7 de outubro de 2009

 

Dilma Roussef na Bahia trabalha e agradece ao Senhor do Bonfim

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, pré-candidata á presidência da República, estará na Bahia, nesta sexta-feira e sábado (9 e 10), para participar, juntamente com o governador Jaques Wagner, do ato de assinatura da autorização para concessão da BR 324 e da duplicação da BR 116, entre outras atividades.

AGENDA - Na sexta-feira (9), às 7h, a ministra participa de uma missa em ação de graças na Igreja do Bonfim, em Salvador. Depois, segue para Feira de Santana, onde visita as obras do Hospital da Criança e participa do ato de autorização de concessão das rodovias federais.

À tarde, Dilma e Wagner seguem para o município de Cipó, no semiárido, onde participam do encerramento da Caravana de Erradicação do Trabalho Infantil e de inaugurações.

No sábado (10), o governador e a ministra fiscalizam as obras do PAC em Salvador.

Credenciamento – Os profissionais de imprensa interessados em fazer a cobertura das atividades da ministra em Feira de Santana, dia 09/10/2009, e Salvador, dia 10/10/2009, deverão se credenciar até as 20h desta quarta-feira (7) no site www.comunicacao.ba.gov.br, informando o veículo para o qual trabalha, números do RG e do registro profissional.

As credenciais para Feira de Santana serão entregues a partir das 8h do dia 09, no canteiro de obras do Hospital da Criança (Feira de Santana). Para o evento de Salvador, a entrega será na Agecom (Governadoria/CAB), até as 18h do mesmo dia.

Nunca foi tão fácil fazer a cobertura de imprensa.

6 de outubro de 2009

 

Governo da Bahia leva microcrédito a Rodelas, lá pelas bandas do rio São Francisco

O Programa de Microcrédito do Estado da Bahia – Credibahia avança em direção à Bahia profunda. Segunda-feira (05.10), um posto foi inaugurado em Rodelas, a 550 quilômetros de Salvador, nas proximidades do rio São Francisco, perto da Barragem de Itaparica. É o 164º posto do Credibahia. O programa oferece financiamento a trabalhadores autônomos e microempresas, com juros abaixo do mercado, de forma desburocratizada. Dia 20 deste mês novas unidades serão inauguradas em Mascote e Ibicoara.

Em Rodelas, a Secretaria do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), comandada pelo secretário Nilton Vasconcelos (PCdoB), que administra o programa, ofereceu uma novidade. Antes da solenidade de inauguração, os moradores da cidade foram convidados para uma Audiência Pública para conhecer o mecanismo do Credibahia. O programa é executado através de uma parceria entre a SETRE, Desenbahia, Sebrae e prefeituras municipais.

 

Dilma Roussef vem à Bahia para agradecer ao Senhor do Bonfim

Há males que vêm para bem. Não é este o bordão popular? A intriga do calunista Cláudio Humberto (um mal na mídia) sobre uma suposta restrição feita pelo governador Wagner a Dilma Roussef, provocou imediato desmentido de sua Assessoria de Imprensa. Não foi o bastante. Agora, a Tribuna da Bahia estampa na manchete de primeira página: “Dilma vem à Bahia na 6ª para agradecer cura ao Senhor do Bonfim”, ou seja, um bem para a Bahia.

A ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Roussef, a candidata do PT e de partidos progressistas à presidência da República já retomou sua rotina de trabalho. Mas, sexta-feira será uma agenda muito especial. Vai agradecer ao Senhor do Bonfim a cura do câncer, detectado em estágio inicial, mas que poderia ter mudado a história de sua vida.

Acabei de conversar com o secretário do Planejamento da Bahia, Walter Pinheiro. Ele disse que além de agradecer ao Senhor do Bonfim, e de manter conversas com o governador Jaques Wagner, a ministra Dilma Roussef vem trabalhar, autorizar obras para a Bahia.

 

Márcio Meirelles, com exposição de Rodin, cala a boca dos críticos

Obras originais de Rodin ficam três anos na Bahia. A manchete está nos jornais. A partir de 26 de outubro – e nos próximos três anos – o Brasil poderá apreciar 62 obras do pai da escultura moderna, Auguste Rodin, no Palacete das Artes Museu Rodin Bahia, no bairro da Graça, em Salvador. O artista plástico Emanoel Araújo, coordenador da exposição “Auguste Rodin, Homem e Gênio” tem muito a ver com a realização. O artista plástico e diretor do Palacete das Artes, Murilo Ribeiro, tem também tudo a ver com a realização. Mas, convenhamos, se não é a competência do secretário da Cultura da Bahia, Márcio Meirelles, não teríamos nada.

