agora, como todo agente público, não lhe é negado o direito de cidadania, que é o direito de apoiar candidatos.

Lula vai poder realizar suas atividades públicas e não há impedimento de que fora desse espaço de atuação possa participar de campanha. Ele participa desses eventos não como presidente, mas como Luiz Inácio Lula da Silva", afirmou o ministro da AGU.

Para não deixar dúvidas sobre quem deverá observar as regras, a cartilha define, logo no início, quem é considerado agente público. "Assim, os agentes públicos da administração federal devem ter cautela para que seus atos não estejam de alguma forma interferindo na isonomia necessária entre os candidatos ou violando a moralidade e a legitimidade das eleições", diz o texto de apresentação da publicação.

O material está disponível no endereço www.agu.gov.br

 

Articulação de gigantes da mídia ataca PT em véspera de eleições

O deputado Luiz Couto (PT-PB) matou a charada. Na Câmara Federal, ele rebateu os ataques da grande mídia contra o Partido dos Trabalhadores. Referindo-se às matérias recentes contra o PT, ele as classificou como infundadas. "Estão tentando produzir uma onda de fogo tão intensa para que seja impossível ao Governo responder pontualmente". A cada semana surge algo esquentado, requentado, é uma "denúncia" que órgãos de imprensa publicam, com objetivo de atacar sistematicamente o PT e influenciar no processo eleitoral deste ano, ressaltou.

Luiz Couto citou a matéria "Operação Tempestade no Cerrado", de Mauro Carrara, em que o autor diz que "O PT é um partido sem mídia e o PSDB é uma mídia com partido". A matéria desdobra todas as acusações sofridas pelo Partido dos Trabalhadores e pontua as estratégias da grande mídia em constranger o Governo.

Segundo o deputado, querem manter de forma permanente denúncias contra o Governo Lula nos portais da Internet e produzir manchetes impactantes nas versões impressas, usando fotos que ridicularizam o Governo e a ministra Dilma Rousseff. Ele citou que a mídia ressuscitou episódio de 2005 para explorá-lo ao máximo. "Dessa forma, associam o nosso presidente a supostas arbitrariedades e esquecem o problema de corrupção atual que o país vive, que não é culpa do PT", criticou.

Para Luiz Couto, os ataques constantes ao partido fazem parte de uma articulação de gigantes. "São ordens das redações da Editora Abril, de O Globo, O Estado de S. Paulo, Folha de S. Paulo e outros que disparam sem piedade, sem pausa contra o presidente Lula, contra a ministra Dilma e contra o Partido dos Trabalhadores".

O deputado lembrou também do processo eleitoral de 2006, em que a internet foi usada como ferramenta de ataque ao partido. "A internet foi o campo em que muitas matérias foram forjadas e esquentadas como forma de ataque. Espero que, desta vez, os que defendem a liberdade de expressão não utilizem desses mecanismos para reacenderem matérias antigas dadas como inverdades pelos próprios meios de comunicação", concluiu.

 

Documentário “Utopia e barbárie" de Sílvio Tendler chega aos cinemas em abril

No próximo dia 23 de abril chega aos cinemas do Brasil o filme “Utopia e Barbárie”, o mais novo documentário do premiado cineasta Sílvio Tendler. O filme repassa os eventos políticos e econômicos que ameaçaram os sonhos de igualdade, justiça e harmonia no planeta. Já percorreu 15 países. Ele revê Hiroshima e Nagazaki, o Holocausto, a Revolução de Outubro, o ano de 1968, a queda do muro de Berlim, o advento do neoliberalismo canibal. E reconstrói parte da história mundial, entrevistando intelectuais, testemunhas e vítimas.

“Os dramaturgos Amir Haddad, Augusto Boal e Zé Celso Martinez, a economista Dilma Rousseff, o escritor e jornalista Eduardo Galeano, o poeta Ferreira Gullar e o jornalista Franklin Martins foram alguns dos nomes que concederam ao filme emocionantes depoimentos. Diversas vítimas, testemunhas e sobreviventes também narraram suas trajetórias, como a argentina Macarena Gelman e a brasileira nascida em Havana, Naisandy Barret, ambas filhas de desaparecidos políticos, além do estrategista do exército vietnamita, General Giap", informa Agência Carta Maior.

