27 de outubro de 2007
Mais uma irresponsabilidade da Folha contra o PT
Com base em informação obtida de forma ilegal e criminosa, a Folha de S. Paulo (26/10/07) noticiou uma suposta doação da empresa Cisco ao PT. Dia seguinte anunciou que o Ministério Público vai investigar a relação entre a Cisco e o PT e a suposta doação que, segundo ainda o jornalão, estaria vinculada à Caixa Econômica Federal (CEF). No entanto, a CEF informou que não mantém contratos com a Cisco. Não há provas, indícios, apenas um diálogo genérico.
A Folha de S. Paulo continua a fazer carga contra o PT, mesmo que se utilize de vazamentos ilegais e criminosos. O site do José Dirceu pergunta: vamos supor que as investigações não provem nada contra o PT ou que o diálogo não corresponda à participação do PT. Quem responderá pelos danos causados à imagem do PT? E se o suposto intermediário que falava em nome do PT for um falsário, um golpista? Como ficamos?
O PT precisa se preparar para levar a Folha de S. Paulo e seus jornalistas de aluguel aos tribunais. Essa palhaçada só vai ter fim quando começar a doer no bolso dessa gente doente.
A Folha de S. Paulo continua a fazer carga contra o PT, mesmo que se utilize de vazamentos ilegais e criminosos. O site do José Dirceu pergunta: vamos supor que as investigações não provem nada contra o PT ou que o diálogo não corresponda à participação do PT. Quem responderá pelos danos causados à imagem do PT? E se o suposto intermediário que falava em nome do PT for um falsário, um golpista? Como ficamos?
O PT precisa se preparar para levar a Folha de S. Paulo e seus jornalistas de aluguel aos tribunais. Essa palhaçada só vai ter fim quando começar a doer no bolso dessa gente doente.
Vânia Galvão disputa presidência do Diretório do PT de Salvador
Nesta segunda-feira (29), a vereadora Vânia Galvão, Líder do PT e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos do Cidadão na Câmara Municipal de Salvador, faz o lançamento da sua candidatura na disputa pela presidência do Diretório Municipal do Partido dos Trabalhadores. O Processo de Eleição Direta (PED) será realizado no dia 02 de dezembro deste ano e Vânia Galvão integra a chapa “Construindo um Novo Brasil”. O ato político será, às 19h, no comitê (rua Boulevard América, 55, Jardim Baiano, Nazaré).
Vânia Galvão tem o compromisso de fazer com que o Partido dos Trabalhadores seja uma força política ainda mais presente no cotidiano de Salvador, uma cidade com imensas desigualdades sociais e com muitas diferenças que precisam ser evidenciadas e respeitadas para que a democracia defendida pelo partido contemple todos/as: mulheres, homens, negros/as, brancos/as, a juventude, idosos/as, as crianças e o imenso leque da diversidade sexual que comporta gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.
Vânia Galvão tem o compromisso de fazer com que o Partido dos Trabalhadores seja uma força política ainda mais presente no cotidiano de Salvador, uma cidade com imensas desigualdades sociais e com muitas diferenças que precisam ser evidenciadas e respeitadas para que a democracia defendida pelo partido contemple todos/as: mulheres, homens, negros/as, brancos/as, a juventude, idosos/as, as crianças e o imenso leque da diversidade sexual que comporta gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros.
26 de outubro de 2007
Revista Época entrevista Aecio Neves e não pergunta pelo mensalão tucano
Que jornalismo é esse? A Revista Época (Organizações Globo) entrevistou o governador de Minas, Aécio neves, sem perguntar pelo óbvio.
Se um repórter minimamente competente entrevistasse Aécio Neves qual seria a pergunta inevitável? O mensalão tucano em que estão envolvidos muitos de seus secretários, é claro.
Mas, o impossível aconteceu. A entrevista coloca o governador mineiro muito à vontade. Parece matéria paga travestida de jornalismo. O jornalista pergunta pelo "choque de gestão", abre espaço para críticas ao presidente Lula e nadinha sobre o mensalão tucano de Minas; nadinha sobre o escândalo de corrupção de Eduardo Azeredo.
