9 de setembro de 2006
Quem noticiou Marilena Chaui em Salvador?
É muito difícil desconhecer a passagem da filósofa Marilena Chauí por alguma cidade. É muito forte a presença dela. Mexe com as pessoas, agita, faz pensar. Os jornalistas - os poucos que ainda brigam pelo espaço do jornalismo na mídia - devem se sentir incomodados quando seus patrões ordenam desconhecer a pauta. Para um jornalista é duro se calar perante sua majestade, o fato.
Foram poucos os meios que (até agora) registraram a conferência de Marilena Chauí, sobre Mídia e Poder, em Salvador, a convite do candidato a deputado federal Emiliano (PT). Alguns registraram o fato, mas esqueceram a informação do convite ter partido de um candidato a deputado federal do PT. Mas é melhor noticiar faltando um “detalhe” que silenciar. Como sempre, a Internet brilhou como mídia alternativa.
A revista Terra Magazine, do Portal Terra (http://terramagazine.terra.com.br), foi a primeira a dar a notícia com o título “Violência é modo de ser da sociedade”. É uma façanha do jornalismo do Terra porque, afinal, são 3 milhões de acessos. Depois A Tarde divulgou a conferência com o excelente título “Marilena Chauí quebra o barraco da mídia”. Obviamente, o site de Emiliano (www.emiliano1331.can.br) amanheceu com a manchete “Filósofa Marilena Chauí declara apoio às candidaturas de Emiliano e Wagner”. Dois sites logo editaram a informação: o Amigos da Bahia (www.amigosdabahia.com.br) e o site do PT da Bahia (www.ptbahia.org.br). Por último, neste domingo (09/09/06), o Blog do Noblat editou, simultaneamente com a página de Opinião de A Tarde, o criativo artigo do jornalista Vitor Hugo com o título “A campanha e a guerra das estrelas”.
Ops, estava quase me esquecendo. O blog Bahia de Fato (www.bahiadefato.blogspot.com/) tem noticiado tudo e não nega que Emiliano seja candidato a deputado federal. Aliás, tem escancarado o “detalhe”. Afinal, o leitor merece essa informação.
Foram poucos os meios que (até agora) registraram a conferência de Marilena Chauí, sobre Mídia e Poder, em Salvador, a convite do candidato a deputado federal Emiliano (PT). Alguns registraram o fato, mas esqueceram a informação do convite ter partido de um candidato a deputado federal do PT. Mas é melhor noticiar faltando um “detalhe” que silenciar. Como sempre, a Internet brilhou como mídia alternativa.
A revista Terra Magazine, do Portal Terra (http://terramagazine.terra.com.br), foi a primeira a dar a notícia com o título “Violência é modo de ser da sociedade”. É uma façanha do jornalismo do Terra porque, afinal, são 3 milhões de acessos. Depois A Tarde divulgou a conferência com o excelente título “Marilena Chauí quebra o barraco da mídia”. Obviamente, o site de Emiliano (www.emiliano1331.can.br) amanheceu com a manchete “Filósofa Marilena Chauí declara apoio às candidaturas de Emiliano e Wagner”. Dois sites logo editaram a informação: o Amigos da Bahia (www.amigosdabahia.com.br) e o site do PT da Bahia (www.ptbahia.org.br). Por último, neste domingo (09/09/06), o Blog do Noblat editou, simultaneamente com a página de Opinião de A Tarde, o criativo artigo do jornalista Vitor Hugo com o título “A campanha e a guerra das estrelas”.
Ops, estava quase me esquecendo. O blog Bahia de Fato (www.bahiadefato.blogspot.com/) tem noticiado tudo e não nega que Emiliano seja candidato a deputado federal. Aliás, tem escancarado o “detalhe”. Afinal, o leitor merece essa informação.
Vitor Hugo comenta Marilena Chaui no blog do Noblat
Em artigo no blog do Noblat e na página de opinião do jornal A Tarde (09/09/06), o jornalista Vitor Hugo comentou a conferência da filósofa Marilena Chauí, sobre Mídia e Poder, em Salvador, a convite do candidato a deputado federal, Emiliano José (PT). “Chauí mostrou que, uma vez rainha, sempre majestade. Lotou o auditório da Faculdade Visconde de Cairu e muita gente teve de voltar da porta, ou contentar-se em vê-la e escutar suas palavras através de quatro telões postos na instituição particular de ensino”.
Vitor Hugo escreveu: “Cult como sempre, retornou à Bahia como seus fãs petistas adoram. Verbo azeitado para falar sobre “Mídia e poder”, tema sob encomenda para ela cutucar imprensa e jornalistas e defender o governo Lula com garras e dentes de pantera. Na apresentação, o deputado e jornalista Emiliano José lembrou matéria da revista Veja em que a professora, comparada com a rainha do funk carioca, é chamada de Tati Quebra-Barraco da Academia. O auditório repleto de estudantes, professores e intelectuais quase vem abaixo de aplausos para a filósofa, contente com a comparação”.
LEIA A ÍNTEGRA DO ARTIGO DE VITOR HUGO:
A campanha e a guerra das estrelas
Vitor Hugo 09/09/2006
O tempo ferve na campanha presidencial e incendeia a empanada do circo dos intelectuais e das chamadas “celebridades” do País. A exemplo de quase todas as batalhas travadas em universo de estrelas, onde os egos são mais inflados por natureza, esta guerra também é movida a gasolina azul de aviação superinflamável. O combustível se espalha dos palanques dos candidatos e impregna outros cenários e tribunas, à medida que se aproxima o momento de saber quem de fato tem batata para vender.
As mais recentes pesquisas de intenção de voto derramam euforia sobre quem vai na frente. Exacerba no candidato Lula a tentação de calçar sapatos de salto Luís XV, mais escorregadios que as travas das chuteiras usadas por Ronaldinho Gaúcho. Os números despejam também pressão e desespero sobre quem derrapa sem sair do lugar, como o tucano Geraldo Alckmin. E mágoas sobre os que perdem fôlego na reta de chegada, como a guerreira das alagoas, Heloísa Helena, do nanico PSOL, sem falar nos que nem deram o arranque, como Cristóvam Buarque, do PDT.
Com toques de virulência, hipocrisia ou bom humor, a guerra das estrelas rendeu lances surpreendentes nos últimos dias, dois deles em Salvador. O primeiro aparentemente sem ligação direta com o pleito, mas de inegável significado político e comportamental, aconteceu domingo passado na V Parada Gay da Bahia, evento que levou cerca de 200 mil pessoas às ruas do centro da capital, entre elas políticos e candidatos de múltiplas plumagens partidárias. Em um dos vários trios elétricos que animaram a manifestação desfilou a ardida Preta Gil, filha do ministro da Cultura, Gilberto Gil.
Eleita musa da festa deste ano, ela “mandou ver” ao lado do criador do pioneiro Grupo Gay da Bahia (GBB), o antropólogo da Ufba Luiz Mott, que exortou artistas baianos a “tirar as máscaras dos desfiles de mascarados no Carnaval, sair do armário e empunhar a bandeira do ‘não à homofobia’”, lema da Parada 2006. Preta atiçou mais a chama: “Eu sou totalflex, funciono bem a álcool ou a gasolina”. E mais não disse, nem precisava para disseminar grossa polêmica pelos quatro cantos da terra de Gregório de Mattos Guerra, o Boca de Brasa. Brasa que deve queimar até depois da eleição de outubro e ainda ferver no Carnaval do ano que vem.
Mas quem aterrissou também na Bahia esta semana foi a filósofa da USP Marilena Chauí, depois da fase do “silêncio dos intelectuais”, período de muda que coincidiu com os escândalos envolvendo emplumados petistas e a crise política 2005-06. Chauí mostrou que, uma vez rainha, sempre majestade. Lotou o auditório da Faculdade Visconde de Cairu e muita gente teve de voltar da porta, ou contentar-se em vê-la e escutar suas palavras através de quatro telões postos na instituição particular de ensino.
Cult como sempre, retornou à Bahia como seus fãs petistas adoram. Verbo azeitado para falar sobre “Mídia e poder”, tema sob encomenda para ela cutucar imprensa e jornalistas e defender o governo Lula com garras e dentes de pantera. Na apresentação, o deputado e jornalista Emiliano José lembrou matéria da revista Veja em que a professora, comparada com a rainha do funk carioca, é chamada de Tati Quebra-Barraco da Academia. O auditório repleto de estudantes, professores e intelectuais quase vem abaixo de aplausos para a filósofa, contente com a comparação.
Iniciado no Rio de Janeiro, a partir do encontro de Lula com artistas e intelectuais no apartamento de Gilberto Gil, o fuzuê chegou à Bahia, que não podia ficar de fora. Desde o tempo de Getúlio e seu ministro Gustavo Capanema, não se tem notícia de tamanha quantidade de roupa lavada em público. Em volta da pia, brigam artistas, intelectuais, jornalistas: Wagner Tiso, Paulo Betti, Zeca Pagodinho, Diogo Mainardi, Mino Carta, Dines, Jabor e muitos mais. Caetano Veloso, sem candidato desta vez, entrou também na guerra das celebridades: “Não voto para reeleger Lula”.
Uns fuzilam, outros são fuzilados. Uns ficam em cima do muro, outros, dentro do armário. Nada de novo, como registra Denis Moraes no texto brilhante "Graciliano, literatura e engajamento", sobre as cíclicas tensões nas relações dos intelectuais com a política: “Os intelectuais equilibram-se numa corda bamba entre os ideários estéticos, as convicções filosóficas e as dificuldades de sobrevivência em um país onde as suas atividades prosperam em torno da vida acadêmica, da mídia e dos órgãos e apoios governamentais”. Nada como uma campanha política para trazer à tona todas essas tensões.
Vitor Hugo Soares - Jornalista, é editor de Opinião de A TARDE
E-Mail: vitors.h@uol.com.br
Vitor Hugo escreveu: “Cult como sempre, retornou à Bahia como seus fãs petistas adoram. Verbo azeitado para falar sobre “Mídia e poder”, tema sob encomenda para ela cutucar imprensa e jornalistas e defender o governo Lula com garras e dentes de pantera. Na apresentação, o deputado e jornalista Emiliano José lembrou matéria da revista Veja em que a professora, comparada com a rainha do funk carioca, é chamada de Tati Quebra-Barraco da Academia. O auditório repleto de estudantes, professores e intelectuais quase vem abaixo de aplausos para a filósofa, contente com a comparação”.
LEIA A ÍNTEGRA DO ARTIGO DE VITOR HUGO:
A campanha e a guerra das estrelas
Vitor Hugo 09/09/2006
O tempo ferve na campanha presidencial e incendeia a empanada do circo dos intelectuais e das chamadas “celebridades” do País. A exemplo de quase todas as batalhas travadas em universo de estrelas, onde os egos são mais inflados por natureza, esta guerra também é movida a gasolina azul de aviação superinflamável. O combustível se espalha dos palanques dos candidatos e impregna outros cenários e tribunas, à medida que se aproxima o momento de saber quem de fato tem batata para vender.
As mais recentes pesquisas de intenção de voto derramam euforia sobre quem vai na frente. Exacerba no candidato Lula a tentação de calçar sapatos de salto Luís XV, mais escorregadios que as travas das chuteiras usadas por Ronaldinho Gaúcho. Os números despejam também pressão e desespero sobre quem derrapa sem sair do lugar, como o tucano Geraldo Alckmin. E mágoas sobre os que perdem fôlego na reta de chegada, como a guerreira das alagoas, Heloísa Helena, do nanico PSOL, sem falar nos que nem deram o arranque, como Cristóvam Buarque, do PDT.
Com toques de virulência, hipocrisia ou bom humor, a guerra das estrelas rendeu lances surpreendentes nos últimos dias, dois deles em Salvador. O primeiro aparentemente sem ligação direta com o pleito, mas de inegável significado político e comportamental, aconteceu domingo passado na V Parada Gay da Bahia, evento que levou cerca de 200 mil pessoas às ruas do centro da capital, entre elas políticos e candidatos de múltiplas plumagens partidárias. Em um dos vários trios elétricos que animaram a manifestação desfilou a ardida Preta Gil, filha do ministro da Cultura, Gilberto Gil.
Eleita musa da festa deste ano, ela “mandou ver” ao lado do criador do pioneiro Grupo Gay da Bahia (GBB), o antropólogo da Ufba Luiz Mott, que exortou artistas baianos a “tirar as máscaras dos desfiles de mascarados no Carnaval, sair do armário e empunhar a bandeira do ‘não à homofobia’”, lema da Parada 2006. Preta atiçou mais a chama: “Eu sou totalflex, funciono bem a álcool ou a gasolina”. E mais não disse, nem precisava para disseminar grossa polêmica pelos quatro cantos da terra de Gregório de Mattos Guerra, o Boca de Brasa. Brasa que deve queimar até depois da eleição de outubro e ainda ferver no Carnaval do ano que vem.
Mas quem aterrissou também na Bahia esta semana foi a filósofa da USP Marilena Chauí, depois da fase do “silêncio dos intelectuais”, período de muda que coincidiu com os escândalos envolvendo emplumados petistas e a crise política 2005-06. Chauí mostrou que, uma vez rainha, sempre majestade. Lotou o auditório da Faculdade Visconde de Cairu e muita gente teve de voltar da porta, ou contentar-se em vê-la e escutar suas palavras através de quatro telões postos na instituição particular de ensino.
Cult como sempre, retornou à Bahia como seus fãs petistas adoram. Verbo azeitado para falar sobre “Mídia e poder”, tema sob encomenda para ela cutucar imprensa e jornalistas e defender o governo Lula com garras e dentes de pantera. Na apresentação, o deputado e jornalista Emiliano José lembrou matéria da revista Veja em que a professora, comparada com a rainha do funk carioca, é chamada de Tati Quebra-Barraco da Academia. O auditório repleto de estudantes, professores e intelectuais quase vem abaixo de aplausos para a filósofa, contente com a comparação.
Iniciado no Rio de Janeiro, a partir do encontro de Lula com artistas e intelectuais no apartamento de Gilberto Gil, o fuzuê chegou à Bahia, que não podia ficar de fora. Desde o tempo de Getúlio e seu ministro Gustavo Capanema, não se tem notícia de tamanha quantidade de roupa lavada em público. Em volta da pia, brigam artistas, intelectuais, jornalistas: Wagner Tiso, Paulo Betti, Zeca Pagodinho, Diogo Mainardi, Mino Carta, Dines, Jabor e muitos mais. Caetano Veloso, sem candidato desta vez, entrou também na guerra das celebridades: “Não voto para reeleger Lula”.
Uns fuzilam, outros são fuzilados. Uns ficam em cima do muro, outros, dentro do armário. Nada de novo, como registra Denis Moraes no texto brilhante "Graciliano, literatura e engajamento", sobre as cíclicas tensões nas relações dos intelectuais com a política: “Os intelectuais equilibram-se numa corda bamba entre os ideários estéticos, as convicções filosóficas e as dificuldades de sobrevivência em um país onde as suas atividades prosperam em torno da vida acadêmica, da mídia e dos órgãos e apoios governamentais”. Nada como uma campanha política para trazer à tona todas essas tensões.
Vitor Hugo Soares - Jornalista, é editor de Opinião de A TARDE
E-Mail: vitors.h@uol.com.br
8 de setembro de 2006
Terra Magazine noticia Marilena Chaui em Salvador
A revista eletrônica Terra Magazine publicou, em primeira mão, matéria sobre a conferência de Marilena Chauí em Salvador, que atendeu convite do jornalista, professor universitário e deputado Emiliano, candidato a deputado federal pelo PT.
LEIA A MATÉRIA DE TERRA MAGAZINE:
http://terramagazine.terra.com.br
Terra Magazine
Violência é modo de ser da sociedade, diz Chauí
Quinta, 7 de setembro de 2006, 07h59
Cinco telões, quatro auditórios lotados, 2 mil estudantes e professores apinhados nos auditórios e corredores até quase o início da madrugada da quarta-feira (6). Tudo isso para ouvir a professora de Filosofia da USP Marilena Chauí na palestra "Mídia e Poder", realizada em Salvador.
O evento na Fundação Visconde Cairu, mediada pelo professor de comunicação e deputado estadual Emiliano José (PT-BA), teve como uma das veredas escolhidas por Marilena Chauí o tema "a ideologia da competência".
Para ela, o "discurso competente", cristalizado na imagem do chamado "formador de opinião", determina quem tem o direito de falar e quem deve ouvir. Quem fala detém o conhecimento, e os desprovidos de saber devem apenas ouvir e obedecer. A filósofa afirma que a oposição ao presidente Lula, detentora desse discurso, insiste em colar nele a imagem de incompetente.
Marilena Chauí disse ainda que a violência é o modo de ser da sociedade no Brasil, e que o mito do "pacífico e ordeiro" passa longe daqui. "A sociedade brasileira é violenta, autoritária, vertical, hierárquica e oligárquica, polarizada entre a carência absoluta e o privilegio absoluto. No Brasil há bloqueios e resistências à instituição dos direitos econômicos, sociais e culturais".
O problema da violência, que é estrutural, é transformado pelas elites e pelos meios de comunicação em um "momento acidental, um surto, uma epidemia" e não uma característica já enraizada na sociedade brasileira, uma decorrência da sua formação, dos seus hábitos, métodos, meios e, principalmente, da desigualdade.
Para diminuir o enorme vão entre os dois pólos em que está dividida a sociedade, a carência absoluta e o privilégio absoluto, Chauí indica que, numa democracia, o "caminho se dê via instituição de direitos (...) Na medida em que aqueles que são de fato excluídos de direitos são considerados universalmente como portadores de direitos, temos que observar que cada direito afirmado abre um campo de luta para afirmação e conquista de novos direitos, seja como complemento, como efeito ou como recurso de legitimação".
LEIA A MATÉRIA DE TERRA MAGAZINE:
http://terramagazine.terra.com.br
Terra Magazine
Violência é modo de ser da sociedade, diz Chauí
Quinta, 7 de setembro de 2006, 07h59
Cinco telões, quatro auditórios lotados, 2 mil estudantes e professores apinhados nos auditórios e corredores até quase o início da madrugada da quarta-feira (6). Tudo isso para ouvir a professora de Filosofia da USP Marilena Chauí na palestra "Mídia e Poder", realizada em Salvador.