Cineastas de vários países também contribuíram com suas visões, como Denys Arcand (Canadá), Amos Gitai (Israel), Gillo Pontecorvo (Itália), Fernando Solanas (Argentina), Hugo Arévalo (Chile), Marceline Loridan (França), Mohamed Alatar (Palestina), Shin Pei (Japão), além dos cineastas brasileiros Cacá Diegues, Sérgio Santeiro e Marlene França. Orçado em R$ 1 milhão, o longa é narrado por Letícia Spiller.

Silvio Tendler é diretor de “O Mundo Mágico dos Trapalhões”, que fez um milhão e oitocentos mil espectadores; “Jango”, fez um milhão de espectadores e “Os Anos JK”, oitocentos mil espectadores. Seu último longa-metragem, “Encontro com Milton Santos”, ficou entre os dez documentários mais vistos de 2007. Com seus filmes Silvio ganhou quatro Margaridas de Prata (prêmio dado pela CNBB), seis kikitos (Festival de Gramado) e dois candangos (Festival de Brasília).

Fonte: Agência Carta Maior

 

Vereadora de Valente (BA) quer ampliar mecanismos da democracia

A Câmara Municipal de Valente, município situado no semiárido baiano, aprovou o projeto apresentado pela vereadora Leninha (PT). O Projeto de Resolução cria a Comissão de Legislação Participativa (CLP) no âmbito municipal e viabiliza a partir de então que as entidades da sociedade civil possam também contribuir com o processo legislativo, apresentando projetos de interesse da comunidade.

A CLP, conforme o projeto aprovado, tem por finalidade assegurar aos cidadãos valentenses, por intermédio de suas entidades de classe, associativa ou representativa, o direito de oferecer propostas de caráter legislativo, que poderão ser transformadas em projeto de lei. Amplia assim o direito de participação popular previsto na Constituição, e também na Lei Orgânica Municipal, aperfeiçoando o mecanismo de iniciativa popular, ao simplificar a apresentação de projetos de lei.

Todas as entidades da sociedade civil organizada do município de Valente, a partir de então, deverão receber uma cópia do projeto após sua aprovação e sanção para conhecimento.

Essa iniciativa já foi adotada pelo Congresso Nacional, buscando aperfeiçoar o mecanismo constitucional da iniciativa popular que se revelou incapaz de assegurar tal perspectiva, vez que até então nenhum projeto havia sequer sido enviado ao Congresso Nacional por conta das dificuldades, uma delas a necessidade sempre da subscrição por algum parlamentar, possibilitando dessa forma o processo de tramitação.

Não é a democracia direta, é a democracia semidireta. Um novo espaço institucional para a participação popular.

 

Janela Brasileira canta na Barraca do Luciano

Como na Barraca de Luciano as coisas só acontecem quando têm que acontecer e os calendários se movem ao sabor das ondas, a Quarta Cultural dessa semana cairá na quinta-feira, dia 18/03.

A abertura da noite será com a homenagem aos compositores baianos Alcivando Luz, Carlos Coqueijo e Jairo Simões, com a bela voz de Dora Baiana. Dora contará histórias sobre a dupla Alcivando Luz e Carlos Coqueijo e brindará a todos com sua versão de "É preciso perdoar".

No mesmo espírito de brindar nossas almas, o Janela Brasileira deliciará o público com músicas da dupla e também com seu repertório de choro e MPB, pelas mãos e sopros de Andréa Bandeira na flauta, Josué Trindade na clarineta, Carlito Chenaud no violão e Antenor Cardoso na percussão.

Ou seja, a noite promete.

Serviço: Quinta, 18, a partir das 19:30h, que é pra acabar cedo

Couvert artístico: R$ 15,00; consumação livre.

Praia de Pituaçu, quase em frente ao Circo Picolino, Salvador, Bahia.

15 de março de 2010

 

Waldir Pires: O povo quer que a política tenha lado

Entrevista de Waldir Pires ao jornal A Tarde
Repórter Aguirre Peixoto

Aos 83 anos, o ex-governador da Bahia, Waldir Pires, ainda esbanja disposição para a política. Mostrando que a atividade está no sangue e tendo toda uma história de vida de combate à ditadura militar no Brasil, seu nome já foi lançado por setores do PT para ser candidato ao Senado na chapa do governador Jaques Wagner.