Isso é mais que um obsequioso silêncio. Aparenta encobrimento do escândalo. Um evidente envolvimento. Só a grana não explica o idiotismo editorial.
A entrevista montada da Revista Época engrossa as suspeitas e denúncias de que Aécio Neves compra a imprensa.
Se um repórter minimamente competente entrevistasse Aécio Neves qual seria a pergunta inevitável? O mensalão tucano em que estão envolvidos muitos de seus secretários, é claro.
Mas, o impossível aconteceu. A entrevista coloca o governador mineiro muito à vontade. Parece matéria paga travestida de jornalismo. O jornalista pergunta pelo "choque de gestão", abre espaço para críticas ao presidente Lula e nadinha sobre o mensalão tucano de Minas; nadinha sobre o escândalo de corrupção de Eduardo Azeredo.
Isso é mais que um obsequioso silêncio. Aparenta encobrimento do escândalo. Um evidente envolvimento. Só a grana não explica o idiotismo editorial.
A entrevista montada da Revista Época engrossa as suspeitas e denúncias de que Aécio Neves compra a imprensa.
25 de outubro de 2007
Mergulho no passado: a ditadura que eu vivi
Mais um livro enriquece a memória da ditadura militar de 1964. Jorrnalista, economista, escritora, radicada em Alagoas, a baiana Yara Falcon lança nesta sexta-feira (26) seu livro intitulado “Mergulho no passado: a ditadura que eu vivi”. Os autógrafos serão na Fundação Pedro Calmon, sediada no Palácio Rio Branco, na Praça Municipal, Salvador, às 17h.
Yara Falcon, ex-militante da organização revolucionária Política Operária – POLOP, resgata sua trajetória como militante de esquerda e sua convivência política e pessoal com muitos baianos e brasileiros famosos. O livro de memórias é escrito numa linguagem coloquial e de fácil compreensão para as gerações mais novas, a quem a autora voltou-se, preferencialmente, para relatar os duros momentos da fase da ditadura.
Prefaciado pelo jornalista Luiz Gutemberg, orelha de Janaína Amado, o livro, com 208 páginas, reconstitui importantes fatos políticos dos anos 60 e 70, como o contato entre as várias organizações de esquerda, os movimentos estudantis, as atividades clandestinas e o grande esforço de resistência, desenvolvido pelos setores democráticos. Yara Falcon é autora de vários livros infantis.
Apenas para situar, Yara Falcon é irmã de Gustavo Falcon, sociólogo que defendeu nesta quinta-feira (25), na UFBA, sua tese de Doutorado sobre a vida de Mário Alves, líder comunista barbaramente assassinado pelos militares brasileiros. E também de Pery Falcon, importante liderança política do PT da Bahia.
Yara Falcon, ex-militante da organização revolucionária Política Operária – POLOP, resgata sua trajetória como militante de esquerda e sua convivência política e pessoal com muitos baianos e brasileiros famosos. O livro de memórias é escrito numa linguagem coloquial e de fácil compreensão para as gerações mais novas, a quem a autora voltou-se, preferencialmente, para relatar os duros momentos da fase da ditadura.
Prefaciado pelo jornalista Luiz Gutemberg, orelha de Janaína Amado, o livro, com 208 páginas, reconstitui importantes fatos políticos dos anos 60 e 70, como o contato entre as várias organizações de esquerda, os movimentos estudantis, as atividades clandestinas e o grande esforço de resistência, desenvolvido pelos setores democráticos. Yara Falcon é autora de vários livros infantis.
Apenas para situar, Yara Falcon é irmã de Gustavo Falcon, sociólogo que defendeu nesta quinta-feira (25), na UFBA, sua tese de Doutorado sobre a vida de Mário Alves, líder comunista barbaramente assassinado pelos militares brasileiros. E também de Pery Falcon, importante liderança política do PT da Bahia.