O evento na Fundação Visconde Cairu, mediada pelo professor de comunicação e deputado estadual Emiliano José (PT-BA), teve como uma das veredas escolhidas por Marilena Chauí o tema "a ideologia da competência".
Para ela, o "discurso competente", cristalizado na imagem do chamado "formador de opinião", determina quem tem o direito de falar e quem deve ouvir. Quem fala detém o conhecimento, e os desprovidos de saber devem apenas ouvir e obedecer. A filósofa afirma que a oposição ao presidente Lula, detentora desse discurso, insiste em colar nele a imagem de incompetente.
Marilena Chauí disse ainda que a violência é o modo de ser da sociedade no Brasil, e que o mito do "pacífico e ordeiro" passa longe daqui. "A sociedade brasileira é violenta, autoritária, vertical, hierárquica e oligárquica, polarizada entre a carência absoluta e o privilegio absoluto. No Brasil há bloqueios e resistências à instituição dos direitos econômicos, sociais e culturais".
O problema da violência, que é estrutural, é transformado pelas elites e pelos meios de comunicação em um "momento acidental, um surto, uma epidemia" e não uma característica já enraizada na sociedade brasileira, uma decorrência da sua formação, dos seus hábitos, métodos, meios e, principalmente, da desigualdade.
Para diminuir o enorme vão entre os dois pólos em que está dividida a sociedade, a carência absoluta e o privilégio absoluto, Chauí indica que, numa democracia, o "caminho se dê via instituição de direitos (...) Na medida em que aqueles que são de fato excluídos de direitos são considerados universalmente como portadores de direitos, temos que observar que cada direito afirmado abre um campo de luta para afirmação e conquista de novos direitos, seja como complemento, como efeito ou como recurso de legitimação".
A Tarde: Marilena Chaui "quebra o barraco" da mídia
Marilena Chaui, na conferência sobre Mídia e Poder, proferida em Salvador (05/09/06), a convite do candidato a deputado federal Emiliano (PT), discorreu sobre a destruição da esfera da opinião pública e sua substituição pela simples manifestação pública de “sentimentos”, citou o surgimento do “formador de opinião”, a espetacularização da notícia, a infantilização do público nos programas de auditório, a despolitização, a produção da desinformação e a utilização dos meios de comunicação como exercício de poder, temas recorrentes na crítica à indústria cultural.
Mas, o que mais despertou a curiosidade foi o conceito de “ideologia da competência”. Segundo ela, o discurso competente determina quem tem o direito de falar e quem deve ouvir. Quem fala detém o conhecimento e os desprovidos de saber devem apenas ouvir e obedecer. Essa ideologia opera com a figura do “especialista” que nos ensina tudo, desde a fazer sexo, jardinagem, culinária, educação das crianças, como amar Jesus e ganhar o céu.
Mas o principal especialista é o “formador de opinião”, o que explica e interpreta as notícias, os acontecimentos, rebaixa e eleva entrevistados e zomba ou premia calouros. Não é sem razão que a oposição ao presidente Lula exacerba-se para colar nele a imagem de incompetente. Na cabeça deles, competência pertence à elite branca. Nesse momento, a filósofa transforma-se em militante do Partido dos Trabalhadores, sorri e se diverte com o apelido de Marilena, a “Tati Quebra Barraco da academia”, publicado na revista Veja, para delírio da platéia que explode em vaias para a revista e palmas para a professora.
LEIA A MATÉRIA DO JORNAL A TARDE:
FILÓSOFA “QUEBRA O BARRACO” DA MÍDIA
LENILDE PACHECO
pacheco@grupoatarde.com.br
A Tarde – 07/09/06
Ao apresentar a filósofa Marilena Chauí para platéia de 1.500 pessoas, anteontem, à noite, na Faculdade Visconde de Cairu, nos Barris, onde foi realizada a conferência sobre Mídia e Poder, o deputado estadual Emiliano José (PT) iniciou situando a vasta qualificação da professora titular da Universidade de São Paulo.
Em seguida, incluiu referência à forma como ela foi citada nas páginas da Revista Veja dessa semana: “Marilena é a Tati Quebra-Barraco da academia“. O público gostou, reagiu com aplausos. Nas duas horas seguintes, ela demonstrou como gosta de fazer barulho.
“O que parece anunciar-se, nas próximas eleições, é que a realidade é mais poderosa que a manipulação e a intimidação ideológicas da mídia e que a construção da democracia é possível no Brasil. Isto é, o povo é a opinião pública“, disse, em razão das pesquisas que indicam o favoritismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições gerais de outubro.
Dirigentes da Faculdade Visconde de Cairu instalaram quatro telões para distribuir o público depois que o auditório lotou. O candidato do PT ao governo do Estado, Jaques Wagner, e deputados petistas acompanharam a conferência.
As idéias defendidas por Marilena Chauí estão reunidas no seu mais recente livro: “Simulacro e Poder – Uma análise da Mídia”, da Editora Fundação Perseu Abramo. O pensamento da filósofa se desenvolve a partir da convicção de que a mídia manipula e intimida. Segundo ela, os meios de comunicação teriam feito isso ao longo de toda a crise política de 2005-06.
Para a professora, na condição de formadores de opinião, os jornalistas teriam avançado “indevidamente“ para o território da interpretação dos fatos: “Eles interpretam, opinam e afastam-se da investigação. A opinião ganha o valor de acontecimento. Nesse processo, a mídia produz o real inexistente“, sustentou.
Na opinião da filósofa, os meios de comunicação referiram-se a uma crise sem precedentes, em 2005, quando o País estava em normalidade. Ao final, preferiu não dar entrevista.
Mas, o que mais despertou a curiosidade foi o conceito de “ideologia da competência”. Segundo ela, o discurso competente determina quem tem o direito de falar e quem deve ouvir. Quem fala detém o conhecimento e os desprovidos de saber devem apenas ouvir e obedecer. Essa ideologia opera com a figura do “especialista” que nos ensina tudo, desde a fazer sexo, jardinagem, culinária, educação das crianças, como amar Jesus e ganhar o céu.
Mas o principal especialista é o “formador de opinião”, o que explica e interpreta as notícias, os acontecimentos, rebaixa e eleva entrevistados e zomba ou premia calouros. Não é sem razão que a oposição ao presidente Lula exacerba-se para colar nele a imagem de incompetente. Na cabeça deles, competência pertence à elite branca. Nesse momento, a filósofa transforma-se em militante do Partido dos Trabalhadores, sorri e se diverte com o apelido de Marilena, a “Tati Quebra Barraco da academia”, publicado na revista Veja, para delírio da platéia que explode em vaias para a revista e palmas para a professora.
LEIA A MATÉRIA DO JORNAL A TARDE:
FILÓSOFA “QUEBRA O BARRACO” DA MÍDIA
LENILDE PACHECO
pacheco@grupoatarde.com.br
A Tarde – 07/09/06
Ao apresentar a filósofa Marilena Chauí para platéia de 1.500 pessoas, anteontem, à noite, na Faculdade Visconde de Cairu, nos Barris, onde foi realizada a conferência sobre Mídia e Poder, o deputado estadual Emiliano José (PT) iniciou situando a vasta qualificação da professora titular da Universidade de São Paulo.
Em seguida, incluiu referência à forma como ela foi citada nas páginas da Revista Veja dessa semana: “Marilena é a Tati Quebra-Barraco da academia“. O público gostou, reagiu com aplausos. Nas duas horas seguintes, ela demonstrou como gosta de fazer barulho.
“O que parece anunciar-se, nas próximas eleições, é que a realidade é mais poderosa que a manipulação e a intimidação ideológicas da mídia e que a construção da democracia é possível no Brasil. Isto é, o povo é a opinião pública“, disse, em razão das pesquisas que indicam o favoritismo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições gerais de outubro.
Dirigentes da Faculdade Visconde de Cairu instalaram quatro telões para distribuir o público depois que o auditório lotou. O candidato do PT ao governo do Estado, Jaques Wagner, e deputados petistas acompanharam a conferência.
As idéias defendidas por Marilena Chauí estão reunidas no seu mais recente livro: “Simulacro e Poder – Uma análise da Mídia”, da Editora Fundação Perseu Abramo. O pensamento da filósofa se desenvolve a partir da convicção de que a mídia manipula e intimida. Segundo ela, os meios de comunicação teriam feito isso ao longo de toda a crise política de 2005-06.
Para a professora, na condição de formadores de opinião, os jornalistas teriam avançado “indevidamente“ para o território da interpretação dos fatos: “Eles interpretam, opinam e afastam-se da investigação. A opinião ganha o valor de acontecimento. Nesse processo, a mídia produz o real inexistente“, sustentou.
Na opinião da filósofa, os meios de comunicação referiram-se a uma crise sem precedentes, em 2005, quando o País estava em normalidade. Ao final, preferiu não dar entrevista.
Marilena Chaui apóia Wagner governador e Emiliano para deputado federal
Pouco antes de proferir conferência em Salvador (05/09/06), sobre o tema Mídia e Poder, a filósofa Marilena Chaui gravou, no Hotel da Bahia, duas declarações políticas para o programa eleitoral do PT. Uma, em apoio à candidatura de Emiliano, para deputado federal, a outra em apoio à candidatura de Jaques Wagner para governador. Marilena Chauí veio a Salvador a convite do deputado Emiliano. Wagner participou da conferência realizada no auditório da Faculdade Visconde de Cayru. Em ambas, justificou seu apoio pela necessidade de se priorizar uma educação pública e de qualidade, defendida pelos petistas e inexistente na Bahia.
Criticada por setores da mídia por um suposto silêncio durante a crise que se abateu sobre o PT e o Governo Lula, em 2005, a filósofa e professora da Universidade de São Paulo (USP), à época, reagiu duramente. No auge da caça ao PT, escreveu uma carta aos seus alunos, explicando que a mídia estava enviando a seguinte mensagem: “Somos onipotentes e fazemos seu silêncio falar. Portanto, fale de uma vez”. Ela rejeitou a imposição. “NÃO FALO”. E citou Étienne de La Boétie em “Discurso da Servidão Voluntária (século XVI): “Não é preciso tirar coisa alguma do dominador, basta não lhe dar o que ele pede”.
Marilena Chauí acaba de sofrer novo ataque da mídia fascista. A revista Veja desta semana (aquela que mostra uma mulher pelada na capa) publica artigo de Reinaldo Azevedo – aquele jornalista (?) incompetente que faliu a revista tucana Primeira Leitura – agressivo, baixo e grosseiro. Ele chama Marilena Chauí de a “Tati Quebra Barraco da academia”. Quando o deputado Emiliano (PT) apresentou a filósofa ao auditório da Faculdade Visconde de Cayru, em Salvador, informando do ataque da revista Veja, a professora foi saudada com uma estrondosa salva de palmas. Um sucesso. Difícil de explicar seria se tivesse sido elogiada por Reinaldo Azevedo e a revista Veja, “essa usina ideológica do pensamento de direita”, segundo Emiliano.
Os tempos mudaram, ela está falando como nunca. além de atender o convite do jornalista, professor universitário e deputado Emiliano José (PT), candidato a deputado federal, ela gravou as declarações de apoio. O candidato ao governo da Bahia, Jaques Wagner, assistiu a conferência.
O auditório da Faculdade Visconde de Cayru quase foi abaixo quando o deputado Emiliano José comunicou ao público o ataque da revista Veja. A “Tati Quebra Barraco da academia” é titular do Departamento de Filosofia da USP. Suas áreas de especialização são História da Filosofia Moderna e Filosofia Política. Escreveu trabalhos sobre ideologia, cultura, universidade pública, além de obras sobre as filosofias de Merleau-Ponty e Espinosa. Escreveu “A nervura do real”, é autora de vários compêndios sobre o ensino da filosofia no país e a Fundação Perseu Abramo está lançando dois títulos seus: “Simulacro e Poder – uma Análise da Mídia” e “Cidadania Cultural: o Direito à Cultura”.
O que seria apenas uma conferência acadêmica transformou-se numa espécie de “meeting” intelectual. Vieram caravanas do interior e até de Sergipe. A Faculdade Visconde de Cayru sentiu a movimentação, suspendeu as aulas e instalou quatro telões nas salas e pátios internos, possibilitando que mais 1.500 pessoas pudessem ouvir a filósofa. Do lado de fora, na rua do Salete, Barris, já com os portões fechados, centenas de estudantes e professores protestavam porque não tinham conseguido entrar. Do lado de dentro, o público jovem resistiu bravamente a uma hora e meia de complexa leitura. Depois, a filósofa aceitou com bom humor o assédio da juventude por um autógrafo.Chegava perto da meia-noite quando o auditório se esvaziou.
O jornal A Tarde e a revista Terra Magazine noticiaram o evento.
Esse Reinaldo Azevedo definitivamente é um imbecil. O jornal A Tarde aproveitou a deixa e deu o seguinte título: "Marilena Chaui quebra o barraco da mídia". Era tudo o que o PT queria.
Criticada por setores da mídia por um suposto silêncio durante a crise que se abateu sobre o PT e o Governo Lula, em 2005, a filósofa e professora da Universidade de São Paulo (USP), à época, reagiu duramente. No auge da caça ao PT, escreveu uma carta aos seus alunos, explicando que a mídia estava enviando a seguinte mensagem: “Somos onipotentes e fazemos seu silêncio falar. Portanto, fale de uma vez”. Ela rejeitou a imposição. “NÃO FALO”. E citou Étienne de La Boétie em “Discurso da Servidão Voluntária (século XVI): “Não é preciso tirar coisa alguma do dominador, basta não lhe dar o que ele pede”.
Marilena Chauí acaba de sofrer novo ataque da mídia fascista. A revista Veja desta semana (aquela que mostra uma mulher pelada na capa) publica artigo de Reinaldo Azevedo – aquele jornalista (?) incompetente que faliu a revista tucana Primeira Leitura – agressivo, baixo e grosseiro. Ele chama Marilena Chauí de a “Tati Quebra Barraco da academia”. Quando o deputado Emiliano (PT) apresentou a filósofa ao auditório da Faculdade Visconde de Cayru, em Salvador, informando do ataque da revista Veja, a professora foi saudada com uma estrondosa salva de palmas. Um sucesso. Difícil de explicar seria se tivesse sido elogiada por Reinaldo Azevedo e a revista Veja, “essa usina ideológica do pensamento de direita”, segundo Emiliano.
Os tempos mudaram, ela está falando como nunca. além de atender o convite do jornalista, professor universitário e deputado Emiliano José (PT), candidato a deputado federal, ela gravou as declarações de apoio. O candidato ao governo da Bahia, Jaques Wagner, assistiu a conferência.
O auditório da Faculdade Visconde de Cayru quase foi abaixo quando o deputado Emiliano José comunicou ao público o ataque da revista Veja. A “Tati Quebra Barraco da academia” é titular do Departamento de Filosofia da USP. Suas áreas de especialização são História da Filosofia Moderna e Filosofia Política. Escreveu trabalhos sobre ideologia, cultura, universidade pública, além de obras sobre as filosofias de Merleau-Ponty e Espinosa. Escreveu “A nervura do real”, é autora de vários compêndios sobre o ensino da filosofia no país e a Fundação Perseu Abramo está lançando dois títulos seus: “Simulacro e Poder – uma Análise da Mídia” e “Cidadania Cultural: o Direito à Cultura”.
O que seria apenas uma conferência acadêmica transformou-se numa espécie de “meeting” intelectual. Vieram caravanas do interior e até de Sergipe. A Faculdade Visconde de Cayru sentiu a movimentação, suspendeu as aulas e instalou quatro telões nas salas e pátios internos, possibilitando que mais 1.500 pessoas pudessem ouvir a filósofa. Do lado de fora, na rua do Salete, Barris, já com os portões fechados, centenas de estudantes e professores protestavam porque não tinham conseguido entrar. Do lado de dentro, o público jovem resistiu bravamente a uma hora e meia de complexa leitura. Depois, a filósofa aceitou com bom humor o assédio da juventude por um autógrafo.Chegava perto da meia-noite quando o auditório se esvaziou.
O jornal A Tarde e a revista Terra Magazine noticiaram o evento.
Esse Reinaldo Azevedo definitivamente é um imbecil. O jornal A Tarde aproveitou a deixa e deu o seguinte título: "Marilena Chaui quebra o barraco da mídia". Era tudo o que o PT queria.
6 de setembro de 2006
Revista Fórum entrevista Marilena Chaui
A edição comemorativa de cinco anos da revista Fórum traz uma entrevista especial com a filósofa Marilena Chaui. Em oito páginas, ela repudia o acordo feito com o PSDB que evitou uma devassa no governo FHC e prega, como tarefa urgente para o país, a reforma política para a “democratização do Estado brasileiro, que tem uma forma completamente oligárquica e autoritária”. A filósofa também fala sobre estrutura partidária, direita e esquerda e o que se pode esperar de um eventual segundo governo de Lula.
Fonte: www.pt.org.br/
Fonte: www.pt.org.br/
PFL agora quer acabar com o ProUni
É inacreditável. Depois de governar o país por oito anos (ao lado de FHC) sem criar uma única vaga universitária para estudantes de baixa renda, o PFL agora quer acabar com o ProUni, programa do governo Lula que abriu as portas do ensino superior para mais de 200 mil alunos carentes.
O PFL, partido do candidato ao governo da Bahia Paulo Souto, entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para derrubar a Medida Provisória que fixou os critérios de adesão ao ProUni.
A ação tem pedido de liminar e deve ser julgada nos próximos. Se for aceita, os estudantes correm o risco de perder as bolsas concedidas pelo governo. O relator é o ministro Carlos Ayres Britto.
O ProUni concede bolsas a estudantes de baixa renda em instituições privadas de ensino superior. Em seu primeiro ano, 2005, concedeu 112.275 bolsas parciais e integrais. Em 2006, foram 91.609 bolsas no primeiro semestre.