Insatisfeitos com a atração de ex-carlistas César Borges (PR) e Otto Alencar, esses petistas defendem um candidato de esquerda na composição governista. “Na medida em que essas manifestações existem, eu seria candidato”, admite Waldir Pires. Ele, que passou nos últimos anos pela Controladoria-Geral da União e Pelo Ministério da Defesa, durante o Governo Lula, se considera mais adequado para defender no Senado as bandeiras do atual presidente na próxima gestão. “Como seriam defendidos, no Senado, os projetos de continuidade do governo Lula com (a ministra-chefe da Casa Civil) Dilma (Roussef)?

Em um Senado que continua frágil, uma relação de forças tão reduzida, nós temos quer avançar”, afirma. Um dos maiores opositores do carlismo, Waldir se coloca contrário a uma chapa com nomes egressos desse movimento, embora já tenha se aliado a ex-carlistas quando concorreu ao governo do Estado. “A diferença do momento é gigantesca”, justifica. Sorridente, o ex-governador recebeu a reportagem de A Tarde na última quinta-feira em seu apartamento, para conceder a seguinte entrevista:



A TARDE – O senhor teve, na última quarta-feira, uma conversa com o governador Jaques Wagner para mostrar sua disposição a concorrer ao Senado. Como foi?

Waldir Pires – Muito boa. Foi uma conversa de mais de duas horas. Falamos sobre aspectos gerais da política da Bahia e do Brasil. Tive a oportunidade de dizer-lhe quanto é importante que nós tenhamos uma clareza sobre o que o governo Wagner representa e também o que significa a passagem do governo Lula pela presidência, em termos de avanço da política brasileira, e, portanto, de que nós estamos em construção, e isso demanda uma presença forte do PT no cenário nacional e nos Estados.


A TARDE – Nessa conversa, o senhor colocou o desejo de ser candidato ao Senado?

Waldir Pires – Ele conhece a minha posição de longo tempo. Eu nunca pus como candidatura. Em toda a minha vida, lutei para ser candidato, briguei consolidei candidaturas, travei a batalha das eleições, ganhei, perdi, não tem problema nenhum. Eu tenho uma consciência muito firme e uma compreensão inarredável de que o caminho da convivência humana é a política. Fora da política, a humanidade não tem outra estrada senão a violência, a brutalidade. A minha geração viu isso com a ditadura. De modo que eu nunca me declarei candidato, eu já passei dos 80 anos, graças a Deus eu tenho boa saúde, a energia toda para que eu dê de mim o que for possível. Agora, na medida em que os companheiros começam a dizer “Waldir, nós queremos você candidato”, e se pronunciam em encontros pessoais, encontros de grupos, encontros de colegiados, em manifestações sucessivas, eu disse a eles: “Olha, eu estou inteiramente à disposição do partido. Se, porventura, o pessoal acha que eu devo ser candidato, eu vou ser candidato para defender o caminho do Brasil e construir a inclusão social”.


A TARDE - Então, naturalmente, a pré-candidatura foi tema de conversa.

Waldir Pires – Também. O governador me ouviu, eu disse a ele essas coisas, ele sabe das manifestações e, na medida em que essas manifestações existem, eu sou candidato, sem nenhuma dúvida serei candidato dentro de meu partido. Então eu disse: “Wagner, se você porventura não me desejar candidato, não tem importância, eu sei o que a vida política, os erros que foram cometidos ao longo da segunda metade do século XX por visões personalistas. E quem paga isso? A população e as gerações brasileiras. Se você tem um rumo, você sabe que o rumo é esse, você não sai. Por isso que eu disse a ele: “Eu vou votar em você para governador”. Agora, o povo está dizendo que eu sou candidato, eu vou ser candidato.


A TARDE – E o que o governador respondeu?

Waldir Pires – Disse “é, vamos conversando...”


A TARDE – Não descartou.

Waldir Pires – Não descartou, apenas me disse que estava achando que o outro caminho seria mais aconselhável, uma composição de forças mais ampla. Essa composição pode ser até viável, mas desde que ela não descaracterize o destino de um partido que nasceu de uma força gigantesca dos movimentos populares. Eu acompanho as posições de Lula desde 1989, no segundo turno das eleições.


A TARDE – O apoio foi quando o senhor era candidato à vice-presidência com Ulisses Guimarães na cabeça da chapa, ainda filiado ao PMDB.