PT de Brumado vai ao campo
Pelo excelente site do PT de Brumado (http://www.ptbrumado.org.br/) fiquei sabendo que os militantes petistas continuam visitando as comunidades rurais. Na última visita, à localidade de Represo, eles reuniram 65 moradores. Eles trabalham junto com o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA). Os temas giraram em torno de cidadania, educação, transporte escolar, saúde pública, seca e abastecimento de água. Todos os moradores de Represo têm cisternas para captação de água da chuva e o Luz Para Todos já chegou a todas as residências. Ainda tem problema no transporte escolar, com veículos superlotados e caindo aos pedaços. O PT de Brumado vai ao campo.
Seminário na Bahia discute relação entre polícia e comunidade
Desde ontem, quarta-feira (24), mais de 500 policiais de todo o Brasil debatem no Seminário Nacional de Polícia Comunitária, em Salvador, Bahia, as relações entre a polícia e a comunidade. O seminário se prolonga até sexta-feira (26). Os debates estão sendo feitos com representantes da sociedade civil. O Secretário Nacional de Polícia Comunitária, Antônio Carlos Biscaia abriu o evento.
No encontro, serão discutidas as ações de polícia comunitária do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), além de políticas e experiências na área. O seminário foi organizado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, pelo governo do Estado da Bahia e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
É nossa última esperança, diante do crescimento da ação dos assassinos fardados do BOPE, Garra e outras tropas de “elite”, inspiradas nos ensinamentos de guerra dos EUA..
No encontro, serão discutidas as ações de polícia comunitária do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci), além de políticas e experiências na área. O seminário foi organizado pela Secretaria Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, pelo governo do Estado da Bahia e pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud).
É nossa última esperança, diante do crescimento da ação dos assassinos fardados do BOPE, Garra e outras tropas de “elite”, inspiradas nos ensinamentos de guerra dos EUA..
TV pública é para noticiar corretamente as ações de governo, o que a TV privada não faz
Muito revelador esse debate sobre a TV pública. A jornalista Tereza Cruvinel, nomeada para o cargo, peregrina pela mídia desde que foi enviada ao Congresso a Medida Provisória 398/07, que cria oficialmente a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC). Os críticos são reféns dos proprietários da rede privada. A EBC é uma grande conquista do povo brasileiro, que tem o direito de receber informação não manipulada, como faz a Rede Globo e concorrentes em nome da “liberdade de imprensa”.
O debate está sendo feito pelo programa Expressão Nacional, da TV Câmara, ao vivo, com participação direta da população através de e-mails e pelo fone 0800 da Câmara Federal. Deputados reacionários e conservadores, alguns apenas oportunistas, problematizam a aprovação da Medida Provisória. Entre os reacionários estão os parlamentares do DEM que questionam no STF a “maneira” como o governo criou a emissora. Ora, muitos parlamentares do DEM são donos de TV, como o deputado ACM Neto. Não dá para levar essa gente a sério. Estão advogando, digo, legislando, em causa própria.
Com a atual estrutura de poder da mídia, só é possível criar uma TV pública através de Medida Provisória. Eu entendo a posição de um ACM Neto, proprietário da Rede Bahia. O que eu não entendo é a posição de um deputado como João Almeida (PSDB-BA). Ele acha que a TV pública será um exemplo de desperdício de dinheiro público e, numa atitude pouco séria, apelidou o projeto de TV Traço, numa alusão à uma possível falta de audiência do canal. João Almeida exerce agora a habilidade de adivinhar o futuro.
Os críticos chamam a TV pública de chapa-branca. Entretanto, as que não são chapa-branca, porque são dominadas por grupos capitalistas selvagens, inclusive estrangeiros, manipulam, conspiram e mentem sobre o noticiário, principalmente em relação às ações de governo.
O povo brasileiro tem direito à informação de qualidade. Se a isso for chamado de chapa-branca, que seja. Mas a tese privatista dos partidos de direita não convence mais ninguém. Basta dar uma olhada no noticiário das TVs. Este mesmo deputado João Almeida (PSDB-BA) que chama a forma de organização da TV pública de “monstrengo” mudaria logo de discurso se o PSDB estivesse no poder. Quem te viu, quem TV.
Quem quiser participar do debate use o e-mail expressaonacional@camara.gov.br
Ou use o telefone 0800 619 619 que é gratuito.