Para dimensionar a importância do programa, vale lembrar que as universidades federais oferecem anualmente 125 mil vagas. O ProUni também ofertou 49.484 bolsas no sistema de cotas étnico-raciais.
A lei 11.180, de setembro de 2005, garante também a concessão de uma bolsa de permanência de R$ 300 aos alunos que cursam cursos em turno integral para custeio das despesas de transporte, alimentação e moradia.
O PFL é um atraso de vida!
O PFL, partido do candidato ao governo da Bahia Paulo Souto, entrou com uma ação no STF (Supremo Tribunal Federal) para derrubar a Medida Provisória que fixou os critérios de adesão ao ProUni.
A ação tem pedido de liminar e deve ser julgada nos próximos. Se for aceita, os estudantes correm o risco de perder as bolsas concedidas pelo governo. O relator é o ministro Carlos Ayres Britto.
O ProUni concede bolsas a estudantes de baixa renda em instituições privadas de ensino superior. Em seu primeiro ano, 2005, concedeu 112.275 bolsas parciais e integrais. Em 2006, foram 91.609 bolsas no primeiro semestre.
Para dimensionar a importância do programa, vale lembrar que as universidades federais oferecem anualmente 125 mil vagas. O ProUni também ofertou 49.484 bolsas no sistema de cotas étnico-raciais.
A lei 11.180, de setembro de 2005, garante também a concessão de uma bolsa de permanência de R$ 300 aos alunos que cursam cursos em turno integral para custeio das despesas de transporte, alimentação e moradia.
O PFL é um atraso de vida!
Mino Carta estréia seu blog
Declarando-se saudoso do imortal Sérgio Porto, também conhecido por Stanislaw Ponte Preta, criador do Festival de Besteiras que Assola o País – Febeapá, o jornalista Mino Carta estreou seu Blog (04/09/06). Mino roga aos céus que lhe inspire nesta nova e singular empreitada. “Mas entendo que, à vista do material disponível, a minha empreitada teria de ser bem mais fácil do que a dele”. Ou seja, haja besteira para falar nesse país. O Blog do Mino em sua primeira postagem recebeu 77 comentários. Mino Carta dirigiu as equipes criadoras do Jornal da Tarde e das revistas Quatro Rodas, Veja, Istoé e Carta Capital, da qual continua sendo Diretor de Redação. Quando vê no que transformaram a revista Veja deve sentir uma dor no coração. O Blog do Mino é moderado por Felipe Marra Mendonça e Ana Luisa Vieira, ambos do site de Carta Capital. Leitura obrigatória.
www.cartacapital.com.br/blogdomino/
www.cartacapital.com.br/blogdomino/
Jorge Bastos Moreno bota a mão no fogo por Paulo Betti
Fonte: Blog do Moreno – http://oglobo.globo.com/online/blogs/moreno
Gente,
Eu vou botar a mão no fogo. Vou botar porque conheço e acredito nele. Estou falando do ator Paulo Betti. Eu boto a minha mão no fogo pelo Paulo Betti porque, graças a Deus, tem gente de bem neste país. E não são poucos não. Se eu estivesse escrevendo uma matéria para o jornal não poderia dizer isso. Não é um comportamento adequado: repórter não julga, apura.
Reproduzo duas conversas minhas distintas com Fernando Henrique e Lula sobre o ator:
COM FHC:
- Presidente, o senhor recebeu o Anthony Quinn. Sobre o que conversaram?
- Gozado, ele me contou ter ficado entusiasmado com o talento do Paulo Betti. Disse que o Betti não fica devendo nada a nenhum dos astros com os quais já trabalhou. Eu disse que estava à vontade para concordar com ele até porque o Betti faz campanha contra mim. E realmente o Paulo Betti é um grande ator. E eu separo a sua condição de garoto-propaganda do PT da de grande ator que ele é.
COM LULA:
- O senhor não ficou magoado de ver o seu amigo Paulo Betti fazendo críticas ao comportamento do PT?
- De jeito nenhum. Ele tem todo o direito de fazer isso como ator e como cidadão. Eu não vou exigir que os artistas sejam do PT. Não é assim que se procede. Quero que eles sejam bons artistas. Quero respeitá-los como artistas. Obviamente que se algum deles disser que vota no PT, tanto melhor. Por exemplo, uma das artistas do teatro e da televisão que eu mais admirava — digo no passado porque faz tempo que não a vejo — era Marília Pêra. Houve um incidente com ela aqui em São Paulo, por ocasião da campanha do Collor, que eu nem estava presente, mas que possivelmente ela deve ter ficado com trauma. Eu não perdi a admiração pela Marília Pêra porque ela votou ou não no Collor. A Cláudia Raia, que trabalhou para o Collor, foi mais visível isso, tem o direito de ter o pensamento político que quiser, sem nunca deixar de ser a grande atriz que é. Eu não misturo as coisas, se não a gente fica uma pessoa amarga a vida toda. Eu respeito os artistas do jeito que eles são. Outro dia mandei um recado para o Paulo Betti, que eu considero um grande ator, embora o meu ídolo maior seja Sérgio Mambert. Eu mandei dizer: olha Paulo, eu gosto de você pelo que você já fez e não pelo que você vai fazer. E vou lá deixar de gostar e admirar o Paulo Betti porque ele fez crítica a mim? De jeito nenhum. Esse é o meu jeito de ser. Este coração velho aqui não tem lugar para mágoa. Acordo todo dia pensando que aquele dia só vai valer a pena para mim se eu não tiver ódio e mesquinharia no coração.
Um desabafo para o blog do Moreno.
Caro Moreno,
é impressionante repercussão das duas frases que o Globo editou. "Não se faz política sem sujar as mãos" e "é impossível fazer política sem colocar a mão na merda".
É evidente que no contexto que falei, saindo de uma reunião de artistas com o presidente Lula, eu queria condenar essa prática. Nem mesmo o mais corrupto dos políticos diria aos jornalistas para dizer que achava isso maravilhoso.
Porque eu disse?
Porque, na saída, fui cobrado pelos jornalistas o apoio que estava dando ao Lula. Eles estavam na porta, devem ter ficado lá um tempão, estavam na chuva, deviam estar irritados.
Eu falei as duas frases, mas disse muito mais. Disse que dramaturgos como Brecht e Sartre já haviam escrito sobre a questão da ética e da falta de limpeza na política.
Que meu voto em Lula era pelos méritos do governo dele e não pelo erros.
Porque excluíram a fala que condeno a pratica da sujeira? Todo mundo sabe o que houve.
Porque interessava naquele momento a quem editou o jornal provocar o escândalo?
Não acredito. Saiu uma matéria pequena no Globo. Logo no outro dia saiu uma matéria maior na Folha, repercutindo a do Globo. Essa já um pouco maior.
Imediatamente mandei carta para o Globo e para a Folha que publicaram. Na carta eu dizia que minhas frases foram uma constatação, não uma defesa da prática.
Mas aí já havia se criado a bola de neve.
O Estado fez dois editoriais. Além de ter publicado um monte de cartas dos leitores. Em nenhum momento publicou minha carta. Escrevi ao jornal duas vezes. Recebi resposta que a carta seria enviada à direção do jornal. A direção de jornal precisa autorizar a publicação de uma carta de três linhas?
Que limpeza é essa que permite um jornal publicar editoriais citando seu nome mas não permite a publicação de uma carta nos seguintes termos:
Prezados senhores:
Em respeito ao leitor do Estado, do qual sou assinante, quero explicar que, no contexto em que disse que "política se faz com as mãos sujas", eu estava fazendo uma constatação e não aprovando uma prática.
A frase, retirada de sua circunstância e incompleta, lamentavelmente, provocou uma enorme polêmica.
Quero reiterar meu compromisso com a verdade e deixar claro que condeno todas as práticas ilícitas, não só as políticas.
Quero mais justiça, trabalho e melhor distribuição de renda para todos.
Atenciosamente,
Paulo Betti
Ator
Mandei duas vezes! Só me resta cancelar a assinatura. É uma constatação do jogo sujo que se faz defendendo a ética, a liberdade de imprensa e etc.
O Chico Buarque deu a seguinte declaração: "Entendi não como uma posição pessoal deles, descartando a ética, mas como a política ´´e feita na realidade do Brasil. E essa é a realidade do Brasil. Essa é a realidade política."
Será que só ele poderia ter entendido o contexto?
Será que não houve má vontade e jogo sujo? Tenho certeza que sim.
É só observar o comportamento do Estado. Pode ser até que eles publiquem a carta amanhã. Mesmo assim poderiam ter publicado uma semana atrás.Uma cartinha, não muda nada diante das manchetes e artigos em profusão.
Eu fiz a Campanha pela Ética, do saudoso Betinho. Por que me pegaram para Cristo?
Porque ainda sou identificado pela imprensa como a cara do PT. Por todas as vezes que apareci na tv falando do partido e contrariando aqueles que hoje descontam me agredindo.
O poema do Fernando Pessoa me consola: Poema em linha reta: "Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos tem sido campeões em tudo."
Não vou ficar grilado com o que meus colegas disseram. Talvez eles também tenham sido editados.
Temos que refletir sobre a responsabilidade da imprensa. Você pega uma frase e reproduz? Sem consultar aquele que escreveu cartas nos jornais dizendo que tinha dito condenando?
É assim? Os "pilares" do jornalismo político tem o direito de usar seu nome para expressar suas opiniões e suas posições diante do jogo político?
Querem atacar o presidente Lula e seu governo e me usam.
É óbvio que eu preferia não ter falado com a imprensa aquela noite. Mas não consigo passar reto e deixar o pessoal fazendo perguntas no ar. Acho falta de educação. Daqui pra frente terei que rever esse meu comportamento.
Mas não deixarei de pensar que nossa política precisa de uma reforma urgente.
Óbvio que não tenho a menor pretensão de ter sido o primeiro a colocar o dedo nessa ferida.
Temos que olhar de frente para nossa política. Ela é suja sim! E não vamos limpá-la apenas condenando um ator que fez essa constatação.
Gente,
Eu vou botar a mão no fogo. Vou botar porque conheço e acredito nele. Estou falando do ator Paulo Betti. Eu boto a minha mão no fogo pelo Paulo Betti porque, graças a Deus, tem gente de bem neste país. E não são poucos não. Se eu estivesse escrevendo uma matéria para o jornal não poderia dizer isso. Não é um comportamento adequado: repórter não julga, apura.
Reproduzo duas conversas minhas distintas com Fernando Henrique e Lula sobre o ator:
COM FHC:
- Presidente, o senhor recebeu o Anthony Quinn. Sobre o que conversaram?
- Gozado, ele me contou ter ficado entusiasmado com o talento do Paulo Betti. Disse que o Betti não fica devendo nada a nenhum dos astros com os quais já trabalhou. Eu disse que estava à vontade para concordar com ele até porque o Betti faz campanha contra mim. E realmente o Paulo Betti é um grande ator. E eu separo a sua condição de garoto-propaganda do PT da de grande ator que ele é.
COM LULA:
- O senhor não ficou magoado de ver o seu amigo Paulo Betti fazendo críticas ao comportamento do PT?
- De jeito nenhum. Ele tem todo o direito de fazer isso como ator e como cidadão. Eu não vou exigir que os artistas sejam do PT. Não é assim que se procede. Quero que eles sejam bons artistas. Quero respeitá-los como artistas. Obviamente que se algum deles disser que vota no PT, tanto melhor. Por exemplo, uma das artistas do teatro e da televisão que eu mais admirava — digo no passado porque faz tempo que não a vejo — era Marília Pêra. Houve um incidente com ela aqui em São Paulo, por ocasião da campanha do Collor, que eu nem estava presente, mas que possivelmente ela deve ter ficado com trauma. Eu não perdi a admiração pela Marília Pêra porque ela votou ou não no Collor. A Cláudia Raia, que trabalhou para o Collor, foi mais visível isso, tem o direito de ter o pensamento político que quiser, sem nunca deixar de ser a grande atriz que é. Eu não misturo as coisas, se não a gente fica uma pessoa amarga a vida toda. Eu respeito os artistas do jeito que eles são. Outro dia mandei um recado para o Paulo Betti, que eu considero um grande ator, embora o meu ídolo maior seja Sérgio Mambert. Eu mandei dizer: olha Paulo, eu gosto de você pelo que você já fez e não pelo que você vai fazer. E vou lá deixar de gostar e admirar o Paulo Betti porque ele fez crítica a mim? De jeito nenhum. Esse é o meu jeito de ser. Este coração velho aqui não tem lugar para mágoa. Acordo todo dia pensando que aquele dia só vai valer a pena para mim se eu não tiver ódio e mesquinharia no coração.
Um desabafo para o blog do Moreno.
Caro Moreno,
é impressionante repercussão das duas frases que o Globo editou. "Não se faz política sem sujar as mãos" e "é impossível fazer política sem colocar a mão na merda".
É evidente que no contexto que falei, saindo de uma reunião de artistas com o presidente Lula, eu queria condenar essa prática. Nem mesmo o mais corrupto dos políticos diria aos jornalistas para dizer que achava isso maravilhoso.
Porque eu disse?
Porque, na saída, fui cobrado pelos jornalistas o apoio que estava dando ao Lula. Eles estavam na porta, devem ter ficado lá um tempão, estavam na chuva, deviam estar irritados.
Eu falei as duas frases, mas disse muito mais. Disse que dramaturgos como Brecht e Sartre já haviam escrito sobre a questão da ética e da falta de limpeza na política.
Que meu voto em Lula era pelos méritos do governo dele e não pelo erros.
Porque excluíram a fala que condeno a pratica da sujeira? Todo mundo sabe o que houve.
Porque interessava naquele momento a quem editou o jornal provocar o escândalo?
Não acredito. Saiu uma matéria pequena no Globo. Logo no outro dia saiu uma matéria maior na Folha, repercutindo a do Globo. Essa já um pouco maior.
Imediatamente mandei carta para o Globo e para a Folha que publicaram. Na carta eu dizia que minhas frases foram uma constatação, não uma defesa da prática.
Mas aí já havia se criado a bola de neve.
O Estado fez dois editoriais. Além de ter publicado um monte de cartas dos leitores. Em nenhum momento publicou minha carta. Escrevi ao jornal duas vezes. Recebi resposta que a carta seria enviada à direção do jornal. A direção de jornal precisa autorizar a publicação de uma carta de três linhas?
Que limpeza é essa que permite um jornal publicar editoriais citando seu nome mas não permite a publicação de uma carta nos seguintes termos:
Prezados senhores:
Em respeito ao leitor do Estado, do qual sou assinante, quero explicar que, no contexto em que disse que "política se faz com as mãos sujas", eu estava fazendo uma constatação e não aprovando uma prática.
A frase, retirada de sua circunstância e incompleta, lamentavelmente, provocou uma enorme polêmica.
Quero reiterar meu compromisso com a verdade e deixar claro que condeno todas as práticas ilícitas, não só as políticas.
Quero mais justiça, trabalho e melhor distribuição de renda para todos.
Atenciosamente,
Paulo Betti
Ator
Mandei duas vezes! Só me resta cancelar a assinatura. É uma constatação do jogo sujo que se faz defendendo a ética, a liberdade de imprensa e etc.
O Chico Buarque deu a seguinte declaração: "Entendi não como uma posição pessoal deles, descartando a ética, mas como a política ´´e feita na realidade do Brasil. E essa é a realidade do Brasil. Essa é a realidade política."
Será que só ele poderia ter entendido o contexto?
Será que não houve má vontade e jogo sujo? Tenho certeza que sim.
É só observar o comportamento do Estado. Pode ser até que eles publiquem a carta amanhã. Mesmo assim poderiam ter publicado uma semana atrás.Uma cartinha, não muda nada diante das manchetes e artigos em profusão.
Eu fiz a Campanha pela Ética, do saudoso Betinho. Por que me pegaram para Cristo?
Porque ainda sou identificado pela imprensa como a cara do PT. Por todas as vezes que apareci na tv falando do partido e contrariando aqueles que hoje descontam me agredindo.
O poema do Fernando Pessoa me consola: Poema em linha reta: "Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos tem sido campeões em tudo."
Não vou ficar grilado com o que meus colegas disseram. Talvez eles também tenham sido editados.
Temos que refletir sobre a responsabilidade da imprensa. Você pega uma frase e reproduz? Sem consultar aquele que escreveu cartas nos jornais dizendo que tinha dito condenando?
É assim? Os "pilares" do jornalismo político tem o direito de usar seu nome para expressar suas opiniões e suas posições diante do jogo político?
Querem atacar o presidente Lula e seu governo e me usam.
É óbvio que eu preferia não ter falado com a imprensa aquela noite. Mas não consigo passar reto e deixar o pessoal fazendo perguntas no ar. Acho falta de educação. Daqui pra frente terei que rever esse meu comportamento.
Mas não deixarei de pensar que nossa política precisa de uma reforma urgente.
Óbvio que não tenho a menor pretensão de ter sido o primeiro a colocar o dedo nessa ferida.
Temos que olhar de frente para nossa política. Ela é suja sim! E não vamos limpá-la apenas condenando um ator que fez essa constatação.
Paulo Betti reage à ética da hipocrisia da mídia tucana
O ator, diretor e produtor Paulo Betti, em carta intitulada A Ética da Hipocrisia, publicada no Blog do Moreno e na Folha, reage ao verdadeiro linchamento moral de setores da mídia, inclusive de intelectuais e artistas, sob a forma de “indignados” protestos contra uma suposta pregação dele sobre o fim da ética, numa corrente de intolerância e farisaísmo político. Paulo Betti, que interpretou Lamarca, no filme baseado no livro “Lamarca, O Capitão da Guerrilha” de Emiliano José e Oldack Miranda, afirma que há mais que hipocrisia, “há na exploração de minha frase um misto de autoritarismo com oportunismo político (...) autoritária porque reproduz o germe de todos os sistemas totalitários: desqualificar os que não se alinham com o pensamento dominante. Para calar, o primeiro passo é desmoralizar. Assim fazem as ditaduras”. Ataque semelhante sofreu o músico e compositor Wagner Tiso.