Waldir Pires – Aquela eleição foi quando eu fiz o sacrifício maior da minha vida, para manter-me em meus princípios e tentar defender o caminho democrático do Brasil. Foi a de me desincompatibilizar do cargo de governador da Bahia para concorrer com Ulisses para ser eu o candidato à presidência. Eu passei aqui os anos de 1988 e 1989 com dezenas de caravanas da juventude do PMDB pedindo que eu fosse candidato à presidência. Eu dizia que não era a hora, mas as coisas foram se alterando. Só que naquele momento nós cometemos um erro de visão da política e acabamos sendo envolvidos pela astúcia do general Golbery (do Couto e Silva, ministro da Justiça em 1980), que abriu o pluralismo político no final da ditadura militar.


A TARDE - E a oposição se dividiu.

Waldir Pires – A oposição se dividiu toda. De tal jeito que, quando nós chegamos na primeira eleição do povo brasileiro depois de derrotada a ditadura, em 1989, tínhamos cinco candidaturas populares e só uma montada pelo conservadorismo, que era a do (Fernando) Collor. Havia Lula, Brizola, Ulisses, Mário Covas e Roberto Freire. Isso nos dividiu completamente e o Collor estava disparado lá em cima. Tanto que, quando os movimentos populares chegaram aqui na Bahia, pedindo que eu fosse candidato à presidência, eu disse: “Eu acho que não é a minha vez, mas se vocês querem, façam a minha candidatura, e eu vou lá”. E o PMDB fez, naquela ocasião, uma convenção com cerca de 800 filiados, acabou a disputa sendo entre meu nome e o de Ulisses. Eu quase derrotei ele, perdi por menos de vinte votos. O PMDV pediu que eu fosse o vice, para unir o partido. Foram madrugadas sem dormir, um sacrifício gigantesco para me decidir a deixar o governo da Bahia.


A TARDE – Voltando ao cenário aqui da Bahia, o senhor entende então que esse movimento de atração de candidaturas como a do conselheiro Otto Alencar e do senador César Borges (PR), egressos do carlismo, descaracterizariam uma chapa do PT?

Waldir Pires – O governador tem sempre civilidade para fazer uma composição. Mas o instante da governabilidade é outro, é um jogo de o chefe de governo poder executar suas tarefas. Quem não compreende essa situação de Lula? Ele tem cerca de 80 deputados federais do PT, outros partidos de esquerda são mais uns 50. A Câmara dos Deputados tem 513. Ele foi eleito para governar, tem que compor um mecanismo de governabilidade. Mas isso vai ficar permanentemente assim? Chega o processo eleitoral, tem que se por para o povo, tem que escolher. Claro que tem que dar condições de governabilidade, mas a um governo que firme compromissos que não sejam só de campanha, são compromissos da construção de uma sociedade. Nos atrasamos muito como democracia, temos que recuperar esse tempo.


A TARDE – Eleitoralmente, Wagner ganharia ou perderia eleitores se agregando a uma chapa mais conservadores?

Waldir Pires – Eu sou muito mais favorável a outra opção. Acho que se ele forma uma chapa com a presença do PT no Senado, com os nossos aliados de sempre, ele pode evidentemente compor com outros, é algo natural na política, mas que se faz em etapas, em outro momento. Imagino que o Wagner ganhe bem uma eleição assim, com a cara do PT e dos aliados. Se for o contrário, eu não sei. O povo quer que a política tenha lado, tem que ter lado. Hoje, todo partido diz a mesma coisa, não vale nada, não pode.


A TARDE – Quando o senhor se candidatou ao governo do Estado, em 1986, também se aliou a candidatos mais conservadores. Seu vice, Nilo Coelho (um fazendeiro) e os candidatos ao senado foram Ruy Bacelar e Jutahy Magalhães (carlistas que haviam rompido com ACM).

Waldir Pires – A diferença do momento é gigantesca. Ali você estava derrubando uma ditadura e a marca de seu conservadorismo. Ainda assim eu recusei o apoio da estrutura de governo da presidência da República de José Sarney. Eu era ministro da Previdência, estava extremamente forte, tínhamos tirado a Previdência da falência. O presidente me fez a proposta de que eu fosse candidato com o apoio de todas as forças, e eu recusei. Eu disse que isso não existia, a política não pode ser unanimidade. E eu escolhi dois senadores que já estavam rompidos com a estrutura dominante do grupo comandado pelo senhor Antônio Carlos Magalhães. Eu recebi um pedido para dar uma audiência ao senador Jutahy Magalhães, que me declarou seu apoio e acabou entrando na composição. Depois veio o Ruy Bacelar, rompido já com o governo desde 1985. Nilo Coelho não era meu candidato a vice-governador, era José Pedral (Sampaio) de Vitória da Conquista, que tinha sido cassado durante a ditadura. Eu queria ele para meu vice, mas no comecinho do ano de 86, o candidato adversário, Josaphat Marinho deu declarações de que políticos do PMDB estavam começando a apoiá-lo. Pedral veio falar comigo, dizendo que havia um desbaratamento do PMDB: “Eu não quero mais ser vice-governador, precisamos fortalecer a nossa chapa. Tem um rapaz moço, que não fazia política e está prefeito lá de Guanambi, é a primeira vez dele e está fazendo uma boa gestão. Ele tem uma força muito grande no São Francisco, nós precisamos porque não temos nada naquela região”. Aí a coisa foi andando e fechamos.