O debate está sendo feito pelo programa Expressão Nacional, da TV Câmara, ao vivo, com participação direta da população através de e-mails e pelo fone 0800 da Câmara Federal. Deputados reacionários e conservadores, alguns apenas oportunistas, problematizam a aprovação da Medida Provisória. Entre os reacionários estão os parlamentares do DEM que questionam no STF a “maneira” como o governo criou a emissora. Ora, muitos parlamentares do DEM são donos de TV, como o deputado ACM Neto. Não dá para levar essa gente a sério. Estão advogando, digo, legislando, em causa própria.
Com a atual estrutura de poder da mídia, só é possível criar uma TV pública através de Medida Provisória. Eu entendo a posição de um ACM Neto, proprietário da Rede Bahia. O que eu não entendo é a posição de um deputado como João Almeida (PSDB-BA). Ele acha que a TV pública será um exemplo de desperdício de dinheiro público e, numa atitude pouco séria, apelidou o projeto de TV Traço, numa alusão à uma possível falta de audiência do canal. João Almeida exerce agora a habilidade de adivinhar o futuro.
Os críticos chamam a TV pública de chapa-branca. Entretanto, as que não são chapa-branca, porque são dominadas por grupos capitalistas selvagens, inclusive estrangeiros, manipulam, conspiram e mentem sobre o noticiário, principalmente em relação às ações de governo.
O povo brasileiro tem direito à informação de qualidade. Se a isso for chamado de chapa-branca, que seja. Mas a tese privatista dos partidos de direita não convence mais ninguém. Basta dar uma olhada no noticiário das TVs. Este mesmo deputado João Almeida (PSDB-BA) que chama a forma de organização da TV pública de “monstrengo” mudaria logo de discurso se o PSDB estivesse no poder. Quem te viu, quem TV.
Quem quiser participar do debate use o e-mail expressaonacional@camara.gov.br
Ou use o telefone 0800 619 619 que é gratuito.
24 de outubro de 2007
Ministro tucano prejudica Bahia
Deu na revista Veja. Mas como a revista mente muito é preciso dar o devido desconto:
Revista veja Online
22/10/2007 Radar Online - Lauro Jardim
BAHIA
Jobim versus Wagner 1
Que não se fale o nome de Nelson Jobim perto de Jaques Wagner. E não se trata, pelo menos por enquanto, de nenhum tema relacionado a sucessão presidencial de 2010. O assunto que separa os dois é a proibição de decolagens a partir de Congonhas para vôos de mais de 1 000 quilômetros. Dessa forma, não se voa mais de Congonhas para Salvador e Porto Seguro sem escalas.
Jobim versus Wagner 2
Para Wagner, a decisão é um tiro no coração do movimento turístico da Bahia — afinal, são os paulistas, de longe, os que mais viajam para o estado. Desde que a determinação do ministro da Defesa começou a valer, o governador da Bahia não parou de reclamar.
Jobim versus Wagner 3
Jobim já recebeu a bancada da Bahia duas vezes para tratar do assunto. Jaques Wagner mandou uma carta criticando a nova malha. Em resposta, Jobim disse que Guarulhos é o aeroporto que deve ser usado pelas companhias. Mas, político, avisou que está disposto a estudar alternativas para Congonhas, desde que não afetem a questão de segurança.
Revista veja Online
22/10/2007 Radar Online - Lauro Jardim
BAHIA
Jobim versus Wagner 1
Que não se fale o nome de Nelson Jobim perto de Jaques Wagner. E não se trata, pelo menos por enquanto, de nenhum tema relacionado a sucessão presidencial de 2010. O assunto que separa os dois é a proibição de decolagens a partir de Congonhas para vôos de mais de 1 000 quilômetros. Dessa forma, não se voa mais de Congonhas para Salvador e Porto Seguro sem escalas.
Jobim versus Wagner 2
Para Wagner, a decisão é um tiro no coração do movimento turístico da Bahia — afinal, são os paulistas, de longe, os que mais viajam para o estado. Desde que a determinação do ministro da Defesa começou a valer, o governador da Bahia não parou de reclamar.