LEIA A ÍNTEGRA DA CARTA DE PAULO BETTI:
A ética da hipocrisia
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo." (Fernando Pessoa, "Poema em Linha Reta")
NOS ÚLTIMOS dias, venho sendo submetido por setores da mídia e dos meios político, intelectual e artístico a um linchamento moral que deveria preocupar os democratas sinceros de nosso país. Ele oculta, sob a forma de protestos indignados contra minha suposta pregação do "fim da ética", uma corrente de intolerância e de farisaísmo político que se esforça para desqualificar todos aqueles que se identificam com o projeto político representado pelo presidente Lula.
Nesse episódio, tive pouquíssimas chances de defesa, de demonstrar o sentido completo da minha frase, extraída por repórteres ávidos e ansiosos à saída de um encontro entre artistas e o presidente: "Não se faz política sem sujar as mãos". "Sem pôr a mão na merda", de fato acrescentei, desnecessariamente, para delícia dos que buscavam munição para a renhida disputa eleitoral deste momento.
Embora a Folha tenha publicado minha carta aclarando o sentido das declarações, elas continuam sendo usadas como "prova" do colapso da ética entre nós. Por outra frase, também dita sob o calor das cobranças, um dos maiores e mais respeitáveis músicos brasileiros, o maestro Wagner Tiso, vem sofrendo igual massacre.
Os jornais e os jornalistas, os artistas, os intelectuais e os políticos que protagonizam esses ataques sabem de quem estão falando. Conhecem nossas trajetórias. Lembram-se de mim associado à trajetória do PT, mas também à memorável batalha de Betinho "Pela Ética na Política". Sabem que constatar as transgressões como inevitáveis não é o mesmo que defendê-las. É lamentável que o sistema político exija um pragmatismo que suja as mãos, mas é só pelo reconhecimento da existência dessas mazelas que poderemos superá-las.
Todos sabem que falei coisas óbvias, que dispensariam explicações em outro contexto e momento. Temos um sistema de financiamento privado de campanhas que a todos contamina. Com esse sistema, acaba a fronteira entre o público e o privado. Quem tiver mais acesso aos endinheirados arrecada mais, obrigando-se, nos cargos públicos, a responder com reciprocidade.
Enquanto fez campanhas vendendo bonés e estrelinhas, o PT não teve chances de chegar ao poder. Em 2002, diante do favoritismo de Lula, os cofres se abriram. E o partido se envolveu com forças das quais deveria ter guardado distância. Errou por fazer o que todos sempre fizeram.
Nem por isso devem ser linchados os que, mesmo condenando esse erro, defendem a reeleição de Lula pela qualidade do governo que vem fazendo, voltado para os mais pobres, dando-lhes mais poder de compra e alguma chance de ascensão social. Por estar vivenciando a melhora de suas vidas, e não por amoralismo, é que a maioria dos eleitores o apóiam, segundo as pesquisas. Nosso sistema político permite a eleição direta do presidente da República, mas não lhe garante a governabilidade. A profusão de partidos dispersa o voto para a Câmara. Lula teve 52% dos votos em 2002, mas o PT ficou com 17% das cadeiras.
Em busca da maioria, todos os presidentes têm sido obrigados a buscar acordos e alianças. Acabam dependendo do apoio das forças do atraso político, que, em troca, pedem cargos, verbas e mesmo recursos financeiros com a desculpa de que têm dívidas de campanha.
O PT caiu nesse antigo alçapão. Nem por isso se deve negar o direito da maioria dos eleitores de reeleger o presidente. Nem por isso é democrático e "ético" o massacre daqueles que, como eu, declaram o voto acreditando na liberdade e na democracia que construímos em jornadas de lutas -das quais também participei. Mais que hipocrisia, há na exploração de minha frase um misto de autoritarismo com oportunismo político.
É autoritária porque reproduz o germe de todos os sistemas totalitários: desqualificar os que não se alinham com o pensamento dominante. Para calar, o primeiro passo é desmoralizar. Assim fazem as ditaduras.
É oportunista porque explora minha condição de artista, e as identidades que isso acarreta, para auferir dividendos eleitorais. Há coisa mais suja que isso? Estamos chegando a um grau preocupante de intolerância. Depois das eleições, em nome da democracia, precisamos baixar as armas e recuperar a cordialidade, traço de nossa cultura.
PAULO BETTI , 53, é ator-diretor e produtor. Participou, entre outros, dos filmes "Lamarca" (1994) e "Guerra de Canudos" (1997). Foi professor de teatro da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
LEIA A ÍNTEGRA DA CARTA DE PAULO BETTI:
A ética da hipocrisia
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada. Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo." (Fernando Pessoa, "Poema em Linha Reta")
NOS ÚLTIMOS dias, venho sendo submetido por setores da mídia e dos meios político, intelectual e artístico a um linchamento moral que deveria preocupar os democratas sinceros de nosso país. Ele oculta, sob a forma de protestos indignados contra minha suposta pregação do "fim da ética", uma corrente de intolerância e de farisaísmo político que se esforça para desqualificar todos aqueles que se identificam com o projeto político representado pelo presidente Lula.
Nesse episódio, tive pouquíssimas chances de defesa, de demonstrar o sentido completo da minha frase, extraída por repórteres ávidos e ansiosos à saída de um encontro entre artistas e o presidente: "Não se faz política sem sujar as mãos". "Sem pôr a mão na merda", de fato acrescentei, desnecessariamente, para delícia dos que buscavam munição para a renhida disputa eleitoral deste momento.
Embora a Folha tenha publicado minha carta aclarando o sentido das declarações, elas continuam sendo usadas como "prova" do colapso da ética entre nós. Por outra frase, também dita sob o calor das cobranças, um dos maiores e mais respeitáveis músicos brasileiros, o maestro Wagner Tiso, vem sofrendo igual massacre.
Os jornais e os jornalistas, os artistas, os intelectuais e os políticos que protagonizam esses ataques sabem de quem estão falando. Conhecem nossas trajetórias. Lembram-se de mim associado à trajetória do PT, mas também à memorável batalha de Betinho "Pela Ética na Política". Sabem que constatar as transgressões como inevitáveis não é o mesmo que defendê-las. É lamentável que o sistema político exija um pragmatismo que suja as mãos, mas é só pelo reconhecimento da existência dessas mazelas que poderemos superá-las.
Todos sabem que falei coisas óbvias, que dispensariam explicações em outro contexto e momento. Temos um sistema de financiamento privado de campanhas que a todos contamina. Com esse sistema, acaba a fronteira entre o público e o privado. Quem tiver mais acesso aos endinheirados arrecada mais, obrigando-se, nos cargos públicos, a responder com reciprocidade.
Enquanto fez campanhas vendendo bonés e estrelinhas, o PT não teve chances de chegar ao poder. Em 2002, diante do favoritismo de Lula, os cofres se abriram. E o partido se envolveu com forças das quais deveria ter guardado distância. Errou por fazer o que todos sempre fizeram.
Nem por isso devem ser linchados os que, mesmo condenando esse erro, defendem a reeleição de Lula pela qualidade do governo que vem fazendo, voltado para os mais pobres, dando-lhes mais poder de compra e alguma chance de ascensão social. Por estar vivenciando a melhora de suas vidas, e não por amoralismo, é que a maioria dos eleitores o apóiam, segundo as pesquisas. Nosso sistema político permite a eleição direta do presidente da República, mas não lhe garante a governabilidade. A profusão de partidos dispersa o voto para a Câmara. Lula teve 52% dos votos em 2002, mas o PT ficou com 17% das cadeiras.
Em busca da maioria, todos os presidentes têm sido obrigados a buscar acordos e alianças. Acabam dependendo do apoio das forças do atraso político, que, em troca, pedem cargos, verbas e mesmo recursos financeiros com a desculpa de que têm dívidas de campanha.
O PT caiu nesse antigo alçapão. Nem por isso se deve negar o direito da maioria dos eleitores de reeleger o presidente. Nem por isso é democrático e "ético" o massacre daqueles que, como eu, declaram o voto acreditando na liberdade e na democracia que construímos em jornadas de lutas -das quais também participei. Mais que hipocrisia, há na exploração de minha frase um misto de autoritarismo com oportunismo político.
É autoritária porque reproduz o germe de todos os sistemas totalitários: desqualificar os que não se alinham com o pensamento dominante. Para calar, o primeiro passo é desmoralizar. Assim fazem as ditaduras.
É oportunista porque explora minha condição de artista, e as identidades que isso acarreta, para auferir dividendos eleitorais. Há coisa mais suja que isso? Estamos chegando a um grau preocupante de intolerância. Depois das eleições, em nome da democracia, precisamos baixar as armas e recuperar a cordialidade, traço de nossa cultura.
PAULO BETTI , 53, é ator-diretor e produtor. Participou, entre outros, dos filmes "Lamarca" (1994) e "Guerra de Canudos" (1997). Foi professor de teatro da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas).
5 de setembro de 2006
Marilena Chaui fala hoje em Salvador
O jornalista e professor universitário Emiliano, candidato a deputado federal pelo PT da Bahia, está mudando o caráter da campanha eleitoral, ao convidar a filósofa Marilena Chaui para uma conferência sobre Mídia e Poder. Marilena Chaui vai proferir sua conferência hoje, dia 5 de setembro, às 19h30min, na Faculdade Visconde de Cayru. A idéia é provocar o debate. Elevar o nível da campanha eleitoral. Uma grande expectativa se instalou em Salvador, extrapolando os limites acadêmicos. Daqui prá frente não será mais possível fazer campanha eleitoral sem reflexão e conteúdo.
Polêmica, a filósofa desfaz o mito da sociedade brasileira “ordeira e pacífica”, argumenta que a violência está presente na invasão do público pelo privado, no monopólio da mídia e no paternalismo branco. É claro que ela fala isso em relação ao Brasil, mas é a cara da Bahia, onde há décadas o estado vem sendo assaltado pela famiglia que detém o poder, pelo monopólio da mídia e pela prática do paternalismo branco, que faz com que o povo se submeta às oligarquias, esmolando favores.
“Numa sociedade democrática, eu procuro o meu representante e digo as minhas reivindicações, de grupos e classe sociais. No Brasil, você vai, pede licença para entrar no gabinete do político, senta numa cadeira, espera quando der na veneta dele para ser atendido e pede um favor. Ou seja, o representante se torna superior a você, mandante do qual você recebe favores e ao qual você obedece. Isso é uma calamidade!” (...) “A noção republicana de representação é o contrário: a fonte de poder somos nós e o representante recebeu de nós um mandato. Por isso não podemos ter com ele uma relação de clientela e subordinação”.
“A sociedade brasileira é violenta, autoritária, vertical, hierárquica e oligárquica, polarizada entre a carência absoluta e o privilegio absoluto. No Brasil há bloqueios e resistências à instituição dos direitos econômicos, sociais e culturais. Os meios de comunicação de massa e os setores oligárquicos nos fazem crer que a sociedade brasileira é ordeira acolhedora, pacífica, e que a violência é um momento acidental, um surto, uma epidemia, um acidente, algo temporário que, se bem tratado, desaparece. E que pode ser combatido por meio da repressão policial. Mas, na verdade, a violência é o modo de ser da sociedade brasileira”.
MARILENA CHAUI ENUMERA EXEMPLOS DA VIOLÊNCIA ESTRUTURAL
- a esfera pública nunca chega a se constituir verdadeiramente como pública, porque é definida pelas exigências do espaço privado. No Brasil, há uma indistinção entre o público e o privado. Não só se pratica corrupção dos recursos públicos, mas a coisa púbica é regida por valores privados e também não há percepção dos direitos à privacidade e intimidade;
- a sociedade bloqueia a opinião de classes diferenciadas, com os meios de comunicação monopolizando a informação. O consenso é confundido com unanimidade e a discordância, com ignorância;
- as classes populares carregam o estigma da suspeita, da culpa e da incriminação permanente. A sociedade brasileira é uma sociedade em que a classe dominante exorciza o horror às contradições, promovendo a ideologia da união nacional a qualquer preço. Se recusa a trabalhar os conflitos, porque eles negam a idéia mítica da boa sociedade pacifica e ordeira;
- as leis são armas para preservar privilégios, jamais tendo definido direitos possíveis para todos. Os direitos, na prática, são concessões e outorgas que dependem da vontade do governante. Em vez de figurarem um pólo público de poder e regulação dos conflitos, as leis aparecem como inúteis e inócuas, feitas para serem transgredidas e não transformadas. Uma situação violenta é transformada num traço positivo quando a transgressão é elogiada como um “jeitinho brasileiro”;
- os indivíduos são divididos entre mandantes e obedientes, e todas as relações tomam a forma de tutela, de dependência e de favor. As pessoas não são vistas como sujeitos autônomos e iguais, como cidadãos portadores de direitos.
- E o paternalismo branco, refletido na forma do clientelismo e do favoritismo, é considerado “natural”, às vezes até exaltados como características positivas do caráter nacional.
Polêmica, a filósofa desfaz o mito da sociedade brasileira “ordeira e pacífica”, argumenta que a violência está presente na invasão do público pelo privado, no monopólio da mídia e no paternalismo branco. É claro que ela fala isso em relação ao Brasil, mas é a cara da Bahia, onde há décadas o estado vem sendo assaltado pela famiglia que detém o poder, pelo monopólio da mídia e pela prática do paternalismo branco, que faz com que o povo se submeta às oligarquias, esmolando favores.
“Numa sociedade democrática, eu procuro o meu representante e digo as minhas reivindicações, de grupos e classe sociais. No Brasil, você vai, pede licença para entrar no gabinete do político, senta numa cadeira, espera quando der na veneta dele para ser atendido e pede um favor. Ou seja, o representante se torna superior a você, mandante do qual você recebe favores e ao qual você obedece. Isso é uma calamidade!” (...) “A noção republicana de representação é o contrário: a fonte de poder somos nós e o representante recebeu de nós um mandato. Por isso não podemos ter com ele uma relação de clientela e subordinação”.
“A sociedade brasileira é violenta, autoritária, vertical, hierárquica e oligárquica, polarizada entre a carência absoluta e o privilegio absoluto. No Brasil há bloqueios e resistências à instituição dos direitos econômicos, sociais e culturais. Os meios de comunicação de massa e os setores oligárquicos nos fazem crer que a sociedade brasileira é ordeira acolhedora, pacífica, e que a violência é um momento acidental, um surto, uma epidemia, um acidente, algo temporário que, se bem tratado, desaparece. E que pode ser combatido por meio da repressão policial. Mas, na verdade, a violência é o modo de ser da sociedade brasileira”.
MARILENA CHAUI ENUMERA EXEMPLOS DA VIOLÊNCIA ESTRUTURAL
- a esfera pública nunca chega a se constituir verdadeiramente como pública, porque é definida pelas exigências do espaço privado. No Brasil, há uma indistinção entre o público e o privado. Não só se pratica corrupção dos recursos públicos, mas a coisa púbica é regida por valores privados e também não há percepção dos direitos à privacidade e intimidade;
- a sociedade bloqueia a opinião de classes diferenciadas, com os meios de comunicação monopolizando a informação. O consenso é confundido com unanimidade e a discordância, com ignorância;
- as classes populares carregam o estigma da suspeita, da culpa e da incriminação permanente. A sociedade brasileira é uma sociedade em que a classe dominante exorciza o horror às contradições, promovendo a ideologia da união nacional a qualquer preço. Se recusa a trabalhar os conflitos, porque eles negam a idéia mítica da boa sociedade pacifica e ordeira;
- as leis são armas para preservar privilégios, jamais tendo definido direitos possíveis para todos. Os direitos, na prática, são concessões e outorgas que dependem da vontade do governante. Em vez de figurarem um pólo público de poder e regulação dos conflitos, as leis aparecem como inúteis e inócuas, feitas para serem transgredidas e não transformadas. Uma situação violenta é transformada num traço positivo quando a transgressão é elogiada como um “jeitinho brasileiro”;
- os indivíduos são divididos entre mandantes e obedientes, e todas as relações tomam a forma de tutela, de dependência e de favor. As pessoas não são vistas como sujeitos autônomos e iguais, como cidadãos portadores de direitos.
- E o paternalismo branco, refletido na forma do clientelismo e do favoritismo, é considerado “natural”, às vezes até exaltados como características positivas do caráter nacional.
ACM agradece a Deus e não pede perdão pelos pecados
ACM fez 79 anos. Seus especialistas em marketing escolheram a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos para o comício-oração. Disse que rezou pelo Brasil, menos pelo presidente Lula. Segundo ele, quem faz mal ao Brasil não merece orações, o que é uma heresia.
ACM não pediu perdão por seus pecados.
Não pediu perdão por ter apoiado a ditadura militar.
Não pediu perdão por ter sujado suas mãos de sangue.
Não pediu perdão por ter subjugado durante décadas o Poder Judiciário da Bahia.
Não pediu perdão pela Pasta Rosa e os dólares desviados para o exterior, nem pela
Pasta Azul, nem pela NEC.
Não pediu perdão pelas negociatas que transferiram para ele e família a TV Globo.
Não pediu perdão pela violação do painel do Senado.
Não pediu perdão pela arrogância e truculência com que trata seus inimigos políticos.
Não pediu perdão pela arrogância e truculência com que trata seus amigos políticos.
Não pediu perdão pelos R$ 101 milhões desviados pela Bahiatursa.
Não pediu perdão pelos portos marítimos apropriados com dinheiro público na Baía de Aratu.
Não pediu perdão por usar a polícia baiana para grampear ilegalmente telefones dos adversários políticos e desafetos afetivos.
Não pediu perdão por usar o nome do filho morto em campanha eleitoral.
Não pediu perdão sequer por usar o santo nome de Deus em vão
Agradeceu a Deus pela fortuna acumulada, pela Rede Bahia e afiliadas, pelo Correio da Bahia, pelas emissoras de rádio, pela gráfica Santa Helena, pela OAS Construtora, tudo fruto de seu honesto trabalho como médico.
Agradeceu a Deus por estar vivo e poder abusar da imunidade parlamentar no Senado, injuriando, caluniando e difamando seus adversários, principalmente o presidente Lula.