Morri de rir da nota do jornalista Raul Fonseca em seu blog “Política Livre”. Como foi mesmo a manchete? “Márcio Meirelles se reabilita com exposição de Rodin na Bahia”. Mas que bobagem. Márcio Meirelles não se reabilitou porque nunca esteve desabilitado. Mas, numa coisa Raul Fonseca tem razão. Ele escreveu: “O secretário estadual Márcio Meirelles acaba de realizar uma proeza”. Realmente. Enquanto Meirelles era bombardeado na mídia por um grupelho de viúvas do mecenato carlista, ele trabalhava pelo projeto de democratização da cultura na Bahia.

Taí mais um resultado. Conforme diz o press release, “é a primeira vez que o Museu Rodin Paris concorda em ceder por tanto tempo suas peças para uma exposição, acatando solicitação do governo da Bahia, numa clara demonstração de confiança na secretaria de Cultura. A exposição “Auguste Rodin, Homem e Gênio” é um dos eventos mais esperados da programação do Ano da França no Brasil”.

5 de outubro de 2009

 

Morre Pedreira Lapa, poeta, escritor e advogado dos ex-presos políticos da ditadura militar

José Pedreira Lapa, advogado de muitos presos políticos da ditadura militar na Bahia, faleceu sexta-feira (02 de outubro de 2009) aos 86 anos. Será eternamente lembrado pelos que combateram os militares. O deputado federal Emiliano José (PT-BA) quando esteve nas prisões do regime foi defendido por Pedreira Lapa, num tempo em que defender presos políticos significava correr riscos. Advogado, poeta e escritor, Lapa foi conselheiro do Tribunal de Contas do Estado da Bahia e ficou também conhecido por suas composições, todas registradas em cinco CDs.

Pedreira Lapa, embora aposentado como advogado, estava na ativa como poeta e compositor. Em março deste ano (2009), a Comissão de Educação, Esporte e Lazer da OAB-BA divulgou o resultado do Concurso de Advogados Compositores e Cantores da Bahia. Entre as doze canções selecionadas estavam três de José Borba Pedreira Lapa: Elza, Fora de Cartaz e Generais da Boemia. A comissão especial da OAB-BA foi integrada por Walter Queiróz, Luiz Caldas e Zeca Freitas.

Vou lembrar um episódio ocorrido logo após o golpe militar.

Pedreira Lapa tinha muita coragem. No livro Lembranças do Mar Cinzento, o jornalista, escritor, professor de comunicação aposentado e atualmente deputado federal (PT-BA), Emiliano José, registrou que Lapa foi advogado dos presos políticos da ditadura logo após o golpe militar de 1964. E não recuou quando os militares da linha dura seqüestraram políticos já presos para evitar a soltura por habeas corpus concedido pelo próprio Superior Tribunal Militar.

Ele foi o advogado que requereu habeas corpus ao Superior Tribunal Militar (STM) para muitos detidos no 19º BC, no Cabula, em Salvador. Lá estavam seqüestrados pelos militares da linha dura, Othom Jambeiro, Camilo de Jesus Lima, Carlos Augusto Contreiras, Fernando Alcoforado, Milton das Costa Oliveira, Milton de Carvalho Silva, NUdd David de Castro, Rubem Dias do Nascimento, Sebastião da Silveira e Wladimir Pomar.

Como o STM concedeu o habeas corpus, os fascistas seqüestraram os presos e os transferiram para o Quartel de Amaralina. Era agosto de 1964. Os militares terroristas não aceitavam a ordem de soltura do Superior Tribunal Militar. Daí o seqüestro e a incomunicabilidade. Entretanto, alguns presos anotaram as placas dos veículos e a informação chegou à imprensa

Logo que recebeu a informação, José Borba Pedreira Lapa entrou com uma petição destinada a fazer cumprir o "habeas corpus" 27.020, dirigida ao STM, denunciando que os presos beneficiados haviam sido retirados do 19º BC para "lugar ignorado", conduzidos "nas viaturas EB 2112707 (jipe) e COPEB 0-16 (Petrobrás), como se comprova nos avisos deixados por Fernando Gonçalves Alcoforado e Sebastião da Silveira Carvalho, corroborados com a informação de seus familiares (mãe, esposas, irmã) prestada por escrito ao advogado subassinado e certidão da Auditoria Militar da 6ª Região Militar".

Lapa reclama, na petição, a soltura imediata dos presos em nome "da dignidade da função judicante, tão elevada e tão nobre, e até, como se vê, dos próprios desígnios diretores da revolução vitoriosa, cujo abastardamento a transformaria em inexpressiva e intolerável quartelada". Acaso isso não fosse feito, diz Lapa, só restaria "o apelo extremo à Organização das Nações Unidas (ONU), recurso este que, entretanto, se concretizado, enodoará toda uma geração cristalizada na fé democrática, enraizada sob o pálio e a égide dos princípios cristãos e dos impostergáveis direitos naturais da pessoa humana, onde sobrepaira o da liberdade individual, no seu sentido mais amplo". E data: 3 de setembro de 1964.