Jobim versus Wagner 3
Jobim já recebeu a bancada da Bahia duas vezes para tratar do assunto. Jaques Wagner mandou uma carta criticando a nova malha. Em resposta, Jobim disse que Guarulhos é o aeroporto que deve ser usado pelas companhias. Mas, político, avisou que está disposto a estudar alternativas para Congonhas, desde que não afetem a questão de segurança.
O comunismo não está mais na agenda do mundo
Do historiador inglês Eric Hobsbawm:
“O comunismo, como movimento que conglomera muita gente, já não existe. Não se trata de uma alternativa no Ocidente. A partir de 1989 passou a ser diferente. Com relação à China, por exemplo, o que quer que esteja acontecendo de errado lá, não tem nada a ver com o comunismo. Também não acho que os trabalhadores que assinaram manifestos pelo comunismo no passado pensem que acreditaram num Deus que falhou. Apenas quiseram fazer uma opção, que não deu certo. Hoje, achar que o comunismo é um mal concreto é algo que está limitado ao meio intelectual”.
“O comunismo, como movimento que conglomera muita gente, já não existe. Não se trata de uma alternativa no Ocidente. A partir de 1989 passou a ser diferente. Com relação à China, por exemplo, o que quer que esteja acontecendo de errado lá, não tem nada a ver com o comunismo. Também não acho que os trabalhadores que assinaram manifestos pelo comunismo no passado pensem que acreditaram num Deus que falhou. Apenas quiseram fazer uma opção, que não deu certo. Hoje, achar que o comunismo é um mal concreto é algo que está limitado ao meio intelectual”.
23 de outubro de 2007
Bahia realiza seminário de formação em economia solidária
O Fórum Baiano de Economia Solidária está realizando em Salvador o I Seminário Baiano de Formação em Economia Solidária visando promover um espaço de troca e articulação das experiências em formação da Bahia, além da elaboração de um plano estratégico de formação em Economia Solidária para o Estado da Bahia.
O evento acontece começa nesta quarta-feira, 24, e termina sexta-feira, 26, no Centro de Treinamento da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), em Itapuã. A programação inclui análise de experiências que serão definidas pelos eixos: Segurança Alimentar, Agroecologia, Gênero e Raça, Educação de Adultos e Gestão Associativa.
Está programada uma mesa sobre "Política Pública de Formação em Economia Solidária", com representantes do Senaes e do Fórum Brasileiro de Economia Solidária. Para o dia 25 está programada a mesa "Política Estadual de Fomento a Economia Solidária", com as redes SESOL, SECT, SEMARH, SEC/IAT, SEPROMI, SEDES, SEPLAN, SECULT e SUAF, além de apresentação de experiências.
O evento acontece começa nesta quarta-feira, 24, e termina sexta-feira, 26, no Centro de Treinamento da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), em Itapuã. A programação inclui análise de experiências que serão definidas pelos eixos: Segurança Alimentar, Agroecologia, Gênero e Raça, Educação de Adultos e Gestão Associativa.
Está programada uma mesa sobre "Política Pública de Formação em Economia Solidária", com representantes do Senaes e do Fórum Brasileiro de Economia Solidária. Para o dia 25 está programada a mesa "Política Estadual de Fomento a Economia Solidária", com as redes SESOL, SECT, SEMARH, SEC/IAT, SEPROMI, SEDES, SEPLAN, SECULT e SUAF, além de apresentação de experiências.
21 de outubro de 2007
O caos aéreo sumiu das páginas dos jornais
O celebrado jornalista Paulo Henrique Amorim deslocou-se outro dia pela ponte Rio-São Paulo. Voou debaixo de um aguaceiro que logo, logo, passou. Mas nada de chegar ou sair avião no Aeroporto Santos Dumont. A cada minuto mudava a desculpa dos funcionários da TAM.
Finalmente, aos trancos e barrancos os passageiros foram deslocados para o Galeão, mas lá não tinha avião da TAM nenhum. Levaram duas horas para cobrir a distância do Rio de Janeiro a São Paulo. Os controladores de vôo informavam aos comandantes que havia “intenso tráfego aéreo” em Guarulhos. Às duas horas da madrugada? O boicote é muito evidente.