Pediu a Deus para fazer com que os baianos votem em Alckmin. Pediu a Deus para fazer com que os baianos votem em Rodolfo Tourinho.
Acho que Deus não está atendendo o pedido.
Mas, como marqueteiro tem artes com o Diabo, pode até ser que os eleitores achem mesmo que ele trabalha pela “Bahia e pelo Brasil”.
ACM não pediu perdão por seus pecados.
Não pediu perdão por ter apoiado a ditadura militar.
Não pediu perdão por ter sujado suas mãos de sangue.
Não pediu perdão por ter subjugado durante décadas o Poder Judiciário da Bahia.
Não pediu perdão pela Pasta Rosa e os dólares desviados para o exterior, nem pela
Pasta Azul, nem pela NEC.
Não pediu perdão pelas negociatas que transferiram para ele e família a TV Globo.
Não pediu perdão pela violação do painel do Senado.
Não pediu perdão pela arrogância e truculência com que trata seus inimigos políticos.
Não pediu perdão pela arrogância e truculência com que trata seus amigos políticos.
Não pediu perdão pelos R$ 101 milhões desviados pela Bahiatursa.
Não pediu perdão pelos portos marítimos apropriados com dinheiro público na Baía de Aratu.
Não pediu perdão por usar a polícia baiana para grampear ilegalmente telefones dos adversários políticos e desafetos afetivos.
Não pediu perdão por usar o nome do filho morto em campanha eleitoral.
Não pediu perdão sequer por usar o santo nome de Deus em vão
Agradeceu a Deus pela fortuna acumulada, pela Rede Bahia e afiliadas, pelo Correio da Bahia, pelas emissoras de rádio, pela gráfica Santa Helena, pela OAS Construtora, tudo fruto de seu honesto trabalho como médico.
Agradeceu a Deus por estar vivo e poder abusar da imunidade parlamentar no Senado, injuriando, caluniando e difamando seus adversários, principalmente o presidente Lula.
Pediu a Deus para fazer com que os baianos votem em Alckmin. Pediu a Deus para fazer com que os baianos votem em Rodolfo Tourinho.
Acho que Deus não está atendendo o pedido.
Mas, como marqueteiro tem artes com o Diabo, pode até ser que os eleitores achem mesmo que ele trabalha pela “Bahia e pelo Brasil”.
4 de setembro de 2006
O estranho mundo de Veja
O semanário da editora do Senhor Civita, a revista Veja, parece que vai fechar sua jornada pré-reeleição de Lula mergulhada em um nirvana alucinógico, em órbita além lua, escolheu ficar "longe deste insensato mundo". Desde que sentiu que sua campanha raivosa e golpista contra o governo do PT não surtiu o efeito desejado (impedir que Lula continue no poder), voltou-se para si, entrou numa viagem intimista e, pelo menos nas suas capas, tem buscado esquecer a política, entorpecer-se com amenidades, elevar os temas suaves, não polêmicos, fazer as pazes com os salões de cabeleireiros e clínicas esteticistas.
Veja as capas desde 26/07/2006:
Salvo a última e pífia tentativa de envolver o ex-ministro da saúde, Humberto Costa, no esquema de superfaturamento de ambulância, na ediçaõ de 26/07/2006, a política nacional deixou de ser interessante à revista. De lá pra cá, foram tons de pele, açúcares, pastores evangélicos e botóx que, no entender dos seus editores, foram assuntos mais importantes que a alavancada de Lula para encerrar a fatura eleitoral no 1º turno e a consagradora aprovação do seu governo, demonstrada por todos os institutos de pesquisa.
A edição desta semana (06/09/2006) é mais uma pérola do momento de desolação vivido nos porões da revista: no último mês de campanha, contrasta absolutamente com as capas de todas as demais revistas semanais de notícias do país: Época, Istoé e CartaCapital destacam o presidente virtualmente reeleito, enquanto Veja faz uma "análise" das mudanças no mundo após o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos. A manchete "o fim da privacidade", ilustrada pela imagem de uma mulher nua, parece recorrer à tese mais barata da publicidade de que a exposição do corpo feminino vende qualquer produto: cervejas, sabonetes, carros e revistas sem credibilidade. Nada mais sabor de derrota que isso.
Veja as capas desde 26/07/2006:
Salvo a última e pífia tentativa de envolver o ex-ministro da saúde, Humberto Costa, no esquema de superfaturamento de ambulância, na ediçaõ de 26/07/2006, a política nacional deixou de ser interessante à revista. De lá pra cá, foram tons de pele, açúcares, pastores evangélicos e botóx que, no entender dos seus editores, foram assuntos mais importantes que a alavancada de Lula para encerrar a fatura eleitoral no 1º turno e a consagradora aprovação do seu governo, demonstrada por todos os institutos de pesquisa.
A edição desta semana (06/09/2006) é mais uma pérola do momento de desolação vivido nos porões da revista: no último mês de campanha, contrasta absolutamente com as capas de todas as demais revistas semanais de notícias do país: Época, Istoé e CartaCapital destacam o presidente virtualmente reeleito, enquanto Veja faz uma "análise" das mudanças no mundo após o atentado de 11 de setembro nos Estados Unidos. A manchete "o fim da privacidade", ilustrada pela imagem de uma mulher nua, parece recorrer à tese mais barata da publicidade de que a exposição do corpo feminino vende qualquer produto: cervejas, sabonetes, carros e revistas sem credibilidade. Nada mais sabor de derrota que isso.
O povo sabe votar
Fonte: blogdodirceu.blig.ig.com.br - 03/09/2006 13:20
A Veja retoma essa semana a velha lenga lenga dos conservadores e das viúvas tucanas sobre o voto não politizado, não racional do povo. Os brasileiros querem votar no Lula e no PT – isso eles escondem, o PT é nas pesquisas o partido da preferência nacional. E Veja avalia isso assim, na matéria "Dividir Para Governar" (para assinantes), na página 62: "O voto dos pobres se distancia do voto da classe média em intensidade inédita. Esse divórcio facilita a exploração e a manipulação eleitoral".
Há muito tempo não se via tanto preconceito no Brasil. Mesmo correndo o risco de parcialidade total e de demonstrar ignorância, Veja e várias publicações e cientistas políticos insistem que o voto do cidadão e da cidadã pobre deste imenso Brasil é emotivo e despolitizado.
Nada mais mentiroso. É um voto racional e se apóia na melhora da economia e de sua vida e de sua família e na segurança da estabilidade e de um governo que prioriza não só quem precisa mas o Brasil, o país e seu povo. Destilam preconceito todos os dias contra os pobres, a maioria do povo brasileiro.
Mais uma herança maldita que as elites nos legaram.
A Veja retoma essa semana a velha lenga lenga dos conservadores e das viúvas tucanas sobre o voto não politizado, não racional do povo. Os brasileiros querem votar no Lula e no PT – isso eles escondem, o PT é nas pesquisas o partido da preferência nacional. E Veja avalia isso assim, na matéria "Dividir Para Governar" (para assinantes), na página 62: "O voto dos pobres se distancia do voto da classe média em intensidade inédita. Esse divórcio facilita a exploração e a manipulação eleitoral".
Há muito tempo não se via tanto preconceito no Brasil. Mesmo correndo o risco de parcialidade total e de demonstrar ignorância, Veja e várias publicações e cientistas políticos insistem que o voto do cidadão e da cidadã pobre deste imenso Brasil é emotivo e despolitizado.
Nada mais mentiroso. É um voto racional e se apóia na melhora da economia e de sua vida e de sua família e na segurança da estabilidade e de um governo que prioriza não só quem precisa mas o Brasil, o país e seu povo. Destilam preconceito todos os dias contra os pobres, a maioria do povo brasileiro.
Mais uma herança maldita que as elites nos legaram.
Em entrevista, as pérolas do pefelista Bornhausen
Fonte: blogdodirceu.blig.ig.com.br - 04/09/2006 10:36
Imperdível a entrevista de Jorge Bornhausen, presidente do PFL, publicada hoje pela Folha. Uma peça, como a entrevista de Tasso Jereissati, que revela a estatura política e moral dos personagens. Bornhausen, por exemplo, reconhece o golpismo, ao afirmar diretamente “eu nunca me preocupei com respaldo na sociedade”, mas nega na entrevista.
A entrevista tem pérolas como a explicação cínica para o envolvimento de membros do PFL com os sanguessugas: foi o governo que “cooptou” os parlamentares do seu partido. Além disso, é falsa, porque é público que o governo teve apoio de parlamentares do PFL (liderados por Sarney, ACM e Siqueira Campos) e que os sanguessugas nada têm a ver com apoio no Congresso ao governo. É corrupção comprovada e descoberta pelo governo Lula.
Mais grave é a tentativa de comprovar que “Lula sabia”. Como ele foi chefe da Casa Civil de Collor, acha que pode afirmar que “Lula sabia” ao mesmo tempo em que revela que o PFL e ele defenderam Collor até o final sabendo de sua participação – ou não é isso que se deduz de sua afirmação absurda para justificar as acusações infundadas contra Lula?
A entrevista é uma peça rara. Nela, Bornhausen revela que o PFL terá candidato em 2010, ou seja, que a aliança com o PSDB não sobreviverá à derrota de Geraldo Alckmin. Termina à altura do personagem, que nega ter sido foi racista ao se referir à militância do PT, mas acusa do PT de ligação com o PCC, apoiando-se em uma das maiores manipulações do aparelho de Estado já vista no Brasil: o uso que é feito em São Paulo dos inquéritos policiais, com a cumplicidade e o silêncio de grande parte da mídia.
Imperdível a entrevista de Jorge Bornhausen, presidente do PFL, publicada hoje pela Folha. Uma peça, como a entrevista de Tasso Jereissati, que revela a estatura política e moral dos personagens. Bornhausen, por exemplo, reconhece o golpismo, ao afirmar diretamente “eu nunca me preocupei com respaldo na sociedade”, mas nega na entrevista.
A entrevista tem pérolas como a explicação cínica para o envolvimento de membros do PFL com os sanguessugas: foi o governo que “cooptou” os parlamentares do seu partido. Além disso, é falsa, porque é público que o governo teve apoio de parlamentares do PFL (liderados por Sarney, ACM e Siqueira Campos) e que os sanguessugas nada têm a ver com apoio no Congresso ao governo. É corrupção comprovada e descoberta pelo governo Lula.
Mais grave é a tentativa de comprovar que “Lula sabia”. Como ele foi chefe da Casa Civil de Collor, acha que pode afirmar que “Lula sabia” ao mesmo tempo em que revela que o PFL e ele defenderam Collor até o final sabendo de sua participação – ou não é isso que se deduz de sua afirmação absurda para justificar as acusações infundadas contra Lula?
A entrevista é uma peça rara. Nela, Bornhausen revela que o PFL terá candidato em 2010, ou seja, que a aliança com o PSDB não sobreviverá à derrota de Geraldo Alckmin. Termina à altura do personagem, que nega ter sido foi racista ao se referir à militância do PT, mas acusa do PT de ligação com o PCC, apoiando-se em uma das maiores manipulações do aparelho de Estado já vista no Brasil: o uso que é feito em São Paulo dos inquéritos policiais, com a cumplicidade e o silêncio de grande parte da mídia.
Assassinos do economista Vitor Athayde Filho serão interrogados dia 6, quarta-feira
O juiz Vilebaldo Freitas vai interrogar na próxima quarta-feira, dia 6, os cinco acusados do seqüestro seguido de morte do economista e consultor da FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação), Vítor Athayde Couto Filho, economista de 35 anos, que foi encontrado morto em um matagal, na estrada Cia-Aeroporto, no dia 19 de julho. O ex-pedreiro de Vítor Athayde Filho, José Raimundo Paixão, 34 anos, o 'Abelha', e outros quatro acusados, Valdir Paixão de Jesus, 26 anos, Juraci de Oliveira Santos, 24 anos, Clebson dos Reis Oliveira, 18 anos, e Carlos Alberto dos Santos, de 24 anos, podem ser enquadrados por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e roubo qualificado. O interrogatório vai acontecer às 8h30, no Fórum Ruy Barbosa.
Depois de confessar a participação dos sobrinhos Valdir Paixão de Jesus, 25, e Juraci Oliveira dos Santos, 23, no seqüestro e morte do economista Vitor de Athayde Couto Filho, nove dias após o desaparecimento, o pedreiro José Raimundo Cerqueira da Paixão, o 'Abelha', 34, apresentou uma nova versão para os fatos. Durante a reconstituição do caso, ele assumiu as autorias material e intelectual do crime, inocentando os dois rapazes.
A nova versão foi apresentada por Abelha, na segunda fase da reconstituição, na Estrada Velha do Aeroporto, onde o corpo da vítima foi encontrado. De acordo com o relato, considerado inconsistente sob alguns aspectos, o pedreiro teria cometido sozinho o assassinato, enquanto seus sobrinhos ficaram próximos à pista, a certa distância da vítima.
O pedreiro Abelha é frio. Invocando seu direito constitucional de preservação de imagem, 'Abelha' exigiu não ser filmado nem fotografado. Chegou a ameaçar desistir de participar da reconstituição se não fosse obedecido. O acordo foi feito e ele apresentou sua nova versão do crime. A encenação foi acompanhada por familiares da vítima.
Depois de confessar a participação dos sobrinhos Valdir Paixão de Jesus, 25, e Juraci Oliveira dos Santos, 23, no seqüestro e morte do economista Vitor de Athayde Couto Filho, nove dias após o desaparecimento, o pedreiro José Raimundo Cerqueira da Paixão, o 'Abelha', 34, apresentou uma nova versão para os fatos. Durante a reconstituição do caso, ele assumiu as autorias material e intelectual do crime, inocentando os dois rapazes.
A nova versão foi apresentada por Abelha, na segunda fase da reconstituição, na Estrada Velha do Aeroporto, onde o corpo da vítima foi encontrado. De acordo com o relato, considerado inconsistente sob alguns aspectos, o pedreiro teria cometido sozinho o assassinato, enquanto seus sobrinhos ficaram próximos à pista, a certa distância da vítima.
O pedreiro Abelha é frio. Invocando seu direito constitucional de preservação de imagem, 'Abelha' exigiu não ser filmado nem fotografado. Chegou a ameaçar desistir de participar da reconstituição se não fosse obedecido. O acordo foi feito e ele apresentou sua nova versão do crime. A encenação foi acompanhada por familiares da vítima.
Zé Dirceu vai voltar e eu vou votar nele
O jornalista Kennedy Alencar, da Folha de S. Paulo, noticia que o ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu, pretende aguardar a decisão do STF sobre a denúncia contra ele a respeito do mensalão. O Supremo Tribunal Federal (STF), se considerar exclusivamente o processo e rejeitar injunções políticas, não acatará a denúncia, pois José Dirceu se declara inocente e não existem provas. Teve o mandato cassado sem provas. Processo puramente político. José Dirceu vai trabalhar para reunir 3 milhões de assinaturas em apoio a um projeto de iniciativa popular que lhe restitua os direitos políticos cassados em 1º de dezembro de 2005.
Como cidadão brasileiro, livre, absolutamente livre, declaro que vou assinar o projeto de iniciativa popular para restituir os direitos políticos de José Dirceu, cassados por 300 picaretas, sob pressão dos proprietários de jornais e TV.
O Brasil não pode perder a contribuição que José Dirceu ainda tem a dar à política. Fora da política partidária, por ter tido seu mandato de deputado federal cassado no ano passado, Dirceu dedica seu tempo hoje à advocacia, consultoria a empresários interessados em investimentos de infra-estrutura no Brasil e na América Latina.
Segundo Kennedy Alencar – não sei se é verdade porque jornalista da Folha inventa muito – José Dirceu revelou que teria atuado em ações da luta armada no Brasil. Até então, sabia-se apenas que havia feito treinamento de guerrilha em Cuba. Ele nunca admitiu ter atuado no Brasil. Se atuou, aumenta minha admiração por ele. Foram anos duros e muitos arriscaram a própria vida na luta armada contra a ditadura. Com o assassino Garrastazu Médici quase que não havia outra alternativa.
Em 1968, então presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Dirceu foi preso no famoso Congresso de Ibiúna. Em setembro do ano seguinte, Dirceu e outros 14 presos foram libertados em troca de Charles Elbrick, embaixador americano seqüestrado pela luta armada. Foi para Cuba e fez treinamento de guerrilha com o chamado Grupo Primavera.
O jornalista em seu artigo andou também fazendo fofoca sobre reuniões secretas de José Dirceu e o presidente Lula. Não é impossível não. José Dirceu foi cassado pelos picaretas do Congresso Nacional, mas não perdeu seu direito de falar e se reunir com quem quer que seja. Esse tipo de intriga é mais para chatear Lula.
Como cidadão brasileiro, livre, absolutamente livre, declaro que vou assinar o projeto de iniciativa popular para restituir os direitos políticos de José Dirceu, cassados por 300 picaretas, sob pressão dos proprietários de jornais e TV.
O Brasil não pode perder a contribuição que José Dirceu ainda tem a dar à política. Fora da política partidária, por ter tido seu mandato de deputado federal cassado no ano passado, Dirceu dedica seu tempo hoje à advocacia, consultoria a empresários interessados em investimentos de infra-estrutura no Brasil e na América Latina.
Segundo Kennedy Alencar – não sei se é verdade porque jornalista da Folha inventa muito – José Dirceu revelou que teria atuado em ações da luta armada no Brasil. Até então, sabia-se apenas que havia feito treinamento de guerrilha em Cuba. Ele nunca admitiu ter atuado no Brasil. Se atuou, aumenta minha admiração por ele. Foram anos duros e muitos arriscaram a própria vida na luta armada contra a ditadura. Com o assassino Garrastazu Médici quase que não havia outra alternativa.
Em 1968, então presidente da UNE (União Nacional dos Estudantes), Dirceu foi preso no famoso Congresso de Ibiúna. Em setembro do ano seguinte, Dirceu e outros 14 presos foram libertados em troca de Charles Elbrick, embaixador americano seqüestrado pela luta armada. Foi para Cuba e fez treinamento de guerrilha com o chamado Grupo Primavera.