Com o passar do tempo parece pouca coisa. Mas não era não. Precisava de muita coragem para advogar a favor dos presos políticos. Os militares eram uns desequilibrados.

José Pedreira Lapa, por sua coerência e coragem, será sempre lembrado.

 

Cláudio Humberto mente sobre Dilma Roussef

É asquerosa a forma como o jornalista Cláudio Humberto mente em sua coluna. Fico pasmo quando alguém reproduz qualquer coisa que ele escreve. Não tem credibilidade nenhuma o ex-assessor de imprensa de Collor. Mais uma vez a molecagem se repete: a coluna do Cláudio Humberto afirmou que o governador Jaques Wagner “já preveniu os caciques petistas que a candidata Dilma Roussef não entusiasma o eleitorado baiano”. Não é verdade. É uma nota gratuita, pura ficção de baixa qualidade.

A nota inventada na maior cara de pau obrigou a assessoria de imprensa do governo baiano a desmentir a “informação”, ou melhor, desmentir a lorota divulgada por Cláudio Humberto. As pesquisas internas do governo da Bahia mostram Dilma Roussef com desempenho acima da média nacional junto aos eleitores baianos. Jaques Wagner tem repetido que a ministra Dilma Rousseff tem as principais qualidades que se espera de quem pretende chegar à Presidência da República: faz parte de um projeto político do qual é uma das principais responsáveis e defensoras, absolutamente íntegra e profunda conhecedora da realidade brasileira.

4 de outubro de 2009

 

Militantes do PT resgatam memória da extinta organização revolucionária POLOP, 50 anos depois

Nesta quinta-feira, 20h, o Centro de Estudos Victor Meyer (CVM) estará promovendo no Bar Santa Maria, Pinta e Nina, no Rio Vermelho, Salvador, o lançamento de livro “POLOP – Uma trajetória de luta pela organização independente da classe operária no Brasil”. Trata-se de coletânea de textos elaborados pela organização revolucionária durante as lutas sociais do País entre as décadas de 60 a 80. Pery Falcon, Ivan Braga, Orlando Miranda e Tânia Miranda são alguns dos organizadores. Eles antecipam, assim, a comemoração dos 50 anos de fundação da Organização Revolucionária Marxista – Política Operária, que ficou conhecida como POLOP.

Há cerca de quarenta e oito anos, entre 16 e 19 de janeiro de 1961, um grupo de jovens militantes revolucionários reuniu-se em Jundiaí-SP para fundar a POLOP. O ato foi o coroamento de uma série de debates entre quadros políticos e intelectuais que então militavam em pequenas organizações políticas ou se articulavam em torno de publicações marxistas. O agrupamento foi pioneiro na crítica à burocracia e ao stalinismo da então URSS.

Um conjunto de idéias básicas unia o grupo:

A condenação à política de colaboração de classe à época comandada pelo PCB, PSB e PTB; a defesa do caráter socialista de qualquer futura revolução no Brasil; o reconhecimento do papel da classe operária como força aglutinadora de uma frente dos trabalhadores da cidade e do campo; a defesa da construção de um partido representativo da classe operária, em oposição aos partidos burgueses e reformistas; crítica às deformações burocráticas dos Estados do então campo socialista, mas solidariedade a esses paises em seus conflitos com o sistema imperialista.

A influência da organização na esquerda brasileira foi profunda. Pode-se dizer que a Polop catalisou as lutas internas que envolveram o PCB nos anos que se seguiram ao golpe de 1964. Todas as organizações políticas que vieram a se formar na fase da ditadura militar mantiveram algum tipo de relacionamento com a Polop, cujas análises e propaganda política atuaram como um pólo irradiador de proposições revolucionárias.

Mas as condições gerais do período que se seguiu, marcadas pela consolidação da ditadura militar, pela depressão política do movimento operário e pela clandestinidade – aliadas à onda voluntarista que terminou prevalecendo na esquerda brasileira – selaram o destino da Organização. O cerco repressivo, as prisões, o exílio forçado, provocaram a desintegração do seu núcleo dirigente ao longo dos anos 70 e o fracionamento dos quadros remanescentes.

Com a anistia, verifica-se um movimento no sentido de reaglutinação da Organização. Tarde demais, pois o contingente de militantes disponíveis era demasiadamente reduzido e isolado do centro dinâmico das lutas sociais brasileiras: vivia-se uma conjuntura marcada pela retomada das greves operárias, pelo surgimento do PT e pela gestação da CUT. Reconhecendo a importância política própria do PT naquele momento – e sem deixar de entender os seus limites – a Polop aderiu ao novo Partido, terminando por dispersar-se no seu interior no início dos anos 80.

Mais informações: Pery Falcon – cvmbahia@gmail.com

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