Dia seguinte Paulo Henrique Amorim abriu os jornais. Procurava o noticiário sobre a CRISE AÉREA. Praticamente nada. Apenas uma notinha no Estadão, mas sem aquele tom de indignação.
Cadê o noticiário sobre o caos aéreo? Cadê os jornalistas vigilantes do ar? Os atrasos agora são por causa do “mau tempo”. Calaram-se desde que Lula nomeou o ministro tucano Nelson Jobim para a Defesa.
É preciso dar a mão á palmatória. Lula acabou com o caos aéreo na imprensa ao nomear o amigo de José Serra para o cargo.
A filósofa Marilena Chauí acertou na mosca quando escreveu “A Invenção da Crise”. Os dois textos, sobre o sumiço do caos aéreo e a invenção da crise estão no site CONVERSA AFIADA
Finalmente, aos trancos e barrancos os passageiros foram deslocados para o Galeão, mas lá não tinha avião da TAM nenhum. Levaram duas horas para cobrir a distância do Rio de Janeiro a São Paulo. Os controladores de vôo informavam aos comandantes que havia “intenso tráfego aéreo” em Guarulhos. Às duas horas da madrugada? O boicote é muito evidente.
Dia seguinte Paulo Henrique Amorim abriu os jornais. Procurava o noticiário sobre a CRISE AÉREA. Praticamente nada. Apenas uma notinha no Estadão, mas sem aquele tom de indignação.
Cadê o noticiário sobre o caos aéreo? Cadê os jornalistas vigilantes do ar? Os atrasos agora são por causa do “mau tempo”. Calaram-se desde que Lula nomeou o ministro tucano Nelson Jobim para a Defesa.
É preciso dar a mão á palmatória. Lula acabou com o caos aéreo na imprensa ao nomear o amigo de José Serra para o cargo.
A filósofa Marilena Chauí acertou na mosca quando escreveu “A Invenção da Crise”. Os dois textos, sobre o sumiço do caos aéreo e a invenção da crise estão no site CONVERSA AFIADA
As múltiplas faces de Jango
A Editora FGV acaba de lançar o livro “Jango: As Múltiplas Faces”, da autoria de Ângela de Castro Gomes e Jorge Ferreira. João Goulart, ou simplesmente Jango, foi o presidente do Brasil deposto pelo Golpe de Estado de 1964.
A historiografia ainda não fez justiça ao presidente Jango, cuja trajetória revelou-se comprometida com a luta contra a pobreza. Quando ministro do Trabalho de Getúlio Vargas, Jango aumentou em 100% o salário mínimo e revoltou a burguesia. Grande proprietário de terras, propôs a reforma agrária. Traído pelos militares, preferiu o exílio à resistência contra o golpe, descartando um banho de sangue.
A esquerda deve-lhe desculpas, pois sobre ele pesava a “terrível” acusação de ser reformista, exatamente o que é o Governo Lula apoiado pelas esquerdas. O livro traz uma surpresa: em anexo, um CD com um discurso de Jango numa manifestação em Juiz de Fora (MG). É uma obra de história oral. Vários protagonistas foram ouvidos. Paulo Knauss, diretor-geral do Arquivo Público do Rio de Janeiro fez uma bela resenha para a Gazeta Mercantil (19/10/07). Vai para minha estante.
A historiografia ainda não fez justiça ao presidente Jango, cuja trajetória revelou-se comprometida com a luta contra a pobreza. Quando ministro do Trabalho de Getúlio Vargas, Jango aumentou em 100% o salário mínimo e revoltou a burguesia. Grande proprietário de terras, propôs a reforma agrária. Traído pelos militares, preferiu o exílio à resistência contra o golpe, descartando um banho de sangue.
A esquerda deve-lhe desculpas, pois sobre ele pesava a “terrível” acusação de ser reformista, exatamente o que é o Governo Lula apoiado pelas esquerdas. O livro traz uma surpresa: em anexo, um CD com um discurso de Jango numa manifestação em Juiz de Fora (MG). É uma obra de história oral. Vários protagonistas foram ouvidos. Paulo Knauss, diretor-geral do Arquivo Público do Rio de Janeiro fez uma bela resenha para a Gazeta Mercantil (19/10/07). Vai para minha estante.