O jornalista em seu artigo andou também fazendo fofoca sobre reuniões secretas de José Dirceu e o presidente Lula. Não é impossível não. José Dirceu foi cassado pelos picaretas do Congresso Nacional, mas não perdeu seu direito de falar e se reunir com quem quer que seja. Esse tipo de intriga é mais para chatear Lula.
Lula investe na Bahia, Paulo Souto não agradece e ainda fala mal
Não entendo porque o Governo Lula investe tanto na Bahia. Segundo a propaganda oficial de Paulo Souto vai tudo bem na Bahia.
Acho uma perda de tempo fazer grandes investimentos em obras de infra-estrutura com projetos de inclusão social, como o Governo Federal vem fazendo.
Na área social, por exemplo, o governo Lula alcançou a marca de 1 milhão de famílias atendidas pelo Bolsa Família, o que faz da Bahia o Estado com o maior número de beneficiados pelo programa no País.
E Paulo Souto sequer agradece.
O atual número de atendidos representa 73,4% do total de famílias identificadas como abaixo da linha de pobreza – ou seja, de cada quatro famílias nessa condição, já há três delas recebendo uma renda mínima.
Combinadas com essa enorme rede de proteção social, ações na área de habitação beneficiaram, nos últimos três anos, 80 mil famílias. Lula tem essa mania de governar para todos. Eu não, eu penso como ACM e Paulo Souto, pau nos adversários, os fins justificam os meios.
E na área da educação?
Na educação, o ProUni garantiu bolsas de estudos em universidades particulares para 14 mil jovens de baixa renda. Ao mesmo tempo em que interiorizou a Universidade Federal da Bahia (UFBA), com três novos campis em Vitória da Conquista, Barreiras e Juazeiro, o governo Lula criou também a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Foram liberados R$ 10 milhões para a implantação da nova universidade.
Com sede em Cruz das Almas, a UFRB conta com campi nos municípios de Amargosa, Cachoeira e Santo Antônio de Jesus. A implantação dessas unidades está sendo efetivada de forma modular – em um período de cinco anos serão oferecidos 30 cursos de graduação, atendendo cerca de 8 mil alunos/ano.
Paulo Souto sentiu a pedrada e até afirmou irresponsavelmente que também vai criar novos campi da UNEB em Cajazeiras e Subúrbio Ferroviário. Ele não está garantindo sequer o funcionamento da UNEB atual.
Dia 12 de setembro professores e alunos da UNEB vão até fazer greve de protesto.
Já o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) beneficiou 138 mil agricultores baianos. E, na saúde pública, foram repassados R$ 4,5 bilhões, que permitiram a implantação de programas como o Brasil Sorridente e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), que já conta com 60 ambulâncias no Estado.
Um dos novos projetos na área da saúde implantados no Brasil durante o governo Lula é o Farmácia Popular. Os baianos contam hoje com 19 Farmácias Populares vinculadas ao Ministério da Saúde (outras 10 estão em implantação) e 47 conveniadas.
Acho que Lula está perdendo tempo e dinheiro investindo tanto na Bahia. Para que investir tanto num Estado tão rico, tão produtivo, tão empregador de mão-de-obra? Acho que Lula não está vendo o programa de TV do PFL da Bahia. Aqui não falta nada, está tudo muito bem.
Acho uma perda de tempo fazer grandes investimentos em obras de infra-estrutura com projetos de inclusão social, como o Governo Federal vem fazendo.
Na área social, por exemplo, o governo Lula alcançou a marca de 1 milhão de famílias atendidas pelo Bolsa Família, o que faz da Bahia o Estado com o maior número de beneficiados pelo programa no País.
E Paulo Souto sequer agradece.
O atual número de atendidos representa 73,4% do total de famílias identificadas como abaixo da linha de pobreza – ou seja, de cada quatro famílias nessa condição, já há três delas recebendo uma renda mínima.
Combinadas com essa enorme rede de proteção social, ações na área de habitação beneficiaram, nos últimos três anos, 80 mil famílias. Lula tem essa mania de governar para todos. Eu não, eu penso como ACM e Paulo Souto, pau nos adversários, os fins justificam os meios.
E na área da educação?
Na educação, o ProUni garantiu bolsas de estudos em universidades particulares para 14 mil jovens de baixa renda. Ao mesmo tempo em que interiorizou a Universidade Federal da Bahia (UFBA), com três novos campis em Vitória da Conquista, Barreiras e Juazeiro, o governo Lula criou também a Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB). Foram liberados R$ 10 milhões para a implantação da nova universidade.
Com sede em Cruz das Almas, a UFRB conta com campi nos municípios de Amargosa, Cachoeira e Santo Antônio de Jesus. A implantação dessas unidades está sendo efetivada de forma modular – em um período de cinco anos serão oferecidos 30 cursos de graduação, atendendo cerca de 8 mil alunos/ano.
Paulo Souto sentiu a pedrada e até afirmou irresponsavelmente que também vai criar novos campi da UNEB em Cajazeiras e Subúrbio Ferroviário. Ele não está garantindo sequer o funcionamento da UNEB atual.
Dia 12 de setembro professores e alunos da UNEB vão até fazer greve de protesto.
Já o Programa Nacional de Agricultura Familiar (Pronaf) beneficiou 138 mil agricultores baianos. E, na saúde pública, foram repassados R$ 4,5 bilhões, que permitiram a implantação de programas como o Brasil Sorridente e o Serviço de Atendimento Médico de Urgência (SAMU), que já conta com 60 ambulâncias no Estado.
Um dos novos projetos na área da saúde implantados no Brasil durante o governo Lula é o Farmácia Popular. Os baianos contam hoje com 19 Farmácias Populares vinculadas ao Ministério da Saúde (outras 10 estão em implantação) e 47 conveniadas.
Acho que Lula está perdendo tempo e dinheiro investindo tanto na Bahia. Para que investir tanto num Estado tão rico, tão produtivo, tão empregador de mão-de-obra? Acho que Lula não está vendo o programa de TV do PFL da Bahia. Aqui não falta nada, está tudo muito bem.
Alerta ao TRE: showmícios em Entre Rios
Foram ao menos duas pessoas a nos alertar para uma prática de crime eleitoral no município de Entre Rios: o deputado estadual e candidato a reeleição, Luiz Argolo, do grupo de ACM, está levando artistas para animar seus comícios, numa clara agressão às leis eleitorais. É preciso que o Tribunal Regional Eleitoral acione sua fiscalização para apurar isso.
Luiz Argolo é filho de Manoelito Argolo, ex-prefeito de Entre Rios, que perdeu a última eleição na cidade para o candidato do PT, professor Ranulfo, numa derrota espetacular e humilhante. Celebrizou-se por promover festas faraônicas bancadas com dinheiro público, enquanto a população amargava um dos maiores índices de miséria do estado da Bahia. Dados do IBGE apontavam mais de 3 mil famílias abaixo da linha de pobreza nos anos em que ele foi prefeito.
Para eleger o filho deputado estadual em 2002, Manoelito "não poupou despesas". Basta dizer que a caravana de Luiz Argolo contava com a banda de forró Calcinha Preta, no auge da fama. A mega campanha do menino estruturou-se em mais de setenta municípios, onde foi buscar os votos para compensar a pífia votação que obteve em sua cidade natal. Teve pouco mais de 5 mil votos em Entre Rios, mas se elegeu com mais de 71 mil votos.
Os gastos astronômicos para se eleger, no entanto, não apareceram na prestação de contas. Segundo declarou, fez tudo isso com míseros R$ 180 mil! Provavelmente, Calcinha Preta abriu mão do cachê! E os setenta comitês eleitorais funcionaram à base de militância voluntária. Já as centenas de milhares de camisas distribuídas, a fatura de panfletos, cartazes e outdoors, os milhares de muros pintados espalhados pelos quatro cantos da Bahia foram meras ilusões dos olhos maldosos dos adversários.
O aperto na Lei Eleitoral, com o objetivo de reduzir os custos de campanha e coibir o "caixa dois" deve ser seguido por todos, e o TRE tem que estar alerta. Se está havendo abuso, que fiscalize e puna os infratores. Chega de candidatos usarem o poder econômico para construir um apoio fictício da população, ao mesmo tempo em que realizam mandatos inexpressivos, sem projetos ou discursos que justifiquem sua eleição.
Luiz Argolo é filho de Manoelito Argolo, ex-prefeito de Entre Rios, que perdeu a última eleição na cidade para o candidato do PT, professor Ranulfo, numa derrota espetacular e humilhante. Celebrizou-se por promover festas faraônicas bancadas com dinheiro público, enquanto a população amargava um dos maiores índices de miséria do estado da Bahia. Dados do IBGE apontavam mais de 3 mil famílias abaixo da linha de pobreza nos anos em que ele foi prefeito.
Para eleger o filho deputado estadual em 2002, Manoelito "não poupou despesas". Basta dizer que a caravana de Luiz Argolo contava com a banda de forró Calcinha Preta, no auge da fama. A mega campanha do menino estruturou-se em mais de setenta municípios, onde foi buscar os votos para compensar a pífia votação que obteve em sua cidade natal. Teve pouco mais de 5 mil votos em Entre Rios, mas se elegeu com mais de 71 mil votos.
Os gastos astronômicos para se eleger, no entanto, não apareceram na prestação de contas. Segundo declarou, fez tudo isso com míseros R$ 180 mil! Provavelmente, Calcinha Preta abriu mão do cachê! E os setenta comitês eleitorais funcionaram à base de militância voluntária. Já as centenas de milhares de camisas distribuídas, a fatura de panfletos, cartazes e outdoors, os milhares de muros pintados espalhados pelos quatro cantos da Bahia foram meras ilusões dos olhos maldosos dos adversários.
O aperto na Lei Eleitoral, com o objetivo de reduzir os custos de campanha e coibir o "caixa dois" deve ser seguido por todos, e o TRE tem que estar alerta. Se está havendo abuso, que fiscalize e puna os infratores. Chega de candidatos usarem o poder econômico para construir um apoio fictício da população, ao mesmo tempo em que realizam mandatos inexpressivos, sem projetos ou discursos que justifiquem sua eleição.
3 de setembro de 2006
CGU descobre desvio de verbas federais no governo Paulo Souto
O jornal A Tarde (03/09/06) com a manchete BAHIA NA MALHA FINA DA CGU divulgou que a Controladoria Geral da União (CGU), comandada por Jorge Hage, apontou irregularidades na aplicação de recursos públicos no governo da Bahia. Os ilícitos envolvem: aplicação de dinheiro em fins distintos dos previstos em contrato, dispensa indevida de licitação, superfaturamento, não-comprovação de despesas, ausência de contrapartida a investimentos federais e até abandono de equipamentos adquiridos com os recursos repassados. O Blog Bahia de Fato antecipou esta notícia em 23 de agosto. Nosso texto está no final da matéria de A Tarde.
O relatório da CGU já foi encaminhado para os ministérios responsáveis pela liberação dos recursos, para a Polícia Federal, Ministério Público da União e do Estado, Tribunal de Contas da União e Tribunal de Contas do Estado. Na análise de dados da Bahia, os auditores da CGU consideraram que a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária e a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) subutilizaram por, pelo menos dois anos, o laboratório de transferência e de produção “in vitro” de embriões.
LARANJA TERCEIRIZADA
A aquisição de equipamentos e a capacitação de pessoal foram financiados pela União, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, com um repasse de R$ 235 mil, com contrapartida de R$ 259 mil do governo do Estado. A verba federal desapareceu através da Associação Bahiana de Expositores (Abexpo), instituição sem experiência anterior na atividade e supostamente terceirizada durante dois anos (2003 a 2005), sem qualquer atividade.No relatório da CGU, os auditores avaliam que a secretaria agiu indevidamente ao “estabelecer e manter por dois anos parceria com organização sem capacidade técnica adequada para a empreitada” e por “não demonstrar, formalmente, consoante documentação apresentada à equipe de fiscalização, qualquer análise ou crítica sobre a execução da parceria com a Abexpo”. A defesa da Secretaria de Agricultura não foi acatada pela CGU.CONTRATAÇÃO ILEGAL
O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (IPAC), autarquia vinculada à Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia, também cometeu irregularidade ao contratar a Fundação Hansen Bahia para executar o programa de obras de revitalização do Patrimônio Cultural da cidade de Lençóis. O convênio assinado com o Ministério da Cultura previa o IPAC e não uma entidade privada a ser responsável pela condução do programa e pela gestão dos recursos públicos.“Verifica-se a utilização de um artifício, por meio do qual o Estado, sem apresentar qualquer justificativa, terceiriza de forma irregular a gestão do programa para uma entidade privada, tendo em vista que não há, no convênio firmado pelas partes, qualquer previsão neste sentido”, censuram os auditores do órgão fiscalizador. Pelos serviços prestados ao Estado, a Fundação Hansen receberia R$ 3,2 milhões por convênios celebrados com o IPAC, vigentes para o período de 2001 a 2006.
SECRETARIA DO TRABALHO DEIXOU DE
PRESTAR CONTAS DE R$ 751 MIL
E NÃO DEVOLVEU RECURSOS
No relatório da CGU, também estão a Secretaria do Trabalho, Ação Social e Esporte (Setras) e o Movimento de Organização Comunitária (MOC). Informações sobre um convênio firmado pelo Estado com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, envolvendo recursos da União, da ordem de R$ 2,5 milhões, com R$ 277 mil de contrapartida por parte da Bahia, mostram que não houve prestação de contas de R$ 751 mil.Os recursos tinham como finalidade a geração de ocupações produtivas para famílias de crianças atendidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). A Secretaria do trabalho acabou responsabilizando o MOC.
GOVERNO TENTA CULPAR O MOC
Por meio da assessoria de comunicação, a Setras explica que houve atrasos operacionais na execução do convênio e por isso os recursos não foram aplicados na sua totalidade, o que ocasionou a diferença de cerca de R$ 751 mil na prestação de contas apresentadas pelo MOC.“Posteriormente, após os trabalhos de campo dessa CGU, e em função de diligências feitas por esta secretaria, a prestação de contas foi complementada com documentos, culminando na apresentação de um novo processo de prestação de contas, no valor total do convênio, em março de 2006, que está sendo analisado pelas áreas técnicas desta secretaria quanto aos aspectos técnicos e financeiros, e encontra-se à disposição da CGU”. Assina anota o secretário executivo, Naidison de Quintella Baptista.
MOC REAGE À ACUSAÇÃO
O MOC divulgou nota à imprensa na qual afirma que “todos os documentos relativos a esta prestação de contas, na sua totalidade e no prazo hábil, estão em nossos escritórios, à disposição dos órgãos competentes, encarregados do controle da boa aplicação dos recursos públicos. Ditos documentos estão também em poder da Setras”.
Reforça, ainda, que “o nome do MOC não consta em nenhuma listagem de inadimplência, nem da Setras e nem do Estado da Bahia, e nem de nenhuma esfera federal, por ter deixado de cumprir qualquer de suas obrigações legais”. E complementa: “A prática do MOC tem sido sempre aquela de zelar pelo bom cumprimento de suas obrigações em todos os sentidos, ciente de que a sociedade justa a serviço da qual ele se coloca, somente se constrói com responsabilidade, seriedade e transparência”.
SETRAS NÃO DEVOLVEU SALDO
Além do montante citado, a Setras permanecia sem devolver o saldo de aplicação financeira no montante de R$ 561 mil, de acordo com exame nos extratos vinculados à conta corrente específica do contrato.Na prestação de contas do Programa de Revisão do Benefício de Prestação Continuada, voltado para o público idoso, foi identificado que a Setras também já deveria ter devolvido R$ 612 mil, correspondentes a recursos que não foram utilizados nos convênios.
MAS DIZ QUE VAI DEVOLVER
Em resposta à cobrança, a Setras se comprometeu a devolver o valor apontado, alegando que ainda estava em procedimentos internos. Até a conclusão do relatório, porém, não havia sido apresentada comprovação da devolução dos recursos. Os atrasos na prestação de contas da Setras com o ministério têm sido uma constante, segundo a CGU.Em um outro convênio firmado para aquisição de material de consumo e pagamento de serviço de terceiros para implantação e implementação de Portais do Alvorada (Núcleos de Apoio à Família) e uma Unidade Operacional do Centro Nacional de Formação Comunitária, a Setras mantém pendente a devolução de R$ 1,5 milhão. O convênio envolveu recursos da ordem de R$ 9,3 milhões, dos quais R$ 8,4 milhões foram verbas originárias da União e R$ 934 mil de contrapartida do Estado.O saldo deveria ter sido devolvido até outubro do ano passado. A secretaria justificou ter solicitado a prorrogação do prazo por mais nove meses.
CONCLUSÃO: É UMA VERDADEIRA ESCULHAMBAÇÃO A PRESTAÇÃO DE CONTAS DAS VERBAS FEDERAIS NO GOVERNO PAULO SOUTO
LEIA NOTÍCIA ANTECIPADA PELO BLOG BAHIA DE FATO:
CGU flagra desvio de verbas federais no governo Paulo Souto
A Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu irregularidades na aplicação de recursos federais pelo governo Paulo Souto. A fiscalização foi feita na Bahia e em mais 11 Estados. Foi examinada a aplicação de R$ 3,6 bilhões em recursos públicos repassados pelo governo federal. O dinheiro era destinado a investimentos nos setores de agricultura e desenvolvimento agrário, assistência social, saúde e transporte. Entre as irregularidades constatadas pelos fiscais da CGU na Bahia estão: não-aplicação de recursos nos fins a que estavam destinados, dispensa indevida de licitação, superfaturamento, não-comprovação de despesas, ausência de contrapartida a investimentos federais, abandono de equipamentos adquiridos com recursos repassados e até desvio de verbas carimbadas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).
Na Bahia, a equipe de auditores da CGU considerou indevida a dispensa de licitação por parte da Secretaria Estadual de Agricultura para a contratação de uma empresa, em 2002, para executar serviços topográficos em 34 projetos de assentamento do Incra em vários municípios. Os recursos da ordem de R$ 965 mil foram repassados pelo Governo Federal por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável na Reforma Agrária. De acordo com a CGU, a Secretaria deveria ter realizado licitação, visto que havia outras 16 empresas aptas a executar o serviço.