A TARDE – O senhor acredita que o carlismo realmente acabou?

Waldir Pires – O carlismo era a dominação de uma personalidade que durante toda a ditadura comandou a Bahia. Na realidade, não são idéias. Política são idéias, são valores. O carlismo era o coronelismo, é muito antigo, desde os donos de engenho. Acabar com isso é fundamental para o processo democrático. Você põe as coisas do estado a serviço do bem-estar da população inteira, criando mecanismos a serem respeitados. Um deles á a transparência completa.


A TARDE – A sua história de vida seria a principal plataforma para chegar ao Senado?

Waldir Pires – Meus objetivos são desenvolver o Brasil e determinar a inclusão social de nosso povo. Hoje já enfrentamos um problema de criminalidade gravíssimo, que está vinculado a essa espoliação de ter uma parcela enorme da população absolutamente sem renda. E, nesse particular, a contribuição de Lula é significativa e tem que continuar. O Senado é uma voz de advertência e de acompanhamento, de não permitir a omissão.

 

Hoje, segunda-feira, 15, o jornal A Tarde publica bela entrevista de página inteira com Waldir Pires


 

O Nordeste vota em Lula, logo, em Dilma Roussef

O Nordeste vota em Lula e é quase certo que vota na candidata de Lula. Não é por misticismo nem carisma. É porque o programa Bolsa Família, a ampliação do crédito, o aumento do salário mínimo e da oferta de emprego motivaram o aumento do poder de compra das classes de menor renda, a tal ponto que as feiras livres registraram grande crescimento. É nas feiras livres que os nordestinos compram alimentos, vendem roupas e toda ordem de artesanato, a preços inferiores aos do comércio formal.

A campanha anti-Lula, anti-PT e anti-Dilma Roussef, organizada pelos jornalões e redes de TV não atinge as massas de trabalhadores pobres informais das regiões metropolitanas do Nordeste. Eles não lêem jornais e não assistem TV nos horários dos noticiários. E os que assistem dão mais importância à barriga que aos noticiaristas e redatores de jornais.

Em fevereiro, a própria Folha de São Paulo mandou repórteres às feiras nordestinas. O crescimento das feiras livres foi sentido tanto nas feiras pequenas quanto nas feiras das cidades das regiões metropolitanas. Em Juazeiro do Norte (Ceará), por exemplo, o número de feirantes cadastrados chega a 1.800, um crescimento de 30% em cinco anos. Em Simões Filho (BA), a prefeitura registrou crescimento de 60% no comércio informal. O aumento do comércio popular se intensificou a partir de 2007.

A reportagem percorreu Caruaru (PE), Caucaia (CE), Itaitinga (CE), Maracanaú (CE), Cascavel (CE), inclusive o bairro Ouro Preto (Olinda), onde havia fila de espera para interessados em participar da feira de confecções. Em todos estes lugares, os prefeitos explicam que foi efeito do Bolsa Família, do aumento real do salário mínimo e da oferta de emprego, além da ampliação do crédito, os fatores que favoreceram o surgimento de novos consumidores e novos produtores. Não precisa ser economista para ver isso.

Como estes fatores ocorreram em todo o país, não seria absurdo concluir que é por isso que Lula está lá no alto de todas as pesquisas de opinião pública. Em 2009, o Bolsa Família despejou nada menos que R$ 12,4 bilhões na economia de todo o país; só no Ceará o Bolsa Família repassou R$ 1,01 bilhão a 917 mil famílias. Na Bahia, o Bolsa Família distribuiu R$ 1,66 bilhão e em Pernambuco R$ 1,06 bilhão.