O silêncio dos cemitérios
Faço minhas as palavras de Zé Dirceu em protesto contra as execuções de criminosos no Rio de Janeiro. Hoje, são eles, amanhã será VOCÊ.
Segue o texto:
Não me conformo e quero protestar contra o silêncio da sociedade diante das cenas e dos fatos exibidos e descritos, em cadeia nacional pelos meios de comunicação, esta semana. Jovens de uma favela do Rio de Janeiro, provavelmente de um grupo criminoso e talvez eles mesmo criminosos, fugindo do cerco policial, perseguidos pelo ar por um helicóptero da PM carioca, desarmados, mas sendo caçados por policiais, como animais, até a morte.
Morte ou assassinato? Nem os animais são mais caçados assim nos Safáris na África. Até mesmo nas guerras existem convenções, como a de Genebra, que classificam como crime de guerra, por exemplo, a execução de pilotos que caem em território inimigo e não reagem, se entregam. Embora o que se vive nas grandes cidades brasileiras não seja exatamente uma guerra institucionalizada, os criminosos não podem ser simplesmente assassinados, como animais, o que não acontece nem nas guerras.
O que significam essas cenas que assistimos? Que a PM do Rio de Janeiro não fará mais prisioneiros, executará a todos? Para onde vamos? O que pretendem as autoridades com isso? Por que esse silêncio no país? Onde estão as entidades de direitos humanos? O governo? As igrejas?
Alguém tem dúvida da inutilidade de tal comportamento das autoridades? Além da barbárie, elas vão se igualar aos criminosos? Vão desrespeitar as leis que juraram obedecer? Vamos voltar aos tempos da ditadura, quando valia tudo contra a “subversão”, tortura, assassinato, desaparecimento, seqüestro, prisão ilegal, escuta ilegal, julgamentos políticos?
A prática da tortura como instrumento para se combater o crime organizado também parece que já está praticamente institucionalizada em muitas das nossas polícias, e não revoltam mais a sociedade. O filme Tropa de Elite, por exemplo, que tem provocado tanto debate e discussão, mostra friamente essa institucionalização da tortura policial, e não se ouviu nenhuma voz de protesto contra isso, o que chocou o próprio roteirista do filme, o ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro, Rodrigo Pimentel, que disse em reportagem da revista Brasileiros: “O que mais me surpreende é a reação do público: ninguém se choca com as cenas de tortura policial. Eu não esperava. Sequer tocam no assunto, como se ela não existisse no filme. É um pacto velado da população com a tortura”.
Esses métodos não derrotarão o narcotráfico e a bandidagem, nem darão à sociedade uma sensação de segurança. São geralmente feitos para efeitos midiáticos, vingança ou acerto de contas.
Para combater as quadrilhas e o crime organizado é mais importante o trabalho de inteligência, mudanças no Código Penal que garantam a punição dos criminosos e aperfeiçoamento do sistema carcerário para que haja lugar para todos em condições decentes. Sem falar na importância da presença do Estado nos morros e favelas, com eficientes políticas públicas de educação, saúde, lazer e cultura, principalmente para a juventude, como forma de cortar os laços de dependência e até mesmo gratidão que ligam as comunidades aos chefes do tráfico e que acabam funcionando como um escudo protetor para os bandidos.
Além disso, a tolerância à esse tipo de ação policial é perigosa porque desenvolve uma cultura nefasta. Hoje são possíveis traficantes, amanhã a polícia se sentirá à vontade para fazer o mesmo em qualquer circunstância. O narcotráfico não pode ser pretexto para a violação de direitos humanos, assim como o terrorismo serve de pretexto para os Estados Unidos invadir países pelo mundo afora, afrontando a soberania nacional dessas nações
E mais. É uma ilusão acreditar que assim se combate o crime organizado. Está errado. Mais cedo do que pensam os responsáveis por tal barbárie, as conseqüências surgirão. Todos nós conhecemos, é a atávica máxima do olho por olho, dente por dente, que tanto mal já causou à humanidade. É a banalização da violência.