Chamou atenção dos auditores o custo de fiscalização e acompanhamento da execução do convênio (diárias e combustível) ter representado 48% do custo do serviço objeto do convênio (medição e demarcação dos projetos de assentamento). Além disso, foram identificadas diversas despesas que não tinham nenhuma vinculação com a finalidade do programa. Foram gastos, por exemplo, quase cinco mil reais na compra de passagens aéreas para lugares que não faziam parte da região atendida pelo convênio, que previa ações de desenvolvimento da cafeicultura. A própria Secretaria Estadual da Agricultura da Bahia reconheceu a irregularidade e prometeu providenciar o ressarcimento do valor gasto indevidamente.
Ainda na Bahia, foi constatado que não houve comprovação de despesas no valor de R$ 751 mil, repassados, em 2002, pela Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Esporte, por meio de convênio, a uma organização não-governamental. Os recursos para execução do convênio saíram do Ministério do Desenvolvimento Social e faziam parte do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).
Fonte: Site da Controladoria-Geral da União- 23 de agosto de 2006
O relatório da CGU já foi encaminhado para os ministérios responsáveis pela liberação dos recursos, para a Polícia Federal, Ministério Público da União e do Estado, Tribunal de Contas da União e Tribunal de Contas do Estado. Na análise de dados da Bahia, os auditores da CGU consideraram que a Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária e a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA) subutilizaram por, pelo menos dois anos, o laboratório de transferência e de produção “in vitro” de embriões.
LARANJA TERCEIRIZADA
A aquisição de equipamentos e a capacitação de pessoal foram financiados pela União, por meio do Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, com um repasse de R$ 235 mil, com contrapartida de R$ 259 mil do governo do Estado. A verba federal desapareceu através da Associação Bahiana de Expositores (Abexpo), instituição sem experiência anterior na atividade e supostamente terceirizada durante dois anos (2003 a 2005), sem qualquer atividade.No relatório da CGU, os auditores avaliam que a secretaria agiu indevidamente ao “estabelecer e manter por dois anos parceria com organização sem capacidade técnica adequada para a empreitada” e por “não demonstrar, formalmente, consoante documentação apresentada à equipe de fiscalização, qualquer análise ou crítica sobre a execução da parceria com a Abexpo”. A defesa da Secretaria de Agricultura não foi acatada pela CGU.CONTRATAÇÃO ILEGAL
O Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural do Estado da Bahia (IPAC), autarquia vinculada à Secretaria da Cultura e Turismo do Estado da Bahia, também cometeu irregularidade ao contratar a Fundação Hansen Bahia para executar o programa de obras de revitalização do Patrimônio Cultural da cidade de Lençóis. O convênio assinado com o Ministério da Cultura previa o IPAC e não uma entidade privada a ser responsável pela condução do programa e pela gestão dos recursos públicos.“Verifica-se a utilização de um artifício, por meio do qual o Estado, sem apresentar qualquer justificativa, terceiriza de forma irregular a gestão do programa para uma entidade privada, tendo em vista que não há, no convênio firmado pelas partes, qualquer previsão neste sentido”, censuram os auditores do órgão fiscalizador. Pelos serviços prestados ao Estado, a Fundação Hansen receberia R$ 3,2 milhões por convênios celebrados com o IPAC, vigentes para o período de 2001 a 2006.
SECRETARIA DO TRABALHO DEIXOU DE
PRESTAR CONTAS DE R$ 751 MIL
E NÃO DEVOLVEU RECURSOS
No relatório da CGU, também estão a Secretaria do Trabalho, Ação Social e Esporte (Setras) e o Movimento de Organização Comunitária (MOC). Informações sobre um convênio firmado pelo Estado com o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, envolvendo recursos da União, da ordem de R$ 2,5 milhões, com R$ 277 mil de contrapartida por parte da Bahia, mostram que não houve prestação de contas de R$ 751 mil.Os recursos tinham como finalidade a geração de ocupações produtivas para famílias de crianças atendidas pelo Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (Peti). A Secretaria do trabalho acabou responsabilizando o MOC.
GOVERNO TENTA CULPAR O MOC
Por meio da assessoria de comunicação, a Setras explica que houve atrasos operacionais na execução do convênio e por isso os recursos não foram aplicados na sua totalidade, o que ocasionou a diferença de cerca de R$ 751 mil na prestação de contas apresentadas pelo MOC.“Posteriormente, após os trabalhos de campo dessa CGU, e em função de diligências feitas por esta secretaria, a prestação de contas foi complementada com documentos, culminando na apresentação de um novo processo de prestação de contas, no valor total do convênio, em março de 2006, que está sendo analisado pelas áreas técnicas desta secretaria quanto aos aspectos técnicos e financeiros, e encontra-se à disposição da CGU”. Assina anota o secretário executivo, Naidison de Quintella Baptista.
MOC REAGE À ACUSAÇÃO
O MOC divulgou nota à imprensa na qual afirma que “todos os documentos relativos a esta prestação de contas, na sua totalidade e no prazo hábil, estão em nossos escritórios, à disposição dos órgãos competentes, encarregados do controle da boa aplicação dos recursos públicos. Ditos documentos estão também em poder da Setras”.
Reforça, ainda, que “o nome do MOC não consta em nenhuma listagem de inadimplência, nem da Setras e nem do Estado da Bahia, e nem de nenhuma esfera federal, por ter deixado de cumprir qualquer de suas obrigações legais”. E complementa: “A prática do MOC tem sido sempre aquela de zelar pelo bom cumprimento de suas obrigações em todos os sentidos, ciente de que a sociedade justa a serviço da qual ele se coloca, somente se constrói com responsabilidade, seriedade e transparência”.
SETRAS NÃO DEVOLVEU SALDO
Além do montante citado, a Setras permanecia sem devolver o saldo de aplicação financeira no montante de R$ 561 mil, de acordo com exame nos extratos vinculados à conta corrente específica do contrato.Na prestação de contas do Programa de Revisão do Benefício de Prestação Continuada, voltado para o público idoso, foi identificado que a Setras também já deveria ter devolvido R$ 612 mil, correspondentes a recursos que não foram utilizados nos convênios.
MAS DIZ QUE VAI DEVOLVER
Em resposta à cobrança, a Setras se comprometeu a devolver o valor apontado, alegando que ainda estava em procedimentos internos. Até a conclusão do relatório, porém, não havia sido apresentada comprovação da devolução dos recursos. Os atrasos na prestação de contas da Setras com o ministério têm sido uma constante, segundo a CGU.Em um outro convênio firmado para aquisição de material de consumo e pagamento de serviço de terceiros para implantação e implementação de Portais do Alvorada (Núcleos de Apoio à Família) e uma Unidade Operacional do Centro Nacional de Formação Comunitária, a Setras mantém pendente a devolução de R$ 1,5 milhão. O convênio envolveu recursos da ordem de R$ 9,3 milhões, dos quais R$ 8,4 milhões foram verbas originárias da União e R$ 934 mil de contrapartida do Estado.O saldo deveria ter sido devolvido até outubro do ano passado. A secretaria justificou ter solicitado a prorrogação do prazo por mais nove meses.
CONCLUSÃO: É UMA VERDADEIRA ESCULHAMBAÇÃO A PRESTAÇÃO DE CONTAS DAS VERBAS FEDERAIS NO GOVERNO PAULO SOUTO
LEIA NOTÍCIA ANTECIPADA PELO BLOG BAHIA DE FATO:
CGU flagra desvio de verbas federais no governo Paulo Souto
A Controladoria-Geral da União (CGU) descobriu irregularidades na aplicação de recursos federais pelo governo Paulo Souto. A fiscalização foi feita na Bahia e em mais 11 Estados. Foi examinada a aplicação de R$ 3,6 bilhões em recursos públicos repassados pelo governo federal. O dinheiro era destinado a investimentos nos setores de agricultura e desenvolvimento agrário, assistência social, saúde e transporte. Entre as irregularidades constatadas pelos fiscais da CGU na Bahia estão: não-aplicação de recursos nos fins a que estavam destinados, dispensa indevida de licitação, superfaturamento, não-comprovação de despesas, ausência de contrapartida a investimentos federais, abandono de equipamentos adquiridos com recursos repassados e até desvio de verbas carimbadas do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).
Na Bahia, a equipe de auditores da CGU considerou indevida a dispensa de licitação por parte da Secretaria Estadual de Agricultura para a contratação de uma empresa, em 2002, para executar serviços topográficos em 34 projetos de assentamento do Incra em vários municípios. Os recursos da ordem de R$ 965 mil foram repassados pelo Governo Federal por meio do Programa de Desenvolvimento Sustentável na Reforma Agrária. De acordo com a CGU, a Secretaria deveria ter realizado licitação, visto que havia outras 16 empresas aptas a executar o serviço.
Chamou atenção dos auditores o custo de fiscalização e acompanhamento da execução do convênio (diárias e combustível) ter representado 48% do custo do serviço objeto do convênio (medição e demarcação dos projetos de assentamento). Além disso, foram identificadas diversas despesas que não tinham nenhuma vinculação com a finalidade do programa. Foram gastos, por exemplo, quase cinco mil reais na compra de passagens aéreas para lugares que não faziam parte da região atendida pelo convênio, que previa ações de desenvolvimento da cafeicultura. A própria Secretaria Estadual da Agricultura da Bahia reconheceu a irregularidade e prometeu providenciar o ressarcimento do valor gasto indevidamente.
Ainda na Bahia, foi constatado que não houve comprovação de despesas no valor de R$ 751 mil, repassados, em 2002, pela Secretaria do Trabalho, Assistência Social e Esporte, por meio de convênio, a uma organização não-governamental. Os recursos para execução do convênio saíram do Ministério do Desenvolvimento Social e faziam parte do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI).
Fonte: Site da Controladoria-Geral da União- 23 de agosto de 2006
Vilão, eu? Wagner Tiso repõe a verdade sobre a ética na política
Está fazendo o maior sucesso o artigo publicado pelo compositor Wagner Tiso no site nacional do PT. “Vilão, eu?” é o título do artigo que ganhou a Internet. Tudo começou com uma frase publicada fora do contexto, como sempre. “Não estou interessado com a ética do PT ou com qualquer tipo de ética. Para mim, isso não interessa. Eu acho que o PT faz um jogo que tem que fazer para governar o país, entendeu?”
No artigo Wagner Tiso repõe a verdade: “Cercado pelos repórteres ao sair do encontro com Lula, eu disse uma frase que, no tumulto, escapou do contexto. Um erro meu e não dos repórteres. Nela vi, posteriormente, que passei a impressão de repudiar a ética. Mas não é assim que penso e ajo (...). Minha vida, com indissolúvel ligação entre as atitudes pessoais e as ações artísticas, é a expressão do meu compromisso com a seriedade e a lisura. Nada me fará me esquecer de quem sou!”
Wagner Tiso esclarece: “Eu repudiei, sim, a manipulação do discurso sobre a ética, proposta pela oposição. É uma preocupação farisaica. Uma cortina de fumaça que oculta uma disputa implacável pelo poder. Olhem só para a cara dos principais porta-bandeiras do movimento. São vigaristas políticos que enriqueceram na vida pública sem qualquer preocupação com o caos social que vem se formando no Brasil. Eles dão as costas para a população carente e vomitam um discurso hipócrita sobre ética. É isso que repudio. Nesse contexto é que peço que seja inserido meu sentimento real, traído por uma frase mal colocada. A falta de traquejo para enfrentar um batalhão de perguntas - algumas muito agressivas - me fez tropeçar no meu próprio discurso”.
Para Tiso, aqueles que o transformaram em “vilão” visam, na verdade, alvejar Lula: “Agora vejo a frase como alavanca de um debate no qual faço o papel de vilão. Vilão, eu? Eu que pautei toda a minha vida em atitudes éticas. O pano de fundo é atingir Lula e o PT. Um governo que tem, segundo o Datafolha, 52% de aprovação da sociedade no patamar do ‘ótimo e bom’”.
Leia aqui a íntegra do artigo.
No artigo Wagner Tiso repõe a verdade: “Cercado pelos repórteres ao sair do encontro com Lula, eu disse uma frase que, no tumulto, escapou do contexto. Um erro meu e não dos repórteres. Nela vi, posteriormente, que passei a impressão de repudiar a ética. Mas não é assim que penso e ajo (...). Minha vida, com indissolúvel ligação entre as atitudes pessoais e as ações artísticas, é a expressão do meu compromisso com a seriedade e a lisura. Nada me fará me esquecer de quem sou!”
Wagner Tiso esclarece: “Eu repudiei, sim, a manipulação do discurso sobre a ética, proposta pela oposição. É uma preocupação farisaica. Uma cortina de fumaça que oculta uma disputa implacável pelo poder. Olhem só para a cara dos principais porta-bandeiras do movimento. São vigaristas políticos que enriqueceram na vida pública sem qualquer preocupação com o caos social que vem se formando no Brasil. Eles dão as costas para a população carente e vomitam um discurso hipócrita sobre ética. É isso que repudio. Nesse contexto é que peço que seja inserido meu sentimento real, traído por uma frase mal colocada. A falta de traquejo para enfrentar um batalhão de perguntas - algumas muito agressivas - me fez tropeçar no meu próprio discurso”.
Para Tiso, aqueles que o transformaram em “vilão” visam, na verdade, alvejar Lula: “Agora vejo a frase como alavanca de um debate no qual faço o papel de vilão. Vilão, eu? Eu que pautei toda a minha vida em atitudes éticas. O pano de fundo é atingir Lula e o PT. Um governo que tem, segundo o Datafolha, 52% de aprovação da sociedade no patamar do ‘ótimo e bom’”.
Leia aqui a íntegra do artigo.
Governo Lula realiza verdadeira "Operação Mãos Limpas"
A CGU descobriu outras empresas que atuavam de forma idêntica à Planam na comercialização de ambulâncias superfaturadas, dando origem à Máfia das Sanguessugas. Em todo o Brasil, a empresa Domanski e associadas venceram 200 licitações, sendo 40 na Bahia, em 29 municípios. Ao divulgar a relação dos municípios que serão investigados, a CGU revela que o Governo Lula não vai poupar ninguém. Até duas prefeituras do PT da Bahia serão investigadas: Pintadas, quando Neuza Cadore era prefeita, e Senhor do Bonfim, cujo prefeito é Antônio Brasileiro. Com os sete municípios suspeitos de negócios com a empresa Planam já são 36 municípios suspeitos na Bahia.
Um levantamento preliminar da CPI dos Sanguessugas reuniu indícios da participação de 600 prefeituras na máfia das ambulâncias em todo o país. As propinas eram pagas aos prefeitos e variavam de R$ 2 mil a R$ 125 mil. Chama atenção o fato de que grande parte das prefeituras seja comandada por partidos de oposição ao Governo Lula, como PFL, PSDB, PDT, PPS e até do PV de Fernando Gabeira, além de vários da ala oposicionista do PMDB. O prefeito que mais "lucrou" com o esquema é José Aparecido dos Santos, do PFL de Nova Marilândia, MT.
São as seguintes as 29 prefeituras baianas que celebraram convênio com empresas do grupo Domanski, para aquisição de unidades móveis de saúde no Estado da Bahia, com o nome do prefeito à época. Das 29 prefeituras relacionadas, 26 apóiam a candidatura Paulo Souto e 3 apóiam a candidatura de Wagner. Por ordem alfabética, com seus prefeitos e partidos.
LISTA DAS PREFEITURAS QUE NEGOCIARAM COM A DOMANSKI
Aramari, prefeito Carlos Antonio Azevedo de Queiroz (PFL)
Belo Campo, prefeito Cezar Ferreira dos Santos (PFL)
Boa Nova, prefeito Adonias da Rocha Pires de Almeida (PFL )
Boquira, prefeito Marco Túlio Vilasbôas (PMDB)
Brejões, prefeito Florisvaldo Passos de Araújo (PL)
Brumado, prefeito Edmundo Pereira Santos (PMDB)
Canápolis, prefeito Rubie Queiroz de Oliveira (PTB)
Canudos, prefeito João Ribeiro Gama (PSDB)
Capela do Alto Alegre, prefeito Carlos de Oliveira Carneiro (PSDB)
Cícero Dantas, prefeita Arlete Bitencourt de Castro (PP)
Cotegipe, prefeito Pedro Cavalcante de Araújo (PL)
Curaçá, prefeito Salvador Lopes Gonsalves (PSDB)
Elísio Medrado, Aloísio Figueiredo Andrade (PFL)
Euclides da Cunha José Renato Abreu de Campos (PL)
Iguaí. Arlene Veiga Vieira (PFL)
Ipecaetá Elcior Piaggio de Oliveira (PL)
Irajuba Humberto Solon Sarmento Franco (PP)
Itororó Marco Antonio Lacerda Brito (PMDB)
Lagedo do Tabocal Reivaldo Moreira Fagundes (PTB)
Medeiros Neto José Lopes Pereira (PSB)
Morro do Chapéu Edgar Dourado Lima ( PP)
Pindobaçu Daniel Gomes da Silva (PFL)
Pintadas Neusa Cadore (PT)
Ponto Novo José Venâncio Sobrinho (PFL)
Riachão das Neves Antônio Américo de Lima Filho (PFL)
Seabra Dalvio Pina Leite (PP)
Senhor do Bonfim Carlos Alberto Lopes Brasileiro (PT)
Sento Sé Juvenilson Passos dos Santos (PMDB)
Tapiramutá Antônio Carlos Fonsêca Gomes (PMDB)
LISTA DAS PREFEITURAS QUE NEGOCIARAM COM A PLANAM
Uauá (Itala Maria da Silva Lobo Ribeiro, PMDB)
Itamari (Enedino Vasconcelos, PRP)
Coaraci (Elivaldo Henrique Reis, PMDB)
Riachão das Neves (Dorgival dos Santos, PP)
Lapão (José Ricardo Rodrigues Barbosa, PTB)
Brejões (Florisvaldo Passos de Araujo, PL)
Pres. Jânio Quadros (Hermes Bonfim Cheles Nascimento, PL)
Um levantamento preliminar da CPI dos Sanguessugas reuniu indícios da participação de 600 prefeituras na máfia das ambulâncias em todo o país. As propinas eram pagas aos prefeitos e variavam de R$ 2 mil a R$ 125 mil. Chama atenção o fato de que grande parte das prefeituras seja comandada por partidos de oposição ao Governo Lula, como PFL, PSDB, PDT, PPS e até do PV de Fernando Gabeira, além de vários da ala oposicionista do PMDB. O prefeito que mais "lucrou" com o esquema é José Aparecido dos Santos, do PFL de Nova Marilândia, MT.