Qualquer professor de Economia pode afirmar que programas de transferência de renda como Bolsa Família incentivam indiretamente o empreendedorismo, já que criam um poder de compra em classes populares. Há muitos cidades que registram o surgimento de microindústrias. A reportagem da Folha de São Paulo foi encontrar microindústrias (chamadas no interior de “fabricos”) produtoras de roupas populares chamadas “sulancas” em periferias de Olinda, Caruaru, Toritama, Santa Cruz do Capibaribe e em Tobias Barreto (SE).

Na Era Lula, os “sulanqueiros” do Nordeste cresceram, ganharam dinheiro, criaram empregos.

Tudo isso pode se perder se José Serra, do PSDB, ganhar a eleição presidencial. Os tucanos odeiam pobres. Acham um desperdício distribuir tanta renda assim.

Os nordestinos podem não ler jornais, nem gostar de noticiário de TV, mas não são burros. Votam em Lula, e como Lula não é candidato, vão votar na candidata de Lula.

Anotem. Será no Nordeste a primeira virada nas pesquisas de intenção de voto, a favor de Dilma presidente.

14 de março de 2010

 

Secult com Márcio Meirelles transforma Bahia na capital nacional do teatro

A história da cultura na Bahia será dividida em antes e depois de Márcio Meirelles. A partir de segunda-feira (15) será a vez do teatro. A voz do passado se calou diante dos fatos.

Segue texto:

Durante sete dias, Salvador será a capital nacional do Teatro. Realizado pela Cooperativa Baiana de Teatro (CBT), com o apoio da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), por meio do Fundo de Cultura, a 2ª edição do Festival Nacional de Teatro da Bahia será realizada entre os dias 15 e 21 deste mês, trazendo 23 espetáculos em sua programação. Sem caráter competitivo, o evento traça um painel diversificado em temas e linguagens do teatro contemporâneo brasileiro, além da promoção de ciclos de debates e oficinas de teatro.

A abertura oficial do festival será realizada na segunda-feira (15), às 21h, na sala principal do Teatro Vila Velha, com apresentação do espetáculo Donos da Terra, direção de João Gonzaga. O espetáculo é fruto da criação coletiva de 47 crianças do Projeto de Iniciação Musical (PIM), braço artístico da Escola Comunitária São Miguel, de Fazenda Coutos 3. O mote do espetáculo é a cultura nordestina por meio dos poemas de Castro Alves, João Cabral de Melo Neto, Manoel Bandeira, além das próprias criações das crianças.

Dos 23 espetáculos, 13 são apresentados por grupos baianos e os outros 10 espetáculos são de grupos de São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná, Paraíba e Goiás. As apresentações serão realizadas em espaços como Sala do Coro do TCA, Teatro Vila Velha, Aliança Francesa, Centro Cultural da Plataforma, Sesc-Senac Pelourinho, Sesi, Xisto Bahia e em um local especial criado no Hospital das Clínicas, que teve uma de suas enfermarias transformadas em uma sala de teatro.

CBT TORNOU TEATRO MAIS ACESSÍVEL

Fundada em 2004 por iniciativa de artistas locais, a Cooperativa Baiana de Teatro tem como principal objetivo dignificar o trabalho do ator e dos profissionais da área, tornando o teatro mais acessível à população. Em cinco anos de existência, a CBT realizou importantes projetos como o Lá vem a Cooperativa, Viva o Teatro, Ciclo de Oficinas, Jornada de Teatro, Seminário de Negócios e o Festival de Teatro da Bahia.

Nesta segunda edição, o Festival Nacional avaliou 145 projetos para selecionar 10 espetáculos nacionais. Entre eles estão Balada de um palhaço, de Goiás, Circo dos objetos, De um lugar para o outro, Solas de vento, Mão na luva, Uma noite em claro e Males do tabaco, de São Paulo, Sobre mentiras e segredos, do Rio de Janeiro, Nada, nenhum e ninguém, da Paraíba, e As aventuras de uma viúva, do Paraná. Balada de um palhaço, Dia de circo, Mulher Popular Brasileira, Palharia, Palhaço, Palhaçaria, entre outros, são os representantes da Bahia.