Não aprendemos.
Fonte: http://www.zedirceu.com.br/
Segue o texto:
Não me conformo e quero protestar contra o silêncio da sociedade diante das cenas e dos fatos exibidos e descritos, em cadeia nacional pelos meios de comunicação, esta semana. Jovens de uma favela do Rio de Janeiro, provavelmente de um grupo criminoso e talvez eles mesmo criminosos, fugindo do cerco policial, perseguidos pelo ar por um helicóptero da PM carioca, desarmados, mas sendo caçados por policiais, como animais, até a morte.
Morte ou assassinato? Nem os animais são mais caçados assim nos Safáris na África. Até mesmo nas guerras existem convenções, como a de Genebra, que classificam como crime de guerra, por exemplo, a execução de pilotos que caem em território inimigo e não reagem, se entregam. Embora o que se vive nas grandes cidades brasileiras não seja exatamente uma guerra institucionalizada, os criminosos não podem ser simplesmente assassinados, como animais, o que não acontece nem nas guerras.
O que significam essas cenas que assistimos? Que a PM do Rio de Janeiro não fará mais prisioneiros, executará a todos? Para onde vamos? O que pretendem as autoridades com isso? Por que esse silêncio no país? Onde estão as entidades de direitos humanos? O governo? As igrejas?
Alguém tem dúvida da inutilidade de tal comportamento das autoridades? Além da barbárie, elas vão se igualar aos criminosos? Vão desrespeitar as leis que juraram obedecer? Vamos voltar aos tempos da ditadura, quando valia tudo contra a “subversão”, tortura, assassinato, desaparecimento, seqüestro, prisão ilegal, escuta ilegal, julgamentos políticos?
A prática da tortura como instrumento para se combater o crime organizado também parece que já está praticamente institucionalizada em muitas das nossas polícias, e não revoltam mais a sociedade. O filme Tropa de Elite, por exemplo, que tem provocado tanto debate e discussão, mostra friamente essa institucionalização da tortura policial, e não se ouviu nenhuma voz de protesto contra isso, o que chocou o próprio roteirista do filme, o ex-capitão do Bope do Rio de Janeiro, Rodrigo Pimentel, que disse em reportagem da revista Brasileiros: “O que mais me surpreende é a reação do público: ninguém se choca com as cenas de tortura policial. Eu não esperava. Sequer tocam no assunto, como se ela não existisse no filme. É um pacto velado da população com a tortura”.
Esses métodos não derrotarão o narcotráfico e a bandidagem, nem darão à sociedade uma sensação de segurança. São geralmente feitos para efeitos midiáticos, vingança ou acerto de contas.
Para combater as quadrilhas e o crime organizado é mais importante o trabalho de inteligência, mudanças no Código Penal que garantam a punição dos criminosos e aperfeiçoamento do sistema carcerário para que haja lugar para todos em condições decentes. Sem falar na importância da presença do Estado nos morros e favelas, com eficientes políticas públicas de educação, saúde, lazer e cultura, principalmente para a juventude, como forma de cortar os laços de dependência e até mesmo gratidão que ligam as comunidades aos chefes do tráfico e que acabam funcionando como um escudo protetor para os bandidos.
Além disso, a tolerância à esse tipo de ação policial é perigosa porque desenvolve uma cultura nefasta. Hoje são possíveis traficantes, amanhã a polícia se sentirá à vontade para fazer o mesmo em qualquer circunstância. O narcotráfico não pode ser pretexto para a violação de direitos humanos, assim como o terrorismo serve de pretexto para os Estados Unidos invadir países pelo mundo afora, afrontando a soberania nacional dessas nações
E mais. É uma ilusão acreditar que assim se combate o crime organizado. Está errado. Mais cedo do que pensam os responsáveis por tal barbárie, as conseqüências surgirão. Todos nós conhecemos, é a atávica máxima do olho por olho, dente por dente, que tanto mal já causou à humanidade. É a banalização da violência.
Não aprendemos.
Fonte: http://www.zedirceu.com.br/