São as seguintes as 29 prefeituras baianas que celebraram convênio com empresas do grupo Domanski, para aquisição de unidades móveis de saúde no Estado da Bahia, com o nome do prefeito à época. Das 29 prefeituras relacionadas, 26 apóiam a candidatura Paulo Souto e 3 apóiam a candidatura de Wagner. Por ordem alfabética, com seus prefeitos e partidos.
LISTA DAS PREFEITURAS QUE NEGOCIARAM COM A DOMANSKI
Aramari, prefeito Carlos Antonio Azevedo de Queiroz (PFL)
Belo Campo, prefeito Cezar Ferreira dos Santos (PFL)
Boa Nova, prefeito Adonias da Rocha Pires de Almeida (PFL )
Boquira, prefeito Marco Túlio Vilasbôas (PMDB)
Brejões, prefeito Florisvaldo Passos de Araújo (PL)
Brumado, prefeito Edmundo Pereira Santos (PMDB)
Canápolis, prefeito Rubie Queiroz de Oliveira (PTB)
Canudos, prefeito João Ribeiro Gama (PSDB)
Capela do Alto Alegre, prefeito Carlos de Oliveira Carneiro (PSDB)
Cícero Dantas, prefeita Arlete Bitencourt de Castro (PP)
Cotegipe, prefeito Pedro Cavalcante de Araújo (PL)
Curaçá, prefeito Salvador Lopes Gonsalves (PSDB)
Elísio Medrado, Aloísio Figueiredo Andrade (PFL)
Euclides da Cunha José Renato Abreu de Campos (PL)
Iguaí. Arlene Veiga Vieira (PFL)
Ipecaetá Elcior Piaggio de Oliveira (PL)
Irajuba Humberto Solon Sarmento Franco (PP)
Itororó Marco Antonio Lacerda Brito (PMDB)
Lagedo do Tabocal Reivaldo Moreira Fagundes (PTB)
Medeiros Neto José Lopes Pereira (PSB)
Morro do Chapéu Edgar Dourado Lima ( PP)
Pindobaçu Daniel Gomes da Silva (PFL)
Pintadas Neusa Cadore (PT)
Ponto Novo José Venâncio Sobrinho (PFL)
Riachão das Neves Antônio Américo de Lima Filho (PFL)
Seabra Dalvio Pina Leite (PP)
Senhor do Bonfim Carlos Alberto Lopes Brasileiro (PT)
Sento Sé Juvenilson Passos dos Santos (PMDB)
Tapiramutá Antônio Carlos Fonsêca Gomes (PMDB)
LISTA DAS PREFEITURAS QUE NEGOCIARAM COM A PLANAM
Uauá (Itala Maria da Silva Lobo Ribeiro, PMDB)
Itamari (Enedino Vasconcelos, PRP)
Coaraci (Elivaldo Henrique Reis, PMDB)
Riachão das Neves (Dorgival dos Santos, PP)
Lapão (José Ricardo Rodrigues Barbosa, PTB)
Brejões (Florisvaldo Passos de Araujo, PL)
Pres. Jânio Quadros (Hermes Bonfim Cheles Nascimento, PL)
Justiça obriga revista Veja a retirar da Internet mentiras sobre Genoino
A revista Veja foi obrigada pela Justiça a retirar todas às menções ao ex-presidente do PT, José Genoino, de uma matéria sobre o PCC que consta em seu site na internet. A “reportagem” foi publicada originalmente na edição impressa de 16 de agosto, sob o título “PCC ataca, mas também leva”. Trata-se de lixo jornalístico. A revista mente ao procurar estabelecer relações entre a facção criminosa e Genoíno. Seus redatores usam um truque. Primeiro afirmam o assunto, geram a manchete, e depois lá embaixo dizem que não há provas. E vai ficando por isso mesmo.
A Justiça entendeu que, diante da ausência de elementos concretos, a matéria não poderia permanecer na Internet com o teor em que foi redigida. O texto da decisão diz: “A menção ao nome do autor afigura-se desnecessária para o atendimento ao interesse público no tocante às investigações sobre o PCC, uma vez que a própria revista reconhece a inexistência de prova de elo entre o PT e o PCC, podendo induzir em erro os leitores mais desavisados”.
A cada dia a revista Veja se supera no lixo que enfia pela goela abaixo dos seus pobres leitores!
A Justiça entendeu que, diante da ausência de elementos concretos, a matéria não poderia permanecer na Internet com o teor em que foi redigida. O texto da decisão diz: “A menção ao nome do autor afigura-se desnecessária para o atendimento ao interesse público no tocante às investigações sobre o PCC, uma vez que a própria revista reconhece a inexistência de prova de elo entre o PT e o PCC, podendo induzir em erro os leitores mais desavisados”.
A cada dia a revista Veja se supera no lixo que enfia pela goela abaixo dos seus pobres leitores!
Tolerância zero com o modo tucano de fazer política
Cheguei ao meu limite. Agora é tolerância zero para o modo tucano de fazer política. Não dá para ficar calado com o festival de besteiras que assola o país. Quem está puxando a baixaria é Fernando Henrique Cardoso, ele não está batendo muito bem da bola, e morre de inveja porque o governo de Lula deu certo. É duro mesmo um doutor ser superado por um operário.
FHC não tem a menor moral para fazer crítica a Lula no campo da administração pública e muito menos no campo da ética. FHC deve antes de falar olhar para o próprio rabo. O atual modo tucano de fazer política não atrapalha Lula, na verdade, atrapalha o Brasil. Como é possível deixar de votar projetos importantes no Congresso Nacional apenas para não admitir que o governo está certo? Talvez o exemplo mais cabal desse absurdo seja a preguiça parlamentar na aprovação do FUNDEB.
Aliás, os ataques de FHC não preocupam os estrategistas da campanha de Lula. FHC detém altos índices de rejeição popular. O que preocupa é a baixaria que ele propõe para os programas eleitorais de TV, um desserviço à democracia. Já o palavreado de baixo calão protagonizado pelo senador ACM, linha auxiliar do PSDB, não se leva mais em consideração. Virou folclore. Tolerância zero para toda essa marginália política.
FHC não tem a menor moral para fazer crítica a Lula no campo da administração pública e muito menos no campo da ética. FHC deve antes de falar olhar para o próprio rabo. O atual modo tucano de fazer política não atrapalha Lula, na verdade, atrapalha o Brasil. Como é possível deixar de votar projetos importantes no Congresso Nacional apenas para não admitir que o governo está certo? Talvez o exemplo mais cabal desse absurdo seja a preguiça parlamentar na aprovação do FUNDEB.
Aliás, os ataques de FHC não preocupam os estrategistas da campanha de Lula. FHC detém altos índices de rejeição popular. O que preocupa é a baixaria que ele propõe para os programas eleitorais de TV, um desserviço à democracia. Já o palavreado de baixo calão protagonizado pelo senador ACM, linha auxiliar do PSDB, não se leva mais em consideração. Virou folclore. Tolerância zero para toda essa marginália política.
ONU recomenda Fome Zero e mídia brasileira não informa
A mídia brasileira de modo geral não dá destaque, sabe lá Deus o porquê, mas o programa Fome Zero está sendo elogiado pela FAO (Organização da ONU para Agricultura e Alimentação). Segundo o Relatório da FAO, os “formadores de opinião” simplesmente desconhecem os resultados concretos. O principal braço do Fome Zero é o Bolsa Família, que já beneficiou 11,1 milhões de famílias, ou seja, 45 milhões de pessoas, 25% da população. Mas o Fome Zero é constituído ainda pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE) que beneficiou 36,3 milhões de alunos e pelo Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF), que já beneficiou 2 milhões de pequenos produtores rurais.
Segundo o relatório da FAO, "com o lançamento do Fome Zero (...) a melhoria na segurança alimentar passou a fazer parte de um conjunto de direitos sociais que articulados e integrados em sistemas de redes contribuem para a emancipação dos pobres e o que lhes dá condições para conquistar outros direitos como cidadãos brasileiros". A FAO recomenda a implantação de programas similares em países que enfrentam o problema da fome. Uma equipe da FAO acompanha o Fome Zero desde o início, logo, a FAO tem autoridade para falar.
A FAO considera que essa visão otimista do programa não é repercutida pela mídia. "Muitos destes resultados concretos ainda não são reconhecidos pelos formadores de opinião pública no Brasil. Mesmo sendo documentados por meio de vários estudos e publicações governamentais, há uma ampla incompreensão sobre o continuado crescimento dos programas de segurança alimentar e nutricional do Governo Federal e a percepção equivocada de que tudo se concentra numa única iniciativa - o Bolsa Família."
Em vez de noticiar com isenção, a mídia privilegia críticas, como o suposto caráter “assistencialista” do programa, a prevalência do Bolsa Família sobre os demais programas, as distorções na distribuição dos benefícios e erros nos cadastros, sem falar nas “pretensões” eleitoreiras. É óbvio que o Fome Zero ajuda a imagem do Governo Lula. Pesquisa do Datafolha do fim de maio mostrou que 25% dos entrevistados apontam os programas sociais do governo federal como motivo do voto no candidato do PT, com destaque para Bolsa Família. A revista eletrônica Terra Magazine publicou matéria com a abordagem correta.
A FAO recomenda a implantação de programas similares com as devidas adaptações às necessidades e potencialidades locais. Mesmo em países mais pobres que o Brasil, um programa de erradicação da fome como o brasileiro não comprometeria o orçamento. Os gastos do Bolsa Família, embora muito altos, R$ 8,3 bilhões em 2006, representam apenas 0,4% do PIB brasileiro estimado, justifica a organização. Isso significa dizer que, a Serra Leoa, cujo PIB é de aproximadamente US$ 1.650 conseguiria obter bons resultados com meros R$ 15 milhões.
Segundo o relatório da FAO, "com o lançamento do Fome Zero (...) a melhoria na segurança alimentar passou a fazer parte de um conjunto de direitos sociais que articulados e integrados em sistemas de redes contribuem para a emancipação dos pobres e o que lhes dá condições para conquistar outros direitos como cidadãos brasileiros". A FAO recomenda a implantação de programas similares em países que enfrentam o problema da fome. Uma equipe da FAO acompanha o Fome Zero desde o início, logo, a FAO tem autoridade para falar.
A FAO considera que essa visão otimista do programa não é repercutida pela mídia. "Muitos destes resultados concretos ainda não são reconhecidos pelos formadores de opinião pública no Brasil. Mesmo sendo documentados por meio de vários estudos e publicações governamentais, há uma ampla incompreensão sobre o continuado crescimento dos programas de segurança alimentar e nutricional do Governo Federal e a percepção equivocada de que tudo se concentra numa única iniciativa - o Bolsa Família."
Em vez de noticiar com isenção, a mídia privilegia críticas, como o suposto caráter “assistencialista” do programa, a prevalência do Bolsa Família sobre os demais programas, as distorções na distribuição dos benefícios e erros nos cadastros, sem falar nas “pretensões” eleitoreiras. É óbvio que o Fome Zero ajuda a imagem do Governo Lula. Pesquisa do Datafolha do fim de maio mostrou que 25% dos entrevistados apontam os programas sociais do governo federal como motivo do voto no candidato do PT, com destaque para Bolsa Família. A revista eletrônica Terra Magazine publicou matéria com a abordagem correta.
A FAO recomenda a implantação de programas similares com as devidas adaptações às necessidades e potencialidades locais. Mesmo em países mais pobres que o Brasil, um programa de erradicação da fome como o brasileiro não comprometeria o orçamento. Os gastos do Bolsa Família, embora muito altos, R$ 8,3 bilhões em 2006, representam apenas 0,4% do PIB brasileiro estimado, justifica a organização. Isso significa dizer que, a Serra Leoa, cujo PIB é de aproximadamente US$ 1.650 conseguiria obter bons resultados com meros R$ 15 milhões.
Governo aumenta 56% de gasto com Bolsa Família
Embora com um título duvidoso, o jornal A Tarde noticia (31/08/06) a razão de meu voto na reeleição de Lula. “Governo aumenta 56% gastos com Bolsa Família”. Gastos? Se fosse dinheiro do BNDES para empresário montar fábrica seria investimento, mas, como é distribuição de renda para os pobres do Brasil, é gasto. A notícia está sendo distribuída pelo site Contas Abertas, uma iniciativa de simpatizantes tucanos que sabem muito bem como direcionar a fiscalização dos “gastos” do Governo Lula. O objetivo era questionar o aumento dos “gastos” no período eleitoral, mas o Ministério do Desenvolvimento Social esclareceu logo a questão.
LEIA A “INOCENTE” NOTÍCIA:
O governo federal aumentou 56% os gastos com o programa social Bolsa família de junho para julho deste ano, de R$ 632,4 milhões para R$ 990,6. A informação é do site Contas Abertas, que mantém um banco de dados da administração pública.
Segundo o site, as despesas com o programa de transferência de renda tiveram elevação de 73% em relação à média orçamentária nos últimos seis meses. Em resposta à afirmação do Contas Abertas, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), responsável pelo Bolsa família, informou que a elevação na verbas destinadas ao Bolsa família se deve ao pagamento de uma parcela referente a junho efetuada no mês de julho.
O MDS nega que o incremento tenha relação com a candidatura à reeleição do presidente Lula. A assessoria esclareceu que, como os pagamentos são feitos em duas parcelas – no dia 25 e entre os dias 1º e 5 do mês seguinte – houve uma elevação em julho.
O mesmo aumento entre junho e junho não foi constatado, entretanto, em 2005, quando foram gastos aproximadamente R$ 537 milhões em junho e R$ 565 milhões em julho. A Lei Eleitoral proíbe apenas o repasse de recursos para obras novas nos 90 dias que antecedem as eleições, mas não impede o aumento de beneficiados em programas do governo. Outro dado que chama atenção é a extensão do programa em 2006. Os gastos foram de R$ 5,7 bilhões em 2004 e de R$ 6,6 bilhões em 2005. Já no ano eleitoral, o Bolsa Família deve ter uma destinação de R$ 8,3 milhões, segundo o MDS.
LEIA A “INOCENTE” NOTÍCIA:
O governo federal aumentou 56% os gastos com o programa social Bolsa família de junho para julho deste ano, de R$ 632,4 milhões para R$ 990,6. A informação é do site Contas Abertas, que mantém um banco de dados da administração pública.
Segundo o site, as despesas com o programa de transferência de renda tiveram elevação de 73% em relação à média orçamentária nos últimos seis meses. Em resposta à afirmação do Contas Abertas, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), responsável pelo Bolsa família, informou que a elevação na verbas destinadas ao Bolsa família se deve ao pagamento de uma parcela referente a junho efetuada no mês de julho.
O MDS nega que o incremento tenha relação com a candidatura à reeleição do presidente Lula. A assessoria esclareceu que, como os pagamentos são feitos em duas parcelas – no dia 25 e entre os dias 1º e 5 do mês seguinte – houve uma elevação em julho.
O mesmo aumento entre junho e junho não foi constatado, entretanto, em 2005, quando foram gastos aproximadamente R$ 537 milhões em junho e R$ 565 milhões em julho. A Lei Eleitoral proíbe apenas o repasse de recursos para obras novas nos 90 dias que antecedem as eleições, mas não impede o aumento de beneficiados em programas do governo. Outro dado que chama atenção é a extensão do programa em 2006. Os gastos foram de R$ 5,7 bilhões em 2004 e de R$ 6,6 bilhões em 2005. Já no ano eleitoral, o Bolsa Família deve ter uma destinação de R$ 8,3 milhões, segundo o MDS.
Em outubro, as elites da mídia serão derrotadas
Nas eleições de outubro, o representante das elites econômicas será derrotado. É certo. Mas, o grande derrotado mesmo será a elite da mídia. Nada do que a mídia pregou está acontecendo. Não está funcionando o efeito “formador de opinião”. O PT não se desintegrou, não há sequer elementos que sustentem que o PT enfraqueceu. E o Governo Lula tem aprovação de 60% da população. A massa pobre desequilibrou a eleição a favor de Lula. Não se sustenta também a pecha de assistencialismo que se tenta carimbar nos programas sociais de Lula. O Bolsa Família, por exemplo, permite distribuição real de renda e acesso a bens, e com o Luz Para Todos nem o mais idiota dos jornalistas ousa afirmar que eletrificação rural seja assistencialismo.
Lula sairá do governo como o presidente dos pobres, e FHC ficará para sempre com a marca de presidente dos ricos, com a acentuada concentração de renda de seus dois governos, conseqüência da privatização e da precarização das relações de trabalho. A vitória de Lula será a derrota das elites econômicas e das elites da mídia. Derrotando Alckmin, Lula derrota a burguesia monopolista da mídia, abertamente contra sua reeleição, e derrota a burguesia tradicional, ao substituir a concentração de renda produtora das desigualdades, exclusões e injustiças sociais pela redistribuição de renda produtora de igualdades, inclusões e justiça social.
Lula sairá do governo como o presidente dos pobres, e FHC ficará para sempre com a marca de presidente dos ricos, com a acentuada concentração de renda de seus dois governos, conseqüência da privatização e da precarização das relações de trabalho. A vitória de Lula será a derrota das elites econômicas e das elites da mídia. Derrotando Alckmin, Lula derrota a burguesia monopolista da mídia, abertamente contra sua reeleição, e derrota a burguesia tradicional, ao substituir a concentração de renda produtora das desigualdades, exclusões e injustiças sociais pela redistribuição de renda produtora de igualdades, inclusões e justiça social.