GOVERNO WAGNER INVESTE R$ 6,9 MILHÕES EM ARTES CÊNICAS

Por meio do Fundo de Cultura, o Governo da Bahia investiu cerca de R$ 6,9 milhões nas artes cênicas, apoiando projetos de montagem, manutenção de grupos e festivais, selecionados via demanda espontânea ou seleções públicas. Só para as seleções, foram R$ 2,8 milhões de apoio a 26 montagens. Em três anos de gestão, o Fazcultura incentivou 40 projetos das artes cênicas com R$ 4,4 milhões. Receberam este apoio espetáculos como O Indignado, de Frank Menezes, Siricotico, última montagem da Cia. Baiana de Patifaria, e Os Cafajestes.

 

Militantes aclamam Waldir Pires para candidatura ao Senado durante ato de posse do novo diretório do PT da Bahia

Deu no jornal A Tarde Online. Na chamada saiu assim: “Ex-governador Waldir Pires é aclamado para candidatura ao Senado no ato de posse do novo Diretório do PT”. Já o título de dentro saiu assim: “Petistas querem Waldir na chapa Wagner”.

Como se segue:

Petistas querem Waldir na chapa de Wagner
Rita Conrado

O apoio da militância petista à candidatura do ex-governador Waldir Pires ao Senado, na chapa do governador Jaques Wagner, foi evidenciada nesse sábado, 13, durante o evento de posse da nova diretoria estadual do Partido dos Trabalhadores, no Hotel Sol Barra.

Aclamado pela maioria, o ex-governador reafirmou a sua disposição em participar da disputa, apesar dos discursos de Wagner e do presidente estadual do partido, Jonas Paulo, que defendem a ampliação do leque de alianças para eleger a ministra Dilma Rousseff à presidência da República e a reeleição do governador.

“Temos que escolher se vamos decidir pela chapa dos nossos sonhos ou por uma chapa que reúna os sonhos e o compromisso de dar continuidade ao nosso projeto político, vencendo as eleições”, assinalou Wagner, que ressaltou o papel do Partido Republicano (PR), do senador César Borges, um dos postulantes à vaga ao Senado federal, e do PDT durante o que chamou de “golpe” sofrido pelo PMDB, que rompeu com o PT no estado, lançando a candidatura do ministro Geddel Vieira Lima ao governo estadual.

Forças aliadas - “Não vou impor a minha vontade, mas acredito que a chapa que precisamos construir tem que a cara do nosso governo, com velhos e novos aliados”, afirmou Wagner, ressaltando que essa composição seria com um representante das forças aliadas e um representante das esquerdas. “Mas a esquerdas no sentido amplo, que não é só o PT”.

Convencimento - O presidente empossado nesse sábado, Jonas Paulo, ressaltou o trabalho de convencimento que está sendo feito com a militância, no sentido de fazer com que seja compreendida a importância de eleger a ministra Dilma Rousseff no primeiro turno. “Há um equilíbrio no triângulo São Paulo, Minas e Rio de Janeiro que vai ser quebrado pelo Nordeste, onde a Bahia tem o maior colégio eleitoral. Não se pode pensar a Bahia sem pensar o Brasil”, afirmou Jonas, ressaltando que o quadro político-eleitoral brasileiro ainda não está definido“.

”No plano nacional, há indefinição no PSB, no PMDB e não se tem certeza nem de que Serra será mesmo candidato, especialmente quando as pesquisas mostrarem a vantagem da ministra Dilma Rousseff“, destacou Jonas.

Discurso - Para o deputado Emiliano José, um dos articuladores da candidatura do ex-governador Waldir Pires ao Senado Federal, o discurso do governador não divergiu da vontade dos que defendem a presença de Waldir Pires na chapa de Wagner. ”Nunca se falou em descartar os aliados nem em deixar de fazer inflexões à centro-esquerda“, assinalou o deputado. ” O que queremos é que um dos nomes para a disputa das vagas ao Senado seja o do ex-governador Waldir Pires“, disse o deputado, cujo discurso corroborava com a de boa parte da militância presente, q ue usava no peito um adesivo com os dizeres Voto na esquerda para o Senado".

O ex-governador Waldir Pires, que por foi diversas vezes aplaudido, reafirmou a sua intenção de entrar na disputa. "Se o PT quiser, eu serei o candidato com muita alegria", afirmou, ressaltando ter tido uma conversa "franca" e "amiga" com o governador Jaques Wagner.

Presente ao encontro, o presidente nacional do partido, José Eduardo Dutra, falou da composição de chapa majoritária na Bahia, que poderia contemplar nomes dos ex-carlistas César Borges (PR) e Otto Alencar. ”Há alianças, com ex-adversários no plano nacional“, disse Dutra.

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